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Ensinos Clínicos
Processo de Enfermagem
- Avaliação Inicial (análise documental, entrevista, observação e exame físico: Inspeção, palpação,
precursão e auscultação);
- Diagnóstico;
- Planeamento;
- Implementação;
- Avaliação;
CIPE
Diagnósticos e resultados de enfermagem:
- Incluir um termo do eixo do foco;
- Incluir um termo do eixo do juízo;
- Incluir termos adicionais dos eixos do foco, juízo ou de outros eixos.
Intervenções de enfermagem:
- Incluir um termo do eixo da ação;
- Incluir pelo menos um termo alvo (pode ser um termo de qualquer eixo exceto do eixo do juízo);
- Incluir termos adicionais dos eixos da ação ou de qualquer outro eixo.
Tipos de Lixo
- Grupo I: Resíduos equiparados a urbanos; Resíduos Não perigosos – saco preto
- Grupo II: Resíduos hospitalares não perigosos;
- Grupo III: Resíduos hospitalares de risco biológico Risco biológico – saco branco
- Grupo IV: Resíduos hospitalares específicos Risco biológico – saco vermelho ou rosa
Sistema Musculosquelético
Movimentos:
- Flexão: diminuição do ângulo;
- Extensão: aumento dos ângulos;
- Dorsiflexão ou flexão do tornozelo, No pé
- Flexão plantar ou extensão do tornozelo;
- Hiperextensão, extensão e flexão; Na cabeça
- Abdução (afasta da linha média) e adução (aproxima da linha média);
- Rotação lateral, externa, medial ou interna e circundação; movimentos de circundação
- Pronação (palma baixo) e supinação (palma cima); só no pulso
- Elevação e depressão;
No ombro e na mandíbula
- Projeção e retração;
- Didução ou movimento de lateralidade na boca
- Inversão (aproxima da linha média) e eversão (afasta da linha média);
Outros conceitos:
- Atrofia. Massa muscular está reduzida. Tem menos capacidade de contrabilidade;
- Atonia: ausência de movimento, ausência de tónus muscular;
- Hipotonia: diminuição de tonicidade, mas consegue fazer movimento;
- Hipertonia: aumento do músculo, associado a um exagero do relaxamento do outro músculo;
- Tonicidade: capacidade de contabilidade;
- Contratura: estado permanente de contrabilidade muscular;
- Paralisia: total, facial e da orofaringe;
- Hemiplegia: esq. ou dir. Não realização de movimento e sensação à direita ou esquerda;
- Paraplegia: não realização de movimento, sensação da cintura para baixo.
Posicionamentos
Objetivos:
- Estimular o padrão respiratório, de mobilidade e de eliminação;
- Prevenir complicações circulatórias e musculosqueléticas;
- Mobilizar as secreções brônquicas;
- Manter a amplitude e movimento articular;
- Manter a integridade da pele;
- Prevenir contraturas;
- Providenciar o conforto e bem-estar;
- Permitir adequada estimulação motora e sensorial;
- Promover o autocuidado.
✓ Decúbito dorsal:
- Utente no centro da cama com a coluna alinhada;
- Proteger proeminências ósseas com material de prevenção de upp;
- Almofadas baixas na cabeça, cintura escapular, antebraço e mão, zona poplítea e aquiliana;
- Membros superiores em ligeira abdução do ombro e em flexão do cotovelo;
- Ter atenção ao pé equino, aliviando a roupa da cama na zona dos pés.
✓ Decúbito Lateral:
- Utente deve estar em dorsal do lado oposto ao decúbito a executar;
- Almofada normal: junto ao m.i. ao lado para o qual se vai virar o utente e m.s do lado oposto;
- Fletir os m.i. e m.s do lado oposto ao decúbito e m.i. oposto com almofada na articulação joelho;
- Fletir ligeiramente o m.i. e o m.s do lado do decúbito;
- Cabeça na almofada à altura do ombro;
- Ver o alinhamento corporal e ter atenção ao pé equino.
✓ Decúbito Semi-dorsal:
- Utente deve estar em dorsal do lado oposto ao decúbito a executar;
- Almofada em cunha (de preferência, se não normal) ao longo do tronco;
- Almofada normal no m.i. oposto ao decúbito e em flexão, e m.s. oposto em abdução e flexão;
- M.i. lado apoiado em ligeira flexão e rotação externa da coxofemoral;
- M.s. do lado do decúbito com ombro em ligeira flexão e antebraço em supinação e flexão ligeira;
- Dedos das mãos devem estar em abdução e a mão em extensão. Usar ligaduras, p.e.;
- Ver alinhamento corporal e ter atenção ao pé equino.
✓ Decúbito Ventral:
- Utente em dorsal perto do enfermeiro;
- Almofadas: abdómen, e m.i. Não colocar nas cristas ilíacas;
- M.s. longo do corpo e m.i. em ligeira abdução. Cabeça lateralizada;
- M.s. para onde a cabeça está lateralizada, em abdução e antebraço em flexão a 90º;
- M. s. oposto em abdução e rotação interna, antebraço e mão em extensão;
- Ver alinhamento corporal e ter atenção ao pé equino.
✓ Decúbito Semi-ventral:
- Almofada: cabeça, ao longo do tronco na parte da frente, no m.i. oposto semi-fletido;
- M.i. lado apoiado em flexão e m.s em hiperextensão do braço e abdução do ombro;
- Ver alinhamento corporal e ter atenção ao pé equino.
