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Radiografia
Anatomia Radiológica
O raio x simples, exame altamente disponível e de baixo custo, nos oferece uma visão
panorâmica dos órgãos, sendo útil para avaliação de obstruções intestinais, cálculos
renais e ureterais (principalmente os maiores). A avaliação de outras estruturas
também é possível, mas requer maior treinamento e familiaridade com o exame.
Fígado – localizado no hipocôndrio direito, sendo sua borda o norte da
visualização. Idealmente, a borda hepática não deve ultrapassar a borda do rim
direito; nos casos de esplenomegalia, podemos visualizar a borda hepática até
mesmo na fossa ilíaca.
Cólons – o raio x oferece boa visualização dos cólons em todas suas partes
(ascendente, transverso, descendente e sigmoide). É possível de se identificar
devido ao seu interior aerado e às austrações.
Jejuno e íleo – ambos se encontram central e medialmente; o jejuno no terço
superior esquerdo e o íleo no terço inferior direito até a pelve. Não são de tão
fácil observação e distinção sem contraste quanto o intestino grosso, devido a
pouca quantidade de ar.
Ossos – podemos visualizar as costelas, vertebras (processos espinhosos,
processos transversos e pedículos), sacro, pelve (ísquios, íleo e púbis) e fêmur.
Raio X no Abdome Agudo
Nas suspeitas de abdome agudo, indica-se a realização de três incidências: tórax em
pé, abdome em pé e abdome deitado – para que se possa observar o diferente
comportamento de líquidos e gases dentro dos órgãos abdominais.
No abdome agudo, podemos ver níveis formados pela presença de conteúdo nas alças
intestinais, marcados pelo ar – são os níveis hidroaéreos. Quando são múltiplos em
uma mesma alça, denominam-se “níveis hidroaéreos esparsos” e podem indicar
obstrução intestinal. Caso o paciente não consiga ficar em pé, podemos colocá-lo em
decúbito lateral e fazer a imagem, para ver a movimentação do conteúdo intestinal;
virado para o lado esquerdo se quisermos avaliar a presença de pneumoperitônio
(para usar o fígado como referência, pois não é para se ter ar nessa região). O padrão
de “empilhamento de moedas” se dá pelo espessamento da mucosa intestinal,
demarcando as vilosidades intestinais.
Nos casos de obstrução, devemos observar as partes do intestino que vem depois da
parte obstruída (a montante), que estarão vazias, murchas, sem ou com pouco
conteúdo. Nas obstruções do intestino delgado, ao observarmos os cólons – que, em
geral, são mais cheios de ar – veremos que estarão menos cheios, quase que
apagados, devido a ausência de conteúdo, barrado pela obstrução. Então, nas
obstruções teremos conteúdo intestinal mais a jusante do que a montante.
Enema opaco
Sinal da maçã mordida no enema opaco, indicando massa circunferencial
Urografia excretora – hoje é raramente realizado, pois a avaliação do trato
urinário é melhor na TC; pode ser utilizado em crianças. É feito pela injeção de
contraste, que oferece imagens dos rins, trajeto dos ureteres, fístulas, cálculos,
lesões tumorais etc. A maior utilidade é para avaliação do trajeto dos ureteres
e possíveis obstruções; quando se suspeita de cálculos, lembrar das constrições
ureterais, que são os locais mais prováveis de obstrução pelo cálculo: junção
pielo-ureteral (logo após a saída dos rins), cruzamento dos vasos ilíacos (no
início da pelve) e porção intra-mural (ao adentrar à bexiga).
Tomografia Computadorizada
Anatomia Topográfica na TC
A TC pode ou não ter contraste e, em geral, as não contrastadas são mais difíceis de
serem interpretadas, devido a demarcação dos órgãos e estruturas ser menos
evidente. Vale ressaltar que na TC sempre observaremos o paciente dos pés para a
cabeça, invertendo então os lados em relação ao observador.
A anatomia dos órgãos é melhor diferenciada em pacientes com mais gordura visceral.
O exame contrastado é feito em fases, pois, após a injeção do contraste EV, ele será
visualizado primeiro nas veias, depois nas artérias e por fim nas vias urinárias; então
teremos imagens em fases distintas, com melhor visualização de determinadas
estruturas, a depender de onde se encontra o contraste.
Hérnia umbilical – no saco herniário, podemos ver alça intestinal e gordura cavitária
Jejum de, no mínimo, 6h, para evidenciar as vias biliares (que estarão mais
cheias) e reduzir o conteúdo dos intestinos (para diminuir a interposição
gasosa);
O paciente deve estar com a bexiga cheia, tanto para a avaliação desse órgão
quanto para a formação de janela acústica e melhorar a imagem dos órgãos
adjacentes, como ureteres, útero, reto e próstata.
Analgesia para o paciente, tanto para alívio da condição como para facilitar o
exame em abdome doloroso.
Avaliar a mobilidade do paciente, pois – em alguns exames – é necessário a
variação de posição do paciente para melhor obtenção das imagens.
O ambiente de realização da USG deve ser apropriado, com luminosidade
adequada e privacidade para o paciente.
Para avaliar a próstata, é melhor pedir a USG de abdome inferior, pois a USG transretal
não tem um campo de imagem muito amplo, sendo utilizado mais para fazer biopsias
prostáticas do que para a avaliação do órgão.
Anatomia Ultrassonográfica