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PRINCIPAIS SINTOMAS ASSOCIADOS À FATORES DE RISCO PARA AGRAVAMENTO SINAIS DE ALARME SINAIS DE CHOQUE DA DENGUE*
CADA ARBOVIROSE (além da febre) Dor abdominal intensa (referida ou à Taquicardia.
Sangramento de pele ou prova do laço posi�va. palpação) e con�nua.
DENGUE Extremidades frias.
Gestantes. Vômitos persistentes. Pulso fraco e filiforme.
Mialgia.
Prostração. Maiores de 65 anos. Acúmulo de líquidos (ascite, derrame Enchimento capilar lento (>2 segundos).
Cefaleia e dor retro-orbitária. Menores de 2 anos. pleural, derrame pericárdico). Pressão arterial convergente
Alteração do paladar. Hipotensão postural e/ou lipo�mia. (PAsist - PA diast <20mmHg).
Portadores de patologias crônicas (HAS,DM,
Diminuição do ape�te. Taquipneia.
doenças cardiovasculares, doenças respiratórias Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo
Exantema (tardio). crônicas...). Oligúria (<1,5 ml/kg/h).
do rebordo costal.
CHIKUNGUNYA Sangramento de mucosa. Hipotensão arterial (fase tardia do choque).
Artralgia Intensa. Ausência de SINAIS DE ALARME. Cianose (fase tardia do choque).
Letargia e/ou irritabilidade.
Edema ar�cular. Ausência de SINAIS DE CHOQUE. * Pacientes com arboviroses podem apresen-
Aumento progressivo do hematócrito.
ZIKA tar choque secundário à disfunção miocárdica
Exantema. Exame inespecífico SEMPRE Ausência de SINAIS DE CHOQUE. ou sepse. Estes casos devem receber
Artralgia. - Hemograma simplificado de urgência (resulta- tratamentos específicos.
Exames inespecíficos obrigatórios
Edema de extremidades. do no próximo turno).
Conjun�vite. - Hemograma completo, RX de tórax, Exames inespecíficos: Idem ao GRUPO C.
CONDUTA coagulograma, bioquímica (U/ C/ Na/ K/ GLI/
Ausência de FATORES DE RISCO e CONDUTA
- Hidratação oral: vide quadro abaixo. AST/ ALT/ Albumina/ Bilirrubinas/ FALC/ GGT);
FENÔMENOS HEMORRÁGICOS (prova do - Hidratação venosa imediata (adultos e
outros a critério médico. crianças).
laço nega�va). - Hemograma normal:
- Reposição volêmica: SF 20 ml/kg em 20
Ausência de SINAIS DE ALARME. - Idem ao GRUPO A com retornos diários CONDUTA minutos.
Ausência de SINAIS DE CHOQUE. para reavaliação clínica completa (incluindo - Hidratação venosa imediata (adultos e - Reavaliar: se melhorar, iniciar fase de
aferição de PA em duas posições) e laboratorial crianças). manutenção (vide Manual).
Avaliação clínica da dengue deve incluir - Se não melhorar: repe�r a reposição
(hemograma) até 48 horas após o final da febre. - Reposição volêmica: SF 20 ml/kg em 2
- Busca por diagnós�cos diferenciais. volêmica até 3 vezes (sempre reavaliando
horas. pressão arterial, ausculta pulmonar e
- Se houver exposição de risco para Febre - Hemograma com hemoconcentração: - Reavaliar: se melhorar, iniciar fase de hematócrito).
Maculosa, ins�tuir tratamento específico. - Vide parâmetro de hemoconcentração no manutenção (vide Manual).
- Busca por sinais de alarme. quadro abaixo. - Se não melhorar: repe�r a reposição - No caso de resposta inadequada,
- Aferição da pressão arterial em duas posições - SINAL DE ALARME: reclassificação para volêmica até 3 vezes (sempre reavaliando (caracterizada pela persistência do choque)
deve-se avaliar:
em toda a consulta. GRUPO C. pressão arterial, ausculta pulmonar e
- Se o hematócrito es�ver em ascensão,
- Prova do laço. hematócrito). após a reposição volêmica adequada - u�lizar
Critério de alta: hematócrito normal e estável, - Se man�ver instabilidade hemodinâmica expansores colóides.
CONDUTA (após as 3 fases rápidas): conduzir como - Se o hematócrito es�ver em queda e
afebril, hemodinamicante estável por 48 horas;
- Hidratação oral: vide quadro abaixo. GRUPO D. houver persistência do choque - inves�gar
e melhora clínica; e plaquetas acima de 50.000 e hemorragias e avaliar a coagulação.