Objetivos:
- Cuidar da higiene individual;
- Estimular a função respiratória, circulatória, de mobilidade e de eliminação;
- Manter a integridade da pele;
- Promover o autocuidado;
- Instruir para o autocuidado de higiene pessoal;
Material:
- Roupa para substituir a cama e do utente;
- Toalhas, manápulas ou toalhete, luvas normais e avental;
- Sabão líquido com emoliente e dermoprotetor e substância hidratante;
- Recipiente com água quente;
- Tesouras, bacias, arrastadeira, objetos de uso individual e carrinho da roupa suja.
Procedimento:
- Providenciar arrastadeira, se necessário;
- Tirar a roupa da cama e deixar o utente tapado com o lençol de cima;
- Lavar cabelo, se necessário;
- Lavar boca tendo atenção às próteses, retirando-as e utente em semi-fowler (< 45º);
- Lavar face; olhos do canto externo para o interno; limpar orelhas com compressa e água;
- Retirar a almofada e colocar a cama na horizontal; tirar camisa (sujos) e cobrir com lençol;
- Lavar m.s., a começar no mais afastado, da parte distal para a proximal, em mov. circulares;
- Se for para lavar as mãos em separado com bacia e cortar unhas é este o momento;
- Lavar tórax e abdómen tendo atenção às pregas e mamas em mulheres;
- Lavar m.i., começar do mais afastado, da parte distal para a proximal, em mov. circulares;
- Se for para lavar os pés em separado com bacia e cortar unhas é este o momento;
- Lavar dorso e nádegas, colocando o utente lateralizado. Primeiro dorso, depois nádegas;
- Lavar genitais, usando a técnica da tenda e colocar toalha debaixo da cama. Trocar manápula;
Nos homens: lavar do meato até à glande. Se possível lavar o ânus.
Nas mulheres: lava-se as coxas, grandes e pequenos lábios e meato. Se possível lavar o ânus;
Preparação da cama:
- Retira- se a colcha e faz-se três dobras no sentido da largura, depois coloca-se em 1º lugar;
- A seguir o de cima, dobrar em harmónio e depois ao meio. O 2º a ser colocado na cadeira;
- O resguardo, dobrar ao meio só;
- O de baixo, dobrar no sentido do comprimento duas vezes e só depois ao meio;
Hipertermia: >38ºc, sudorese, rubor, pele quente, diaforese (transpiração a nível da face);
Hipotermia:<36ºc, pele fria, alteração no estado de consciência, bradicardia;
Hiperpirexia: quando a temperatura se encontra no limite dos 40ºC.
Glicemia:
- Normal: <110 mg/dl e >70mg7dl (jejum); <140mg/dl (2h após ingestão de glicose)
- Anomalia da glicemia de jejum (AGJ): ≥110<126mg/dl (jejum);
- Tolerância à glicose diminuída (TDG): >100 <126mg/dl (jejum); >140 a <200mg/dl (2h após
ingestão de glicose);
- Diabetes: ≥ 126 mg/dl (jejum); ≥200 (2h após ingestão de glicose);
Oxigenação
Oximetria de pulso: Sp 02- 95% a 100% (saturação de oxigénio no sangue);
Gasometria arterial: Ph 7,35 a 7,45. PaO2 – 80 a 100 mmHg; PaCO2- 35 a 45 mmHg.
Oxigenoterapia
É a administração de oxigénio numa concentração maior que a encontrada na atmosfera. Muito
usada para correções de hipoxia e melhorar oxigenação tecidular. Em geral, quando se faz O2, é
colocado um reservatório fechado, com água bidestilada, para humidificar o O2, que por si só é
seco. Para baixos fluxos, isto é para concentrações de O2 inferiores a 40% e de curta duração,
normalmente não se humidifica, mas é possível.
Máscaras
simples facial (é uma que tem furos):
- Fluxo de O2 entre os 5 a 10 litros (concentração até 50%);
- Permite a inspiração do ar ambiente;
- É indicada para paciente conscientes e não tolerada por crianças, dispneicos e ansiosos;
com reservatório:
- As válvulas unidirecionais permitem que o ar exalado escape e não deixa entrar ar ambiente;
- O utente inala 100% do oxigénio que é fornecido;
de venturi:
- O fluxo de O2 entre os 5 e os 15 litros (24% a 50%);
- São ideias para pacientes com DPOC por regular o O2:
- Oferece a concentração exata de oxigénio;
Objetivos:
- Humidificar as vias aéreas;
- Facilitar a remoção de secreções;
- Administrar terapêutica na árvore brônquica;
Material:
- Nebulizador/ rampa de ar ou oxigénio;
- Copo de nebulização e mascara facial ou bucal;
- Tubo de ligação ao debitómetro, lenços, recipiente de sujos;
- Terapêutica prescrita (se necessário);
Procedimento:
- Ter os lenços de papel e os sacos dos sujos perto do utente;
- Posicionar o utente em semi-fowler ou sentado;
- Preparar o nebulizador com a medicação, se prescrito ou com o soro fisiológico a 0,9% (simples);
- Aplicar a máscara e dizer ao utente para fazer inspirações amplas;
- Controlar o FiO2, se necessário;
- Ver se no caso de se ter usado medicação esta fez efeito;
Aspiração de secreções
Objetivos:
- Manter a permeabilidade das vias aéreas;
- Prevenir a estase (estado no qual o fluxo normal de um líquido corporal pára) de secreções;
- Providenciar ventilação adequada;
Material:
- Aspirador ligado a uma fonte de vácuo;
- Sondas aspiração;
- Máscara e avental de proteção para o enfermeiro;
- Luvas e compressas esterilizadas e avental;
- Dispositivo em Y;
- Cápsula esterilizada e soro fisiológico;
Procedimento:
- Em utentes conscientes, posicionar em fowler, utentes inconscientes em decúbito lateral;
- Colocar o avental e a máscara;
- Abrir a cápsula, mantendo esterilizada e colocar lá, sem tocar em nada o NaCl a 0,9%;
- Abrir o involucro da sonda, mas não a exteriorizar; Abrir o pacote de compressas;
- Ver se há o tubo de ligar a máquina de vácuo ao dispositivo em Y;
- O dispositivo em Y é para ser colocado uma parte na sonda e outra no tubo do vácuo;
- O vácuo deve estar entre os 110 e os 150 mmHg, mais pode magoar as mucosas;
- Inserir a sonda, depois de a passar pelo soro fisiológico e a testar, sem tapar o buraco;
- Depois de estar na oro ou nasofaringe aspirar, tapando o buraco e não ultrapassando os 15s;
- Estando suja a sonda passa-se por soro fisiológico e limpa- se com compressa esterilizada;
- Repete-se o processo;
- No fim a sonda vai para o lixo – risco biológico.
