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PCR: interrupção da atividade mecânica do coração, caracterizado por perda da consciência, ausência de

pulso e apneia.

Ressuscitação cardiopulmonar: conjunto de medidas adaptadas para retomar a atividade elétrica e


mecânica do coração, com aumento da chance de sobrevida.

EPIDEMIOLOGIA

PCR representa a maior emergência médica.

A cada minuto reduz 10% a chance de sobrevida

70% das PCR extra-hospitalares acontecem em casa →


sobrevida de 10,8%

PCR intra-hospitalar sobrevida de 22,5%

Se as medidas de RCP forem realizadas de maneira


precoce e eficiente a taxa de sobrevida pode chegar a
70%

A sobrevida reduz a cada minuto de PCR sem assistência

CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA

• Conjunto de ações que resultam em melhora da taxa de sobrevivência.

INTRA-HOSPITALAR

1º Vigilância e prevenção

2ª Reconhecer precocemente a PCR e pedir ajuda

3ª Começar RCP de alta qualidade

4ª Rápida desfibrilação

5ª Submissão do paciente ao suporte avançado de vida e cuidados pós PCR

ALGORITMO DE ATENDIMENTO

Checar respiração: avaliar expansividade torácica sem roupa

Avaliação de pulso: checagem em pulsos centrais (carotídeo e/ou femoral) por 5 a 10 segundos
Em caso de dúvida: assumir ausência de pulso e prosseguir algoritmo

RCP

Colocar a mão dominante embaixo

Manter os braços esticados e perpendiculares ao tórax do paciente

Comprimir com força na linha intermamilar

Alternar 30 compressões torácicas com 2 ventilações

Frequência de 100-120 compressões por minuto

Profundidade de 5-6cm

Permitir retorno completo do tórax

Sempre que possível revezar as compressões

Checar o pulso a cada 2 minutos

Evitar o máximo de interrupções possíveis

DESFIBRILAÇÃO

Ritmos chocáveis → Taquicardia ventricular e Fibrilação ventricular

Choque precoce aumenta muito a sobrevida de pacientes em PCR

Ritmos não chocáveis → AESP e Assistolia

QUANDO PARAR?

Sinais de retorno à circulação espontanea (presença de movimentos corporais, abertura ocular espontanea,
presença de pulso central)

Se retorno → colocar em posição de segurança


RECONHECIMENTO DO PCT GRAVE

• Aferição de SSVV

FR:

No adulto há variações: contar por 30 segundos, visualizando movimentação torácica

Checar padrão respiratório

Cheyne-stokes → lesão SNC

Kussmaul → acidose

Bradpneia < 12irpm

Taquipneia > 22irpm

PA

Observar consumo de café, fumo ou atividade física

Mensurar com paciente sentado ou deitado

Manguito na altura do coração

FC

Checar pulsos

Contar por 1 minuto

FC < 55 ou FC > 120

Oximetria de pulso

Cuidar com pacientes em uso de esmalte escuro ou com fístula arteriovenosa para hemodiálise

Checar se curva adequada

Pacientes com arritmia o valor pode não ser o real

Alerta se SatO2< 90%

Temperatura

Febre > 37,5


Hipotermina < 35

• Sintomas: dor torácica, cefaleia, paresia, afasia, alteração de visão, falta de ar, sangramento

Nível de consciência

Alteração de comportamento

• Scores

Responsabilidade da enfermagem
TRR = time de resposta rápida

HIPOXEMIA

HIPOXEMIA: termo utilizado para se referir a quantidade baixa de oxigênio no sangue arterial (PaO2 baixa)

HIPÓXIA: diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos, geralmente com lesão subsequente

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA: incapacidade do sistema respiratório em manter trocas gasosas.

