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A CONSULTA PEDIÁTRICA

INTRODUÇÃO

Definição: encontro entre pais e pediatra a serviço da proteção da saúde das crianças e adolescente,
sempre respeitando as crenças e costumes, mas alertando quando algo estiver sendo feito da forma
errada (caso seja algo que agrave seriamente a condição da criança, como maus tratos, o serviço
social e o conselho tutelar podem ser acionados.

O pediatra diagnostica doenças, indica tratamentos e identifica riscos à saúde da criança.

As doenças crônicas não transmissíveis têm sua gênese na infância, sendo os primeiros 1000 dias de
vida de uma criança uma janela crítica de tempo que pode ter um impacto imenso no crescimento e
desenvolvimento da criança. São fatores de susceptibilidade para doenças na vida adulta:
alimentação materna, exposição precoce a fatores ambientais, nutrição e estresse tóxico na 1ª
infância (debilita o desenvolvimento cerebral).

ANAMNESE

A princípio, comece com a ectoscopia e aproveite as oportunidades para fazer o exame físico, que
nem sempre será crânio-caudal.

1. Identificação
a. Nome, mãe, pai, data de nascimento, sexo, endereço e telefone.
b. Filiação ≠ Acompanhante → quem detém a informação.
c. Renda média da família (condição para arcar com tratamento)
d. Prematuros: a idade deve ser corrigida.
2. Queixa principal
3. HDA

Quantificação de dor: em crianças menores, usa o FLACC (face, leggs, activity, cry, consolability) e
pontua de 0 a 10, enquanto em maiores se usa o EVA, que é a escala visual de dor (0 é sem dor; 1-3
dor leve; 4-6 dor moderada; 7-10 dor grave).

Após isso, resumo o que entendeu e confira com os pais todas as informações!

4. Interrogatório sistêmico
a. Pele e anexos: existência de lesões, descrevendo o tipo e a localização;
alterações no cabelo.
b. Cabeça: olhos, ouvido, nariz e boca.
c. Pescoço: massas palpáveis, gânglios e dor.
d. Tórax: perguntar se há dor ou deformidades.
e. Aparelho cardiovascular: alterações do ritmo (taquicardia, bradicardia ou
arritmia), dispneia ao repouso ou esforço, cianose ou edemas.
f. Aparelho respiratório: tosse, expectoração (caracterizar).
g. Aparelho digestivo: vômito, dor abdominal, diarreia, obstipação ou
eliminação de vermes (oxiuríase dá prurido anal).

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h. Aparelho geniturinário: disúria (pode ser infecção urinária), hematúria (pode
ser uma prostatite, lesão renal ou até infecção urinária), piúria (aumento de
leucócitos, que pode ser por infecção urinária), polaciúria (aumento da
frequência, pode ser por terror noturno, incontinência urinária), enurese
(aumento da eliminação de xixi a noite, que é normal, até 5 anos, pode ser por
terror noturno, bexiga hiperativa) e eliminação de cálculos.
i. Sistema nervoso: tremores, desmaios ou convulsões.
j. Aparelho locomotor: verificar se há alteração no comprimento (compare a
linha abaixo dos glúteos ou a linha posterior ao joelho) ou na forma dos
membros, se há diferença na movimentação dos membros (pode ser uma
lesão do plexo braquial no caso do braço).
5. História patológica pregressa: doenças crônicas/medicação regular (idade de
aparecimento), doenças comuns da infância, infecções de repetição, internações/cirurgias,
alergias alimentares e medicamentosas.
6. Histórico gestacional: idade da mãe e número de gestações, planejado x desejado x abortos,
pré-natal (medicamentos usados, número de consultas), doenças (DHEG, DMG,
toxoplasmose), sangramento; ITU, exames (USG, sorologia, streptoB), hábitos (tabagismo,
álcool, drogas).

*Atentar-se para os hábitos de quem vive próximo à gestante, pois ela pode não fumar e ser
uma fumante passiva por exemplo.

7. História do parto: local, vaginal/cesária (motivo), anestesia e intercorrências, peso e


comprimento, PC, apgar, choro ao nascer, UTI, mamou na 1ª hora?

