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PROCEDIMENTOS

ESPECIALIZADOS

MSc MARIANNE ARRAES


TECNÓLOGA EM RADIOLOGIA (UNIFAMAZ)
MESTRE EM EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM
SAÚDE (IEC)
Enema opaco
• É o exame radiológico cujo foco principal é a
visualização do intestino grosso para isso faz-se
necessário o uso do sulfato de bário como meio de
contraste.
• Os profissionais das técnicas radiológicas podem
utilizar as técnicas do simples e do duplo contraste, de
acordo com a solicitação médica.
• Técnica conhecida na prática como duplo contraste é a
técnica de expansão do cólon, em que para realizar o
exame, insufla-se ar no interior do intestino deixando a
mucosa com resquícios do sulfato de bário,
denominada de “Técnica de Malmo”.
• É necessário que nas imagens sejam identificadas as
seguintes estruturas:
• Ceco, Cólon ascendente evidenciando a flexura hepática,
Cólon transverso evidenciando a flexura esplênica. Cólon
descendente, Cólon sigmóide e Reto.
• 1- ceco;
• 2-colo ascendente;
• 3- flexura direita do colo;
• 4-colo transverso;
• 5- flexura esquerda do colo;
• 6-colo descendente;
• 7-colo sigmoide;
• 8-reto
INDICAÇÕES CLÍNICAS

• As indicações clínicas do Enema Opaco


incluem:
• Colite: é um aumento (inflamação) do
intestino grosso (cólon).
• Diverticulite: é uma doença que causa
inflamação de pequenas pregas formadas no
intestino
• Neoplasias: tumores
• Volvo: torção de segmentos intestinais
CONTRA-INDICAÇÕES

• As duas contra-indicações estritas a esse


estudo são similares àquelas descritas para o
trânsito de delgado. Elas foram descritas como
possível perfuração de víscera oca e possível
obstrução do intestino grosso. Essas pessoas
não devem receber bário como meio de
contraste.
Preparo para o exame enema opaco
• Para realizar o exame de enema opaco, é importante
que a pessoa siga algumas orientações do médico,
como:
• Jejum de cerca de 8 a 10 horas antes do exame;
• Não fumar, nem mascar chiclete durante o jejum;
• Tomar um laxante em forma de comprimido ou
supositório no dia anterior para limpar os intestinos;
• Realizar uma dieta líquida no dia anterior ao exame,
indicada pelo médico.
• Esses cuidados são importantes porque o intestino
deve estar completamente limpo, sem resíduos de
fezes ou gazes, para que seja possível ver as alterações
• Durante o exame, a pessoa pode sentir
vontade de evacuar, principalmente depois da
injeção de ar e, após o exame, poderá sentir
inchaço e dores no abdômen e vontade
urgente de evacuar.
• É normal que a pessoa tenha prisão de ventre
por alguns dias e as fezes ficarem brancas ou
cinzas devido ao contraste, por isso é muito
importante aumentar o consumo de alimentos
ricos em fibras, como cereais integrais e frutas
com casca, e beber 2 litros de água por dia
SEQUÊNCIAS RADIOGRÁFICA
• Radiografia simples de
abdome (AP) – Controle
• O feixe central deverá estar
a 1 m de distância foco
receptor de imagem.
• O receptor de imagem deve
ser selecionado de acordo
com o biotipo do usuário.
• De modo geral, é usado o
formato, 35 cm x 43 cm, no
sentido longitudinal.
POSIÇÃO DE SIMS - INSERÇÃO DA
SONDA
• Posicionar o usuário
em posição de Sims.
O médico
radiologista fará o
exame de toque para
garantir que não há
uma fissura e nem
obstruções na região
do ânus/reto que
possam impedir a
inserção da sonda
• A sonda utilizada neste procedimento é a de
Foley. Observar o movimento respiratório do
usuário, a inserção da sonda será feita na
expiração, momento em que o usuário relaxa a
musculatura.
• Conversar e orientar o usuário durante todo o
procedimento. Deve-se introduzir, via retal, 2 a 5
cm a sonda de Foley, com o uso de pomada
anestésica.
• O balonete deve ser inflado e tracionado de
modo que seja vedado o canal anal. A
fluoroscopia é utilizada para a certificação da
localização correta da sonda. Administrar o
contraste, deixando-o fluir lentamente na última
porção do TGI.
POSIÇÃO DD - REGIÃO RETO SIGMOIDE
(INCIDÊNCIA AP DE RETO)
• Incidência anteroposterior,
usuário em decúbito dorsal.
• Com as pernas unidas e
braços relaxados ao lado do
corpo. Posicionar o usuário
com o plano médio sagital
em alinhamento com a linha
central da mesa.
• O feixe central deve incidir 5
cm abaixo e entre as EIAS.
• O receptor de imagem
indicado é o formato 24 cm
x 30 cm no sentido
longitudinal.
POSIÇÃO OPE - REGIÃO RETOSSIGMOIDE
(INCIDÊNCIAOBLIQUA DE RETO)
• Usuário em decúbito
dorsal.
• Posicionado em oblíqua
posterior esquerda. Os
braços podem ficar sobre a
região do tórax, observar
que o usuário esteja
oblíquado a 45º.
• O feixe central deve incidir
5 cm abaixo e entre as
EIAS.
• O receptor de imagem
indicado é o formato 24 x
30 cm no sentido
longitudinal.
POSIÇÃO DLE - REGIÃO RETOSSIGMOIDE
(LATERAL DE RETO)