CAUSAS DE INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA

Acometimento de SNC (AVC, TCE, intoxicação exógena)

Acometimento de músculo e/ou junção neuro muscular (miastenia gravis e síndrome de guillain-barré)

Deformidade da caixa torácica (trauma, queimadura)

Acometimento de VA (corpo estranho, broncoespasmo, DPOC)

Acometimento do parênquima pulmonar

SINTOMAS

Dispneia

Taquipneia
Uso de musculatura acessória

Cianose (extremidades e/ou central)

Alteração de estado mental

Alteração da ausculta respiratória

Tosse

Cefaleia

CONDUTA

Pct com suspeita de hipoxemia

Aferição da oxigenação > oxímetro de pulso (deve estar > 92)

DPOC podem apresentar taxa menor (normal até 88)

PA, FC, FR

Comunicar equipe médica

Pode ser solicitado raio X e gaso

OXIGENOTERAPIA

Dispositivos de baixo fluxo (cateter nasal), cada 1L de O2 aumenta FiO2 em 3%

Cateter com fluxo de 4L/min: 21% do aa + 4(fluxo) x 3%(fixo) = paciente recebe 33% de oxigênio

CATETER NASAL

Dispositivo de baixo fluxo FIO2 de 21 a 40% - 1 a 6L/min

Vantagens: simples, fácil uso, permite comunicação

Desvantagens; ressecamento de mucosas (limitar o fluxo a 6L), facilidade de deslocamento do cateter,


respiração bucal reduz eficácia, colocação incorreta

MASCARA DE VENTURI

Dispositivo de alto fluxo: FiO2 25 a 50%

Vantagem: consegue garantir um aporte conhecido de oxigênio, sem lesão de mucosa

Desvantagens: difícil acoplamento em pacientes com sondas, pode causar claustrofobia por cobrir parte da
face, necessidade de seguir fluxo pré-definido que varia de acordo com o fabricante
MÁSCARA DE HUDSON

Dispositivo de alto fluxo

Vantagem: sem lesão de mucosas

Desvantagem: fornece FiO2 desconhecida, necessita fluxo mínimo de 5L

MÁSCARA NÃO REINALANTE

Dispositivo de alto fluxo: FiO2 de 100% - 15L/min

Vantagem: consegue garantir um aporte conhecido de oxigênio, sem lesão de mucosas, possui válvulas
unidirecionais que impedem a mistura do ar inspirado com expirado

Desvantagem: difícil acoplamento em pacientes com sondas

DOR TORÁCICA

Corresponde a 5,7% das queixas

Doenças cardíacas são a principal causa de morte no Brasil

100.000 mortes por IAM

DOR TORÁCICA: ABAIXO DO NARIZ ATÉ ACIMA DA CICATRIZ UMBILICAL

Causas cardíacas

Doença coronariana (IAM)

Dissecção de aorta

Miocardite

Pericardite
Causas não-cardíacas

TEP

PAC

Pneumotórax

DRGE

Dores musculares

1º abordagem: identificar fatores de risco p doença CV (DM, HAS, dislipidemia, idade > 60 anos, tabagismo,
história familiar)

2ª caracterizar em dor anginosa (tipo em queimação, aperto, peso com localização retroesternal,
precordial, epigástrica, irradiação para dorso, mandíbula, MMSS, pescoço, associada com náusea, sudorese,
falta de ar, piora com esforço e melhora com repouso)

3ª aferir SSVV

4ª suporte de 02 (indicar de Sat menor que 92%)

5ª Comunicar equipe médica e enfermagem

6ª ECG

AVC: termo utilizado para referir-se a acometimento vascular (isquêmico ou hemorrágico) das estruturas
do cérebro, mesencéfalo, ponte e bulbo com morte celular (aconteceu algo que levou a morte celular

AVE: utilizado como sinônimo de AVC

AIT: descreve pacientes com sinais de AVC, mas que apresentam melhora em menos de 24h ou ausência de
lesão cerebral

DERRAME: termo popular çpara AVC

AVC isquêmico: ocorre por oclusão do vaso arterial, impedindo o fluxo de sangue para a região cerebral e
ocasiona morte celular → 85% dos casos
Causas: trombose de grandes vasos (aterosclerose), cardioembolismo (arritmia, valvopatia,
miocardiopatia), HAS, DM, trombofilia, infecção, uso de drogas

Zona de infarto x zona de penumbra

Zona com risco de sofrer infarto se não restaurar a parte q está ocluída

AVC hemorrágico: ocorre por ruptura da parede do vaso, com extravasamento de sangue e edema,
compressão e morte celular

Causas: HAS, 50-60anos, angiopatia amiloide (deposito de proteínas na parede do vaso q enfraquece o
vaso), MAV (pct jovem), sangramento de TU, aneurisma micótico (neurossifilis), medicações

AVC é a maior causa de morbidade!

