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TAQUIACARDIA DE QRS ESTREITO

CASO CLÍNICO PACIENTE INSTÁVEL


Paciente Luís Humberto da Silva, 1) Paciente estiver acordado, realiza a
masculino, 75 anos de idade, 65 kgs, sedação com etomidato 0,3mg/kg.
168 de altura. Iniciou com queixas de 2) Liga o cardioversor, sincroniza, coloca
palpitações há 3 horas, associado com a carga.
hipotensão, dispneia. Nega dor 3) Passa o gel no local de colocar as pás
torácica, alergias. (externo e ápice)
Comorbidades: HAS, dislipidemia 4) Pede para afastar (1,2,3), choque.
Medicamentos uso continuo: enalapril o FA 120 J no bifásico
10 mg (1-0-1), sinvastatina (0-0-1). o FA 200 J no monofásico
o Flutter 50 J
o TPSV 100 J
RESUMO DO CENÁRIO 5) Após o primeiro choque não
resolveu, aumenta a carga e realiza o
Paciente foi atendido pela equipe do choque novamente.
SAMU em domicilio, apresentando Após a cardioversão e o paciente
palpitações há mais ou menos 3 horas, reverter realiza a cardioversão química
associado com dispneia e hipotensão. de acordo com a cronologia se for FA.
Ao chegar no local de atendimento a Se na ausculta tiver crepitação com
equipe do SAMU realizou edema agudo de pulmão, pode oferecer
procedimentos iniciais, sendo furosemida EV.
administrado 02 suplementar em CN Após estabilização do paciente solicitar
2L/min, SF 0,9% 500 ml EV aberto. os exames:
Após suporte inicial foi realizado o RX tórax
remoção do paciente para a sala de o HMG
emergência do HMMC. o Eletrólitos (sódio, potássio,
magnésio)
o Função renal (ureia e creatinia)
PASSO A PASSO o Função hepática (TGO, TGP)
Monitorização o EAS
o Saturação
o FC
o FR CRITÉRIOS DE INSTABILIDADE
o PA A presença de 1 critério já é
Acesso venoso
instabilidade, ou seja, cardioversão
Realizar ausculta
elétrica sincronizada;
Solicitar eletrocardiograma
Rebaixamento do nível de consciência
Sincope/pré-sincope
Dor torácica
Hipotensão
Dispnéia
FIBRILAÇÃO ATRIAL FIBRILAÇÃO ATRIAL AGUDA COM

principal Ausência de onda P (não é ritmo


INSTABILIDADE

ausa sinusal) Cardioversão elétrica sincronizada com


Morfologia da onda T é maior e sempre 200J do monofásico ou 120J do bifásico.
thAS
- a mesma.  Não esquecer de sincronizar o
QRS estreito (menor de 1 quadradinho) aparelho.
Ritmo irregular (distancia diferente de Sedação: Etomidato 0,3 mg/Kg em
onda R) bolus
 Droga cardioestavel, não gera
hipotensão

FIBRILAÇÃO ATRIAL SEM CRONOLOGIA NA


SALA EMERGÊNCIA
-
eveto
Controle de FC em paciente
normotenso: Metroprolol: 2,5 a 5 mg
em bolus lentamente
 Cuidado com a PA (hipotensão)
Outras drogas em paciente hipotenso:
Cedilanide 0,4 mg EV bem bolus lento
(digitálico); Verapamil 2,5 – 5 mg EV em
10 min.
Paciente assintomático.

FIBRILAÇÃO ATRIAL COM DURAÇÃO DE


MAIS DE 48 HS

Anticoagulação por 3 semanas antes da


cardioversão com amiodarona e
anda p + precedendo ares 6
anticoagulação por mais 4 semanas
FIBRILAÇÃO ATRIAL AGUDA COM depois da cardioversão.
ESTABILIDADE MENOS DE 48 HORAS  Enoxaparina 1 mg/kg 12/12 hs
Cardioversão química com amiodarona ECO transesofagico (sensibilidade
 Dose de ataque 300 mg em 10 maior) na ausência de trombo,
min – duas ampolas 150 mg em podemos proceder à CVE sem
bolus rápido (máx 10 min) anticoagulação; se tiver trombo não faz
 Cuidado com a cardioversão e anticoagula.
hipotensão A ablação por radiofrequência pode ser
 Diluir apenas em soro considerada em casos refratários.
glicosado.
 Dose de manutenção em 24
horas = 6 ampolas + SG 5% 250
ml: correr 20 ml/h por 6h e
depois por 10 ml/h por 18 hs.
 Após as 24 horas faz
amiodarona VO 200mg 1x/dia.
FLUTTER TAQUICARDIA PAROXISTICA
SUPRAVENTRICULAR - TSPV
Ausência de onda P
QRS estreito Ausência de onda P;
Presença de onda F em serrilhado de Onda T presente;
serrote na linha de base. QRS estreito;
Ritmo regular (distância e a mesma) RR regular;
Na cardioversão inicia com 50 joules.
MANEJO NA SALA DE EMERGÊNCIA

Se o paciente chegar instável =


cardioversão elétrica
Primeira escolha - Manobras vagais*
 Valsava - pede para soprar por
30 segundos e vê se reverte;
 Valsava modificada – cabeceira
a 90° no leito pega uma seringa
de 20ml e aspira por 30
segundos, e vira as pernas
rápido, observa se reverte.
 Massagem em seio carotídeo –
2cm abaixo do ângulo da
mandíbula, faz por uns 20
segundos; cuidado em idosos
pode soltar uma placa de
ateroma e embolizar.
Segunda escolha – se não responder
com as manobras vagais;
 Adenosina 6 mg em bolus
rapidamente; se não houver
resposta, uma 2ª e 3ª dose de
12 mg.
 Bloqueadores de canal de cálcio
- diltiazem 0,25 mg/kg IV ou
verapamil 2,5 a 10 mg IV em 10
minutos, com nova dose de 5 a
10 mg após 20 minutos, se
necessário.
 Betabloqueadores (metoprolol
2,5 a 5 mg a cada 2 a 5 minutos
até uma dose total de 15 mg).
 As duas ultimas classes
são utilizadas quando
não há resposta com
adenosina, faz controle
da FC e encaminha ao
cardiologista.
 NÃO USA AMIODARONA.

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