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Geral – -Pediatria
Pediatria
Anamnese Pediátrica
** A criança é um ser em desenvolvimento, logo, são necessários cuidados especiais!!
Como fazer o diagnóstico em pediatria?
A Q.P. abre um leque de hipóteses diagnósticas, o que vai diminuindo de acordo com o direcionamento da
anamnese, na qual deve-se relatar quem conta a história. Além disso, a realização do exame físico e de exames
complementares / teste terapêuticos auxiliam a “filtrar” essas hipóteses e chegar à um diagnóstico definitivo.
1- IDENTIFICAÇÃO:
Nome
Idade (meses também) / data de nascimento
Sexo
Cor da pele
Naturalidade
Endereço (atual/ anteriores) visto que moradias em áreas endêmicas nos faz pensar em prováveis
diagnósticos.
Nome do acompanhante e o parentesco
Obs.: se a criança estiver internada, na identificação deve conter seu leito e enfermaria.
2- QUEIXA PRINCIPAL:
Motivo da visita ao médico.
Se o motivo for consulta: “consulta de acompanhamento pediátrico”.
Deve perguntar se tem algo a mais, por exemplo, mãe que levou a criança para acompanhamento e questionou
se ela poderia iniciar a alimentação.
4- HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA: (é tudo que diz respeito à história anterior da criança)
Alergias, internações, imunização. Faz uma estimativa e permite
saber se a criança está
5- HISTÓRIA FAMILIAR:
acompanhando o previsto
Pais Nome Altura
Idade Estado de saúde atual
Naturalidade e passado
osCor
Irmãos São mesmos pais? Idade? Saudáveis? Fazem uso de medicações?
Presença na família materna ou paterna de alergias, doenças crônicas, neoplasias, anemias, doenças infecciosas,
doenças genéticas, malformações, consanguinidade.
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Ana Carolina Rodrigues – MED 100 Pediatria
7- HISTÓRIA NEONATAL: (até 28 dias – precoce: até 7 dias; tardio: 7-28 dias).
Índice de Apgar
Em RN é importante comparar o peso da alta da maternidade com o peso das consultas. Entre 7-10 dias de
vida tem que ter recuperado o peso normal.
Obs.: Lembrar que: doença aguda interfere no peso e doença crônica interfere no comprimento.**
DESENVOLVIMENTO:
Desenvolvimento de dentes
Avaliação das funções estáticas e motoras
Controle esfincteriano quando deixou de usar fralda.
Sono em geral.
Adaptação social
Exame físico do RN
O exame físico do RN deve ser bem detalhado, para identificar malformações e patologias.
A criança deve ser examinada despida, para nenhum detalhe passar despercebido.
Composto por: ectoscopia; sinais vitais; exame neurológico; exame propriamente dito (cefálico, torácico, abdominal,
genitália, região anal, coluna e membros).
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Ana Carolina Rodrigues – MED 100 Pediatria
Ectoscopia
(Postura/ pele/ malformação/ choro/ fácies típicas)
1- POSTURA:
Em geral reflete a posição que ele assume intraútero.
O que se espera?
Flexão central; tônus muscular pronunciado; nível de consciência em alerta; choro forte e de fácil consolo.
2- PELE: (cor; presença de dermatoses ou circulação colateral; temperatura; umidade; elasticidade; enchimento
capilar periférico)
Milium sebáceo obstrução de glândulas sebáceas devido à passagem de hormônios da mãe para o bebê;
Vérnix composto de lipídios e células; serve como barreira de proteção
e isolante térmico. Se desprende da pele em torno de 6-8h. + presentes em pré-
Lanugem pelos finos, em região de ombros e escápula. termos (dá ideia de idade
Eritema tóxico reação alérgica, com base eritematosa, de início a partir gestacional).
de 24h; presente em face e troncos; costuma desaparecer.
Mácula vascular (sem relevo; desaparece com digito-pressão) X Hemangioma (tem aspecto elevado; diminui a
digito-pressão, mas não desaparece) Millium sebáceo
Vérnix Lanugem
Hemangioma
Eritema tóxico
Mácula vascular
Cor:
(Em geral a criança nasce mais rosada, por predomínio de hemoglobina fetal)
Pletora criança com leve hiperemia (+ vermelha); geralmente filho de mãe Diabética ou por
clampeamento tardio de cordão (mãe passa muito sangue).
Dosa hematócrito.
Palidez anemia (não é muito comum, mas pode ser secundária à ascite, infecção congênita como sífilis e
toxoplasmose), choque e hipóxia grave.
Checa a história.
Cianose cianose se extremidade é normal, no entanto, cianose central pode indicar cardiopatia congênita.
Icterícia 2º ao 5º dia de vida é icterícia fisiológica, a qual não ultrapassa 10 dias; se surge em menos de
24h é patológica, dura por mais tempo– incompatibilidade ABO/Rh, deficiência enzimática (def. de G6PD) e
infecções congênitas.
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3- FÁCIES TÍPICAS:
Observar se os dados sugerem alguma síndrome genética.
O que será analisado?
Implantação de orelha (baixa- sugere sd. genéticas – ex.: Sd. de Down);
Fenda palpebral;
Queixo (prognatismo/ micrognatismo – sd. gebética);
Distância entre os olhos (hipertelorismo);
Nariz;
Lábios.
4- CHORO:
Sinais vitais
Oferecem informações sobre as condições metabólicas, respiratórias, sanguíneas e cardiovasculares.
Frequência e padrão respiratório:
o FR: 40-60 irpm
o Padrão respiratório: irregular; resp. abdominal + parada respiratória (5-10s)
Obs.: Pausa respiratória (5-10s) é diferente que Apneia (parada > 20s).
FC 120-160 bpm
Eliminação de secreções:
o Evacuação: Mecônio - 48h (Consistência viscosa escura, que parece uma “graxa”. A criança ainda elimina
mecônio até o 5º/7º dia de vida).
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Exame Neurológico
(postura/ movimentação/ choro/ reatividade/ reflexos primitivos)
Reflexos primitivos são aqueles que a criança apresenta ao nascimento e que vão perder ao longo dos primeiros
meses.
o Sucção: lábios tocados coloca o dedo na boca da criança e ela já começa a sugar.
o Voracidade: procura estimula a região lateral da bochecha da criança e ela procura o seu dedo.
o Preensão palmo plantar se tocar com o dedo a região palmar ou plantar da criança, ela vai agarrar o
seu dedo.
o Marcha coloca o RN sobre uma superfície lisa e ele começa a aprender um reflexo de marcha.
o Cutâneo-plantar próprio do RN estímulo da região plantar a partir do calcâneo, feito igual a pesquisa
do “sinal de Babinski”, mas ele é fisiológico em crianças RN e não podemos chamar de Babinski.
o Moro: “reflexo do abraço” – extensão-abdução seguida de flexão-adução Desencadeado por estímulos
bruscos. Pode fazer extensão dos braços e em seguida soltar ou coloca o RN em uma posição sentada,
apoiando a cabeça e as costas e faz um movimento tipo uma queda.
Obs.: se a criança tiver lesão de plexo, fratura de clavícula ou alguma infecção, tipo sífilis, ela terá o reflexo de moro
assimétrico, ou seja, só mexe um lado.
1- Crânio:
Segmento cefálico:
o Forma
o Assimetria
o Abaulamentos bossa sero-sanguinolenta (subcutâneo; mole; difuso) x céfalo-hematoma (restrito ao
osso; duro e localizado).
o Palpar suturas: se fecharem antes da hora, elas causam deformidades = CRANIOSSINOSTOSE
Sutura sagital escafocefalia (“canoa”)
Sutura coronal braquicefalia (encurtamento longitudinal – “achatado”)
Ambas: sagital + coronal turricefalia (“torre/ oval”)
o Palpação de fontanelas:
Fontanela anterior (Bragmática) fecha entre 6-18 meses;
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Nariz: deformidades (ex.: sd. genética), batimento de asa nasal (esforço respiratório) e corrimentos ou
sangramento (ex.: sífilis congênita).
Boca: mucosas, saliva, palato (pérolas de Epstein), gengiva (nódulos de Bohn), língua e mandíbula.
Obs.: Nódulos de Bohn e Pérolas de Epstein são cistos de retenção de células na mucosa, logo, não são patológicos e é
algo bem comum.