!!! Nota: o soro fisiológico utilizado deve ser só para aquele utente e deve ser identificado com o
seu nome, cama, e o objetivo do soro, isto é, para quê que está a ser utilizado.
Padrão Alimentar
Índice de massa corporal: Perimetro abdominal:
- < 18,5 baixo peso; - risco aumentado: se >/igual
- 18,5 a 24,9 peso normal; Homem: a 94 cm
- 25 a 29,9 sobrepeso; Mulher: a 80 cm
- >30 obesidade;
Tipos de sonda:
- Silicone, poliuretano, PVC. Calibre de 8 a 16 em adultos. 90cm gastro e 125 cm duodenal.
Objetivos:
- Aliviar náuseas e vómitos;
- Diminuir a distensão abdominal;
- Preparar o utente para exames de diagnóstico,
- Administrar medicação ou alimentação entérica;
- Remover substancias toxicas ou sangue do estomago;
- Aspirar suco gástrico para análise;
Material:
- Sonda gástrica de tipo e calibre adequados à situação clinica;
- Lubrificante hidrossolúvel, resguardo descartável, luvas e tina riniforme;
- Palhinha e copo de água ou compressas molhadas;
- Tampa para tapar a sonda e pinça- clamp;
- Seringa grande para a alimentação,
- Adesivo para prender a sonda ao nariz;
- Estetoscópio e recipiente de sujos;
Procedimento:
- Posicionar o utente em semi-fowler ou sentado, mas de preferência o primeiro;
- Ver qual a narina mais permeável e ter a taça riniforme à mão em caso de vómito;
- Colocar resguardo sobre o toráx e depois calçar luvas;
- Medir a sonda com a ponta que vai para o estômago do nariz, lóbulo da orelha e apêndice xifoide;
- Aplicar lubrificante e proceder à inserção em movimentos circulares;
- Colocar a cabeça em flexão até a sonda passar a orofaringe, depois voltar ao normal;
- Clampar e só desclampar no passo seguinte;
- Quando chegar ao estômago, injetar 15 a 20cc de ar e auscultar, depois retirar este ar;
- Depois de confirmar colocar a tampa e fixar a sonda com o adesivo.
Eliminação Intestinal
Caracteristicas das fezes- escalas de Bristol:
- Tipo 1: pedaços separados duros como amendoim pessoas com obstipação;
- Tipo 2: forma de salchicha, mas segmentado pessoas com obstipação;
- Tipo 3: forma de salchicha, mas com fendas na superfície normal;
- Tipo 4: forma de salchicha com, em cone, lisa e mole normal;
- Tipo 5: pedaços moles, mas contornos nítidos normal;
- Tipo 6: pedaços areados, contornos esmagados diarreia;
- Tipo 7: aquoso sem pedações sólidos.
Objetivos:
- Promover a eliminação de fezes;
- Preparar o intestino para exames complementares de diagnostico ou intervenções cirúrgicas;
Procedimento:
- Posicionar o utente em semi-ventral esquerdo, expondo a região anal;
- Colocar o resguardo e colocar à nossa beira a arrastadeira;
- Preparar o irrigador com a solução e calçar as luvas e o avental;
- Colocar a sonda rectal na tubuladura e remover o ar do sistema. Aplicar lubrificante na sonda;
- Inserir a sonda cerca de 5 a 10 cm e pedir ao utente.
- Imobilizar e abrir a torneira da sonda;
- No fim pedir ao utente para aguentar cerca de 10 a 15 mina solução e dar arrastadeira no fim;
Este procedimento deve demorar 10 a 15 min a ser efetuado. O clister repete-se no max. 3 vezes.
!!! NOTA: este procedimento pode também ser feito com um sistema de soros e NaCl a 0,9%.
Depois deve-se proceder aos cuidados de higiene na área genital e anal.
Eliminação Vesical
Problemas comuns e perturbações de micção:
- Retenção urinária;
- Infeção urinária ou cistite;
- Incontinência urinária (funcional, de esforço, de urgência, reflexa, total);
✓ Incontinência funcional: contrações vesicais suficientemente fortes para provocar perda
de urina antes de atingir o receptáculo apropriado (sanita);
✓ Incontinência de urgência: perda involuntária de urina logo após uma forte sensação de
urgência para esvaziar a bexiga;
✓ Incontinência de esforço ou stress: perda involuntária de pequenas quantidades de urina
ou gotejamento de urina que ocorre em relação ao aumento da pressão abdominal,
associada ao espirro, riso, levantar pesos, saltar, correr ou fazer exercício;
✓ Incontinência reflexa: perda involuntária de urina em intervalos relativamente previsíveis
ao atingir um volume específico na bexiga;
✓ Incontinência total: incontinência urinária.