No Brasil, em conjunto com o IAM, desponta como principal causa de mortalidade 100.000 REGISTRADOS
EM 2017

FR: DM, HAS, dislipidemia, > 60 anos, tabagismo, HF

Enfraquecimento, adormecimento, paralisação de braço ou perna

Perda de força na face, desvio da comissura labial

Alteração de visão, com turvação ou perda, especialmente de um olho, ou episódio de visão dupla

Dificuldade de falar ou entender

Dor de cabeça súbita, forte, persistente

Perda da capacidade de engolir

Tontura, desequilíbrio, falta de coordenação ao andar

Sorriso

Abraço

Mensagem (peça pra pessoa repetir uma frase ou uma mensagem)

Urgente (chamar SAMU)

1ª conduta: avisar eq de enfermagem

2ª conduta: aferir SSVV (PC, FC, FR, Sat, GLICEMIA)

NÃO PUNCIONAR ACESSO NO MEMBRO PARALISADO!

Suporte de O2 somente de Sat < 92

Não retirar o pct do leito ou oferecer água e alimentos


Apenas os exames de imagem são capazes de diferenciar os tipos de AVC

No AVCi a TC pode vir normal sendo necessária refazer em 24h

Trombólise até 4h30min do início dos sintomas

CRISE CONVULSIVA

Probabilidade de uma pessoa apresentar um episódio de crise convulsiva na vida pode chegar a 10%

Frequencia no DE representa cerca de 2% de todos os atendimentos

Crises não provocadas são mais comuns em homens nos extremos de idade (jovens e idosos)

Atividade anormal do cérebro

CRISE CONVULSIVA: manifestações motoras decorrentes de uma atividade cerebral anormal

CRISE PROVOCADA: crise convulsiva na qual identificamos uma causa

CRISE NÃO PROVOCADA: não é possível identificar a causa

EPILEPSIA: doença na qual há uma predisposição do indivíduo a apresentar crises convulsivas recorrentes

Causas: distúrbios metabólicos (hipoglicemia, eletrólitos), abstinência alcoolica, infecções, hipóxia, TCE,
AVC, intoxicações, uso de drogas

Manifestações: desconforto gástrico, formigamento, despersonalização, deja vu, alterações visuais → aura

Perda de consciência, olhos virados pra cima, espasmos, tremores, salivação excessiva, cianose, perda
esfincteriana

TRATAMENTO:

Maior parte auto-limitada, ou seja, tendem a se resolver em 5min

Durante a crise aguardar terminar

Colocar o pct deitado em posição confortável

Afastar objetos

Se houver sialorreia virar a cabeça do pct para evitar se engasgar

Nunca tentar segurar a pessoa

Nunca coloque a mão na boca do paciente

Aguardar 5 minutos
Se a crise ultrapassar avisar eq de enfermagem

É comum período pós-ictal

Posição de recuperaão (de lado com uma perda dobrada em cima da outra)

HIPOGLICEMIA

Cerca de 40% dos pct diabéticos tipo 1 terão 1 ep de hipoglicemia

Vem ocorrendo aumento do num de hospitalizaçãos

GLICOSE < 70mg/dL

Causas: erro de medicação, jejum prolongado, desnutrição, PO de bariátrica, exercícios físicos intensos,
alcoolismo, hepatopatia, CA

Manifestações: palpitação, tremores, ansiedade, fraqueza, suor, confusão mental, alteração visual,
dificuldade de falar, convulsão, coma, morte

Tratamento

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

2016 - 172 mil casos notificados

2017 – 10,7 casos a cada 100.000/hab


ARANHA ARMADEIRA

Ocorrem próximos a materiais de construção, entulhos, lenha, calçados

Caçam a noite

Agressivas

Tem em todo BR

Raramente leva a um quadro grave

QC: dor intensa, criança podem apresentar maior gravidade

Cuidado: compressa de água quente/ imersão em água morna; tto por equipe (levar animal)