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3- Pescoço:
Observar: abaulamento, excesso de pele, mobilização, palpação mediana e lateral.
O pescoço do RN é curto, grosso e tem que se movimentar. Obs.: para fazer o exame, é preciso estender o
pescoço.
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4- Tórax:
Observar: forma (cilíndrico); perímetro (medido na altura do mamilo, em torno de 2/3 cm < que o PC); apêndice
xifoide saliente; mamilo e glândula mamária; palpação de clavícula (crepitação = “Sinal da Tecla de piano” – lesão/
fratura no parto).
Aparelho respiratório: respiração do tipo tóraco-abdominal; ritmo irregular (pausas respiratórias); ausculta com
MV facilmente audível; tiragem ou retrações (sempre patológicas).
Aparelho cardiovascular:
o Palpação de íctus (4º EI esquerdo);
o Ausculta (BEEA/B e BEDA/B);
o FC (120-160 bpm) varia com a idade;
o Palpação de pulsos periféricos, principalmente femoral pesquisa de coarctação de aorta.
5- Abdome:
Observar: forma (cilíndrica), diástase de reto (afastamento de parede abdominal,
o que é percebido por um abaulamento da linha média), coto umbilical (2 artérias
e 1 veia), defeitos de parede (onfalocele/gastroquise) e palpação (fígado – 2cm RCD
e baço – não palpável).
6- Genitália:
Masculina: pênis, glande, uretra e bolsa escrotal.
o Malformações de uretra hipospádia (ventral); epispádia (dorsal) – correção cirúrgica;
o É normal tentar exteriorizar a glande e não conseguir fimose fisiológica até 2-3 anos;
o Bolsa escrotal hidrocele (cheia de líquido fica rosa na luz - coloca a lanterna na base), bolsa vazia
(criptorquismo) – coloca o dedo na base da bolsa e palpa na parte de baixo para não ter falso positivo.
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7- Ânus:
observar a permeabilidade imperfurado = correção cirúrgica.
Obs.: Crianças com ânus imperfurado não podem ser alimentadas.
8- Coluna:
Observar a criança em decúbito ventral, correndo os dedos ao longo da coluna para procurar alguma deformidade
e sinais de disrafismos.
Possíveis alterações:
o Meningocele meninge exterioriza.
o Mielomeningocele dura e meninge exterioriza.
o Mancha mongólica é característica racial, não é patológica.
o Hipertricose pode indicar algum problema interno na espinha, como espinha bífida.
o Dimple e prega glútea anômala e hipertricose pode indicar disrafismos, essas crianças podem ter
espinha bífida oculta.
9- Extremidades:
Quadril: Manobra de Barlow e Ortolani (Displasia do desenvolvimento do quadril) – manobras feitas no RN e o
recomendado é que depois ela seja repetida.
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Feito através de uma punção no calcanhar da criança e em seguida é preciso preencher todos os círculos do
papel filtro.
Quais exames são feitos?
1- Toxoplasmose congênita
2- Hipotireoidismo congênito dosa TSH.
3- Fenilcetonúria erro inato do metabolismo do aminoácido fenilalanina.
4- Hemoglobinopatia anemia falciforme (HFS).
5- Fibrose cística dosa IRT (tripsina imunorreativa).
6- Hiperplasia adrenal congênita aumento de 17-hidroxi-progesterona.
7- Deficiência de biotinidase.
8- Atrofia muscular espinhal (AME) – adicionado recentemente (2022)
Teste do coraçãozinho (= teste da oximetria)
Avalia a presença de cardiopatias congênitas críticas que podem evoluir com grave complicação, podendo
levar o RN ao óbito após o fechamento do canal arterial.
Feito > 34 sem; 24-48h de vida.
Sat O2 em 2 locais: MS DIREITO** (Sempre!! Para garantir a saturação pré-ductal) e MI direito ou esquerdo.
Normal = Sat O2 > 95% e diferença entre os membros < 3% para ser normal, esses 2 critérios
tem que corresponder.
Alterado = repetir o exame em 1 hora, caso mantenha alteração, faz ECO em até 24 horas.
Identifica cardiopatias em que o fluxo pulmonar depende da persistência do canal arterial:
Persistência do canal arterial (PCA) shunt esquerdo direito.
Não fechamento do forame oval shunt direito esquerdo.
Teste do reflexo vermelho (= teste do olhinho)
Faz com o oftalmoscópio, “jogando” a luz na pupila normal = bilateral e simétrico.
Se ficar branco = retinoblastoma
Feito 3 x por ano durante 3 anos.
Teste da orelhinha (= triagem auditiva)
Emissão otoacústica (EDA) - pré-neural
** Obs.: Se tiver surdez neurológica, vai estar normal, aí por isso, faz o BERA.
Teste da linguinha (= triagem do frênulo língual)
Avalia anquiloglossia se for comprometer a amamentação, faz frenectomia.
2- Frequência respiratória:
o Crianças em fase de lactente ritmo irregular = pausas respiratórias.
o Técnica: deve ser contada em 1 minuto, feita observando o movimento abdominal, auscultando a
respiração ou com a mão no tórax da criança e observado a elevação abdominal e torácica.
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3- Saturação de oxigênio:
o Avaliada através da oximetria de pulso. Pode ser vista por meio de 2 sistemas:
Cardiovascular: 95-100% usado para cardiopatias e malformações. (<95% = hipóxia)
Pulmonar: 92- 100 % < 92% = hipoxemia.
o A diferença entre MMII e MMSS não deve ultrapassar 3%. No entanto, diferenças > 3% indica patologias
de mistura de sangue ou coarctação de aorta.
Obs.: para uma boa leitura é necessário um bom instrumento e técnica.
4- Frequência cardíaca:
o Técnica: contar a frequência em 1 minuto auscultando ou palpando o pulso (de preferência o radial ou
femoral).
5- Pressão arterial:
o OBRIGATÓRIO todas as crianças > 3 anos ou em condições especiais (fator de risco para hipertensão).
Como aferir?
o Deve-se aferir nos 4 membros pelo menos 1 vez (isso é importante para o rastreio de coarctação de
aorta);
o Repetir o procedimento 3 vezes durante a consulta.
o Se não houver diferença entre os membros, pode aferir em um membro só e depois faz uma média das 3
aferições.
o O tamanho do manguito correto deve ser de 2/3 do comprimento do membro (envolvendo
completamente).
Como analisar?
o Considera a estatura e a idade (anos e meses) e joga isso no percentil (se não tiver percentil correspondente,
vai pela estatura).
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o Conjuntiva e vias lacrimais: (avaliar: presença de secreção/ vermelhidão (sinais flogísticos) / sinais de obstrução
Dacriocistite congênita obstrução do canal naso-lacrimal; “olho colado”.
Conjuntivite:
• Viral hiperemia; prurido; contagiosa.
• Bacteriana hiperemia; secreção amarelada; contagiosa.
• Alérgica hiperemia + congestão nasal; não contagiosa.
3- Cavidade oral: (mucosa oral / língua/ dentes/ palato / amigdalas/ parede posterior da faringe / lábios)
o Posição da criança: sentada no colo do familiar (de preferência) ou deitada (braços acima da cabeça, pedindo
que a mãe segure, e jogue o seu corpo sob a criança, para que ela fique imobilizada). Criança maior, só pedir
que ela abra a boca.
o Técnica: segurar o abaixador com a mão esquerda e o foco de luz com a mão direita, deslocar as estruturas
com o abaixador. Sempre introduzir o abaixador de língua pela comissura labial e ao introduzir, vai causar o
reflexo de vômito.
o Possíveis achados: palato ogival, Herpangina Coxsackie, amigdalite, caseum, gotejamento pós-nasal, etc.
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4- Orelha:
o Posição: de preferência sentada – pode fazer na mesma posição da oroscopia.
o Inspeção: implantação, deformidade, presença de secreções no CAE (conduto auditivo externo), região
retroauricular.
o Palpação: edema ou dor e pesquisa de gânglios.
o Otoscopia: observar o conduto auditivo e a membrana timpânica.
Técnica: deve-se puxar delicadamente o pavilhão para cima e para trás, isso retifica o conduto para
introduzir o otoscópio e possibilita chegar mais próximo da região timpânica.
o Possíveis alterações: mastoidite, membrana timpânica perfurada, hiperemiada ou abaulada.