Conceitos:
- Disúria: micção dolorosa ou difícil;
- Poliúria: urinar grandes quantidades de urina;
- Oligúria: diminuição do débito urinário em relação aos líquidos ingeridos;
- Nictúria ou noctúria: micção particularmente excessiva à noite;
- Gotejamento: fuga de urina apesar do controlo voluntário da micção;
- Hematuria: presença de sangue na urina;
- Retenção: acumulação de urina na bexiga, com incapacidade da bexiga para esvaziar;
- Urina residual: volume de urina que fica na bexiga após urinar;
- Polaquiúria: micções mais frequentes, mas com volumes muito mais reduzidos;
- Anúria: não urinar (< a 100ml/dia);
Tipos de algália:
- Folley latéx – 10 a 15 dias; para esvaziar a bexiga, avaliação do volume residual, monitorização
do débito urinário, exames auxiliares de diagnóstico, cirurgia, controlo da incontinência
- Folley de revestimento de silicone- 28 a 30 dias;
- Folley silicone – 3 em 3 meses;monitorizar débito urinário
Objetivos:
- Esvaziar a bexiga quando há retenção urinária e insucesso de outras intervenções;
- Descomprimir a bexiga por causa de determinadas intervenções cirúrgicas;
- Monitorizar o débito urinário;
- Executar irrigações da bexiga ou instilações de medicamentos;
- Facilitar a obtenção de amostras assépticas de urina;
- Monitorizar o volume residual de urina na bexiga;
Material:
- Tabuleiro esterilizado com cápsula, compressas, campo cirúrgico com óculo e tina riniforme,
- Resguardo para colocar debaixo da zona nadegueira;
- Dois pares de luvas esterilizadas e um avental;
- Seringa e ampolas de água bidestilada para colocar no balão;
- Algália indicada;
- Lubrificante hidrossolúvel;
- Saco coletor de urina;
- Saco coletor de sujos.
- Soro fisiológico;
Procedimento:
- Colocar o utente em dorsal, expondo só a parte genital. Mulher com a técnica da tenda;
- Preparar a seringa com o soro necessário para o balão;
- Colocar o resguardo e abrir na cama do utente o tabuleiro, tendo atenção á assepsia;
- Colocar o soro fisiológico na cápsula com as compressas;
- Calçar luvas e proceder à lavagem dos genitais;
- Tirar as luvas e abrir o material para dentro do tabuleiro;
- Calçar outras luvas e proceder à remoção do involucro interior da algália;
- Conectar a algália ao saco coletor de urina, lubrificar e algaliar com movimentos circulares;
- Encher o balão com a água bidestilada;
- Colocar o saco no suporte indicado e na cama, depois de retirar as luvas;
Processo Tegumentar
Conceitos:
- Hirsutismo: muito pelo que cresce onde há pelo;
- Alopécia: não ter pelo onde era suposto ter pelo;
- Paroníquia: inflamação da pele na base da unha, ou à beira da parte ungueal;
- Onicólise: deslocamento total ou parcial da unha do leito ungueal;
- Hiperqueratose: espessamento da unha;
- Leuconíquia: Unhas esbranquiçadas aproximando-se da cor da lúnula da unha;
- Destruição e deformidades: Unha frágil e quebradiça principalmente na borda livre;
- Onicomicose: infeção causada por fungos;
- Coloníquia: unha em colher;
Feridas:
- Classificação: evolução: aguda ou crónica;
causa: cirúrgica ou traumática
integridade da pele e mucosas: aberta ou fechada;
presença de microrganismos: limpa, contaminada ou infetada;
- Equimose: infiltração de sangue nos tecidos com 2 a 3 cm de diâmetro.
- Hematoma: concentração e acumulação de sangue retido dentro dos tecidos, pele ou órgãos,
associadas a traumatismos ou hemóstase incompleta após intervenção cirúrgica, massa palpável,
dor ao toque, pele dolorosa com coloração azul, esverdeada ou amarela.
- Celulite: infeção disseminada das camadas mais profundas da pele e algumas vezes, atinge os
tecidos localizados abaixo deles. Frequentemente, a celulite ocorre como consequência de uma
infeção estreptocócica ou estafilocócica.
UPP:
Escala de Braden:
Itens a avaliar:
- Perceção sensorial 1 a 4;
- Mobilidade 1 a 4;
- Atividade 1 a 4;
- Fricção e forças de deslizamento 1 a 3;
- Nutrição 1 a 4;
- Humidade 1 a 4.
Cicatrização (Tipos):
- 1º intenção: superfície de tecido está ou foi aproximada, com pontos, por exemplo.
- 2º intenção: união indireta dos rebordos, requerem a regeneração de grande parte dos tecidos.
- 3º intenção (ou encerramento primário retardado): combinação dos dois tipos. Inicialmente é deixada
aberta e quando há tecido de granulação, os bordos são aproximados com suturas.
Material Termo moldável: feita de fibras sintéticas que, através do calor (mergulhar em água
quente) se trona moldável. Permite a imobilização e é menos pesada que a de gesso;
Métodos de aplicação:
- Circular: a ligadura dá uma volta ao local onde vai ser aplicada, sobrepondo-se a segunda com
a primeira volta. Utilizada para iniciar e terminar a ligadura.
- Espiral invertida: faz-se uma torção (inversão) da ligadura a metade de cada volta. Utilizada para
cobrir partes do corpo em forma de cone, como o antebraço, coxa.
- Espiga: inicia-se seguindo uma posição oblíqua e uma orientação em “8”, sempre com uma
distância de sobreposição igual em cerca de metade da passagem anterior. Utilizada para
imobilizar ou segurar um penso numa área pequena do corpo e em regiões onde é pretendido
aumentar a compressão e sustentabilidade.