8. História neonatal (0 a 28 dias): internações, perda/ganho de peso, icterícia, tempo para


eliminação de mecônio, tempo até queda do coto umbilical, triagens neonatais.
a. Neonatal precoce: primeira semana de vida.
b. Neonatal tardio: após a primeira semana de vida.
9. Histórico nutricional: aleitamento materno (exclusivo/misto/complementado, motivo do
início do desmame, época de introdução dos alimentos complementares – primeiro, papas
doces e depois salgadas –, técnica, armazenamento de leite), fórmula (preparo/horários),
detalhar refeições (aceitação dos alimentos e se houve intolerância).
a. Peixe e ovo podem ser introduzidos < 1 ano pois ambos podem gerar muita alergia.
b. Suplementação de ferro: na UTI para prematuros, com 3 meses para crianças
amamentadas e logo após o período neonatal para as não amamentadas.

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10. Histórico do desenvolvimento: marcos do desenvolvimento com aparecimento de
habilidades motoras, gráficos P x I, E x I, IMX x I e classificá-la com base neles, interação com
outras crianças, frequenta escola, pratica atividade física.

11. História vacinal: as vacinas do PNI estão em dia? Vacinas especiais pelo CRIE → toda criança
com doença crônica deve fazer. Vacina não oferecidas pelo SUS.
12. Histórico familiar: morte súbita, doenças crônicas e genéticas.
13. Histórico socioeconômico: quem mora junto/nº de cômodos, condições sanitárias de
moradia, renda familiar, tabagismo em casa, animais de estimação e viagens recentes
(doenças endêmica de outros lugares).
a. Características da casa: fatores de risco para doenças infectoparasitárias
(relação pessoa/cômodo > ou = a 3), doenças respiratórias (ventilação
inadequada; umidade; poeira doméstica, mais presente se houver tapetes,
cortinas ou carpetes; plantas; animais domésticos; bicho de pelúcia), doenças
diarreicas e parasitoses intestinais (ausência de água tratada; ausência de filtro
ou geladeira; esgoto não canalizado), doenças dermatológicas (presença de
insetos ou animais domésticos).
b. Características do bairro em que mora a família: presença de área de lazer
(parques, praças), comércio, escolas.
c. Características da rua: trânsito de veículos automotivos, calçamento,
arborização.
14. Hábitos atuais da criança
a. Alimentares: quem ajuda a criança a comer, quais utensílios e talheres são
utilizados, descrição do dia alimentar (horário, tipos e quantidade de
alimentos consumidos), frequência semanal do consumo de alimentos de
origem animal e vegetal. Come frutas? Comer duas frutas não é comer frutas.
b. Intestinais e urinários: frequência e característica das fezes e da urina (entre
4 e 6 mL/kg/h é bom; 1 mL/kg/h é oligúria; 0,5 mL/kg/h já pode ser considerado
anúria).

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c. Sono: período de sono (noturno, matutino e vespertino), despertares
noturnos, em que quarto e em que cama a criança dorme, quem coloca a
criança para dormir, se há problemas relacionados ao sono ou à hora de
dormir.
d. Banho corporal: frequência, horários, produtos usados (não passar perfume
em bebê), duração.
e. Higiene bucal: limpeza da boca (para criança que não apresente erupção
dentária) e escovação dentária (frequência, técnica e uso de creme dental).
Avaliar se não é melhor evitar creme dental com flúor até uns 5 anos (se usar,
use um grão de arroz), porque a criança pode deglutir e ter fluorose. Antes de
1 ano, dá pra usar gaze.
f. Lazer

EXAME FÍSICO

Aos pais de lactentes: “O choro é um sinal da existência de um bom vínculo mãe-filho”.

