TECNÓLOGA EM RADIOLOGIA (UNIFAMAZ) MESTRE EM EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE (IEC) Enema opaco • É o exame radiológico cujo foco principal é a visualização do intestino grosso para isso faz-se necessário o uso do sulfato de bário como meio de contraste. • Os profissionais das técnicas radiológicas podem utilizar as técnicas do simples e do duplo contraste, de acordo com a solicitação médica. • Técnica conhecida na prática como duplo contraste é a técnica de expansão do cólon, em que para realizar o exame, insufla-se ar no interior do intestino deixando a mucosa com resquícios do sulfato de bário, denominada de “Técnica de Malmo”. • É necessário que nas imagens sejam identificadas as seguintes estruturas: • Ceco, Cólon ascendente evidenciando a flexura hepática, Cólon transverso evidenciando a flexura esplênica. Cólon descendente, Cólon sigmóide e Reto. • 1- ceco; • 2-colo ascendente; • 3- flexura direita do colo; • 4-colo transverso; • 5- flexura esquerda do colo; • 6-colo descendente; • 7-colo sigmoide; • 8-reto INDICAÇÕES CLÍNICAS
• As indicações clínicas do Enema Opaco
incluem: • Colite: é um aumento (inflamação) do intestino grosso (cólon). • Diverticulite: é uma doença que causa inflamação de pequenas pregas formadas no intestino • Neoplasias: tumores • Volvo: torção de segmentos intestinais CONTRA-INDICAÇÕES
• As duas contra-indicações estritas a esse
estudo são similares àquelas descritas para o trânsito de delgado. Elas foram descritas como possível perfuração de víscera oca e possível obstrução do intestino grosso. Essas pessoas não devem receber bário como meio de contraste. Preparo para o exame enema opaco • Para realizar o exame de enema opaco, é importante que a pessoa siga algumas orientações do médico, como: • Jejum de cerca de 8 a 10 horas antes do exame; • Não fumar, nem mascar chiclete durante o jejum; • Tomar um laxante em forma de comprimido ou supositório no dia anterior para limpar os intestinos; • Realizar uma dieta líquida no dia anterior ao exame, indicada pelo médico. • Esses cuidados são importantes porque o intestino deve estar completamente limpo, sem resíduos de fezes ou gazes, para que seja possível ver as alterações • Durante o exame, a pessoa pode sentir vontade de evacuar, principalmente depois da injeção de ar e, após o exame, poderá sentir inchaço e dores no abdômen e vontade urgente de evacuar. • É normal que a pessoa tenha prisão de ventre por alguns dias e as fezes ficarem brancas ou cinzas devido ao contraste, por isso é muito importante aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras, como cereais integrais e frutas com casca, e beber 2 litros de água por dia SEQUÊNCIAS RADIOGRÁFICA • Radiografia simples de abdome (AP) – Controle • O feixe central deverá estar a 1 m de distância foco receptor de imagem. • O receptor de imagem deve ser selecionado de acordo com o biotipo do usuário. • De modo geral, é usado o formato, 35 cm x 43 cm, no sentido longitudinal. POSIÇÃO DE SIMS - INSERÇÃO DA SONDA • Posicionar o usuário em posição de Sims. O médico radiologista fará o exame de toque para garantir que não há uma fissura e nem obstruções na região do ânus/reto que possam impedir a inserção da sonda • A sonda utilizada neste procedimento é a de Foley. Observar o movimento respiratório do usuário, a inserção da sonda será feita na expiração, momento em que o usuário relaxa a musculatura. • Conversar e orientar o usuário durante todo o procedimento. Deve-se introduzir, via retal, 2 a 5 cm a sonda de Foley, com o uso de pomada anestésica. • O balonete deve ser inflado e tracionado de modo que seja vedado o canal anal. A fluoroscopia é utilizada para a certificação da localização correta da sonda. Administrar o contraste, deixando-o fluir lentamente na última porção do TGI. POSIÇÃO DD - REGIÃO RETO SIGMOIDE (INCIDÊNCIA AP DE RETO) • Incidência anteroposterior, usuário em decúbito dorsal. • Com as pernas unidas e braços relaxados ao lado do corpo. Posicionar o usuário com o plano médio sagital em alinhamento com a linha central da mesa. • O feixe central deve incidir 5 cm abaixo e entre as EIAS. • O receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm no sentido longitudinal. POSIÇÃO OPE - REGIÃO RETOSSIGMOIDE (INCIDÊNCIAOBLIQUA DE RETO) • Usuário em decúbito dorsal. • Posicionado em oblíqua posterior esquerda. Os braços podem ficar sobre a região do tórax, observar que o usuário esteja oblíquado a 45º. • O feixe central deve incidir 5 cm abaixo e entre as EIAS. • O receptor de imagem indicado é o formato 24 x 30 cm no sentido longitudinal. POSIÇÃO DLE - REGIÃO RETOSSIGMOIDE (LATERAL DE RETO)
• Usuário em decúbito lateral
esquerdo . • Os ombros e os quadris devem estar alinhados para que não haja rotação. • Os braços deverão ser acomodados na região torácica e, para proporcionar um conforto maior ao usuário durante este posicionamento, solicitar a flexão dos joelhos. • O feixe central deve incidir no nível das EIAS • O receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm no sentido longitudinal. POSIÇÃO DD - REGIÃO DOS CÓLONS (INCIDÊNCIAAP DE ABDOME)