- Leque ou em Oito: inicia-se no centro da articulação e cada volta cruza a anterior, formando um
leque (as voltas sobrepõem-se de uma forma oblíqua, sendo que cada volta cruza a anterior
formando um oito). Utilizam-se para imobilizar articulações e para dar continuidade à execução
de uma ligadura (passar de um segmento para outro).
- Recorrente: a ligadura dá duas voltas circulares à volta da zona proximal do corpo, seguida de
um desvio com um ângulo de 90º, até encontrar a circular do outro lado da zona onde está a ser
aplicada a ligadura e volta novamente ao ponto onde se fez o desvio. Utilizada para moldar ou
segurar pensos num coto e segurar pensos na cabeça. Por vezes também é utilizada nos dedos.
Medicação
- Semivida sérica: tempo que a excreção leva a fazer baixar, em metade a concentração sérica
do medicamento;
- Plateu terapêutico: concentração sérica de um medicamento obtida e mantida após a
administração de doses fixas regulares. Este é o motivo para se tomar um medicamento de x em
x horas, para que a dose do medicamento no organismo não baixe;
Cartões:
- Branco: oral;
- Azul: retal;
- Verde: intramuscular;
- Vermelho: endovenosa;
- Amarelo: subcutânea;
- Rosa: outras vias;
Colocar em cada cartão o nome do utente, cama, quarto, o medicamento, a dose e o horário.
Cinco certos:
-Medicamento certo,
-Dose certa;
-Utente certo;
-Via certa;
-Hora certa;
Fórmula de ml/hora
Vias de administração:
Via oral ou per os:
- Medicação que possa danificar ou descolorar o esmalte dos dentes, como ácidos, deve ser
diluída e administrada por uma palhinha procedendo-se de seguida à lavagem dos dentes;
- Possibilidade do medicamento irritar a mucosa gástrica, então administrar com alimentação ou
após refeição;
- Se o efeito pretendido for sobre a mucosa gástrica, administra-se antes da refeição e não se dilui;
- Se o medicamento tiver um sabor desagradável, administrar com chá ou sumo.
Objetivos:
- Promover autonomia no regime terapêutico;
- Administrar tratamento farmacológico não invasivo;
- Facilitar a continuidade da terapêutica no domicílio;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e verificar c/ o medicamento;
- Executar os 5 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente em semi-fowler ou sentado;
- Administrar a medicação com líquidos;
- Registar.
Via sub-lingual:
- Não sofre o efeito de 1º passagem, porque o sistema venoso central da boca drena na veia cava
superior;
- Não sofre a ação das enzimas digestivas;
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico local e sistémico através da via retal.
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e verificar c/ o medicamento;
- Executar os 5 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente em decúbito lateral esquerdo, com a perna fletida, de modo a expor a região
anal;
- Lavar e secar a região anal, se necessário;
- Aplicar lubrificante na extremidade do supositório e no dedo indicador da mão dominante ou na
extremidade da cânula da embalagem do medicamento;
- Instruir o cliente para inspirar profundamente;
-Depois de administrado, instruir o utente a manter-se na mesma posição cerca de 5 minutos;
- Registar.
Via cutânea:
Objetivos:
- Promover a hidratação da pele;
- Proteger a superfície cutânea;
- Obter efeito terapêutico sistémico por via transdérmica.
Procedimento (sprays):
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e verificar c/ o medicamento;
- Executar os 5 certos;
- Lavar as mãos;
- Colocar luvas não esterilizadas, para prevenir a absorção do medicamento por nós. Colocar luvas
esterilizadas, para prevenir infeções em zonas com solução de continuidade;
Via nasal:
Objetivos:
- Aliviar o desconforto e a congestão nasal;
- Obter efeito terapêutico por via nasal;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e verificar c/ o medicamento;
- Executar os 5 certos;
- Lavar as mãos;
- Aconselhar o utente a limpar o nariz, se não houver contraindicações;
- Posicionar o utente em hiperextensão;
- Instruir o utente a respirar pela boca;
- Calçar luvas e aplicar o medicamento;
- Manter o utente na mesma posição cerca de 5 minutos; e providenciar um lenço, se necessário;
- Registar.
Via ocular:
Se o utente tiver uma conjuntivite ou outra doença infeciosa, coloca-se a terapêutica nos 2 olhos.
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico por via oftálmica;
- Tratar lesões nos olhos;
- Manter a lubrificação da córnea e da conjuntiva;
- Facilitar a realização de exames auxiliares de diagnósticos;
- Induzir a anestesia local dos olhos.
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e verificar c/ o medicamento;
- Executar os 5 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente, com a cabeça em ligeira hiperextensão e rotação para o lado do olho que
está a ser tratado;
- Lavar o olho se necessário;
- Instruir o utente a olhar para cima;
- Calçar luvas, se necessário e aplicar o medicamento;
- Registar.
Via auricular:
- A medicação deve estar à temperatura ambiente, por causa do risco de vertigens ou náuseas;
- Utilizar soluções esterilizadas;
- Administrar o medicamento com um intervalo de tempo de cerca de minutos, entre cada ouvido,
quando a aplicação for bilateral;
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico por via auricular;
- Limpar o canal auditivo externo;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e verificar c/ o medicamento;
- Executar os 5 certos;
- Lavar as mãos;
- Aconselhar o utente a limpar o nariz, se não houver contraindicações;
- Posicionar o utente em hiperextensão;
- Instruir o utente a respirar pela boca;
- Calçar luvas e aplicar o medicamento;
- Manter o utente na mesma posição cerca de 5 minutos;
- Registar.
