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MATERIAL DO CURSO
INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA VETERINÁRIA

APOSTILA
INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA VETERINÁRIA
INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA VETERINÁRIA

MEIOS DE CONTRASTE

Mielografia;

Colangiografia;

Urografia excretora;

MIELOGRAFIA

Finalidade do exame;

Mielografia;

Contra indicações;

Indicação equipamentos;

Meios de contraste;

Preparação do paciente;

Procedimentos;

Processo da injeção;

Riscos;

FINALIDADE DO EXAME

A mielografia é realizada para detectar várias lesões que podem estar


presentes dentro do canal espinhal ou podem estar salientando-se para o
interior do canal. Estas lesões incluem, mais comumente, tumores
cancerosos ou benignos, cistos e núcleo pulposo herniado.

INDICAÇÃO

Hérnias de discos.

Tumores.

Raiz nervosas machucadas.

CONTRAINDICAÇÕES

Sangue presente no líquido cranioespinhal (LCE): indica uma possível


irritação no interior do canal espinal que pode se agravar através do meio
de contraste.

Aracnoidite: inflamação da membrana aracnoide que pode se agravar pelo


meio de contraste.

Aumento da pressão intracraniana: a inserção de uma agulha no espaço


subaracnoide pode causar complicações severas, pois a pressão da área
do cérebro se iguala a da medula espinhal.

EQUIPAMENTOS

Os acessórios necessários são: cassetes gradeados com pregadores (para


radiografias com raios horizontais) uma bandeja de mielografia, luvas
estéreis, uma solução antisséptica, requisições laboratoriais adequadas e
um travesseiro para conforto do paciente.

O tamanho dos chassis depende do nível da porção do canal espinhal a ser


examinado.
MEIOS DE CONTRASTE

É utilizado o meio de contraste não iônico, hidrossolúvel à base de iodo,


depois e excretado pelo fígado.

A absorção começa aproximadamente 30 minutos após a injeção.

A dosagem de contraste é recomendada pelo fabricante e varia de acordo


com a concentração utilizada e com a região da coluna em questão.

Deve-se ter o cuidado e evitar que o contraste se infiltre na área da cabeça


durante o exame da coluna cervical.

PREPARAÇÃO DO PACIENTE

Deve se fazer anamnese no paciente informando se a possibilidade de


gravidez, e medicamentos que está utilizando, tipo de alergias etc.

Normalmente, o paciente apresenta ansiedade e nervosismo com o


procedimento e para relaxa-lo, um sedativo/relaxante muscular injetável
administrado 1 hora antes do exame pois reduz a ansiedade.

PROCEDIMENTOS

Normalmente, as áreas cervical (C1 e C2) e lombar (L3-L4) são usadas com
mais frequência, sendo a lombar a mais segura e fácil para o paciente.

Para a punção lombar o paciente deve estar em decúbito ventral, com um


travesseiro ou bloco no abdome para que o espaço intraespinal aumente,
facilitando a introdução da agulha ou na posição lateral esquerda com a
coluna flexionada.
PROCESSO DA INJEÇÃO

Primeiramente, o radiologista realiza a tricotomia.

Em seguida, é feita a limpeza e a desinfecção da área que é seca com


gazes e coberta com campo fenestrado que tem a capacidade de servir de
barreira microbiana bem como de ser impermeável a líquidos.

É dada a anestesia local no paciente, e após o seu efeito ocorre a


introdução da agulha espinal pela pele até o espaço subaracnoide. Sua
localidade é confirmada pelo livre retorno de líquido cerebrospinal (LCE)
que é coletado e enviado para o laboratório para análise.

Após a coleta, a agulha é mantida posicionada para que a injeção do meio


de contraste seja concluída.

Quando concluída a injeção, remove-se a agulha do paciente.

É feito um pequeno curativo no local da punção e as imagens radiográficas


podem ser feitas.

RISCOS

RISCOS LEVES: náuseas, espirros, pruído e erupções cutâneas.

RISCOS GRAVES: Envolvem problemas de coração e pulmão.

É incomum, mas pode ocorrer lesão de nervos e sangramento ao redor das


raízes nervosas no interior do canal vertebral. Além disso, pode haver a
inflamação e infecção das meninges. Convulsões são complicações
extremamente raras da mielografia.

COLANGIOGRAFIA

Definição do exame
Colangiografia endovenosa;

Colangiografia endoscópica;

Colangiografia intraoperatória;

Colangiografia pós-operatória pelo dreno de Kehr (tudo T).