GERAL

1. Medidas antropométricas
a. Peso: balança pediátrica até 2 anos ou 16kg e balança de adulto para maiores de 2
anos; para neuropatas, a mãe sobe na balança com e sem a criança.
b. Estatura: estadiômetro horizontal para menores de 2 anos (comprimento) e
estadiômetro vertical para maiores de 2 anos (altura).
c. Perímetro cefálico (PC): da proeminência occipital até a glabela sem pegar o pavilhão
auricular, sobretudo até os 2 anos.
2. Aspectos gerais
a. Nível de consciência: ativa (interage com o ambiente) e reativa (reage ao exame
físico).
b. Estado geral: BEG, REG ou MEG.
c. Hidratação: avaliar olhos, lágrimas, boca (pouca saliva na chupeta), sinal da prega (no
abdome, demora p/ retornar ao normal), fontanela (deprimida).
d. Cor
i. Normocorada x Hipocorada (anemia ferropriva é causa importante)
ii. Anictérico x Ictérico (em crianças mais velhas ++++, em RN zonas de Kramer)
iii. Acianótica x Cianótica (central na boca e periférica nas extremidades)

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e. Pulsos: avaliar simetria e amplitude nos 4 membros, sendo que pulso femoral
diferente dos MMSS pode indicar coarctação de aorta não diagnosticada.
f. Perfusão capilar periférica: normal < ou = a 2 segundos (pressiona a polpa digital
acima do nível do coração).
g. Condições de higiene
h. Estado nutricional
3. Sinais vitais
a. Temperatura: axilar, oral e retal.

Febre > ou = 37,8°C. Abaixo disso é estado subfebril. Orientar uso de antitérmico somente após
o pico febril para não mascarar a evolução do quadro.

b. FR: sempre durante 1 minuto, sobretudo RN pela respiração periódica. FR máxima:


i. Até 2 meses: 60 irpm
ii. 2 meses – 1 ano: 50 irpm
iii. 1 – 5 anos: 40 irpm
iv. 6 – 8 anos: 30 irpm
v. > 8 anos: 20 irpm
c. FC: pela palpação ou ausculta (mais fácil em RN e lactentes). FC média:
i. RN: 145 bpm
ii. 1 ano: 130 bpm
iii. 2 anos: 120 bpm
iv. 4 anos: 100 bpm
v. 10 anos: 90 bpm
d. PA: anualmente a partir de 3 anos, salvo exceções, sempre no braço direito e no RN
em decúbito dorsal.
i. Os resultados devem ser avaliados pelo gráfico percetil altura x percentil PA.

CABEÇA

1. Crânio
a. Inspeção: simetria (fechamento prematuro de suturas), tamanho, lesões (sobretudo
no couro cabeludo).
b. Palpação: consistência (craniotabes fisiológica do RN → osso temporal; adquirida →
osso occipital, podendo ser o primeiro sintoma do raquitismo).
2. Neurológico
a. Fontanelas: FA (bregmática) fecha entre 8 e 18 meses, enquanto a FP (lambdoidea)
fecha até 2 meses. Avaliar se estão normotensas, tensas/abauladas (pode ser
infecção) ou deprimidas (desidratação).
i. Hipotireoidismo e rubéola congênita: fontanelas largas que demoram para
fechar.
ii. Hipertireoidismo e microcefalia: fontanelas pequenas.
b. Reatividade a estímulos, motricidade espontânea e estimulada e reflexos
neurológicos.
3. Suturas
a. Cavalgadas: um osso sobre o outro.
b. Craniossinostose: fechamento prematuro = deformidade.
4. Fácies: típica ou atípica.

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5. Dentição: aspecto geral (conservação, cáries), mal-formações, dentição (incisivos centrais 7
meses; laterais 8 meses; caninos 16-20 meses; 1º molar 12-16 meses, 2º molar 20-30 meses),
atraso global ou local na dentição (perda começa pelos 6-7 anos).
a. Avaliar candidíase, fenda labial ou quelite (machucado no canto da boca).
b. Avaliar palato (fenda palatina), úvula (bífida, desvio) e amígdalas (placas, hiperemia,
hipetrofia).
6. Ouvidos
a. Inspeção: do pavilhão auricular e da região retroauricular.
b. Palpação: existe dor?
c. Otoscopia: lactentes em decúbito ou no colo, tracionando inferiormente o pavilhão,
enquanto nos maiores é póstero-superiormente; a membrana deve ser côncava,
translúcida, brilhante e perolada (em RNs pode ser opaca e ficar hiperemiada em
quem chora durante o exame).
7. Olhos: inspeção + teste do reflexo vermelho (da maternidade aos 2 anos).