Exame físico
1- ECTOSCOPIA:
Cianose central x periférica
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2- INSPEÇÃO:
2.1- Inspeção estática (“foto”):
Tegumento (pele) pilificação, cor, alterações de glândula mamária e distribuição dos vasos do
pescoço.
Formato do tórax: normal | tórax em barril ou tonel | tórax carineforme (“peito de pombo”) | tórax
escavado | Tórax com rosário raquítico.
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Macicez presença de líquido como, por exemplo, derrame pleural; condensação pulmonar, como
pneumonia, etc.
Hipersonaridade som aumentado em determinada região. Ex.: DPOC; fibrose cística, bronquiolite e
asma grave.
Timpanismo onde não era para ter ex.: pneumotórax.
5- AUSCULTA:
Normal: MVUA sem ruídos adventícios.
Ruídos anormais sopro tubário; atrito pleural; broncofonia; gemidos ou gemência.
Ruídos adventícios estertor ou crepitação; sibilos; roncos.
Exame Físico
1- ECTOSCOPIA:
a) Sinais característicos de síndrome genéticas muitas síndrome estão relacionadas com malformações
cardíacas.
Down defeito de septo ventricular;
Marfan alteração de aorta (aneurisma/ pseudoaneurisma / alteração da válvula).
Turner alteração de eixo cardíaco.
b) Cianose: central (sempre patológica) X periférica
c) Posição do paciente: pode assumir uma postura patológica, ou seja, em que o paciente necessita disso para
melhorar o retorno venoso, por exemplo. (sempre associar a outros achados)
Cócoras tetralogia de fallot
Genupeitoral pericardite
2- SINAIS VITAIS: FC | FR | PA
FC varia com a idade.
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FC e FR devem sempre ser contadas em 1 min. Lembrar que estados hipercinéticos também alteram esses
parâmetros.
PA É OBRIGATÓRIO aferir PA em todas as crianças maiores de 3 anos ou em condições especiais (presença
de fator de risco para hipertensão). Sempre deve ser aferida nos 4 membros e em 3 momentos diferentes da
consulta, sendo feita, então, uma média dessas aferições e comparada ao percentil de PA. Ex.: malformação
de aorta – coarctação de aorta pode apresentar diferença entre os membros inferiores e superiores.
PRECÓRDIO
Íctus de VE 5º EI LHC ESQ (= foco mitral na ausculta)
Íctus de VD é palpável (abaixo do apêndice xifoide), visto que na criança o tórax é muito fino.
FRÊMITO é a sensação tátil do sopro (+4 /6+).
6- AUSCULTA:
O que avaliar na ausculta? Ritmo / bulhas / fonese das bulhas / sopros/ estalidos / click
Sopro é a principal causa de encaminhamento para o cardiologista.
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Semiologia do Abdome
Exame Físico
1- INSPEÇÃO:
O que avaliar?
Alteração de forma e volume normal é ser globoso.
Síndrome de Prune-Belly = agenesia de músculo reto do abdome (abdome em aspecto de “ameixa”).
Abaulamentos (ex.: hérnia e diástese de reto abdominal) e depressões (ex.: desnutrição)
2- PALPAÇÃO:
Posicionamento: espalmar as mãos, sempre de forma horizontal, não devendo posicioná-las verticalmente
(perpendicular ao abdome). A exploração deve ser feita com as polpas digitais (dedo indicador e médio).
Dependendo do tamanho do abdome, a palpação vai ser por uma mão, 2 mãos sobrepostas ou 2 dedos
isso depende da idade da criança.
Superficial (sensibilidade/ espessura da parede/ continuidade/ tensão/ realizar sinal do piparote)
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3- PERCUSSÃO:
som timpânico aumento pode ser: obstrução intestinal; aerofagia com meteorismo; pneumoperitônio.
Espaço de traube (entre a 6ª e 10ª costela) normal = timpanismo / macicez = esplenomegalia e massas.
Macicez
4- AUSCULTA: “borborigmo”
Alterações:
Obstrução intestinal (fase inicial): peristaltismo de luta.
Aumento do peristaltismo: diarreia e início de peritonite.
Diminuição do peristaltismo: fase posterior de peritonite, íleo paralítico e fase final da obstrução intestinal.
Semiologia do Geniturinário
Elementos Semiológicos que devem ser procurados na criança:
1- Aspecto geral (Ectoscopia):
Alterações de orelhas como na implantação ou malformações e deformidades, podem estar relacionadas
à malformações do trato urinário.
Deformidades esqueléticas
Palidez cutâneo-mucosa pode estar relacionada à anemia e essa estar relacionada à uma doença renal
crônica.
Edemas paciente pode ter alguma doença que o deixa hipervolêmica ou alguma alteração renal em que
ela perca proteína e faz um edema secundário à isso, que é o caso da síndrome nefrótica.
2- Antropometria
É valorizada, pois crianças que tem doença crônica tem repercussão de crescimento de estatura.
5- Palpação abdominal
Pesquisa a presença de massas e se é possível palpar o rim.
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1- INSPEÇÃO: Avaliar: alteração de volume e forma, e Nos primeiros dias, encontra-se sob efeitos dos
a partir disso já dá para observar se tem a presença hormônios maternos grandes lábios tem
ou não dos testículos na bolsa. aparência edemaciada, sendo difícil a visualização
2- PALPAÇÃO: sempre com as 2 mãos, uma segura a dos pequenos lábios, com secreção vaginal leitosa e
base e a outra palpa o testículo. esbranquiçada (é normal) e hipertrofia hímenal;
Semiologia do Locomotor
Aparelho Locomotor: compreende todo o arcabouço estrutural necessário para que se realize os movimentos.
Ossos | Articulações | Músculos | Estruturas periarticulares.
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Assimetria de membros:
Como diferenciar se é assimetria do membro ou de coluna?
Tem que medir o comprimento em cm do membro inferior,
se forem exatamente iguais, não tem assimetria de pernas.
Pega a fita métrica e faz uma marcação, a qual tem que ser
simétrica. Em seguida coloca a fita nos pontos marcados,
usando os mesmos pontos ósseos como referência, em
ambos os lados, e confere se eles possuem o mesmo
comprimento.
Para Escoliose ser importante, ela tem que ser perceptível com o paciente em posição ereta
Desvios:
Genu Varum lembrar que é como se tivesse uma
“garrafinha de rum” no meio da perna = JOELHOS AFASTADOS.
Genu Valgum lembrar de “chiclete”, como se tivesse
colado = JOELHOS JUNTOS.
Pé:
Pé plano/ chato é normal no início da marcha, quando a criança começa a caminhar. Só vai ser um problema se
tiver alguma outra alteração associada, como alterações dos arcos plantares ou alterações de coluna. Ex.: pé chato
que vira para dentro e causa uma alteração de quadril ou irregularidade e assimetria do tamanho do membro.
Arcos plantares são as curvaturas do pé da criança, tanto central, quanto lateral.
Desenvolvem com 2-3 anos.
Sempre deve investigar se o paciente tiver arco proeminente ver se tem lesão muscular ou neurológica
associada.
Tem que avaliar com a diferença de plano para ver se terá alguma alteração.
Avaliar a criança caminhando em diversas superfícies.
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Pé torto congênito angulação do ângulo do pé, seja para região medial ou lateral tem uma curvatura
exacerbada que leva o pé a ficar “tortinho”.
Obs.: A marcha também é avaliada pelo exame neurológico. No locomotor também é importante avaliar na inspeção
essas estruturas, pois pode ter tanto um componente de marcha prejudicado por um distúrbio neurológico, quanto
por uma malformação óssea, articular ou esquelética, ou até mesmo por uma doença musculoesquelética.
Saber que:
o Lactente possui longa curvatura; convexa e acima do sacro e que com seu desenvolvimento começa a
melhorar.
o Ao longo do crescimento:
Surge 2 convexidades anteriores (cervical e lombar)
Mantém 2 convexidades posteriores (torácica e sacrococcígea)
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Musculatura:
Ausência congênita da musculatura | Dor | Sinais Flogísticos | Ossificação muscular | Tônus| Movimentação |
Força.
Aumento do volume muscular pode ser unilateral e tem que diferenciar se é um processo inflamatório,
infeccioso ou se é apenas uma alteração congênita dessa musculatura.
