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GUIA PARA TÉCNICA “ESCANEAMENTO CORPORAL”

Ofereça ao seu corpo uma postura que o mantenha confortável, mas que favoreça um
estado mental interessado e curioso nessa prática que consiste em notar as partes do
corpo.

Começamos notando e sentindo a presença da respiração. O corpo expandindo na


inspiração e se esvaziando na expiração.

Mantendo a intenção de integrar a mente ao corpo, habitando o corpo, já que é possível


que ela se distraia em algum momento.

Qual a sua sensação térmica agora? Quais os pontos de contato do corpo com a
superfície que o ampara? Observe e sinta essa sensação tátil. Reconheça a presença e a
posição de seu corpo nesse espaço: a cabeça, o tronco, os braços, as mãos, o quadril, os
glúteos, as pernas e os pés.

Veja se é possível sentir cada dedo do seu pé. Desde o polegar até o dedinho. Explore as
sensações nos dedos dos pés, os contatos entre eles...Se você não sentir sensação
alguma, não tem problema. Aceite essa falta de sensação em algumas partes do corpo.
É o que chamamos de sensação neutra e, nesse momento, não queremos mudar nada,
apenas tomar consciência das nossas sensações.

Vá incluindo todo o seu pé, parte por parte: o dorso, as laterais e as solas. O que sente
nos pés?

Leve a atenção agora para seu tornozelo, sentindo todo o seu contorno e se abrindo
para as sensações como elas são.

Agora, vá se engajando nas sensações presentes nas panturrilhas, nos músculos da


tíbia...O que é possível sentir nessa parte inferior da perna? Ponto à ponto, em todo o
seu entorno. Seja acolhedor a qualquer sensação de dor ou de tensão. Note com mais
curiosidade e com maior precisão como ela é e onde exatamente ela se localiza.

Vamos chegando até os joelhos agora. Vá então inspirando consciência e expirando


aceitação de qualquer manifestação que possa ocorrer nos joelhos, articulações, a pele
do entorno, os músculos...

Leve a atenção nesse momento para as regiões da coxa. Leve o contato agora para o
fêmur, o osso responsável pela nossa locomoção. Escaneando atentamente todo o
entorno de suas coxas, a parte anterior, posterior e as laterais. Alguma diferença entre
a coxa direita e a coxa esquerda? Como é essa sensação? Aproxime-se dela. Sinta o peso
e as formas das coxas. Note e sinta os glúteos nesse instante. Alguma tensão? Algum
conforto ou desconforto nesse músculo?
Explore agora todas as impressões no entorno do quadril. Habitando e tomando cada
vez mais consciência de toda a região pélvica, desde onde nasce o nervo ciático que se
une com o tronco. Vá notando esse encontro da parte pélvica com o seu tronco. Vá
notando e sentindo.

Agora, tome consciência da região abdominal e da região lombar. Vá deixando que o


corpo se entregue em cada sensação e que se solte a cada respiração, notando o
movimento que a respiração impõe no corpo. Um balanço na barriga e na cintura e um
sutil embalo na região lombar. O que sente aí?

Despertando as atenções para os pulmões, esse órgão tão vital quanto o coração.
Inspire, expire. Deixe a respiração fluir e a observe. Permaneça com a impressão das
respirações nos pulmões, nas costas, na coluna e vá aguçando agora sua atenção para o
coração.

Sinta seu peito se enchendo e se esvaziando de ar. Veja se é possível sentir as sutilezas
das batidas do coração. Note esse órgão e se conecte a ele. Lentamente, desengaje
dessa sensação e mude seu foco atencional para os ombros.

Quais as sensações mais perceptíveis? Explore. E na região cervical, envolvendo a nuca:


alguma tensão? Permaneça com ela respirando, notando e sendo continente com essa
sensação.

Os ombros se ligam aos braços que normalmente pesam. Você consegue sentir o peso
de seus braços em seus ombros? Note seus braços nesse momento. Vá descendo e
escaneado a parte superior e a parte inferior dos braços, até os punhos. Como estão
seus braços? O que sente?

Explore as mãos, dedo por dedo, o contato entre eles, a sensação da temperatura.
Alguma sensação de prazer ou desprazer envolvendo qualquer experiência do campo
de sua consciência?

Traga agora sua atenção para o pescoço. Se abra para cada reação física do seu pescoço.
Sinta, permita que ele se solte um pouco. Repare a cabeça. Alguma impressão? Acolha
as sensações presentes no maxilar, no queixo, nas bochechas, no nariz. O ar entrando e
saindo pelas narinas. A temperatura do ar que entre e temperatura do ar que sai.

Atente-se para os olhos. O peso das pálpebras, das têmporas, a sensação na testa.
Tomando consciência da cabeça por completo. E, finalmente, vá formando uma
percepção mais expandida e integrada do corpo. Notando os pés, as pernas, o quadril,
o tronco, os braços, os ombros, o pescoço e a cabeça. Vá se reencontrando com a
sensação do corpo como um todo, seu corpo formando uma unidade singular.

Notando o corpo com gentileza, a forma dele, o peso e a sua posição aqui e agora nesse
espaço. Vá se orientando para a intenção de se movimentar. Inicie movimentando os
dedos dos pés e das mãos delicadamente. Solte as costas, o pescoço, abra os olhos e se
espreguice. Alongue-se um pouco.
Quando você estiver pronto, encontre a maneira mais gentil de se levantar dessa
posição, buscando levar esse nível de consciência corporal e atenção para outros
contextos de sua vida.

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