PESCOÇO

1. Avaliar formato e malformações, massas palpáveis e dor.


2. Avaliar cadeia de linfonodos
a. A palpação deve ser feita no sentido crânio-caudal, avaliando as seguintes
características:
i. Tamanho: aumentados > 1cm, mas epitrocleares e axilares > 0,5cm, inguinais
> 1,5cm e os supraclaviculares que nunca devem ser palpáveis.
ii. Consistência: fibroelástico ou pétreo.
iii. Mobilidade: móvel ou aderido aos planos profundos.
iv. Dor
v. Fístulas
b. Linfonodomegalia: geralmente são reacionais a alguma infecção.
i. Localizada x Generalizada (2 ou mais cadeias acometidas)
ii. Aguda x Crônica (> 6 semanas)
iii. Sinais de alerta p/ neoplasia: endurecido/fixo/indolor, supraclaviculares,
crescimento contínuo e sintomas associados (febre, perda ponderal e
sudorese noturna).

TÓRAX

1. Inspeção estática (verificar se há deformidades): formato (pectus escavatum = síndrome de


Marfan) e malformações (por ser mais elástico, é propenso a apresentar abaulamentos com
hipertrofia/dilatação das câmaras cardíacas, sobretudo VD.

APARELHO CARDIOVASCULAR

1. Estado geral: criança “consumida”, com baixo peso e dificuldade de ganho ponderal pode ter
uma cardiopatia congênita.
2. Palpação do ictus cordis
a. Tamanho
b. Propulsão

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c. Localização: no RN, 3-4º EI lateralmente à linha hemiclavicular esquerda (LHE); com
3 meses, 4º EI lateralmente à LHE; 9 meses, 5º EI lateralmente à LHE; 7 anos, 5º EI na
linha hemiclavicular.
3. Ausculta: mesmos focos do adulto (bulhas normo/hipo/hiperfonéticas).
a. Achados diferentes:
i. Arritmia sinusal/respiratória: FC aumenta na inspiração e diminui na
expiração, mas é normal.
ii. Sopro inocente: sistólico, suave, de curta duração, baixa intensidade,
localizado e muda de intensidade a depender da posição (aumenta na supina).
iii. Sopro transitório: comum em RN durante o fechamento do canal arterial.
iv. Extrassístoles ventriculares isoladas: são benignas se sumirem com exercício.

APARELHO RESPIRATÓRIO

1. Inspeção: estática (padrão respiratório, presença de esforço → tiragem intercostal, retração


da fúrcula esternal, batimento de aleta nasal e gemência) e dinâmica (expansibilidade
pulmonar).
2. Ausculta: mesmo padrão do adulto, frente e dorso.
a. Estridor: som escutado por obstrução de via aérea superior que melhora em repouso.
b. Roncos: auscultados na inspiração e expiração por estenose ou obstrução nos
brônquios de maior calibre.
c. Sibilo: famoso “chiado”, por acúmulo de secreção ou edema nos brônquios de menor
calibre, auscultado na inspiração e expiração, sendo escutado quando mais grave.
d. Estertor: finos no final da expiração (por preenchimento do alvéolo com secreção) e
grossos.

*A percussão pode ser feita, bem como a palpação, mas não são feitos rotineiramente.

ABDOME

1. Inspeção: forma (RN tem globoso naturalmente; se for escavado, pense em hérnia
diafragmática), coto umbilical (cai entre 7-15 dias; passando de 30, é sinal de alerta pra
imunodeficiência primária) e hérnias umbilicais (não são urgência; correção cirúrgica só após
5 anos ou em casos muito volumosos).
2. Ausculta: peristaltismo normal, aumentado, diminuído ou abolido.
3. Palpação: superficial e profunda.
a. Atenção na reação do bebê para localizar a dor.
b. Fígado: palpável em RN 2-3 cm abaixo do RCD e crianças 1-2 cm abaixo do RCD.
c. Baço: não costuma ser palpável.
4. Percussão: baço e fígado.
a. Hepatimetria: 4,5-5 cm na primeira semana e, aos 12 anos, 6-6,5 cm nas meninas e 7-
8 cm nos meninos.
5. Lojas renais: livres ou ocupadas.

