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PARADA

CARDIO-RESPIRATÓRIA

Profª. KARINA CORREA EBRAHIM


CONCEITO
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

• Cessação SÚBITA da circulação espontânea e da respiração

• Comprometimento no suprimento de oxigênio aos tecidos

• Sofrimento TECIDUAL rápido e definitivo

• Óbito ou sequelas graves em poucos minutos


CONCEITO

§ Conjunto de manobras realizadas (INCLUSIVE POR LEIGOS)


que visam o restabelecimento da CIRCULAÇÃO
ESPONTÂNEA E RESPIRAÇÃO
Sobrevida da fibrilação
ventricular
testemunhada, que
ocorre fora do hospital,
é de 50%
§ Conjunto de manobras realizadas (INCLUSIVE POR LEIGOS)
que visam o restabelecimento da CIRCULAÇÃO
ESPONTÂNEA E RESPIRAÇÃO
ESTATÍSTICAS

• Para cada MINUTO, perde-se 10% de


chance de sobrevivência

• Após 10 minutos sem qualquer socorro, o


óbito é praticamente certo

• Com manobras eficientes o tempo é


prolongado

• Com desfibrilação precoce, o sucesso


aumenta até 70%
DESFIBRILAÇÃO
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA

• Iniciar imediatamente as medidas de


suporte básico de vida com um
mínimo de interrupção nas
compressões torácicas e providenciar
desfibrilador rapidamente
FISIOPATOLOGIA

PCR PRESENCIADA OU ATÉ 2 MINUTOS, PRIMEIRA CONDUTA = DESFIBRILAÇÃO


FASE CIRCULATÓRIA
FISIOPATOLOGIA

1 – Compressões torácicas de 100 a 120/min


2 – Profundidade de compressão de 5 a 6 cm
3 – Permitir retorno total do tórax
4 – Fazer 30 compressões para 2 ventilações (30:2)
5 – MINIMIZAR interrupções nas compressões
6 – Evitar ventilação excessiva
7 – Superfície rígida
8 – Ciclos de 5 ciclos ou 2 minutos
9 – Trocar socorrista das compressões a cada 5 ciclos
ou 2 min ou se fadiga

FISIOPATOLOGIA

o O mais importante determinante da


perfusão é a compressão torácica
o A interrupção para o resgate respiratório
prejudica a perfusão
o O ventrículo pode se manter viável se a
perfusão coronária puder ser mantida
FISIOPATOLOGIA
• É o tratamento inicial para a morte súbita
• Objetiva manter a viabilidade cerebral até a chegada de
socorro médico especializado ou recuperação do paciente
1. NÃO RESPONDE
2. NÃO RESPIRA
3. NÃO TEM PULSO
NO MÁ
XIMO
SEGUN 10
DOS
5cm
Pressão de Perfusão Coronária
30:2

Trocar socorrista a cada 2 min


Desfibrilador Externo Automático
DEA

• Desfibrilação é a aplicação de corrente elétrica por meio de


um equipamento com a intenção de estabelecer o ritmo
normal do coração

• Conceito de desfibrilação foi introduzida pela primeira vez


em 1899

• Usado pela primeira vez em 1930


Desfibrilador Externo Automático
DEA
AHA - 2020
§CHOCÁVEIS:
§ Fibrilação Ventricular (FV)
§ Taquicardia Ventricular sem Pulso (TV)

§NÃO-CHOCÁVEIS:
§ Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP)
§ Assistolia
ELETROCARDIOGRAMA

Fibrilação Ventricular (FV)


Taquicardia Ventricular sem Pulso (TV)
RITMOS CHOCÁVEIS

TAQUICARDIA
VENTRICULAR (TV)
SEM PULSO
• Frequência cardíaca > 100 e < 220 bpm
• Ritmo regular ou discretamente irregular
• QRS tem a mesma morfologia da extra-sístole
ventricular

• TRATAMENTO: DESFIBRILAÇÃO

v CARGA: 120-200J (bifásico) / 360J (monofásico)


• Perda do sincronismo de contração das fibras musculares do miocárdio
• Impulsos elétricos desorganizados provenientes de diversos focos de arritmia
• Ausência de contração mecânica efetiva
• Incapacidade súbita de promover a adequada circulação do sangue

• ECG: Atividade elétrica desorganizada, SEM DEFINIÇÃO DE ONDAS


RITMOS CHOCAVEIS

o A atividade contrátil cessa, o coração apenas tremula


o Não ocorre débito cardíaco, paciente não apresenta pulso
ou pressão arterial aferível
o No eletrocardiograma, o ritmo é irregular
o Não é possível identificar ondas do ECG
ELETROCARDIOGRAMA

AESP
ASSISTOLIA
RITMO NÃO – CHOCÁVEL

ASSISTOLIA
o Traçado eletrocardiográfico sem inscrição de
ondas

o Protocolo da linha reta: CAGADA


1. Checar a conexão dos eletrodos
2. Aumentar o ganho do aparelho
3. Checar o ritmo em duas derivações
RITMO NÃO – CHOCÁVEL