- Hemograma sempre na primeira consulta;
em ascensão. - Na presença de hemorragia, corrigir
demais a critério médico (hemoconcetração Critério de alta: idem ao GRUPO B. coagulopa�a e transfundir concentrado de
muda classificação para GRUPO C). Observação: pacientes idosos, mesmo que hemácias.
Observação: pacientes com sinais de alarme ou
- Preencher Cartão de Acompanhamento de hígidos têm maior risco para agravamento de - Na ausência de hemorragias, pensar em
sinais de choque (GRUPOS C e D) devem disfunção miocárdica e avaliar uso de
Paciente com Suspeita de Arbovirose. qualquer arbovirose. permanecer em leito de observação por, no inotrópicos.
- Orientar sobre Sinais de Alarme para paciente
mínimo, 48 horas após estabilização.
e seus familiares. Critérios de alta hospitalar: idem ao GRUPO B,
- Sintomá�cos (paracetamol ou dipirona), ver detalhes no Manual.
manejo da dor (vide Manual). PARÂMETROS UTILIZADOS NO MANEJO DA DENGUE
- Retorno para reavaliação no primeiro dia sem Alterações hemodinâmicas SINAIS DE GRAVIDADE ASSOCIADOS À
febre, ou no 5º dia se a febre persis�r. Hipotensão postural: PA deitado - PA em pé > 20mmHg LESÃO EM ORGÃOS-ALVO
Pressão arterial convergente: PAsist - PA diast < 20mmHg Sinais de acometimento neurológico: dor de cabeça intensa e
HIDRATAÇÃO ORAL PARA GRUPO A e GRUPO B persistente, sinais meníngeos, crises convulsivas, déficit de força
- Deve ser iniciada ainda na sala de espera. Hipotensão (adulto): PAsist < 90mmHg (crianças: vide Manual). muscular e outros sinais focais.
- Adultos: 60ml/kg/dia. Sinais de comprometimento cardíaco: dor torácica, arritmias ou
Parâmetros de hemoconcentração
- Crianças: até 10kg: 130ml/kg/dia insuficiência cardíaca.
Paciente com hematócrito aumentado em mais de 10% acima do
10 a 20kg: 100ml/kg/dia Sinais de comprometimento cardíaco ou pulmonar: dispneia,
valor basal.
acima de 20kg: 80ml/kg/dia desconforto respiratório ou estertoração.
Na ausência deste, com as seguintes faixas de valores:
- Pelo menos 1/3 com soro de reidratação oral; para 2/3 - crianças maiores de 10 anos > 42% Sinais de comprometimento renal: diminuição da diurese e/ou
restantes, orientar ingestão de outros líquidos. aumento de ureia e creatinina.
- crianças menores de 10 anos (vide anexo D do Manual)
- Manter a hidratação até 24-48 horas após diminuição da - mulheres: > 44% Sinais de descompensação de qualquer doença de base.
febre. - homens: > 50%
- A hidratação deve ser bem orientada e fracionada para - maiores de 65 anos: > 47% CONDUTA
facilitar a adesão.
Internação para tratamento de acordo com cada caso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Hidratação individualizada.
PONTOS CHAVE NO MANEJO CLÍNICO
1. Manual - Dengue: diagnóstico e manejo clínico
Orientação ao paciente e familiares sobre hidratação (adulto e crianças). Secretaria de Vigilância em Saúde, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
e sinais de alarme. 5ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. No�ficação: todo caso com suspeita de arbovirose deve ser
Avaliação clínica bem feita (incluindo em toda consulta Acesse aqui o Manual pelo leitor do QR Code notificado e os casos graves comunicados imediatamente à VISA
do seu celular.
pressão arterial em duas posições e monitoramento de Regional de referência.
sinais de alarme). 2. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. Ministério da Saúde, Secretaria Todos os pacientes dos GRUPOS C e D devem colher exames
de Vigilância em Saúde, Coordenação Geral de Desenvolvimento da específicos para diagnóstico etiológico (NS-1, RT-PCR, sorologia).
Hidratação oral sempre, venosa se necessário.
Epidemiologia em Serviços. 2ª Edição. Brasília. Ministério da Saúde, 2017.
Monitoramento clínico e dos sinais vitais mais Exames para diagnóstico específico de acordo com a suspeita
3. Chikungunya: manejo clínico. Secretaria de Vigilância em Saúde, 1ª ed. clínica e situação epidemiológica: consultar manuais específicos
frequentemente em pacientes internados. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. e/ou contatar VISA Regional de referência.