REGIÃO INGUINAL

1. Buscar abaulamento pela manobra de valsalva ou durante o choro.


2. Hérnia inguinal: indicação cirúrgica absoluta pelo risco de encarceramento e
estrangulamento.

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a. Meninas: encarceram ovários e trompas.
b. Meninos: encarceram alças intestinais.

GENITÁLIA MASCULINA

1. Higiene local
2. Testículo: a descida do canal inguinal ocorre até os 3 meses e, caso não desça, é criptorquidia
(correção cirúrgica até 18 meses).
a. Ectópicos: testículos não palpáveis na bolsa escrotal.
b. Ascendentes: eram tópicos e ascendem por volta dos 8-10 anos.
c. Retráteis: palpáveis na raiz da bolsa escrotal, con indicação cirúrgica caso ascendam
ou diminuam de diâmetro.
3. Bolsa escrotal: avaliar hidrocele (comunicante, com a cavidade intraperitoneal, ou não-
comunicante), cujo diagnóstico se dá pela palpação e transiluminação, sendo a cirurgia
indicada após 1 ano de vida.
4. Pênis:
a. Prepúcio: realizar manobra de retração.
i. Fimose: se resolver até os 3 anos.
ii. Parafimose: retração forçada sem retorno.
iii. Balanopostite: infecção da glande e prepúcio.
b. Uretra: hipospádia (localizada na face ventral) e epispádia (face dorsal).
c. Corpo: membranoso, embutido ou incluso.

GENITÁLIA FEMININA

1. Higiene local
2. Inspeção: avaliar sinéquia vulvar, vulvovaginites e corrimento (comum em RN e na fase pré-
puberal).

REGIÃO ANAL

1. Inspeção: presença de fissuras, fístulas ou dermatites (de fralda ou candidíase).

MEMBROS

1. Buscar deformidades, simetria (avaliar pregas glúteas), presença de edema ou malformações.


a. Genu varo: fisiológico até 2 anos.
b. Genu valgo: fisiológico até 8 anos.
2. Manobras de Barlow/Ortolani para luxação congênita de quadril nos primeiros meses de vida.

DIAGNÓSTICOS DE NORMALIDADE

CEVADA: estão adequados ou inadequados? Só depois de responder isso, pense em


diagnóstico patológicos.

• Crescimento: verificar PC por idade; peso por idade; comprimento ou altura por
idade e IMC por idade.
• Estado nutricional: verificar IMC e usar o gráfico de peso por comprimento/altura.
• Vacinação: completa ou incompleta. Anotar as próximas vacinas a serem tomadas.
• Alimentação: adequada ou inadequada.

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• Desenvolvimento neuropsicomotor: adequado ou inadequado. Determinar se o
atraso é motor, de linguagem ou socioafetivo.
• Ambiente físico: adequado ou inadequado. Avaliar a presença de fatores de risco
para as principais doenças na faixa etária pediátrica, que são influenciadas pelo
ambiente físico, como as respiratórias e infectoparasitárias.
• Ambiente emocional: adequado ou inadequado. Considerar a proteção conferida
pela família e, por outro lado, as situações de conflito que possam se constituir em
risco para o desenvolvimento socioafetivo da criança.

ORIENTAÇÕES À FAMÍLIA
• Verbais ou por escrito para melhor compreensão
• Valorizar as atitudes positivas da mãe nos cuidados com o filho
• Orientar hábitos alimentares adequados, cuidados com higiene e vacinação.
• Orientar atividades direcionadas para desenvolver a motricidade e a linguagem.
• Prevenir causas externas.

RECEITUÁRIO MÉDICO

Letra legível, sem abreviações, questionar a família sobre alergias medicamentosas e


intolerâncias, alertar sobre o perigo da automedicação e se há dúvidas quanto às orientações
terapêuticas.

CONSULTA DE SEGUIMENTO

FASES DA INFÂNCIA

• Lactentes: 0 a 2 anos.
• Pré-escolar: 2 a 4 anos.
• Escolar: 5 a 10 anos.
• Adolescente: 11 a 19 anos.

FREQUÊNCIA DE CONSULTAS

• Até 15 dias: uma consulta.


• 1 a 6 meses: consulta mensal.
• 6 a 18 meses: consulta trimestral.
• 18 a 48 meses: consulta semestral.
• A seguir: anual.

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