Atrofia muscular pode estar associada à um estado de desnutrição grave ou à doenças crônicas que podem
levar à outras doenças, principalmente doenças musculoesquelética ou do metabolismo.
Estruturas periarticulares:
Tendões avaliar encurtamento, presença de nódulos, rompimento;
Bainhas sinoviais | Bolsas serosas |Enteses
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Semiologia Neurológica
Avaliar conforme a faixa etária:
RN: buscar reflexos primitivos.
Lactente: passos do desenvolvimento.
Pré-escolar: elaboração da linguagem.
Escolar: linguagem escrita.
Adolescente: similar ao do adulto.
Roteiro
1- AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL: nível de consciência | vivacidade | linguagem oral e escrita | memória |
atenção.
Linguagem oral, memória e atenção pré-escolar, escolar e adolescente.
Linguagem escrita escolar e adolescente.
Memória: pode ser avaliada usando cubos coloridos ou imagem de bicho (adapta para cada faixa etária). Faz como
se tivesse brincando de “jogo da memória”.
A partir do primeiro ano de vida podemos entregar uma folha em branco para a criança desenhar e, então avaliar
seu desenvolvimento e o estado mental, de acordo com a evolução do desenho esperado para a idade.
Nível de consciência: o normal é a criança brincar e interagir.
Estados patológicos da consciência:
o Sonolência criança irritada; reclamando o tempo todo; estado de vigília reduzido.
o Embotamento redução leve a moderada da vivacidade, com perda de interesse no ambiente. Períodos
de sono prolongado.
o Estupor sono profundo, mas responde à estímulo doloroso.
o Coma totalmente irresponsivo.
2- SENSIBILIDADE: (muito difícil de realizar na pediatria, visto que precisamos da colaboração do paciente)
Superficial: tátil e térmica.
Profunda: vibração, batiestesia, propriocepção.
Especial: esteriognosia e grafoestesia.
3- SISTEMA MOTOR: FORÇA e TÔNUS esses exames serão aplicados a partir da faixa etária de escolar, visto que
depende da colaboração da criança. Já um pré-escolar; RN e lactente, a avaliação é de forma mais intuitiva, observa
a movimentação da criança durante a consulta.
Força:
1- Amplitude do movimento (feito pela inspeção) adução e abdução do braço, extensão e flexão do cotovelo
(bilateral).
Obs.: Lembrar que aqui são crianças e, por conta disso, precisamos mostrar o movimento para que elas façam igual.
2- Força contra resistência (paciente faz a força e o examinador aplica a resistência contra ela).
Extensão e flexão da coxa; extensão e flexão da perna; dorsoflexão e flexão plantar.
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3- Força muscular da mão: adução do polegar; movimento de pinça; flexão dos dedos; abdução dos dedos.
4- Manobras Deficitárias (testar a força contra a gravidade) → “médico não toca no paciente”
Tônus: (pode ser avaliado em qualquer faixa etária, devendo iniciar aos 3 meses de vida, quando a criança já consegue
sustentar a cabeça.)
Tônus normal quando se faz uma elevação / tração dos MMSS é esperado que ela mantenha uma
linearidade da cabeça com o tronco.
RN / Lactente = semiflexão.
Hipertonia rígido; de difícil mobilização.
Hipotonia não consegue sustentar a cabeça (“Manobra da boneca de pano”).
Paralítica: característico da “boneca de pano” em que os membros ficam pendentes. Ocorre em
doenças neuromusculares. Ex.: AME.
Não paralítica: afecção do SNC ou causas não neurológicas. Ex.: Sd. de Down.
4- COORDENAÇÃO:
Estática (só deve ser feita após os 5 anos) Manobra de Romberg (pés juntos, olhos fechados e braços
junto ao corpo) / Manobra de Romberg sensibilizada (um pé na frente do outro).
Dinâmica avalia a coordenação motora.
Forma que a criança brinca 1 ano e 6m – 2 anos encaixa formas geométricas; 2 anos empilha
cubos; 3-4 anos encaixa peças de blocos de montar, se veste ou tira peça de roupa sozinho.
Manobras cognitivas (espera-se que sejam feitas após os 5 anos): dedo-nariz/ dedo-dedo/
calcanhar-joelho/ movimentos alternos.
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7- PARES CRANIANOS:
1º PC: N. olfatório testar o olfato.
2º PC: N. óptico acuidade visual | campimetria | fundo de olho.
3º (oculomotor), 4º (troclear) e 6º (abducente) PC movimento ocular | nistagmo | reflexo fotomotor.
5º PC: N. trigêmeo sensibilidade da face/ força muscular da mastigação/ reflexo corneopalpebral.
7º PC: N. facial sensibilidade e movimentação.
8º PC: N. vestibulotroclear surdez e vertigem.
9º (N. glossofaríngeo) e 10º (N. vago) deglutição, reflexo nauseoso.
11º PC: N. acessório trapézio e ECOM.
12º PC: N. hipoglosso movimento da língua.
Caderneta da Criança
Na parte inicial da caderneta temos a identificação da criança e alguns dados importantes de história
neonatal que são preenchidos ainda na maternidade. Além disso, vale lembrar que a caderneta traz
diversas instruções de como manejar e os cuidados necessários com o bebê, o que é de extrema
importância, visto que a criança já recebe a caderneta quando sai da maternidade. Ademais, os dados
precisam ser preenchidos de maneira correta conforme o crescimento da criança, para que se tenha
um acompanhamento efetivo de seu desenvolvimento.
Consultas da caderneta:
1ª semana Obs.: Até os 2 anos é importante fazer
4 meses 9 meses 24 meses
1 mês pelo menos uma consulta anual, mesmo
5 meses 12 meses 36 meses
2 meses que a criança não tenha nenhuma queixa.
6 meses 18 meses
3 meses
ALEITAMENTO MATERNO E ALIMENTAÇÃO:
É preciso fornecer uma alimentação adequada para o crescimento e desenvolvimento da criança, respeitando as
limitações de sua idade, pois caso contrário isso pode ocasionar danos à essa criança.
Resumindo...
o Até o 6 meses só da leite materno
o A partir de 6 meses faz alimentação complementar.
Se a alimentação ocorre de maneira errada, o que pode acontecer? Anemia ferropriva; doenças alérgicas; micro
hemorragias na mucosa intestinal (relação com o leite de vaca); desnutrição; obesidade.
Definição de termos:
Aleitamento materno exclusivo toda energia e nutrientes são fornecidas pelo leite materno (diretamente da
mama ou humano ordenhado). Não ingere outro alimento líquido ou sólido, exceto medicamentos.
Aleitamento materno predominante leite materno + água ou bebidas à base de água (suco ou chá).
Aleitamento materno criança recebe leite materno, independentemente de estar recebendo qualquer outro
alimento, incluindo leite não-humano.
Aleitamento materno complementado leite materno + qualquer alimento sólido ou semissólido complementar
(apenas). A criança também pode receber outro leite, mas esse não é considerado complementar.
Aleitamento materno misto ou parcial leite materno + outros tipos de leite.
Aleitamento materno:
Posição do bebê criança tem que ficar de frente para a mãe (barriga com barriga).
Pega da mama a mãe deve segurar a mama, fazendo uma letra “C”, com os dedos indicador e polegar.
Dificuldades da amamentação na caderneta tem as principais dificuldades, mas também possui algumas
orientações.
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Caso a mãe precise retornar às suas atividades laborais, o leite pode ser ordenhado e armazenado na geladeira
por até 12 horas e no freezer ou congelador por até 15 dias. Lembrando que para oferecer para a criança, esse
leite deve ser posto em “Banho Maria”, permitindo chegar à uma temperatura agradável.
Até o 6º mês, é feito aleitamento materno exclusivo em livre demanda e após isso começa uma alimentação
complementar.
Colostro: É eliminado até o 3º/5º dia. Seu teor calórico não é tão bom como o do leite maduro. No entanto, ele
possui mais proteínas do que o leite maduro, tendo em vista que sua função é mais protetora, na qual ele vai
fornecer ao RN mais proteínas, imunogloblulinas, sobretudo IgA.
Leite maduro x colostro: O leite maduro possui menos proteína, no entanto, tem maior teor calórico e lipídico do
que o colostro, o que o permite garantir mais calorias para o desenvolvimento da criança.
