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INTRODUÇÃO
A anatomia palpatória é realizada pelo deslizamento das polpas digitais sobre a pele, para a
pesquisa das características palpatórias.
PALPAÇÃO SUPERFICIAL
a) A palpação deverá, qualquer que seja o processo empregado, ser sempre delicada por dois
motivos:
A palpação abdominal, segundo Haussman, não deve ser realizada com o fim preestabelecido
de se encontrar qualquer anormalidade, porém deve Ter como objetivo preccípuo, a
determinação da posição e dos caracteres de cada órgãos e, assim, conduz à conclusão
diferencial entre um órgão normal e uma formação anômala do próprio órgão ou de qualquer
outra estrutura.
A aorta abdominal é facilmente explorada, assim como as artérias ilíacas, pela palpação
profunda e deslizante, sendo facilmente identificadas pela situação anatómica e pela
característica pulsatilidade.
A mobilidade manual: nos órgãos com meso, e limitada pelo tamanho desses mesos, que são
curtos no estômago, no ceco, no ileoterminal e no sigmóide, e longos no cólon transverso e no
restante do intestino fino pelo mesentério. O epíploon, que normalmente também não palpável,
poderá sê-Io quando for sede de tumores metastáticos ou de fibrosos inflamatórias,
apresentando a mobilidade característica no sentido transversal. O sentido da mobilidade dos
outros órgãos citado corresponde à sua situação anatómica e de seus mesos. A mobilidade
manual, quando ausente em um órgão que devia apresentá-Ia, ou em qualquer estrutura
anormal que também se mostre imóvel, indica a sua fixação por processo fibrótico, inflamatório
ou neoplásico, aos planos profundos.
f) Dor presente ou não - Este elemento propedêutico necessita ser judiciosamente julgado. Se
a compressão palpatória for feita com -a mínima pressão suficiente para a identificação do
órgão, a presença da dor tem valor, porém as pressões fortes poderão provocar dor em órgãos
normais.
As mão que palpam devem ser colocadas de tal modo, que os seus maiores eixos sejam
perpendiculares ao eixo longitudinal da porção do estômago e do intestino ou de borda do
fígado e do baço que se queira palpar.
2- Mãos esticadas e obliquas com dedos em garra ou não, na palpação da grande curvatura do
estômago ou do cólon transverso.
4- Bordas radial e ulnar das mãos. Serão utilizados os quatro últimos dedos, ou somente três
ou dois dedos de cada mão. Quando a palpação é bimanual, as mãos devem ser colocadas em
posição tal que os eixos longitudinais não sejam paralelos, mas formem um ângulo agudo de
abertura voltada para o fisioterapeuta.
e) Fase de deslizamento: Atingindo dos planos profundos em duas ou três expirações e com a
pele do abdome enrugada, o fisioterapeuta mantém a profundidade conquistada, e realiza o
deslizamento no sentido que é variável conforme o segmento a ser explorado.
1° - O músculo psoas insere - se nas apófises transversas da 12a vértebra dorsal e das quatro
primeiras vértebras lombares, e daí se dirige para baixo, para fora e para frente, obliquamente,
atravessa a bacia na goteira da face anterior da bacia, e tem a sua inserção inferior no
pequeno trocanter do fémur.
CARACTERES PROPEDÊUTICOS
1° - Palpa - se o músculo psoas como massa muscular consistente, dura, de 5cm de largura
aproximadamente, e que se termina, no ziguezague, nas bordas finas e bem delimitadas,
direita e esquerda.
3° - Percebidas essas formações dos cólons, a palpação contínua até os limites palpatórios da
bacia, sempre com as mesmas condições de semiotécnica acima expostas.
1° - A palpação de grande curvatura do estômago obedece aos princípios gerais que regem o
processo de "palpação profunda e deslizante".
3° - O deslizamento deve iniciar - se na parte mais alta do epigástrio, e dirigir - se para baixo,
até perder o contato com a coluna vertebral, depois do promontório.
4° - A grande curvatura está habitualmente situada acima da cicatriz umbilical, porém a sua
sede, é lógico, não é fixa.
3° - Com o duodeno - o duodeno tem forma tubular. Como um dedo polegar ou pouco mais,
fornece ruídos de gargarejo fino e é sempre mote.
3° A semiotécnica é a mesma que para a palpação do ceco. As mãos devem deslizar, porém
um pouco para dentro e obliquamente em ângulo de menor grau, quase paralelas à linha
mediana.
1° - Consistência dura ou flácida, em fita ou em cilindro, diâmetro mais reduzido que dos
segmentos eólicos, mobilidade igual a do ceco, podendo apresentar gargarejo.
4° - Primeiro tempo - penetrar com as mãos ao nível da cicatriz umbilical até alcançar o psoas,
o qual deve ou não estar contraído. Penetrar sempre durante a expiração.
5° - Segundo tempo - atingido o piano profundo, sem deprimir com força, deslizar sobre o
psoas obliquamente, de cima para baixo e de dentro para fora, até atingir a arcada inguinal.
Mantendo o psoas contraído, tubo íleo - cecal torna - se mais acessível; depois de alcançar o
tubo cecal, antes de praticar o ressalto, procurar com os últimos dedos da mão direita a ampola
cecal, seguindo o seu contorno.
3° - Forma - em pêra, com a porção mais volumosa para baixo. Pode ser também cilíndrica, em
degrau ou achatada.
4° - Diâmetro - variável, porém quase sempre maior que a porção terminal do íleo.
3° - O plano profundo é explorado pela mão direita quando se palpa o cólon ascendente, e pela
esquerda quando se palpa o descendente. O fisioterapeuta ficará à direita para o cólon
ascendente, a à esquerda para o cólon descendente.
4° - A palpação é, pois, monomanual, com os dedos em garra, ou com a borda cubital da mão
direita e esquerda, respectivamente.
5° - Primeiro tempo - aprofundar a mão que palpa até o plano resistente, durante a expiração e
próximo da cicatriz umbilical.
CONCLUSÃO