Via vaginal:
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico por via vaginal;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e verificar c/ o medicamento;
- Executar os 5 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente em decúbito dorsal com os membros inferiores em abdução e flexão e os pés
apoiados na base da cama, expondo a região perianal;
- Calçar luvas;
- Lavar e secar órgãos genitais;
- Administrar o medicamento de acordo com a forma de apresentação. No caso de ser
administrado com aplicador inseri-lo cerca de 5 a 7 cm na vagina, pressionando o êmbolo;
- Manter o utente na posição dorsal, cerca de 10 minutos;
- Registar.
Diferente tipo de agulhas:
Nas injeções subcutâneas devemos fazer uma prega cutânea para que a pele fique o mais
afastada do músculo. Não devemos fazer prega em pessoas obesas, pois têm presente tecido
cutâneo suficiente, e neste caso a angulação pode ser de 90º, sem se correr o risco de atingir o
músculo. Numa pessoa muito magra, pode-se ter que diminuir o ângulo e fazer menos de 45º.
Objetivo: administrar medicamentos por via parentérica em que se pretende absorção mais lenta.
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e verificar c/ o medicamento;
- Executar os 5 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente de acordo com o local da injeção;
- Calçar luvas e confirmar outra vez a dose a administrar;
- Desinfetar o local (segundo novas orientações este passo não é preciso);
- Executar prega cutânea;
- Inserir agulha, desfazer a prega e administrar a medicação lentamente;
- Remover a agulha, fazendo pressão com uma compressa no local da picada;
- Registar.
Via intramuscular: (Região ventroglútea; pequeno e médio glúteo, aguenta até 4ml)
- Usam- se agulhas 21G ou 23 G;
- Locais:quadrante superior externo da região dorsoglútea; 1/3 médio da face antero-lateral da
coxa; face externa do 1/3 superior do braço;
A região dorsoglútea (grande glúteo), hoje em dia não é muito aconselhado quando existe região
ventroglútea (pequeno e médio glúteo), onde há menos probabilidade de acertar em vasos. Em
pessoas muito obesas, estes locais não são os preferíveis, mas sim a IM no vasto lateral (ou seja,
na parte da frente da coxa). A ventroglútea é melhor para pessoas que estejam acamadas e com
fraldas.
Objetivos:
- Administrar medicamentos por via parentérica em que se pretende absorção mais rápida doq eu
pela via subcutânea;
- Administrar medicamentos que são irritantes para o tecido celular subcutâneo ou que são
neutralizados no trato gastrointestinal;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e verificar c/ o medicamento;
- Executar os 5 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente tendo em conta o local selecionado para a punção;
- Calçar luvas, confirmar outra vez a dose a administrar e desinfetar o local;
- Inserir a agulha a 90º com pele, aspirar ligeiramente e injetar o medicamento devagar;
- Remover a agulha e fazer pressão com uma compressa no local de inserção;
- Registar.
Orientações:
- Monitorizar: sinais vitais, estado da pele e mucosas, débito urinário, peso, ocorrência de sede,
estado de consciência, tónus muscular e valores laboratoriais sempre que está a ser administrada
terapia com fluidos ou eletrólitos;
- Executar com técnica assética;
- Trocar o cateter, sistema de perfusão, torneiras e prolongamentos de acordo com as orientações
do serviço;
- Proteger com penso estéril o local de inserção do cateter, para prevenir contaminação,
- Verificar a compatibilidade dos medicamentos, não administrar em simultâneo medicação
incompatível;
- Evitar administrar substâncias quimicamente irritantes através dos cateteres periféricos;
- Verificar o local de inserção do cateter e a permeabilidade do mesmo e do sistema de perfusão,
antes de qualquer administração;
- Aplicar prolongamentos venosos com o comprimento suficiente para a mobilização do utente,
mas o mais curto possível;
- Aplicar torneira de três vias ou obturador para cateter sempre que sejam previsíveis
administrações subsequentes;
Angina de peito: é uma síndrome clinica que consiste em desconforto ou dor no tórax, com
um carácter recorrente, associada a isquemia miocárdica, mas sem necrose do miocárdio.
Causas: aterosclerose das coronárias, anomalias congénitas das artérias coronárias, espasmos
das artérias coronárias, vasculite coronária, estenose aórtica, miocardiopatia hipertrófica;
Manifestações clínicas: dor no peito que dura entre 10 a 15 minutos, normalmente;
Insuficiência cardíaca: consiste numa síndrome que resulta de uma lesão miocárdica que
determina uma redução significativa da função ventricular esquerda, quer seja por sobrecarga
persistente (hipertensão arterial) ou por perda do miocárdio (EAM ou miocardite).
Causas: hipertensão arterial, EAM ou miocardite;
Manifestações clínicas: hipotensão, confusão mental, isquemia intestina, insuficiência renal,
perfusão tecidual deficiente, edema pulmonar, dispneia paroxística noturna, ortopneia, congestão
hepática, ascite e edema;
Neurologia
Alguns conceitos:
- Anosmia (não cheirar);
- Hiposmia (diminui a capacidade de cheirar);
- Hemianopsia (só vê metade do campo visual, ou esq. ou dir. acontece em utentes c/ AVC);
- Diplopia (ver duas imagens);
- Nistagmo (o olho treme verticalmente ou horizontalmente);
- Miose (pupila mais pequena que o habitual);
- Midríase (pupila dilatada);
- Isocóricas (pupilas iguais);
- Anisocóricas (pupilas diferentes uma da outra);
- Apneustia (pausas inspiratórias e expiratórias prolongadas);
- Respiração atáxica (padrão irregular, movimentos profundos e superficiais ao acaso, com
períodos irregulares de apneia);
Exame neurológico: consiste numa sequência de testes que exploram todas as funções
neurológicas, onde se deve ter em conta a idade e outras especificidades do indivíduo.