Atividade elétrica sem pulso


(AESP)
o Existe atividade elétrica sem a
correspondente atividade mecânica
do coração
o Não se observa pulso e não é possível
aferir a pressão arterial
o No eletrocardiograma se verifica
atividade elétrica com ritmos variáveis
AHA - 2020
AHA - 2020
1ª droga ADRENALINA:
1mg (1ml) EV
em bolus + flush 20ml SF 0,9%

CARGA: 200J
FONTE: DESTAQUES DAS DIRETRIZES DE RCP E ACE DE 2020 DA AMERICAN HEART ASSOCIATION
§ KARINA CORRÊA EBRAHIM
LIDOCAÍNA
1ª DOSE: 1 a 1,5mg/Kg
2ª DOSE: 0,5 a 0,75mg/kg

AMIODARONA
1ª DOSE: 300mg
2ª DOSE: 150mg

FONTE: DESTAQUES DAS DIRETRIZES DE RCP E ACE DE 2020 DA AMERICAN HEART ASSOCIATION
§ KARINA CORRÊA EBRAHIM
SEQUÊNCIA DAS DROGAS:

1. ADRENALINA 1mg
2. AMIODARONA 300mg ou LIDOCAÍNA 1mg/kg
3. ADRENALINA 1mg
4. AMIODARONA 150mg ou LIDOCAÍNA 0,5mg/kg
5. ADRENALINA 1mg
6. ADRENALINA...

FONTE: DESTAQUES DAS DIRETRIZES DE RCP E ACE DE 2020 DA AMERICAN HEART ASSOCIATION
§ KARINA CORRÊA EBRAHIM
FONTE: DESTAQUES DAS DIRETRIZES DE RCP E ACE DE 2020 DA AMERICAN HEART ASSOCIATION
§ KARINA CORRÊA EBRAHIM
• ENFERMEIRO + MÉDICO na cena
• Medidas invasivas (acesso venoso + via aérea)
• Uso de drogas

• Protocolos mais complexos


ENDOVENOSA SEMPRE É PREFERENCIAL!!!!

ENDOTRAQUEAL INTRA-ÓSSEA
• Dose: • Zona vascular da medula óssea
• Incerta...
o Dobro da via intravenosa • Agulha específica
o Diluir em 10 ml SF o Tíbia 1 a 3 cm abaixo da tuberosidade
• Realizar hiperventilação o Em direção ao pé
o Ângulo de 60º

• Medicamentos:
o Adrenalina, vasopressina, lidocaína
Todas as medicações podem ser utilizadas
• MINIMIZAR INTERRUPÇÃO DAS nas dosagens preconizadas para via EV
COMPRESSÕES
ADRENALINA

1 – PRECOCE

2 - 1mg EV a cada 3 a 5 minutos

3 – Ação potente sobre perfusão coronariana.

4 - Melhora na RCE, sem reflexo sobre a


sobrevida
AMIODARONA

1 – FV / TV refratárias à 3ª desfibrilação
e Adrenalina

2 – 300mg EV BOLUS
Repetir 150mg EV

3- Melhora na RCE, sem reflexo sobre a


alta hospitalar
SUPORTE AVANÇADO

Ê Hipovolemia § Tensão no tórax por


Pneumotórax
Ê Hipóxia
§ Tamponamento cardíaco
Ê Hidrogênio (acidose) § Toxinas
Ê Hipocalemia / Hipercalemia § Trombose pulmonar

Ê Hipotermia § Trombose coronária


SUPORTE AVANÇADO
SUPORTE AVANÇADO

§ Controlar a temperatura corporal (32 a 36ºC por 24h)

§ Otimizar avaliação neurológica


§ Identificar e tratar síndrome coronária aguda

§ Garantir suporte ventilatório adequado


§ Reduzir risco de injúria em múltiplos órgãos

§ Promover reabilitação aos sobreviventes


ATENDIMENTO

1. BICARBONATO
2. TROMBOLÍTICO
3. ATROPINA
4. VOLUME
5. MARCAPASSO
6. CORTICÓIDE
7. CÁLCIO
8. SOCO PRECORDIAL
SUPORTE AVANÇADO
DOI: 10.5935/abc.20190203 Arq Bras Cardiol. 2019;
113(3):449-663
DOI: 10.5935/abc.20190203 Arq Bras Cardiol. 2019;
113(3):449-663
Arq Bras Cardiol. 2019; 113(3):449-665
ACLS

• EXERCÍCIO DE LIDERANÇA
• EXERCÍCIO DE COMUNICAÇÃO EM ALÇA FECHADA
• CONTROLE DE CENA, TEMPO E FUNÇOES
• COORDENAÇÃO DE AÇÕES CONFORME PROTOCOLO
• TREINAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

• REVISÃO SISTEMÁTICA DE CAUSAS TRATÁVEIS


• INTERVENÇÕES CONSTRUTIVAS
ACLS

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