OBJETIVO DO EXAME

Objetivo é visualização o trajeto da bile desde o fígado até o duodeno que


permite identificar eventuais obstruções dos canais por onde a bile passa,
bem como outras lesões, estenoses ou dilatação desses ductos.

COLANGIOGRAFIA ENDOVENOSA

É estudar radiologicamente as vias biliares através de infusão endovenosa.

INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO

Litíase biliar, estenoses, hepatopatia,

É indicada para estudo da vesícula biliar que não foi observada através de
um colescistograma oral, pacientes colecistomizados (ressecção da
vesícula biliar) e que apresentam vômito e diarreia intensos impossibilitando
a absorção do contraste.

É contraindicado em casos de alergia ao meio de contraste em questão, e


pacientes ictéricos.
PREPARO DO PACIENTE

Os laxativos são evitados num período de 24 hs antes do exame.A sua


utilização fica à critério médico.

A refeição na véspera do exame deve ser leve e não conter qualquer


gordura.

Ao chegar pela manhã, no departamento de radiologia, o paciente poderá


ser submetido a dois tipos de procedimento:

Infusão contínua: consiste em injetar 30 gramas de ioglicamato de


meglumina, nome comercial Miligrama®, por via endovenosa, de modo que
a administração demore no mínimo 10 minuto.

PROCEDIMENTOS

Normalmente são obtidas com tempos determinados, após iniciar o


contraste com: 30 minutos em projeção AP.,60 minutos, 90 minutos 120
minutos,150 minutos,180 minutos, 240 minutos 300 minutos até o
encerramento, ou à critério médico.

Nos exames realizados em pacientes colecistectomizados, é recomendado


manter o paciente em D.D. durante todo o exame. (Método de Robert
Wise). Pacientes q fazem uso de anticoncepcionais ou antibióticos terão
imagem prejudicada.

BS: A colangiografia endovenosa é raramente realizada hoje devido à


elevada incidência de reações ao meio de contraste. Com este risco
adicional de possível reação ao meio de contraste, outros procedimentos de
diagnóstico são mais seguros e mais precisos, como a ultrassonografia.
COLANGIOGRAFIA INTRAOPERATÓRIO

Procedimento realizado durante o ato cirúrgico de remoção da Vesícula


Biliar com o objeto de:

Investigar a perviedade do trato biliar.

Revelar quaisquer coleios não detectados previamente.

Demonstrar pequenas lesões estreitamentos ou dilatações dentro dos


duetos biliares.

MEIOS DE CONTRASTE: iodado não iodado ou iodado iônico.

INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES

Litída biliar.

Estenose.

E contra indicado para pacientes com alergia ao contraste.

METODOLOGIA

Paciente em decúbito dorsal, hipocôndrio direito localizado e realiza-se uma


radiografia simples:

Injeta-se 5 ml de contraste e realiza-se uma radiografia.

Injeta-se 5 ml de contraste e realiza-se outra radiografia.

Injeta-se 10 ml de contraste e realiza-se outra radiografia o- Chassis - 24 x


30.

Os materiais necessários são: seringa, contraste, cateter e clip cirúrgico.


COLANGIOGRAFIA PELO DRENO DE KHER

Objetivo:

Visualizar quaisquer colelitos residuais ou previamente não detectados.

Avaliar o estado do sistema ducto biliar.

Demonstrar pequenas lesões, estenoses ou dilatações dentro dos ductos


biliares.

INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO

INDICAÇÕES: cirurgia de via biliar em que se pretende realizar a


cologiografia a posterior.

Quando há má drenagem biliar (papilite).

Quando há cálculo residual na via biliar e o cirúrgico não consegue retirá-lo.

Neoplastia inoperável.

Contraindicação pacientes com alergia ao meio de contraste.

PREPARO DO PACIENTE E MATERIAIS UTILIZADOS

Jejum de 8 horas.

Preparo intestinal a critério médico.

Seringa;

Contraste iodado;
Materiais para assepsia: pinça;

PROCEDIMENTOS

O procedimento mais indicado é a fluoroscopia, mas quando são realizados


em aparelhos de Raios-X convencionais, sem TV, a procedência deverá ser
a seguinte:

Injetar de 3 a 5 ml de contraste iodado e radiografar as vias biliares.

Aguardar cerca de 3 minutos, para que o contraste se encaminhe para o


duodeno, e radiografar as vias biliares.

Injetar o restante do contraste, cerca de 10 ml e novamente radiografar as


vias biliares.

São realizadas radiografias: piloto AP oblíqua anterior esquerda,


rotacionando levemente o paciente para direita.