- Exame do estado mental:
✓ Atenção e concentração (ex: através do teste dos 7 seriados, ou seja contar de 7 em 7);
✓ Orientação (no tempo, espaço);
✓ Linguagem (compreensão, nomeação de objetos, repetição e leitura);
✓ Memória;
✓ Capacidades cognitivas (cálculos, geração de palavras, capacidades verbais – soletrar);
-Exame da sensibilidade;
-Exame dos reflexos.
Acidente vascular cerebral (AVC): é uma síndrome caracterizada pelo início agudo de um
défice neurológico que persiste durante pelo menos 24 horas. Traduz um envolvimento focal do
sistema nervoso central e é o resultado de uma alteração da circulação cerebral.
Fatores de risco: HTA, tabagismo, consumo excessivo de álcool, diabetes, hipercolesterolemia,
acidentes isquémicos transitórios (AIT), estenose carotídea.
Causas: tromboses ou embolias (isquémicos), hemorragias (hemorrágicos);
Manifestações clínicas: parésia, afasia, distúrbios visuais, cefaleias, convulsões,
hemiparesia/hemiplegia, perdas sensitivas (parestesias), alterações da linguagem/fala;
Diagnósticos de Enfermagem (exemplos):
✓ Risco de lesão devido às deficiências neurológicas;
✓ Mobilidade física prejudicada devida às deficiências motoras;
✓ Processos mentais alterados, devido à lesão cerebral;
✓ Comunicação verbal prejudicada devida à lesão cerebral;
✓ Deficiência nos Autocuidados devida à hemiparesia/paralisia;
✓ Nutrição alterada: menor do que as exigências corporais, devida ao distúrbio da auto-
alimentação, mastigação, deglutição;
✓ Diurese alterada devida à deficiência motora/sensitiva;
✓ Processo familiar alterado devido à doença catastrófica, sequelas cognitivas,
comportamentais do AVC e por apresentar-se como um problema para a família;
Epilepsia (não é dos meus apontamentos): resulta de distúrbios nas células do cérebro que
produzem descargas elétricas anormais, recidivantes, não-controladas.
Manifestações clínicas: relacionadas com a área do cérebro envolvida na atividade convulsiva.
Pode variar desde sensações anormais isoladas, atividade motora aberrante,
consciência/personalidade alterada até a perda da consciência e movimentos convulsivos.
Distúrbios da consciência; distúrbios do tónus muscular e movimento; distúrbios do
comportamento, humor, sensação ou perceção; distúrbios das funções autónomas.
Complicações: estado epiléptico; lesões devidas às quedas.
Esclerose múltipla (não é dos meus apontamentos): é uma doença crónica do SNC
caracterizada pela ocorrência de pequenas placas de desmielinização da substância branca do
nervo ótico, cérebro e medula espinhal.
Manifestações clínicas: as lesões podem ocorrer em qualquer parte dentro da substância branca
do SNC. Os sintomas refletem a localização da área de desmielinização.
✓ Fadiga e fraqueza;
✓ Reflexos anormais – ausentes ou exagerados;
✓ Distúrbios visuais – visão prejudicada e dupla, nistagmos;
✓ Disfunção motora – fraqueza, tremores, falta de coordenação;
✓ Distúrbios sensitivos – parestesias, sensibilidade profunda prejudicada, prejuízo do
sentido vibratório e de posição;
✓ Distúrbio da fala – arrastada e interrompida (disartria);
✓ Disfunção urinária – frequência e urgência miccional, retenção, incontinência;
✓ Síndromes neurocomportamentais., depressão, distúrbio cognitivo, labilidade emocional;
Endocrinologia
Diabetes mellitus (não é dos meus apontamentos): é um distúrbio metabólico
caracterizado por hiperglicemia e decorre da produção, secreção ou utilização deficientes de
insulina.
Manifestações clínicas: hiperglicemia; alteração na resposta tecidual;
Complicações:
-Agudas
✓ A hipoglicemia é o resultado do desequilíbrio entre alimentos, atividade e
insulina/hipoglicemiante oral;
✓ A cetoacidose diabética é vista principalmente na diabetes insulinodependente, em
momentos de deficiência grave de insulina ou de enfermidades que determinam
hiperglicemia grave, cetonúria, desidratação e acidose;
- Crónicas
✓ Doença vascular cerebral;
✓ Coronariopatia;
✓ Doença vascular periférica;
✓ Retinopatia;
✓ Nefropatia;
✓ Gastroparésia;
✓ Diarreia;
✓ Impotência/disfunção sexual;
✓ Hipotensão ortostática;
Diagnósticos de Enfermagem:
✓ Alteração da nutrição (superior às necessidades do organismo) devida à ingestão
superior aos gastos com a atividade;
✓ Medo de injetar insulina;
✓ Risco de lesão (hipoglicemia) devido aos efeitos da insulina e da incapacidade de se
alimentar;
✓ Intolerância à atividade devida ao precário controle da glicemia;
✓ Déficit de conhecimento sobre o uso de hipoglicemizantes orais;
✓ Risco de alteração da integridade tecidual devido à diminuição da sensibilidade e da
circulação para as extremidades inferiores;
✓ Deficiência em lidar com a doença crónica e com o esquema complexo de
autotratamento;
Reumatologia
Artrite reumatoide (não é dos meus apontamentos): é uma expressão genérica usada para
descrever o que pode ser um grupo heterogéneo de doenças inflamatórias afectando as
articulações e outros sistemas do organismo.
