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Mariana Akemy 1

Como começar a abordagem? “CAB”


TUTORIA 5 UC24
1. C: CIRCULAÇÃO:
BLS – BASIC LIVE SUPPORT  Cena segura
 Checar responsividade do paciente
MORTE SÚBITA CARDÍACA (definição): Morte de causa
o Tocar a vítima e perguntar algo em voz
cardíaca que ocorre dentro de 1 hora após início dos
alta, se responder conversar com o
sintomas.
paciente e se não continuar os passos
Ritmos na morte cardíaca súbita:  Chamar ajuda – Liga 192 e pede o DEA
 Checar pulso e elevação do tórax
EXTRA HOSPITALARES INTRA HOSPITALARES o Pulso central de 5 a 10 segundos
Fibrilação ventricular Assistolia - Presente? Ventilação de resgate (1:6
Taquicardia ventricular AESP (atividade elétrica seg) e verificar o pulso em 2 min
sem pulso - Ausente? Iniciar RCP
Principais etiologias:  Compressão cardíaca de qualidade: iniciar em
até 10 segundos após reconhecer a parada
 Extra hospitalar o Trocar a cada 2 minutos ou 5 ciclos
o Doença coronariana (80%)
 Intra hospitalar
o Sepse
o Distúrbios metabólicos

Epidemiologia:

 2 picos etários:
o Abaixo de 1 ano: Síndrome da morte
súbita infantil
o > 45 anos
COMPRESSÃO DE QUALIDADE:
 Predomina em homens negros
 Fatores associados: Local: 1/2 inferior do esterno, com a palma da mão
o Tabagismo não dominante sobre o dorso da mão dominante,
o Obesidade dedos entrelaçados e braços completamente
o Cardiopatias genéticas estendidos, perpendiculares ao tórax do paciente.
Comprimir com região hipotenar da mão
BLS: procedimentos de atendimento de uma PCR em dominante.
ambiente extra-hospitalar. Abordagem do BLS deveria
ser realizada por qualquer pessoa. Velocidade: 100 a 120 por minuto.

O que é uma PCR? Parada cardiorrespiratória (PCR) é Profundidade: deprimir o tórax entre 5 e 6 cm.
definida como a cessação súbita da função mecânica
cardíaca com consequente colapso hemodinâmico. Não se apoiar no tórax do paciente, permitindo a
expansão torácica após cada compressão.
Utilizamos o termo “parada cardiorrespiratória” para
aqueles eventos que foram rapidamente detectados, Minimizar as interrupções entre as compressões.
enquanto ainda há possibilidade de retorno da
circulação espontânea por meio de ressuscitação
cardiopulmonar (RCP).

Elos de cadeia de sobrevivência:

 Reconhecimento precoce e prevenção


 Atendimento do serviço médico de emergência
 RCP de alta qualidade
 Desfibrilação
 Cuidados pós PCR
 Recuperação
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2. AB: VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO Fibrilação ventricular:


 Desobstrução: retirar prótese e corpo
estranho  Ondas irregulares, sem ritmo definido
 Abertura das vias aéreas:  QRS alargado
o Chin Lift  Frequência entre 400-600 bpm
o Jaw Thrust
 Relação: 30 compressões para 2 ventilações

3. D: DESFIBRILAÇÃO
 DEA chegou? Já coloca!
o Posição das pás
 Ritmo chocável ou não? Taquicardia ventricular:

 Ondas regulares
 QRS alargado
 Frequência acima de 100 bpm

Sequência de atendimento intra-hospitalar:

1. Paciente sem pulso, pedir o carrinho de parada


2. Chegada do carrinho
 Chocou? Volta RCP! o Organizar as funções: medicações,
o Reavalia em 2 minutos tempo, ventilação, acesso,
 Situações especiais: desfibrilador, massagem...
o Portador de marca passo – afastar 3. Ritmo passível de choque (TV/FV) detectado:
pelo menos 8cm do gerador o Realizar choque (carga máxima)
o Retirar o excesso de pelos o Realizar RCP imediatamente após o
o Secar por completo o tórax da vítima choque por 2 minutos ou 5 ciclos
4. Pegar dois acesso periférico
5. Após 2 minutos de RCP, analisar ritmo e pulso:
o Voltou? Cuidados pós parada
ACLS o Continua em TV/FV: 2º choque
O suporte avançado de vida envolve: o Realizar RCP imediatamente
o Adrenalina 1 mg e repetir a cada 3-5
 Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) de alta minutos
qualidade. o Considerar IOT – não faz sedação e
 Desfibrilação. realiza 1 ventilação em 6 segundos
 Dispositivos de via aérea avançada e oxigênio. 6. Após 2 minutos de RCP, analisar ritmo e pulso:
 Acesso venoso e drogas. o Continua em TV/FV: 3º choque
 Dispositivos de compressão mecânica. o Realizar RCP imediatamente
 Dispositivos de oxigenação por membrana o Amiodarona 300mg (FV/TV refratário)
extracorpórea. ou Lidocaína
7. Após 2 minutos de RCP, analisar ritmo e pulso:
RITMOS DE PARADA: o Continua em TV/FV: 4º choque
o Realizar RCP imediatamente
Fibrilação Ventricular e Taquicardia Ventricular
o 2ª dose de adrenalina
 Mais comuns extra-hospiralar (80%) 8. Após 2 minutos de RCP, analisar ritmo e pulso:
 Reversão depende da desfibrilação elétrica o Continua em TV/FV: 5º choque
o Realizar RCP imediatamente
o 2ª dose de amiodarona 150mg
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9. Dar sequência até voltar e pensar nas causas PÓS PARADA CARDIORES PIRATÓRIA
reversíveis e fornecer o tratamento sempre
que detectada OBJETIVO DO MANEJO PÓS PCR: identificar e tratar
causas, minimizar as lesões nos órgãos-alvo, otimizar
AESP (Atividade Elétrica Sem Pulso) e Assistolia a função cardiopulmonar e garantir normalizar a
perfusão de órgãos vitais.
AESP: Presença de estímulo elétrico adequado, porém
ausência de pulso central.
INVESTIGAÇÃO: Procurar possíveis danos pós PCR