• Usuário em decúbito lateral


esquerdo .
• Os ombros e os quadris devem
estar alinhados para que não
haja rotação.
• Os braços deverão ser
acomodados na região torácica e,
para proporcionar um conforto
maior ao usuário durante este
posicionamento, solicitar a flexão
dos joelhos.
• O feixe central deve incidir no
nível das EIAS
• O receptor de imagem indicado é
o formato 24 cm x 30 cm no
sentido longitudinal.
POSIÇÃO DD - REGIÃO DOS CÓLONS
(INCIDÊNCIAAP DE ABDOME)

• Nesta incidência serão visualizados


os cólons ascendente,
descendente, transverso e os
ângulos.
• As pernas ficarão levemente
abduzidas e os braços deverão
estar relaxados ao lado do corpo.
• O feixe central deverá estar a 1
metro de distância foco receptor
de imagem.
• O receptor de imagem deve ser
selecionado de acordo com o
biotipo do usuário.
• De modo geral, é usado o formato
35 cm x 43 cm, no sentido
longitudinal.
POSIÇÃO OAE - REGIÃO DO ÂNGULO
ESPLÊNICO
• Usuário em decúbito
dorsal com o usuário
obliquado a 45º
posicionado em oblíqua
anterior esquerda.
Sugere-se que os braços
fiquem ao lado do corpo.
• O feixe central deve
incidir no nível de L1. O
receptor de imagem
indicado é o formato 24
cm x 30 cm no sentido
longitudinal.
POSIÇÃO OAD - REGIÃO DO ÂNGULO
HEPÁTICO
• Usuário em decúbito
dorsal com o usuário
obliquado a 45º
posicionado em oblíqua
anterior direita. Sugere-se
que os braços fiquem ao
lado do corpo.
• O feixe central deve
incidir no nível de L1. O
receptor de imagem
indicado é o formato 24
cm x 30 cm no sentido
longitudinal
POSIÇÃO DD - RADIOGRAFIA DA REGIÃO DO
CECO (INCIDÊNCIA AP)
• Incidência anteroposterior,
usuário em decúbito dorsal.
• Com as pernas unidas e
braços relaxados ao lado do
corpo. Posicionar o usuário
com o plano médio sagital
em alinhamento com a linha
central da mesa.
• O feixe central deve incidir a
5 cm medial à espinha ilíaca
anterossuperior direita.
• O receptor de imagem
indicado é o 24 cm x 30 cm
no sentido longitudinal.
POSIÇÃO DD - RADIOGRAFIA DA REGIÃO DO
CECO (OAD)
• Usuário em decúbito dorsal.
• Posicionado em oblíqua
anterior direita. Os braços
podem ficar sobre a região
do tórax; observar que o
usuário esteja obliquado a
45º.
• O feixe central deve incidir
em torno de 5 cm medial a
espinha ilíaca
anterossuperior direita .
• O receptor de imagem
indicado é o formato 24 cm
x 30 cm no sentido
longitudinal.
REGIÃO DO ABDOME EM PROCESSO DE
ESVAZIAMENTO
• Nesta incidência são
observadas as estruturas que
compõe o intestino grosso.
Ceco, Cólon ascendente,
Cólon transverso. Cólon
descendente, Cólon sigmoide
e Reto e suas flexuras com os
ângulos fechados.
• O feixe central deve incidir
no nível das cristas ilíacas.
• O receptor de imagem
indicado é o formato 35 cm x
43 cm no sentido
longitudinal.
Diverticulite
• Diverticulite é uma inflamação caracterizada
principalmente por bolsas e quistos pequenos
e salientes da parede interna do intestino
(divertículos) que ficam inflamados ou
infectados.
• A presença de divertículos no corpo é bastante
comum, principalmente após os 40 anos de
idade.