Leite materno (LM) x Leite de Vaca (LV): a principal diferença está na quantidade e no tipo de proteínas.
o O LM possui, 70% de proteínas do soro, principalmente, a alfalactoalbumina e 30% de caseína.
o O LV possui 82% de caseína e 18 % de proteínas do soro, principalmente, betalactoglobulina – é uma
proteína diferente da do soro humano. Obs.: A caseína é uma proteína de difícil digestão.
Conclusão: o leite materno não é só um alimento, mas sim um complexo que fornece proteção imunológica, maturação e
proteção intestinal, ou seja, oferece inúmeros benefícios ao crescimento e desenvolvimento da criança.
Quando a criança não pode fazer aleitamento materno o que usar? Fórmula infantil.
o Antes do 6º mês fórmula infantil para lactentes (primeiro trimestre) = fórmula de partida (nº1);
o A partir do 6º mês fórmula infantil para lactentes (segundo trimestre) = fórmula de seguimento (nº2);
o Crianças que utilizam fórmulas infantis, a introdução de alimentos não-lácteos deverá seguir o mesmo
preconizado para aquelas em aleitamento materno exclusivo (a partir dos 6 meses).
Introdução alimentar:
Os primeiros 2 anos de vida, é uma fase de crescimento pós-natal muito importante e acelerada. Dessa forma, é
imprescindível fazer uma boa orientação às mães nas questões dietéticas, visto que isso tem influência direta no
crescimento da criança.
Com 6 meses introduz alimentos sólidos amassados com a colher fornecidos na forma de papinha.
Não usa o termo papa salgada, pois não acrescenta sal.
Do 7º mês, até completar 1 ano, a única coisa que muda é a consistência da alimentação, em que a comida será
cada vez menos amassada, para que então, quando chegar a 1 ano, essa criança comesse a comer o cardápio
familiar.
Lembrar que fora dos horários o almoço e da janta, a criança se alimenta se leite materno e se não for possível,
usar a fórmula infantil.
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“Mama fruta almoço mama janta mama” – Esse seria a quantidade de refeições diárias que a criança
fará.
Conclusão: quando vai montar um prato tem que respeitar o número/quantidade de alimentos, conforme a pirâmide
alimentar. Isso tudo deve ser orientado à família.
Pontos importantes da orientação:
Colocar na panela sem óleo;
Coloca como se fosse grelhar e depois coloca água. Depois de cozido, amassa com o garfo.
Coloca o feijão com caroço e caldo.
Por fim rega com óleo puro (azeite).
Não coloca sal e se quiser colocar algum tempero, esse tem que ser natural, não pode ser industrial.
No prato: os alimentos devem ser expostos de forma separada para que a criança visualize o que vai
comer.
Obs.: Não pode bater no liquidificador, pois pode ter uma alteração das fibras presentes no alimento.
Suplementação:
Vit. K é dada ao nascimento. Dose única IM.
Vit. D todo RN a partir de 15 dias vida. 400 UI / dia até 12 meses. 600 UI / dia 12-24 meses.
Apresentação da vit. D é 200 UI até 1 ano: 2 gotas / após 1 ano: 3 gotas.
Atualização: SBP não recomenda mais banho de sol, agora é recomendado uso de vit. D com 15
dias de vida.
Vit. A não faz de rotina, só em áreas carênciais.
Ferro (profilático): (Verificar fatores de risco para anemia ferropriva – nova atualização SBP – 1 gota/kg)
A termo em AME e Sem fator de risco 1 mg/ kg a partir de 6 meses até 2 anos de idade.
A termo em AME e Com fator de risco 1mg/ kg a partir de 3 meses até 2 anos de idade.
Pré-termo (a dosagem inicial vai depender do peso ao nascer)
< 1 kg 4mg/ kg / dia a partir de 30 dias até 1 ano, depois 1mg/kg/dia até 2 anos.
1-1,5 kg 3 mg/kg /dia a partir de 30 dias até 1 ano, depois 1mg/kg/dia até 2 anos.
> 1,5 kg 2 mg/ kg/dia a partir de 30 dias até 1 ano, depois 1mg/kg/dia até 2 anos.
Prevenção de acidentes: A melhor forma de prevenção de acidentes é a supervisão. Os mais comuns são:
Sufocação tem que dar brinquedos grandes, que elas não possam engolir; evitar usar talco.
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CRESCIMENTO:
O melhor método de acompanhamento do crescimento infantil é o registro periódico do perímetro cefálico, do peso,
do comprimento ou da estatura e do índice de massa corporal (IMC) da criança.
Perímetro cefálico: medido até 2 anos de idade.
Ao nascimento: 34-35 cm;
Aumenta cera de 12 cm no 1º ano;
Ocorre aumento progressivo da seguinte forma: 2cm/mês no 1º trimestre; 1cm/ mês no 2º trimestre; 0,5 cm/ mês
no 2º semestre.
Comprimento ou Estatura:
< 2 anos medidas deitadas com uso do estadiômetro.
> 2 anos medidas em pé.
Obs.: Criança de 2 ou mais anos for aferida deitada, deve-se diminuir 0,7 cm do valor antes de registrá-lo no gráfico.
Uma criança menor de 2 anos for medida de pé, deve-se somar 0,7 cm ao valor antes de registrar no gráfico.
O aumento da estatura (= velocidade de crescimento) no primeiro ano é o maior da vida pós-natal – 25 cm.
Lembrando que cada período tem sua velocidade de crescimento, o que é usado para avaliar se o crescimento da
criança está adequado.
Peso:
Pode ocorrer uma perda fisiológica de até 10% durante os 4-5 primeiros dias, e o peso tende a recuperar-se entre
o 8º e o 10 º dia.
Desse modo, o peso do nascimento duplica entre 5-6 meses e triplica aos 12 meses.
Fórmula para cálculo do peso estimado: 1-6 anos idade x 2 + 8. Ex.: 5 anos x 2 + 8 = 18kg será o esperado.
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DESENVOLVIMENTO:
O desenvolvimento é basicamente a aquisição de novas habilidades psicomotoras e neurológicas da criança.
Desenvolvimento neurológico: é uma soma da capacidade genética apresentada pela criança, do potencial biológico
herdado pela família e do ambiente em que a criança vive. Muitas vezes pode-se pensar que a criança apresenta atraso no
desenvolvimento, mas na verdade, essa criança está sofrendo influencias do ambiente psicossocial, físico e psicológico.
Influências no desenvolvimento:
o Ambiente psicossocial: estresse e privação de estímulos.
o Físico e psicológico: doenças intercorrentes (crianças que ficaram muito tempo internadas); escolarização
(“criança precisa de criança”); sono (se não dorme bem isso influencia na produção de GH); experiências
prévias; nascimento de irmãos; mudança na dinâmica familiar.
Sempre perguntar para os cuidadores o que eles acham sobre o desenvolvimento da criança!!
Às vezes na consulta você acaba não percebendo algo, mas os pais ou cuidadores trazendo dúvidas ou angústias sobre
algo que eles perceberam faz com que você olhe com mais atenção para algumas coisas.
Como avaliar?
1- Marcos do desenvolvimento: ações que a criança tem que alcançar para que se considere, dentro de uma faixa
etária, que algo está normal ou atrasado.
2- Sinais de alerta: são sinais apresentados pela criança de que talvez o seu desenvolvimento não esteja normal.
Obs.: Se a criança for prematura, não usa a idade cronológica e sim a idade gestacional corrigida (idade em que a criança
nasceu, menos a idade atual e o tempo em que faltou para completar 40 semanas / 9 meses de gestação). Atualmente
só usa a idade cronológica para todos os RN acima de 37 semanas. Ex.: criança que nasceu com 36 semanas e hoje está
com 2 meses IGC (idade gestacional corrigida) será de 38 semanas.
Se o bebê tiver nascido com 30 semanas e está com 4 semanas de vida, ele está com 34 semanas, ou seja, ainda
está prematuro, então, embora ele já tenha um mês de vida é aceitável que ele não atinja um marco do
desenvolvimento.
É preciso preencher os espaços correspondentes com:
P = marco presente;
A = marco ausente;
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1- Estado maturativo do SNC tem a ver com o crescimento do sistema nervoso e do cérebro.
2- Psicomotor ganho motor apresentado pela criança.