Incidências pós-contraste AP oblíqua anterior esquerda, rotacionando


levemente o paciente para a direita.

COLANGIOGRAFIA ENDOSCÓPICA

COLANGIOPANCREATOGRAFIA: Endoscópica é um exame usado para o


diagnóstico de distúrbios do pâncreas, ductos biliares, fígado e vesícula
biliar.

INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO

Indicação: litíase biliar;


Estenoses;

Quando há má drenagem biliar(papilite);

Neoplastia inoperável;

Contraindicação paciente com alergia ao contraste iodado não iodado ou


iônico;

PREPARO DO PACIENTE

O exame exige uma avaliação anestésica prévia e exame de coagulação


(TAP) recente.

Permanecer em jejum após as 22h, na véspera do exame.

Caso faça uso de medicação para hipertensão ou medicações para


problemas cardíacos, deve ingeri-la com pouca água.

Não tome antiácidos.

AAS ou qualquer tipo de anticoagulantes devem ser suspensos 7 dias antes


do exame.

PROCEDIMENTOS

O exame será realizado sob supervisão de um anestesista. Logo após, o


exame será realizado com a introdução do aparelho pela boca até o início
do intestino, visualização e introdução de cateter na papila e avaliação da
anatomia dos ductos biliares e pancreáticos. Se necessário, haverá
tratamento com papilotomia, retirada de cálculos, dilatação e colocação de
prótese biliar, que deverão ser efetuados durante o mesmo procedimento.

Duração do exame de 30 a 60 minutos.


RISCOS

Embora sejam mínimas, existe chance de ocorrer complicações durante


este exame, como sangramento, infecções, perfurações, reações adversas
ao sedativo, sendo que as complicações também ficam na dependência do
estado de saúde do paciente.

UROGRAFIA EXCRETORA

OBJETIVOS

Visualizar a porção coletora do sistema urinário.

Avaliar a capacidade funcional dos rins, detecção de anomalias genéticas,


deformidades patológicas, cálculos e tumores renais.

INDICAÇÕES

Cálculos renais;

Cálculos vesicais;

Estenose de ureter;

Cistite;

Obstrução renal;

Anomalias congênitas;

Hidronefrose;

Hipertensão renal;
CONTRAINDICAÇÃO

Alergia ao meio de contraste;

Anúria;

Diabetes;

Doença renal;

Gestantes;

Anemia falciforme;

Hipertireoidismo;

Insuficiência renal;

Miolema múltiplo;

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Agulha 40x12;

Jelco ou scalp;

Garrote;

Cinta para compressão abdominal;

Seringa 20ml;

Carrinho de emergência próximo;

PREPARO DO PACIENTE

Realizar um preparo intestinal, com jejum de 8 horas e laxante no dia


anterior do exame.
Esvaziar a bexiga urinária antes de iniciar o exame.

Vestir apenas o avental hospitalar com abertura para trás.

Paciente em decúbito dorsal, realiza-se uma radiografia simples do


abdome, para verificação de técnica, posicionamento e preparo intestinal
adequado.

Após radiografia simples, é administrado por via endovenosa meio de


contraste iodado (hidrossolúvel) o qual irá contrastar o sistema urinário.
Realiza-se a seguinte sequência de radiografias:

PROCEDIMENTOS

Imediatamente após a administração do meio de contraste realiza-se uma


radiografia localizada dos rins;

Realizar radiografia das lojas renais após 5 minutos a administração do


contraste.

Após a exposição de 5 minutos, deve-se colocar a faixa de compressão no


abdome do paciente.

Realizar radiografia das lojas renais após 10 minutos a administração do


contraste

Aos 15 minutos, deve-se tirar a faixa de compressão, e imediatamente


realizar uma radiografia panorâmica, compreendendo das lojas renais até a
bexiga;

Radiografia panorâmica, após 25 minutos a administração do contraste.

Radiografias localizadas da bexiga cheia e pós-miccional.

Em casos de pacientes hipertensos, deve-se realizar sequências rápidas de


exposição logo após a administração do meio de contraste; com 1 m, 2 m, e
3 m.

Incidências: AP – Panorâmica;

AP – Loc. Rins;
AP – Loc. Bexiga;

Filmes: 35 x 43, 24 x 30, 18 x 24.”

BONS ESTUDOS E FELIZ PROVA-PE


REFERÊNCIA

ANDRADE, F.; BARBOSA, N; GUERRA, M. do S. A.; SANTOS, M. M. dos; SOUZA,


T. M. DE. Radiologia. Meios de Contraste.
Produção, Edição, Elaboração e Revisão de Texto:
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