• Nesta incidência serão visualizados
os cólons ascendente, descendente, transverso e os ângulos. • As pernas ficarão levemente abduzidas e os braços deverão estar relaxados ao lado do corpo. • O feixe central deverá estar a 1 metro de distância foco receptor de imagem. • O receptor de imagem deve ser selecionado de acordo com o biotipo do usuário. • De modo geral, é usado o formato 35 cm x 43 cm, no sentido longitudinal. POSIÇÃO OAE - REGIÃO DO ÂNGULO ESPLÊNICO • Usuário em decúbito dorsal com o usuário obliquado a 45º posicionado em oblíqua anterior esquerda. Sugere-se que os braços fiquem ao lado do corpo. • O feixe central deve incidir no nível de L1. O receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm no sentido longitudinal. POSIÇÃO OAD - REGIÃO DO ÂNGULO HEPÁTICO • Usuário em decúbito dorsal com o usuário obliquado a 45º posicionado em oblíqua anterior direita. Sugere-se que os braços fiquem ao lado do corpo. • O feixe central deve incidir no nível de L1. O receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm no sentido longitudinal POSIÇÃO DD - RADIOGRAFIA DA REGIÃO DO CECO (INCIDÊNCIA AP) • Incidência anteroposterior, usuário em decúbito dorsal. • Com as pernas unidas e braços relaxados ao lado do corpo. Posicionar o usuário com o plano médio sagital em alinhamento com a linha central da mesa. • O feixe central deve incidir a 5 cm medial à espinha ilíaca anterossuperior direita. • O receptor de imagem indicado é o 24 cm x 30 cm no sentido longitudinal. POSIÇÃO DD - RADIOGRAFIA DA REGIÃO DO CECO (OAD) • Usuário em decúbito dorsal. • Posicionado em oblíqua anterior direita. Os braços podem ficar sobre a região do tórax; observar que o usuário esteja obliquado a 45º. • O feixe central deve incidir em torno de 5 cm medial a espinha ilíaca anterossuperior direita . • O receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm no sentido longitudinal. REGIÃO DO ABDOME EM PROCESSO DE ESVAZIAMENTO • Nesta incidência são observadas as estruturas que compõe o intestino grosso. Ceco, Cólon ascendente, Cólon transverso. Cólon descendente, Cólon sigmoide e Reto e suas flexuras com os ângulos fechados. • O feixe central deve incidir no nível das cristas ilíacas. • O receptor de imagem indicado é o formato 35 cm x 43 cm no sentido longitudinal. Diverticulite • Diverticulite é uma inflamação caracterizada principalmente por bolsas e quistos pequenos e salientes da parede interna do intestino (divertículos) que ficam inflamados ou infectados. • A presença de divertículos no corpo é bastante comum, principalmente após os 40 anos de idade.
• A presença de divertículos no trato digestivo é
chamada de diverticulose. Eles são inofensivos, a não ser que desencadeiem algum problema de saúde, como é o caso da diverticulite.
• Do contrário, uma pessoa pode apresentar
diverticulose e nunca saber disso • A diverticulite é causada por pequenos pedaços de fezes que ficam presas nesses quistos, provocando infecção ou inflamação.
• Antigamente, acreditava-se que nozes,
sementes, pipoca e milho desempenhassem um papel de importância nas causas da diverticulite, mas essa teoria já caiu por terra. Fatores de risco • Idade: pessoas acima dos 40 anos • Alimentar-se com uma dieta pobre em fibras • Pouco exercício físico • Obesidade • Tabagismo • Pessoas com divertículos, sem a inflamação da diverticulite, geralmente não apresentam sintomas, mas podem sentir inchaço e cólicas na parte inferior do abdômen. Raramente, elas notam sangue nas fezes ou no papel higiênico. • Os sintomas da diverticulite são mais graves e geralmente aparecem subitamente, mas podem piorar em poucos dias. São eles: • Sensibilidade, geralmente na parte inferior esquerda do abdome • Inchaço ou Gases • Febre e calafrios • Náusea e vômito • Falta de fome e alimentação insuficiente Volvo – torção do intestino grosso Principais sintomas
• Os principais sintomas do volvo intestinal estão
relacionados, principalmente, à obstrução causada no intestino, e incluem: • Dor abdominal tipo cólica; • Náuseas e vômitos; • Incapacidade de eliminar fezes ou gases; • Inchaço da barriga; • Tonturas; • Febre. O que pode causar a torção
• Nem sempre é possível identificar a causa
deste problema, no entanto, as mais comuns são: • Alterações genéticas da forma do intestino; • Adesões intestinais provocadas por cirurgia abdominal ou infecção; • Tumor no intestino ou algo cause obstrução e rotação no intestino;; • Constipação crônica. Megacolon Megacolon • O megacólon é caracterizado pela dilatação e alongamento da porção final do intestino grosso. Como consequência, o órgão perde lentamente a sua função, tornando a digestão mais demorada e causando cada vez mais constipação. Qual tratamento para megacólon?
• Nós podemos tratar os sintoma
do Megacólon temporariamente com lavagem intestinal. No entanto, o tratamento definitivo da doença é cirúrgico. Assim, o objetivo da cirurgia é retirar a parte doente e reconstruir o trato intestinal. Isso é feito levando até o anus o segmento do intestino com inervação normal.