3- Ganho social interação da criança, primeiro com o meio e depois com as outras pessoas.
4- Psíquico relacionado ao controle motor e psicológico da criança.
Obs.: é considerado um atraso quando a criança não consegue cumprir esse marco.
Desenvolvimento motor:
Tem que sempre pensar que vai se desenvolver craniocaudal e daí em diante segue o raciocínio.
Se atingir essas idades, lembrando que se for preciso tem que corrigir a idade gestacional para acompanhar a
criança. Dessa forma, se houver atraso, mesmo considerando a idade cronológica da criança e a idade gestacional
corrigida, aí tem que se preocupar.
Marcos importantes:
Período neonatal Em prono = eleva a cabeça, mas ainda não tem a capacidade de elevar os bracinhos lembrar
da “tartaruguinha”; contato / fixação visual (observar se olha para mãe durante a mamada); reage a sons.
3 meses Controle da cabeça - lembrar de uma “cobra ou jabuti”; Sorriso social (início em 2 meses); Vocalização e
gritos.
6 meses leva objetos à boca; troca objetos de mãos; senta.
9 meses De sentado passa para postura de pé com apoio; Começa a engatinhar; Duplicidade de sílabas no
balbucio (“lalação”)
12 meses Anda (1 ano a 15 meses); Primeiras palavras fala pelo menos 1 palavra com sentido.
24 meses corre sem cair; usa talheres para comer; Forma frases curtas com capacidade de nomear e identificar
figuras. Ex.: Mamãe quero água.
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Sinais de Alerta
Exemplos:
o Criança não sorri aos 3 meses sinal de que ela tem uma
alteração do desenvolvimento social.
o Ausência de controle da cabeça aos 4 meses teoricamente
ela teria que controlar até os 3, mas se chegou até os 4 e isso
não aconteceu, tem que ligar o alerta e se tiver algum sinal
prévio de alerta, tem que começar a investigar essa criança.
o Ausência de permanecer sentado aos 7 meses sem
controle axial tem que investigar.
o Alcançar e segurar objetos com uma única e mesma mão,
também é preciso investigar.
Logo, é preciso orientar os pais sobre os sinais de alerta e sempre esclarecer que qualquer dúvida, tem que ser
tirada com o médico.
Classificações:
Atraso é quando ela tem algum atraso do desenvolvimento, ou seja, era para criança ter um marco, mas ela não
apresenta ou tem alterações fenotípicas ou macro/ microcefalia.
Parada do desenvolvimento vinha se desenvolvendo de forma adequada, mas em determinada faixa etária, parou
o seu desenvolvimento. Isso tem a ver com algumas doenças agudas, neurológicas, genéticas ou
neurodegenerativas.
Perda de aquisição ou regressão andava e sentava e agora não faz mais isso. São situações clínica extremamente
preocupantes que necessitam de investigação básica e não apenas de encaminhamento apara serviço especializado.
Observar se tem alguma alteração tireoidiana ou anemia, acidose metabólica ou erro inato do metabolismo, se tem
alguma doença degenerativa ou muscular que possam estar colaborando para esse quadro.
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É preciso também avaliar se a criança possui algum fator de risco que possa interferir no seu desenvolvimento:
1- Riscos ambientais como violência doméstica, depressão materna, drogas ou alcoolismo entre os moradores da
casa, suspeita de abuso sexual, etc. (vive em ambiente conturbado)
2- Presença de infecções durante o período gestacional (TORCHS + ZIKA + HIV);
3- Pré-natal não realizado ou incompleto;
4- Problemas na gestação, no parto ou no nascimento;
5- Prematuridade (< 37 semanas);
6- Baixo peso ao nascer (< 2500 g);
7- Icterícia grave;
8- Hospitalização no período neonatal;
9- Doenças graves como meningite, traumatismo craniano e convulsões;
10- Parentesco entre os pais.
Vacinação
Vacina atenuada: contém o vírus vivo ou a Vacina inativada: contém pedaços do microrganismo
microbactéria, pode desencadear apenas a forma que será responsável por gerar uma resposta
branda ou simplesmente leva à um estímulo a produção imunológica sem gerar a doença. No entanto, possui
de anticorpos IgG. menos poder antigênico, necessitando de mais doses
BCG para criar imunidade ou uso de adjuvantes (moléculas
Tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola) que aumentam o poder da vacina, como o alumínio).
Tetra viral (Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela) Além disso, são as vacinas mais seguras para os
Pólio oral (VOP) imunodeprimidos.
Varicela Hepatite A e B
Rotavírus Pentavalente (DTP - + HiB + Hep.B)
Febre Amarela DTP (difteria, tétano e coqueluche)
Pólio injetável (VIP)
Pneumocócica
Meningocócica | DT | Influenza | HPV | Antirrábica
Ao nascer: 6 meses:
BCG (dose única) 3ª Pentavalente (DTP + Hib + Hep. B)
Hepatite B 3ª VIP
2 meses: 9 meses:
1ª Pentavalente (DTP + Hib + Hep. B) 1ª Febre Amarela
1ª VIP
1ª Pneumocócica 10 V
1ª Rotavírus humano (VORGH)
3 meses: 12 meses:
1ª Menigocócica C Reforço Meningo C
Reforço Pneumo 10 V
Tríplice viral (SCR)
4 meses: 15 meses:
2ª Pentavalente (DTP + Hib + Hep. B) 1º Reforço DTP
2ª VIP 1º Reforço VOP
2ª Pneumocócica 10 V Hepatite A
2ª Rotavírus humano (VORGH) Tetra viral (SCRV)
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5 meses: 4 anos:
2ª Menigocócica C 2º Reforço DTP
2º Reforço VOP
2ª Varicela
2ª Febre Amarela
Meninas:
9-14 anos: HPV (duas doses com intervalo
de 6 meses)
Meninos:
Adolescentes 11-14 anos: HPV (duas doses com intervalo
de 6 meses)
11-14 anos: ACWY ou Meningocócica C (dose
única ou reforço)
10-19 anos:
Hepatite B
Febre amarela
Dupla adulto (Dt) – reforço a cada 10 anos
Tríplice viral
Campanha anual.
Influenza (Gripe) 6 meses a 5 anos – 2 doses na primo vacinação,
seguidas de dose única anual. Após esse
período, uma dose anual
A partir de 3 anos.
Esquema primário de 2 doses, com
Covid- 19 recomendação de dose de reforço, quadro meses
após a segunda dose, dependendo da idade e do
tipo de vacina utilizada.
Observações:
BCG não pode ser feita para crianças < 2 kg; RN de mãe bacilífera (faz 3 meses de isoniazida).
Hepatite B Mãe HBSAg + = vacina no RN (até 12h) + Imunoglobulina (até 7 dias)
VORGH / Rotavírus A idade mínima é 1 mês e 15 dias e a máxima para a última dose é de 7 meses e 29 dias,
tendo em vista que deve-se manter um intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.
PENTA efeitos adversos, em geral, estão relacionados ao componente pertussis. Dessa forma, continua o
esquema com a DTPa.
Febre amarela tem que ter um intervalo de 1 mês para vacina da tríplice viral, então se tiver em atraso, se
atentar a isso.
Consulta do Adolescente
Parte com a presença do responsável e parte somente com o médico. No entanto, é preciso lembrar de nunca fazer
uma consulta sozinho com o adolescente, é preciso ter outra pessoa que não seja da família presente, visto que essa
pode acabar inibindo.
Acalmar e orientar os responsáveis quanto as fases de mudança.
Acalmar, orientar e esclarecer dúvidas do adolescente.
ATENÇÃO!! Só é permitido contar aos pais situações de risco de vida para o adolescente ou outras pessoas.
Obs.: Sempre lembrar que o primeiro passo é encorajar o paciente a contar para os pais.
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Modificações:
Relações socioculturais fase de reafirmação do adolescente como pessoa, com seus questionamentos e opiniões,
assim como atritos familiares.
Corporal passam por uma alteração hormonal em que vão crescer e desenvolver caracteres sexuais secundários,
além de começar a ter uma evolução hormonal.
Sexualidade fase complexa para definir isso. Busca-se uma sexualidade segura, sem riscos de problemas emocionais
ou de saúde, devido a evidência de IST’s.
Percepção como indivíduo deixa de ser um produto dos pais e começa a ter sua independência
Puberdade com o início das alterações corporais.