ARANHA MARROM

Acidentes ocorrem em cascas de árvores, telhas, tijolos, cantos de paredes, atrás de móveis

Teias irregulares – algodonosas

Picam apenas quando comprimidas contra o corpo – vestimenta

Distribuição: região sul e SP

Raramente leva a um quadro grave

QC: lesões cutâneas (edema, leão com equimose e palidez e eritema ao redor)

Cuidados: compressas frias, tto com equipe especializada (levar o animal)

VIÚVA NEGRA

Acidentos ocorrem próximos a arbustos e grama

Teias irregulares

Picam se comprimidas ao corpo

Distribuição: nordeste

QC: dor e sensação de queimação, sintomas variados

Cuidados: eq especializada
ESCORPIÃO

Acidentes ocorrem normalmente em meses quentes e chuvosos

Hábitos noturnos

Picam se ameaçados

QC: dor intensa, náusea, vomito, sudorese, caso grave mais comum em crianças

Cuidados: compressa quente e ava da eq especializada

NÃO FAZER INCISÃO, TORNIQUETE OU SUGAR O VENENO

CASCAVEL

Chocalho no rabo, utilizam como aviso

Regiões abertas, cerrados, campo seco – área seca, arenosa e pedregosas

Não são agressivas

QC: fraqueza muscular, maç-estar, boca seca, suor, sono, não há dor local, face neurotóxica

Cuidados: ava eq especializada

Não fazer torniquete, incisão local ou passar qqr substancia

JARARACA

Distribuição: todo país

Hábitos noturnos
Matas, locais úmidos

Agressivas quando ameaçadas,

Meses quentes e chuvosos

QC: dor, edema local, sangramento, tardiamente necrose no local da picada

Cuidados: elevação do membro, ava eq especializada

Não fazer torniquete, incisão local, tentar aspirar o veneno ou passar qqr substancia

CORAL

Todo país

Campos e cerrados

Não é agressiva

QC: dor local, formigamento local, fraqueza muscular progressiva, alteração de visão, queda da pálpebra

Cuidados: ava eq especializada

VESPA, ABELHA, FORMIGA

Dor e edema local

Pode causar reação alérgica

Apenas abelha tem ferrão

Cuidado: compressa fria, se alergia procurar at médico

Remoção de ferrão com LAMINA, NÃO USAR PINÇA

LAGARTA

Arvores nativas ou frutíferas

Dor, coceira, irritação, edema

TTO: lavar com água fria, compressa gelada

Não colocar qqr substancia


ASFIXIA E ENGASGO

ASFIXIA: supressão da respiração e circulação do sangue

ENGASGO: obstrução na garganta, sufocar

Mais comum em menores de 3 anos

Pico entre 1-2 anos

Meninos

Incidencia 7 a cada 1.000

Identficação em crianças: dispneia, dificuldade de respirar, cianose, agitação, sonolência, dificuldade pra
falar, levar a mão ao pescoço, batimento de asa nasal

Identificação em adultos: dificuldade pra respirar, gemencia, cianose, dificuldade de falar, levar a mão ao
pescoço
Compressão com 2 dedos

Até a criança desengasgar

Crianças e adultos

TRAUMA

Lesão causada por agentes externos (químicos, físicos, elétricos) de form acidental ou intencional

Terceira causa de morte no mundo

Energia mecânica (acidente

Energia química (soda caustica)

Energia térmica (calor/ frio)

Energia eletrics (arritmia)

Atendimento inicial: segurança da cena, utilizar EPI, chamar resgate, ABCDE

Não movimentar pct até colocação de colar cervical e prancha rígida

Comprimir sangramentos

Evitar torniquetes
Acesso venoso (14 ou 16)

Aferir SSVV

FERIDAS

Retirar material da ferida

Limpar com soro fisiológico

Aplicar curativo adequado

Questionar sobre vacina do tétano

FRATURA

Exposta: lavar com soro fisiológico, colocar bandagens estéreis

Fechada: alinhar (dimiui a dor e melhora prognósico) e estabilizar (tala)

COLAR CERVICAL

Protege a coluna de compressão

Limita movimento da cabeça

Tamanho adequado

Colocar a parte anterior antes


MOVIMENTAÇÃO

Movimentar em bloco

Evita lesões

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