Manifestações clínicas:
- Artrite (artrite bilateral, simétrica afecta qualquer articulação diartródica, porém mais
frequentemente as mãos, os punhos, os joelhos e os pés);
- Manifestações cutâneas (nódulos reumatóides – os cotovelos, occipício, sacro; alterações
vasculíticas – lesões acastanhadas nos dedos ou nas pregas ungueais);
- Manifestações cardíacas (pericardite aguda; insuficiência valvular; arterite coronariana);
- Manifestações pulmonares (doença pulmonar assintomática; derrame pleural; fibrose
intersticial; obstrução laríngea decorrente do comprometimento da articulação cricoaritenóide –
rara.)
- Manifestações neurológicas (síndrome do túnel cárpico; compressão de radículas nervosas
medulares);
- Manifestações sistémicas (febre, fadiga, perda ponderal)
Diagnósticos de Enfermagem:
✓ Dor crónica devido ao processo patológico;
✓ Deficiência de mobilidade física devida à dor e à pequena motilidade articular;
✓ Deficiência no autocuidado devida às limitações secundárias à doença;
✓ Superação individual ineficaz relacionada com a dor, as limitações físicas e a
cronicidade da AR;
Artrite úrica – gota (não é dos meus apontamentos): distúrbio do metabolismo das purinas
caracterizado por níveis elevados do ácido úrico e deposição de urato (geralmente na forma de
cristais) nas articulações e outros tecidos.
Manifestações clínicas:
- Artrite Gotosa Aguda
✓ Geralmente afeta uma articulação – com frequência, a primeira articulação
metatarsofalangiana é chamada podagra;
✓ Outras articulações podem ser afetadas, tais como tornozelo, társicas, joelho; as
extremidades superiores são menos atingidas;
✓ Dor, calor, hiperemia e edema do tecido adjacente à articulação comprometida;
✓ Pode ocorrer febre;
✓ Início súbito dos sintomas; a intensidade é grave;
✓ A duração dos sintomas é autolimitada; dura de 3 a 10 dias sem tratamento;
- Gota Tofosa Crónica
✓ Ocorre quando a gota aguda é tratada de maneira inadequada ou não é tratada;
✓ Caracteriza-se pelo aparecimento de tofos ou depósitos de ácido úrico em e ao redor de
articulações, cartilagem e tecidos moles;
✓ A artrite é de natureza mais crónica, com as crises isoladas sendo menos comuns;
✓ A artrite pode determinar erosões ósseas e deformidades subsequentes que podem
lembrar a AR;
-Doença Renal
✓ Causada pela hiperuricemia (elevação persistente do ácido úrico no sangue);
✓ Os cálculos renais são compostos de ácido úrico;
✓ Depósito de ácido úrico no tecido renal;
Complicações: cálculo renal de ácido úrico; nefropatia do urato; artrite erosiva, deformante;
Artrose (não é dos meus apontamentos): doença reumática mais frequente. Tem tendência
a aumentar devido ao aumento da esperança de vida.
Manifestações clínicas:
✓ Afeta uma articulação (geralmente);
✓ Dor que aumenta com o movimento;
✓ Rigidez da articulação (matinal ou após períodos de imobilidade);
✓ Crepitação;
✓ Instabilidade articular;
✓ Atrofia muscular;
Osteoporose (não é dos meus apontamentos): é uma condição na qual a matriz óssea é
perdida, enfraquecendo dessa forma os ossos e tornando-os mais suscetíveis às fraturas.
Manifestações clínicas:
✓ Assintomática até aos estágios mais avançados;
✓ A fratura após um pequeno traumatismo pode constituir a primeira indicação. As fraturas
mais frequentes associadas com a osteoporose incluem as fraturas do rádio distal, dos
corpos vertebrais, do úmero proximal, e do fémur proximal (quadril);
✓ Podem existir queixas vagas relacionadas com o processo de envelhecimento (rigidez,
dor, fraqueza);
✓ Pode ser observada uma deficiência de estrogénio.
Complicações: fraturas.
Diagnósticos de Enfermagem:
✓ Dor crónica devida às fraturas por compressão vertebral nos estágios subsequentes da
osteoporose.
Insuficiência renal aguda (não é dos meus apontamentos): é uma síndrome de origem
variável que leva a um súbito declínio da função renal. É frequentemente associada com um
aumento nas concentrações séricas de ureia (azotemia) e creatinina, oligúria (menos de 500 mL
de urina/24h), hipercalemia e retenção de sódio.
Manifestações clínicas:
✓ Pré-renal – turgor cutâneo diminuído, ressecamento das mucosas, perda de peso,
hipotensão, oligúria ou anúria;
✓ Pós-renal – dificuldade na micção; alterações no jacto urinário,
✓ Intra-renal – febre, erupção cutânea,edema;
✓ Alterações no volume urinário e concentrações séricas de BUN, creatinina, ácido úrico,
potássio etc., conforme descrito anteriormente.
Complicações: morte
Infeção do trato urinário: é definida como a presença de bactérias em qualquer lugar entre o
córtex renal e o meato uretral. Levando-se em conta que o mais das vezes é difícil determinar a
localização exata da infeção, o termo ITU é usado para explicar a presença de microrganismos
em qualquer lugar dentro do trato urinário.
Manifestações clínicas: febre; anorexia e mal-estar geral; frequência urinária -urgência, disúria,
gotejamento; enurese diurna ou noturna; odor fétido ou mudança no aspeto da urina; dor
abdominal ou suprapúbica; hipersensibilidade sobre um ou ambos os rins; irritabilidade; vómitos
Complicações: existe certa tendência para a infeção recorrente; as crianças com lesões
obstrutivas do trato urinário e aquelas com refluxo vesico ureteral grave correm alto risco de
sofrer dano do rim.