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Habilidades 2

Intestino delgado e vias biliares

P R O F. A R T H U R TAVA R E S C O R R Ê A D I A S
Conteúdos do abdome
Conteúdos do abdome
Divisão do abdome
Exame geral do abdome

Anamnese
Com o paciente deitado:
Inspeção
Ausculta
Percussão
Palpação
Anamnese - itens importantes
Queixas mais frequentes: dor, sensação de empachamento, distensão abdominal,
diarreia, constipação, vômitos, hematêmese, hematoquesia, melena.

Localização do sintoma: localizada ou difusa.

Tempo de evolução: agudo, sub-agudo, crônico, recorrente.

Migração e irradiação dos sintomas

Eventos que agravam ou melhoram os sintomas

Sintomas constitucionais associados (febre, palidez, taquicardia, icterícia, perda


ponderal)

Vômitos, diarreia e sangramento: cor, cheiro, consistência, volume, frequência.


Dor abdominal
Dor visceral: Proveniente dos órgãos ocos, devido à contração ou
distensão anormal. Geralmente mal localizada, e próxima da linha média.
Pode ocorrer com órgãos sólidos devido à distensão das suas cápsulas.
Referida como cólicas, queimação ou dor surda e persistente
Dor parietal: Originada no peritônio parietal devido a inflamação, mais
intensa e persistente. Melhor localizada. Geralmente piora com
movimentos, ou tosse.
Dor referida: dor percebida em um local distante da afecção original
devido à inervação espinhal semelhante.
Inspeção
Abdome: escavado, plano, globoso, em avental e de
Batráquio
Presença de peristalse
Alterações da pele
Presença de trama vascular exuberante
Presença de pulsação: tamanho, sopro(?)
Ausculta
Para movimentos intestinais (ruídos hidroaéreos) pode ser realizada em um único
ponto.

Borbulhamentos, cliques, borborigmos normais em uma frequência de 5 a 34/min.

Para pacientes hipertensos ou com qualquer fator de risco vascular procurar por
sopros em todos os quadrantes abdominais

Aorta (1 e 2)
Iíacas (3)
Femorais (4)
Renais (5)
Percussão
Pesquisa de macicez (órgãos sólidos, massas, liquido livre) e
timpanismo, que é o predominante (gases)
Palpação
SUPERFICIAL: com uma das mãos no plano horizontal (paralelo ao abdome) e os
dedos juntos realizar movimentos suaves e leves em todos os quadrantes.

Procurar: regiões de hipersensibilidade ou rigidez. Tranquiliza o paciente.


Pesquisar protrusões na parede abdominal à Valsalva (herniação).

PROFUNDA: bimanual (em crianças pode ser com uma mão só), com a face
palmar dos dedos (juntos). Procurar massas palpáveis (fisiológicas ou
patológicas), hipersensibilidade, rigidez, mobilidade.

PESQUISA DE IRRITAÇÃO PERITONEAL: palpação profunda vagarosa seguida


de rápida descompressão = dor intensa maior à descompressão do que à
compressão. Paciente geralmente toma posição antálgica.
Intestino Delgado
Úlcera duodenal péptica: dor epigástrica. Quando perfurada causa dor difusa
irritação peritoneal; pneumoperitônio.
Doença celíaca e outras intolerâncias alimentares: diarreia, cólicas eventuais;
distensão abdominal.
Doença de Crohn: pode afetar todo o trato gastrointestinal; dor abdominal difusa;
diarreia; presença de sangue nas fezes (eventual). Diagnóstico diferencial com
doenças infecciosas: doenças parasitárias, bacterianas, tuberculose.
Isquemia: Dor difusa abrupta, geralmente mais intensa que mostra o exame
físico.
Obstrução: início insidioso dos sintomas, distensão abdominal; dor paroxística;
vômitos biliares; parada mais tardia da eliminação de fezes e gases (o que já está
no cólon sai). Ausculta: inicialmente intensificação dos RHA, e depois parada.
Fígado
Percussão: HEPATIMETRIA
Palpação: pode ser palpado mesmo quando está normal. Quando está
aumentado pode apresentar borda lisa ou irregular (hepatites, cirrose)
Método: Colocar a mão esquerda por baixo do paciente (ao nível das 11ª
e 12ª costela) de modo a sustentar essa região (o paciente deve relaxar
sobre a sua mão). Posicione a mão direita no HD logo abaixo da macicez
percutida, pressione para dentro e para cima e peça para o paciente
respirar fundo para sentir o bordo hepático deslizar nos seus dedos.
Outra técnica: mão em garra.
Fígado
Ascite: acúmulo de líquido na cavidade abdominal. Pode ter diversas causas,
porém é muito comum ser causada por hepatopatia crônica.

Cirrose: inflamação crônica do fígado com fibrose do parênquima. Geralmente


causa hipertensão portal, e extravasamento de plasma. Outros aspectos
fisiopatológicos complexos estão envolvidos também.
Fígado
Ascite: Exame físico

Percussão da macicez (semicírculo de Skoda); macicez móvel.

Palpação: piparote
Vesícula biliar
Não é palpável nem sensível à palpação nas condições normais.

Quando há uma inflamação (colecistite), torna-se dolorida. Pode ocorrer devido a


formação de pedras/cálculos (litiásica) ou sem pedras (alitiásica).

Se há uma obstrução persistente do ducto cístico, o paciente pode apresentar


icterícia devido ao aumento de bilirrubinas diretas, além de acolia e colúria.

Colecistite: dor em HD. Pode haver irritação do nervo frênico e provocar dor
referida no ombro direito. Pode haver dor interescapular também.

Sinal de Murphy na colecistite: realizar a mesma posição da palpação hepática e


pedir para o paciente respire fundo. O paciente vai apresentar aumento súbito da
dor e interrupção brusca da inspiração.
Pâncreas
O pâncreas normal não é palpável. Massas pancreáticas decorrentes de
neoplasias podem ser palpadas.

Dor epigástrica de início agudo, geralmente em faixa, irradiada para o dorso.


Náuseas, vômitos, febre. Piora com a alimentação.

Pancreatite aguda: geralmente devido à passagem de cálculo com impactação


intrapancreática.

Pancreatite crônica: geralmente alcoólica. Evolução crônica ou recorrente.

Falha do pâncreas exócrino: diarreia com fezes gordurosas.

Falha do pâncreas endócrino: diabetes mellitus.


Baço
O baço normal não é palpável. Pode ocorrer esplenomegalia em algumas
doenças como mononucleose, malária, doenças linfoproliferativas.

Percussão do espaço de Traube: macicez?

Palpação: Com a mão esquerda sustente o paciente


por baixo (11ª e 12ª costela); com mão direita
pressione para dentro e para cima. Baço aumentado
pode ser palpado 2cm abaixo do rebordo costal.
Doenças conforme a localização abdominal
Fim

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