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ATENDIMENTO A PARADA CARDÍACA

ESTATÍSTICAS

BRASIL

• 1 PCR a cada 2 a 3 minutos;

• 30 mortes por semana;

• 150 a 200 mil pessoas morrem por ano;

• 73% morrem antes de chegar ao hospital.


DEFINIÇÃO

Parada Cardíaca

Cessação subita e inesperada dos batimentos cardíacos. O


coração para de bombear o sangue para o organismo e os
tecidos começam a sofrer os efeitos da falta de oxigênio.

A vítima não apresenta sinais de circulação nem pulso.


DEFINIÇÃO

Parada Respiratória

Ocorre quando a respiração está totalmente ausente ou é


claramente inadequada para manter a oxigenação e a
ventilação evetiva (gasping).
CAUSAS DE PCR

• OVACE;
•Estado de inconsciência – levando a
obstrução de vias aéreas por relaxamento da
língua;
•Afogamento;
•A.V.E (A.V.C);
•Overdose de drogas;
•Hipotermia;
•Trauma.
SINAIS E SINTOMAS QUE PRECEDEM A PCR

 Dor torácica;
 Sudorese;
 Palidez cutânea;
 Palpitações;
 Tontura;
 Hipotensão – 30% de perda;
 Taquicardia e taquipnéia;
 Alteração do nível de consciência.
COMO IDENTIFICAR UMA PCR

Inconsciência;

Ausência de respiração;

Ausência de Pulso (carotídeo).


DIRETRIZES AHA 2010
Qual a importância da RCP?
• RCP rápida por pessoa que presenciou a parada tem 4,5 x
mais chance de sucesso;

• Desfibrilação em tempo menor de 8 min tem 3,5 x mais


chance de sucesso;

• Pessoas menores 75 anos tem 1,5 x mais chance de


sucesso;

• Aguardar o suporte avançado não tem maior chance de


sucesso.
MORTALIDADE NO IAM

Circulation. 1994;90:2658-2655
CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA

Ajuda RCP Desfibrilação Suporte Cuidados


Precoce Precoce Avançado Pós-PCR
CONSEQÜÊNCIA DA PCR
▶ DE 0 – 4 MIN = DANOS AO CÉREBRO SÃO MENOS PROVÁVEIS SE A RCP FOR
INICIADA.
▶ DE 4 – 6 MIN = OS NEURÔNIOS COMEÇAM A DETERIORAR.
▶ DE 6 – 10 MIN = OS NEURÔNIOS MORREM.
▶ MAIS DE 10 MIN = MORTE CEREBRAL.
CAUSAS

Afogamento;
• Trauma de tórax;

• Drogas;

• Doenças Cardíacas

• Hemorragias;

• Hipotermia;

• Choque elétrico.
RISCO CARDIOVASCULAR
FATORES DE RISCO NO IAM

Modificáveis Não modificáveis

 Fumo  Idade
 Hipertensão arterial  Sexo
 Hipercolesterolemia  História familiar
 Diabetes
 Obesidade
 Sedentarismo
DOENÇAS CARDIOVASCULARES

50% DAS MORTES NAS 1ª


DUAS HORAS APÓS O
INÍCIO DOS SINTOMAS

ATAQUE CARDÍACO
DOENÇAS CARDIOVASCULARES

• ARTÉRIAS CORONÁRIAS

DIREITA E ESQUERDA
DOENÇAS CARDIOVASCULARES

ATEROSCLEROSE:
PROCESSO LENTO E GRADUAL DE OCLUSÃO DOS
VASOS CORONARIANOS

DEPOSIÇÃO DE GORDURA DEPÓSITO DE CÁLCIO

ENDURECIMENTO DA PAREDE DO VASO

ADESÃO DE PLAQUETAS
TROMBO
DOENÇAS CARDIOVASCULARES

OCLUI PAREDE DO VASO


TROMBO OU
TRANSFORMA-SE EM ÊMBOLO

FLUXO DE SANGUE PREJUDICADO

MIOCÁRDIO PRIVADO DE O2
DOENÇAS CARDIOVASCULARES

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)


OCLUSÃO TOTAL DE ARTÉRIA CORONÁRIA OU RAMO

FALTA OXIGÊNIO

NECROSE DE PARTE DE MIOCÁRDIO


DOENÇAS CARDIOVASCULARES

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

PRINCIPAL COMPLICAÇÃO

ALTERAÇÃO DO RITMO CARDÍACO


DOENÇAS CARDIOVASCULARES

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

FATORES DESENCADEANTES
• REFEIÇÃO COPIOSA
• ESFORÇO FÍSICO
• ESTRESSE
• TABAGISMO
• ALCOOLISMO
• ABUSO DE DROGAS - COCAÍNA