Violência fase em que eles estão mais expostos à violência.
é comum aumentar durante a adolescência o índice de mortalidade por causas externas, principalmente,
no sexo masculino.
É preciso que o médico que vai acompanha-los tenha a sensibilidade para entender todas as mudanças que os
adolescentes estão enfrentando.
O que é puberdade?
Período de transição (entre a infância e a adolescência) e transformação, amadurecimento de caracteres sexuais
específicos, crescimento e outras alterações físicas e biológicas. Além do entendimento individual de quem é, ou
seja, da percepção como indivíduo.
Meninos: aumento do volume testicular (4ml) entre 9-14 anos fase G2 de Tanner.
Dessa forma, é muito comum ao investigar uma puberdade precoce ou tardia, medir o volume testicular.
Meninas: aparecimento do broto mamário (telarca) entre 8-13 anos fase M2 de Tanner.
Início do desenvolvimento da glândula mamária, ou seja, uma elevação em relação ao restante do tórax.
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Obs.: é possível notar que os meninos têm um atraso em relação às meninas, o que é muito comum e está relacionado
com o amadurecimento emocional, físico e mental, além da preparação do organismo feminino para a reprodução.
Obs.: Sempre que falar “...2 (G2 ou M2)” está se referindo ao início da puberdade, a qual nos meninos é marcada pelo
aumento do volume testicular e nas meninas pela telarca.
Obs.: G3 e M3 cursam com estirão puberal. Logo, a puberdade se inicia nas fases G2 para os meninos e M2 para as
meninas e o pico de crescimento anual, ou seja, a fase de aceleração de crescimento só vai ocorrer quando a genitália
dos meninos estiver na fase G3 e mama das meninas na fase M3.
Se o adolescente se sentir constrangido na primeira consulta e não quiser mostrar a genitália para o médico, o que
irá depender de confiança e bom vínculo médico-paciente, você pode pedir para ele apontar para as ilustrações
dos estágios de Tanner, como que eles acham que está a genitália e mama deles. Jamais deve examinar genitália
de adolescente sozinho, visto que isso pode gerar algum problema legal.
Puberdade precoce:
Seria o desenvolvimento da mama antes de 8 anos nas meninas.
Seria o desenvolvimento do volume testicular antes de 9 anos nos meninos.
Para confirmação dessa puberdade precoce, pode ser solicitado:
o Idade óssea para avaliar se está avançada, visto que se isso ocorrer pode cursar com baixa estatura e
fechamento precoce das cartilagens.
o Avaliar uma TC de sela túrcica ou RNM de preferência para excluir a presença de tumores de hipófise.
o Dosar LH basal após estimulação com GnRh (hormônio liberador de gonadotrofina)
o Avaliação oftalmológica de campimetria para descartar lesões de SNC que estão levando a esse quadro de
puberdade precoce. Esse seria um exame inicial e de fácil rastreio.
Além de fazer a palpação de mama e testículo para diferenciar de presença de gordura, devido à obesidade.
Puberdade tardia:
Após 13 anos nas meninas.
Após 14 anos nos meninos.
Isso geralmente está relacionado à algumas doenças.
Investigação laboratorial específica inicial:
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o Idade ósseas na puberdade tardia é atrasada. Ex.: menina de 14 anos, mas com idade óssea de 10, o que
significa que ela ainda tem muita cartilagem para crescer e que ela ainda vai entrar na puberdade.
Obs.: Isso precisa ser explicado para que a família possa se tranquilizar.
o LH
o FSH Dosa eles para definir se existe risco para o desenvolvimento
o Testosterona de hipogonadismo hipogonadotrófico ou hipergonadotrófico.
o Estradiol
Definições importantes:
Adrenarca ativação da medula adrenal para produção de andrógenos, precede a puberdade.
Gonadarca Ativação das gônadas pelo FSH e LH, que começa a estimular a puberdade.
Pubarca aparecimento de pelos pubianos, o que ocorre depois do início da puberdade.
Menarca primeira menstruação, que geralmente ocorre 2 anos após o início da puberdade.
Sem os responsáveis:
o Complementar a anamnese com:
Relacionamentos como é com amigos, em grupo, se tem relacionamento afetivo ou não e se é
normal.
Isso vai permitir a avaliação de espectro autista.
Uso de drogas ilícitas e licitas tem que abordar diretamente.
Dieta/relação com o corpo/ Transtornos alimentares história alimentar
Exercícios físicos pensar na vigorexia (realização de exercícios físicos em excesso para não
ganhar peso).
Atividade sexual saber se traz risco ao adolescente ou ao parceiro.
Tendência a suicídio
Depressão
Outros transtornos da saúde mental
Ocorrência de acidentes, submissão a violências tem que fazer orientação, visto que a principal
causa de morte em adolescentes é por causas externas (evitar beber e dirigir, evitar consumo
excessivo de álcool, evitar se envolver em brigas).
Tempo de exposição às telas digitais
Evitar o hábito de mergulho, visto que são situações complexas. Ex.: o adolescente fala que vai
mergulhar do penhasco com o amigo, aí cai no banco de areia, quebra o pescoço e morre.
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Ana Carolina Rodrigues – MED 100 Pediatria
1- Exame físico:
Feito com ou sem os responsáveis, o adolescente escolhe.
Medidas antropométricas
Ectoscopia observar a distribuição de pelos, visto que um hisurtismo por aumento de secreção de adrenocorticóide
e a acne, podem significar doenças, tais como ovário policístico nas meninas, como também um hiperaldesteronismo.
Sinais vitais
Cabeça e pescoço observar tireoide (nódulos/ aumento ou diminuição)
Tórax Respiratório, Cardiovascular e mamas
Abdominal
Locomotor análise cuidadosa da coluna vertebral, buscar desvios de eixo para que possam ser corrigidos.
Geniturinário
Neurológico
3- Crescimento:
Meninas atingem o pico 2 anos antes que os meninos Geralmente as meninas atingem o pico de crescimento após
2 ou 3 anos da menarca e vão continuar crescendo, mas em menor velocidade e depois vão parar. Já os meninos, vão
continuar crescendo até os seus 18/19 anos.
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Ana Carolina Rodrigues – MED 100 Pediatria
O adolescente geralmente tem um formato corporal estranho, visto que primeiro crescem os membros e depois ele
vai ter o crescimento axial.
Ginecomastia:
Faz parte do desenvolvimento torácico do homem e cerca de 50%
dos meninos vão apresentar isso.
Isso pode ser transitório, ou seja, vai resolver e ficar normal.
Tem regressão espontânea em 6-18 meses dessa forma, se chega um adolescente no consultório com queixa de
ginecomastia, pode esperar por esse período para verificar se vai ter uma regressão de forma espontânea.
Buscar causas associadas medicamentos, álcool, maconha, hipertireoidismo, hipogonadismo, insuficiência renal ou
hepática (relacionados à ginecomastia patológica nos pacientes).
Não vai operar, mas sim retirar os fatores desencadeantes e, com isso, o paciente tende a melhorar.
Hipogonadismo X Obesidade:
o A mama histologicamente é coberta por pele e glândula e, por conta disso, é muito comum pacientes
obesos terem aumento de gordura e, conforme eles vão emagrecendo, a ginecomastia melhora sem
precisar de cirurgia.
o A única coisa que é necessário prestar atenção é se há desenvolvimento de glândula.
o Se na palpação for possível sentir algo mais rígido do que apenas a gordura, aí tem que saber que isso não
vai regredir sozinho.
Possível
ginecomastia
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Ginecologia: é muito comum ter ciclos anovulatórios nos primeiros ciclos menstruais, em que se pode ter:
Atraso menstrual ciclos anovulatórios que levam à ciclos longos. Ex.: ciclo de 30 dias ou 35 dias e não de 28 dias que
seria o adequado.
Isso pode perdurar por 2 anos e após esse período pode regularizar.
Normal 1-2 anos após menarca.
Excluir outros fatores para irregularidade dos ciclos.
Dismenorreia dor forte à menstruação, tem que investigar. Pode ser:
Primária apenas uma cólica menstrual; só colocar uma compressa de água morna e tomar um
analgésico que melhora.
Endometriose
Doença inflamatória pélvica normalmente causada por agentes transmitidos sexualmente, mesmo que
bacterianos.