 História: O médico deve procurar obter


informações do paciente para determinar a
possível etiologia
 Exames físico: “ABC”
o Garantir uma via aérea adequada,
Assistolia: Ausência de atividade elétrica cardíaca. avaliar o pulso, aspecto da pele e PA
para analisar o grau de perfusão
tecidual
 Exame neurológico: Escala de coma de
Glasgow
 Exames complementares:
o Eletrocardiograma
o Gasometria arterial com lactato
Sequência de atendimento intra-hospitalar: o Eletrólitos
o Troponina
1. Ritmo não passível de choque detectado
o Hemograma
2. Reiniciar RCP por 2 minutos ou 5 ciclos
o Função renal, hepática e
3. Pegar dois acessos venoso periférico
coagulograma
4. Iniciar adrenalina e repetir a cada 3 – 5
o TC de crânio
minutos
o Raio X de tórax
5. Avaliar necessidade de IOT
o Toxicológico (se necessário)
6. Protocolo CAGADA:
o USG point of care
CA – cabos do monitor
o Ecocardiograma
GA – ganho do aparelho no máximo
D - derivações
CONDUTA GERAL:
7. Após 2 minutos de RCP, analisar ritmo e pulso:
o Confirmar AESP/assistolia

CAUSAS REVERSÍVEIS DE PARADA:


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CODUTAS ESPECÍFICAS:

Ventilação:

 Assegurar via aérea


o Se o paciente faz uso de dispositivo
temporário de resgate (ex. mascara
laríngea), substituir por via aérea
definitiva
o Manter PaCO2 entre 40 e 45 mmHg
o Evitar hiperventilação (leva a Uso de drogas vasoativas
vasoconstrição cerebral)!!
 Ofertar oxigênio a 100% e manter uma  Instabilidade hemodinâmica: Noradrenalina
saturação ≥ 94% ou PaO2 em 100 mmHg, o Droga vasoconstritora de escolha
devendo ser monitorado continuamente com  Paciente em choque cardiogênico: Dobutamina
oximetria de pulso (2 a 20 mcg/kg/min)

Hipotermia Avaliação neurológica

 Hipotermia terapêutica (Controle Direcionado  Lesão neurológica é a causa mais comum de


da Temperatura – CDT): morbimortalidade em pacientes pós-PCR
o Manter temperatura entre 32º e 34ºC  Manifestações clínicas: disfunção
por 24 a 48 horas  para pacientes neurocognitiva, convulsões, mioclonia, coma e
que retornaram a circulação morte cerebral
espontânea, mas não obedecem a o Convulsão: relizar EEG e tratar com
comandos anticonvulsivante
o Finalidade: prevenir lesão neurológica
Controle glicêmico:
o Como reduzir temperatura:
Administrar 1 L de solução fisiológica a  Meta: manter a glicose sérica entre 140 e
4°C em 15 minutos com auxílio de bolsa 180mg/dL.
pressurizada (aumenta temperatura
central em 1ºC) ou utilizar medidas de
resfriamento externo (bolsa de gelo,
cobertores resfriados)
 Hipertermia: deve ser evitada pois prejudica o
prognóstico neurológico e aumenta a
mortalidade

Perfusão tecidual

 Manutenção da perfusão de órgãos-alvo:


regular a PA e evitar hipotensão
o PAM alvo ≥ 65 mmHg.
 Reposição volêmica (soro fisiológico isotônico
ou ringer lactato) para manter pressão venosa
central (PVC) de 8 a 12 mmHg
 Arritmias: avaliar sinais vitais e realizar ECG
o Identificar e tratar a causa precipitante
 Intervenção coronariana:
o Causa mais comum de PCR é a SCA
o Obter ECG de 12 derivações

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