PODE OCORRER COM REPOUSO


DOENÇAS CARDIOVASCULARES
SINAIS E SINTOMAS
• DOR TORÁCICA FORTE INTENSIDADE RETROESTERNAL;
• 30 MIN A VÁRIAS HORAS
• IRRADIA PARA MMSS, OMBRO PESCOÇO, MANDÍBULA;
• NÃO ALIVIA COM REPOSO;
• FALTA DE AR, PALIDEZ CUTÂNEA;
• NÁUSEA, VÔMITO, SUDORESE E PELE FRIA
• VÍTIMA ANSIOSA, INQUIETA;
• ALTERAÇÃO DE RITMO CARDÍACO - BRADICARDIA,
TAQUICARDIA, ASSISTOLIA, FIBRILAÇÃO
• INCONSCIÊNCIA...........PCR
RESUMINDO.........

 Dor torácica irradiando para o queixo ou as costas;


 Sudorese (suando muito);
 Palidez cutânea;
 Agitação; mesmo em repouso
 Tontura;
 Hipotensão (pressão baixa ).........
CATETERISMO X ANGIOPLASTIA

• Braquial

• Femoral

• Jugular

• Radial
ANGIOPLASTIA
PONTE DE SAFENA
PROTOCOLO AHA 2010

Abordagem na PCR

1. Não Responde e não respira


2. Não Responde e apresenta gasping
PROTOCOLO AHA 2010
CHAMAR AJUDA ?
PROTOCOLO AHA 2010
CHAME AJUDA!

Atendente (192):orientar iniciar compressões.


PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Avaliar sinais de circulação:

Local de verificação de pulso;

Pulso ( tempo < 10s ).


CIRCULAÇÃO

Após identificar a PCR


Inicie RCP
- Iniciar compressões torácicas.

Atentar:
- Superfície rígida;
- Local correto da compressão;
- Comprimir 5 cm do tórax;
- Não interromper compressões;
- Uso do DEA .
COMPRESSÃO TORÁCICA

No mínimo 100 compressões por


minuto;
Retorno total do tórax após cada
compressão;
Profundidade mínina de 5cm para
adultos/crianças e 4cm em bebês;
Trocar o socorrista a cada 2
minutos.
CIRCULAÇÃO

RCP: sozinho? RCP: em duas pessoas?

30:2 30:2
CIRCULAÇÃO

Crianças com idade entre 1 a 8 anos

30:2 com 1 socorrista 3:1 Neo natos


15:2 com 2 socorristas
profissionais de saúde
NOVOS PROTOCOLOS DE MEDICAÇÃO

• Atropina não é mais recomendada para o uso no


tratamento de AESP/ Assistolia.

• Adrenalina: 1mg a cada 3 a 5 minutos.

• Amiodarona para TV/FV: Primeira dose bolus de 300mg.


Segunda dose: 150mg.

• Bradicardia sintomática ou instável: medicamento


cronotrópico para estimulação.
CIRCULAÇÃO
Conduta
• 2 acesos venosos calibrosos (nº 14, 16 ou 18);

• ADR 1 mg a cad 3 a 5 min;

• Após 1ª opção amiodarona em dose de ataque 300 mg


bolus + cardioversão = não saiu + 150 mg amiodarona;

• 2ª opção lidocaína e 3ª adenosina

• Administração de 20 ml de SF 0,9% após cada droga EV;

• Elevação do braço após a administração dos 20 ml de


SSI;
MÉTODOS DE CONTROLE VA
1. Manual Elevação do mento
Tração da mandíbula

Cânula orofaríngea
Básico
2. Mecânico Cânula nasofaríngea

Avançado Intubação endotraqueal

Obturador esofágico
Alternativo Combitube/kingtube
Máscara laríngea

Cricotireoidostomia
3. Cirúrgico
Traqueostomia
MÉTODOS DE CONTROLE VA
Abertura de vias aéreas

Manobra Clin lift - inclinação da cabeça


elevação do mento
MÉTODOS DE CONTROLE VA

Mecânico - Básico:
Cânula orofaríngea (guedel)

Vítimas Inconscientes!
MÉTODOS DE CONTROLE VA

Mecânico - Básico:
Cânula orofaríngea (guedel)

Medição
MÉTODOS DE CONTROLE VA

Mecânico - Básico:
Cânula orofaríngea (guedel)