Amenorreia primária se não ocorrer menarca até 16 anos.
Tem que se atentar ao fato de que se não houver sinais sexuais secundários até 16 anos e não tiver
menstruado, é obrigatório a investigação de doenças genéticas, tais como síndrome de Turner e outras
que vão levar a esse atraso e à infertilidade.
Mas se tiver esses sinais, tem que investigar o que pode estar ocorrendo no mecanismo de menarca, sendo
importante a dosagem hormonal dentre outros exames. Nesse caso não precisa esperar o especialista, já
pode pedir os exames e marcar uma consulta para avaliação.
Obs.: Todos os distúrbios pediátricos têm que ser acompanhados, mesmo que a criança seja encaminhada ao
especialista.
Amenorreia secundária menstrua, mas passa mais de 3 meses consecutivos sem menstruar.
Se não for gestação, considera apenas ciclos anovulatórios, os quais são normais no primeiro ano após a
menarca.
Exames complementares?
Guiados pela clínica:
o USG pélvico só se tiver indicação
o USG testicular possível alteração de volume; hidrocele.
o Exames laboratoriais gerais
o LH basal e após estimulação com GnRh (hormônio liberador de gonadotrofina)
o Hemograma completo
o Parasitológico de fezes
o Hepatograma
o Função renal
o Colesterol e triglicerídeos importantes na adolescência, tendo em vista que muitos tem alterações e/ ou
distúrbios alimentares o que pode levar à doenças cardiovasculares no fim da adolescência ou início de vida
adulta.
o Sorologias para rastreio de DST se já iniciou ou se pretende iniciar a vida sexual.
Intervalos das consultas para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento puberal, conforme a fase em que
o paciente se encontra:
Início da puberdade 3 em 3 meses.
Aceleração 4 em 4 meses.
Desaceleração uma vez ao ano até finalizar o crescimento.
REANIMAÇÃO NEONATAL
Golden Minute os minutos logo antes, durante e após o nascimento determinam a vida e a morte dos recém
nascidos pré-termos e para os que vivem a qualidade da vida futura.
Causas Medidas
Prematuridade Capacitar pessoas para atender em sala de parto
Infecção Presença do pediatra é obrigatória
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Ana Carolina Rodrigues – MED 100 Pediatria
Reanimação Neonatal:
Avaliar RN
Aspirar vias aéreas
Ventilar com pressão positiva
Intubar a traqueia
Ministrar medicações
Cateterizar a veia umbilical
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ABC da reanimação:
A- Manter a via aérea pérvia por meio de posicionamento adequado, aspiração
B- Garantira a ventilação por meio de ventilação com pressão positiva
C- Manter a circulação com massagem cardíaca e medicação
Clampeamento de cordão:
RN com boa vitalidade (chorando/ respirando; tônus em flexão): 1-3 min
RN pré-termo (<34 semanas) com boa vitalidade: > 30s (30-60s)
RN que precisa de reanimação: imediato
Se após clampear o cordão...
1- RN 34-36 sem (pré-termo) ou
2- RN> 42 sem (pós termo) ou
3- Respiração irregular ou apneia ou
4- Hipotonia
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Obs.: sempre que estiver adiantando continua no passo que você está fazendo, caso contrário vai para o próximo passo.
Cateterismo vesical:
pega uma gaze e amarra na base do coto umbilical.
Corta o cordão 2 dedos acima com o bisturi
Passa o cateter de 4 na veia umbilical; introduzindo um palmo;
Aspira para ver se veio sangue. Se sim, isso indica que o você está no lugar certo e infunde a adrenalina.
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Tenta uma expansão volêmica no final, depois dos 3 ciclos com a adrenalina.
Obs.: É feito uma vez só, é o "último grito"
Distúrbios Respiratórios do RN
EXAME FÍSICO:
Tiragem sinal de esforço inspiratório
Batimento de asa do nariz
Gemidos quando o RN expira contra a glote parcialmente fechada.
Estridores esforço inspiratório ouvido quando há obstrução parcial da traqueia e/ ou laringe
Cianose
Palidez
Relutância em se alimentar associada com desconforto respiratório
Alterações do nível de consciência pode ser devido à hipóxia, que causa irritabilidade, inquietação e
convulsão.
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- evolui bem
=> Raio x: congestão
peri-hilar,
espessamento de
cisuras.
Síndrome de Asfixia por obstrução - a termo ou pós termo Estabilização inicial e
Aspiração de vias aéreas por - é estéril, mas quando monitorização
Meconial aspiração de líquido entra no pulmão acaba contínuo
meconial fazendo pneumonite
química
Icterícia
O RN vem de um ambiente hipóxico, com hematócrito mais alto que a Hb fetal. Quando ele é apresentado ao meio
externo, à uma concentração de O2 de 21%, começa a produzir muito radical livre gerando um grande estresse
oxidativo. No entanto, o RN é pobre em antioxidantes endógenos (vit E, enzimas), que antagonizariam isso e, por
conta disso, como a bilirrubina tem ação antioxidante, ele a usa como mecanismo de defesa. Dessa forma, a alteração
de bilirrubina encontrada laboratorialmente no RN é a defesa dele contra a lesão oxidativa dos radicais livres. Ao
nascer, o corpo mantém essa Bilirrubina aumentada como proteção.
Níveis elevados de bilirrubina indireta (BI) são potencialmente neurotóxicos. Já a hiperbilirrubinemia direta (BD)
indica distúrbios hepáticos e doenças sistêmicas potencialmente graves.
Manifestações clínicas:
A icterícia pode estar presente no nascimento ou surgir em qualquer momento do período neonatal, dependendo
da etiologia.
A icterícia clinicamente aparente em crianças e adultos ocorre quando a concentração de bilirrubina chega a 2-
3mg/dl. No entanto, o neonato pode não aparecer ictérico até que os níveis sejam maiores que 5mg/dl (torna-se
visível em escleróticas e pele).
Fatores de Risco:
Idade materna > 25 anos
Idade gestacional entre 35-37 semanas
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Punção Intraóssea
Indicação do acesso ósseo:
Indicado em qualquer situação clínica nas quais o acesso vascular é urgentemente necessário, mas não
imediatamente disponível por meio de uma veia periférica, seja em adultos, crianças, bebês ou em recém-nascidos.
É provisório e pode ser mantido por até 72-96 horas.
A agulha é removida logo que esteja disponível outro meio de acesso vascular (tanto periférico como central),
idealmente dentro de 6 a 12 horas.
Locais de inserção:
tíbia proximal
tíbia distal (acima do maléolo medial)
fêmur distal
Automáticos:
➢ Os dispositivos de inserção automática possuem regulação para determinar a profundidade da inserção da agulha,
além de tamanhos diferentes, de acordo com o peso do paciente. São divididos em 2 tipos:
1- Agulhas impulsionadas por impacto: sistema no qual a agulha é impulsionada por mola – FAST1 (First Access for
Shock andTrauma) e o B.I.G. (Bone Injection Gun)
2- Agulhas motorizadas: sistema no qual a agulha penetra no osso por um sistema de alta rotação – EZ-IO®
Intraosseous Vascular Access System.
Cuidados:
Escolha o tipo de dispositivo, o tamanho adequado da agulha e considere se pode ser utilizado em crianças.
Realizar a antissepsia do local antes do procedimento.
Em paciente conscientes, com percepção dolorosa, sugere-se a analgesia local, com infusão de lidocaína sem
vasoconstrictor a 2%, 0,5 mg/kg para < 40Kg e 20-40mg (1-2ml) para os > 40kg.
Nos casos de parada cardiorrespiratória, inconscientes e não responsivos à dor, não há necessidade da analgesia.
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Após uma tentativa sem sucesso em um sítio, deve-se trocar o local para a próxima tentativa de punção.
Contraindicações:
Fratura ipsilateral da extremidade, pelo risco de extravasamento e síndrome compartimental.
Colocação ou tentativa anterior de colocação no mesmo membro ou sitio, devido ao extravasamento que ocorre no
local da punção anterior.
Osteogênese imperfeita e osteopetrose pelo risco de fratura.
Infecção no local da punção.
Complicações:
Extravasamento
Fratura
Infecção: celulite, abscesso e osteomielite
Síndrome compartimental
Embolia
Necrose tecidual
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