• A presença de divertículos no trato digestivo é


chamada de diverticulose. Eles são inofensivos, a
não ser que desencadeiem algum problema de
saúde, como é o caso da diverticulite.

• Do contrário, uma pessoa pode apresentar


diverticulose e nunca saber disso
• A diverticulite é causada por pequenos
pedaços de fezes que ficam presas nesses
quistos, provocando infecção ou inflamação.

• Antigamente, acreditava-se que nozes,


sementes, pipoca e milho desempenhassem
um papel de importância nas causas da
diverticulite, mas essa teoria já caiu por terra.
Fatores de risco
• Idade: pessoas acima dos 40 anos
• Alimentar-se com uma dieta pobre em fibras
• Pouco exercício físico
• Obesidade
• Tabagismo
• Pessoas com divertículos, sem a inflamação da
diverticulite, geralmente não apresentam sintomas,
mas podem sentir inchaço e cólicas na parte inferior do
abdômen. Raramente, elas notam sangue nas fezes ou
no papel higiênico.
• Os sintomas da diverticulite são mais graves e
geralmente aparecem subitamente, mas podem piorar
em poucos dias. São eles:
• Sensibilidade, geralmente na parte inferior esquerda
do abdome
• Inchaço ou Gases
• Febre e calafrios
• Náusea e vômito
• Falta de fome e alimentação insuficiente
Volvo – torção do intestino grosso
Principais sintomas

• Os principais sintomas do volvo intestinal estão


relacionados, principalmente, à obstrução
causada no intestino, e incluem:
• Dor abdominal tipo cólica;
• Náuseas e vômitos;
• Incapacidade de eliminar fezes ou gases;
• Inchaço da barriga;
• Tonturas;
• Febre.
O que pode causar a torção

• Nem sempre é possível identificar a causa


deste problema, no entanto, as mais comuns
são:
• Alterações genéticas da forma do intestino;
• Adesões intestinais provocadas por cirurgia
abdominal ou infecção;
• Tumor no intestino ou algo cause obstrução e
rotação no intestino;;
• Constipação crônica.
Megacolon
Megacolon
• O megacólon é caracterizado pela dilatação e
alongamento da porção final do intestino
grosso. Como consequência, o órgão perde
lentamente a sua função, tornando a digestão
mais demorada e causando cada vez mais
constipação.
Qual tratamento para megacólon?

• Nós podemos tratar os sintoma


do Megacólon temporariamente com lavagem
intestinal. No entanto, o tratamento definitivo
da doença é cirúrgico. Assim, o objetivo da
cirurgia é retirar a parte doente e reconstruir o
trato intestinal. Isso é feito levando até o anus
o segmento do intestino com inervação
normal.

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