Concavidade voltada para cima Rotação de 180o


MÉTODOS DE CONTROLE VA

Mecânico - Básico:
Cânula nasofaríngea

Vítimas conscientes!
MÉTODOS DE CONTROLE VA

Mecânico - Básico:
Cânula nasofaríngea

Também permite aspiração das vias aéreas


MÉTODOS DE CONTROLE VA

Mecânico - Avançado:
Intubação endotraqueal - orotraqueal

Cânula s/ cuff Cânula c/ cuff


MÉTODOS DE CONTROLE VA

Mecânico - Avançado:
Intubação endotraqueal - orotraqueal

Passagem do tubo e insuflação do balonete


MÉTODOS DE CONTROLE VA

Mecânico - Avançado:
Intubação endotraqueal - nasotraqueal

Vítima com
respiração
presente
MÉTODOS DE CONTROLE VA

Mecânico - Alternativo:
Combitube
MÉTODOS DE CONTROLE VA

Mecânico - Alternativo:
Máscara Laríngea
MÉTODOS DE CONTROLE VA
Cirúrgico:

Cricotireoidostomia Traqueostomia
MÉTODOS DE CONTROLE VA

Cirúrgico:
MANOBRA DE SELLICK

DESENCORAJADA

Consiste em aplicar pressão sobre a


cartilagem cricóide da vítima inconsciente.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Reavaliar a cada 2 min ( 5 ciclos), caso ainda


não apresentar pulso e respiração:

Continue a RCP até a ajuda chegar !


DESFIBRILAÇÃO

Chegou o DEA!

Ligue o aparelho e siga as instruções


DESFIBRILAÇÃO

Bifásica
Nas ondas bifásicas, a energia é
aplicada em duas fases. A corrente se
move em uma direção por um período
de tempo especificado, pára, e então
passa através do coração uma
segunda vez no sentido oposto.

Bifásico: Recomendação do fabricante (120 - 200J).


RITMO CHOCÁVEL

Após choque
não reavaliar pulso!!!
Reinicie a compressão
torácica imediatamente...

Se necessário choque usar gel condutor


espalhado em toda pá
Se não tiver gel usar gaze com SF
DESFIBRILAÇÃO X RITMOS

Qual a importância da desfibrilação:


PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
4 RITMOS

- Assistolia.
- AESP (Atividade elétrica sem pulso).

- Fibrilação Ventricular.
- Taquicardia Ventricular sem pulso.
ASSISTOLIA

Compressões torácicas.
Adrenalina – 1 mg a cada 3 a 5 minutos.

TRATAR AS CAUSAS
AESP

De acordo com o novo protocolo:


não recomendado o uso de Atropina.

TRATAR AS CAUSAS
CUIDADOS PÓS PCR

O Cuidado sistemático pós PCR deve continuar


em uma UTI com tratamento multidisciplinar
especializado.
RESUMO PROTOCOLO AHA 2010

 Avaliar responsividade;
 Checar pulso (10s);
 Chamar por ajuda 192 – SAMU;
 Iniciar compressões torácicas (C - A - B);
 Realizar 2 ventilações;
 Desfibrilação Precoce;
 Evitar ventilação excessiva: 8-10/min;
 Compressão cricóide - Manobra de Sellick:
desencorajada;
 Desfibrilação precoce – energia bifásica.
RESUMO PROTOCOLO AHA 2010

 C-A-B ao invés de A-B-C (30:2);


 Ver, ouvir e sentir foi retirado!;
 Compressão torácica de no mínino 100 bpm;
 Ênfase na qualidade das compressões torácicas: 5cm
profundidade mínima + retorno completo tórax;
 Minimizar as interrupções nas compressõe;
 Troca do socorrista a cada 2 min;
 Cuidados pós – PCR (hipotermia);
 Atendente (192): orientar iniciar compressões.
RESUMO PROTOCOLO AHA 2010

Vasopressores:

 Adrenalina 1mg 3-5min;


 Vasopressina 40U dose única (2ml);
 A atropina foi descartada para Assistolia e AESP
→ somente para Bradicardia;
 Amiodarona 300mg - 150mg – FV refratária;
 Lidocaína 1-1,5mg /kg para FV refratária;
 Adenosina – Taquicardia Complexo largo.
SBV EM ADULTOS

Fonte : American Heart Association 2010


REFERÊNCIAS

 MARTINS, Herlon Saraiva; et al. Emergências clínicas: abordagem


prática. 5. ed. ampl. e rev. Barueri: Manole, 2010.

 American Hearth Association . Destaques das Diretrizes da American


Hearth Association 2010 para RCP e ACE. Guidelines 2010.

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