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SEMIOLOGIA EM ORTOPEDIA

FISIOTERAPIA EM TRAUMATO-ORTOPEDIA
CURSO DE FISIOTERAPIA
PROF° MSC. LEANDRO LIMA
ORTOPEDIA X TRAUMATOLOGIA

• Fisioterapia Ortopédica Desvios Posturais


- Patologias Ortopédicas Processos Degenerativos

Processos Inflamatórios
• Fisioterapia Traumatologia
- Patologias na Traumatologia

Qualquer tipo de trauma que acometa o sistema musculoesquelético


AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

Quando começa a nossa avaliação?!

Quais os principais pontos da avaliação?


- Identificação
Queixa Principal
- Ananmese
HDA
Inspeção
- Exame Físico Palpação
Mobilização
EXAME FÍSICO

• Inspeção
- Panorâmica
- Localizada
• É a etapa da avaliação que utilizamos o nosso olhar.
• O que podemos inspecionar no paciente?
• Palpação
- Superficial
- Profunda
• É a etapa que utilizamos o toque.
• O que palpamos!?
• Mobilização
• Etapa que utilizamos nossas ferramentas para tentar fechar o
diagnóstico cinesiológico funcional.

- Reflexo
- Sensibilidade
- Amplitude de Movimento (ADM)
- Medida de comprimento e Edema
- Testes Específicos
AN AMN ESE

Identificação
Idade

Sexo

Profissão/ Hobbies
AN AMN ESE

HDA
Queixa principal
Dor (deve ser categorizada)
Limitação de movimento
Rigidez articular
Sinais flogísticos
Perda de função
Instabilidade articular
Sinais orgânicos associados
IN SPEÇÃO

ESTÁTICA E DINÂMICA
Melhor visualização
Respeitar o pudor
3 planos
Postura
Sim etria
Posiçoes adotadas
IN SPEÇÃO

ESTÁTICA E DINÂMICA
Melhor visualização
Respeitar o pudor do paciente
3 planos
Postura
Simetria
Posiçoes adotadas
INSPEÇÃO

MARCHA
Encurtada
Antálgica
Inclinações
Ritmo Típicas
ESTRUTURA PATOLOGIA
Músculo Contratura, distensão, atrofia
Osso Fratura, osteoporose, osteomielite
Tendão Tendinite, tenossinovite
Cápsula articular Capsulite adesiva
Membrana sinovial Sinovite
Cartilagem articular Artrose
Ligamentos Lesão ligamentar
Meniscos Lesão meniscal
Bursa Bursite
Discos Hérnia de disco, discopatia
Fáscia Fascite plantar, esporão de calcâneo
DISTÚRBIOS E AFECÇÕES DO SISTEMA OSTEO-MIO-ARTICULAR

• AGUDO X CRÔNICO

- Aguda: 7 a 10 dias após a lesão (hiperemia, edema, aumento da


temperatura, dor em repouso que piora com a ADM ou isometria)
- Subaguda: de 10 a 7 semanas;
- Crônica: após 3 a 6 meses (fibrose, dor apenas nos extremos da
ADM, ou em resistência).

Lembrando que os números não são 100% exato.


Trauma Uso
agudo repetitivo

Lesão

Atividade
Resposta
inflamatória

Fraqueza,
rigidez, etc.
Dor

Repouso
DISTÚRBIOS E AFECÇÕES DO SISTEMA OSTEO-MIO-ARTICULAR

• Sinais e sintomas
• dor
• atrofia muscular / fraqueza,
• edema / derrame articular,
• diminuição da ADM / bloqueio / rigidez,
• aderência,
• instabilidade,
• crepitação,
• sintomas neurológicos
• Pontadas, agulhadas, dormência
ELEMENTOS DA DOR

Dor → percepção de sensações diversas como:


– Irritação
– Inflamação
– Fisgada
– Latejo

Nocicepção → processo sensorial que fornece os sinais


que desencadeiam a experiência de dor
- Nociceptores Mecânicos, Térmicos, Químicos
- Nociceptores Polimodais
TIPOS DE DOR

DOR AGUDA DOR CRÔNICA


• Dor que cessa com a
• Dor que ocorre pelo disparo de
interrupção do estímulo
reações inflamatórias no tecido
nocivo
lesionado, mesmo após a
interrupção do estímulo nocivo
• Mecanismo adaptativo de
sobrevivência • Ativação de fibras nervosas do tipo
C (amielínicas)
• Ativação de fibras nervosas do
• Pode tornar-se um processo
tipo Aδ ( A-delta -mielínicas)
patológico crônico
• Alerta para lesão tecidual • Causa estresse físico-
• Estímulos nocivos em  emocional e sócio-econômico
estruturas somáticas ou
viscerais
SÍNDROMES DOLOROSAS

• Dor somática não visceral - localizada; em pontada, facada, ardor ou


latejamento
• Dor visceral - vaga; em cólica, queimor e peso
• Dor músculo esquelética - vaga; queimação, latejamento e cãibra
• Alodínia - resposta aberrante de dor em resposta a estímulo
que antes não causava dor. Ocorre a nível de SNC.
• Dor Fantasma - Dor em membro amputado
C O L U N A V E RT E B R A L

ANATOMIA
Composição
Função
Divisão
Curvaturas
Musculatura
M ovimentos
ANATOMIA 1-

Composição
2-
Função
Divisão
Curvaturas 3-
Musculatura 4-
M ovimentos
C O L U N A V E RT E B R A L

PATOLOGIAS
Cifose de Scheudermann
Hiper curvaturas
Escoliose
Espondilite anquilosante
Contraturas musculares
CARACTERÍSTICAS GERAIS
O M BRO

Anatomia
3 articulaçÕes: Esternoclavicular,
acrOmioclavicular e glenoumeral +
EscápulO-tOrácica. São as
articulaçÕes de maior mObilidade no
cOrpO.
A clavícula é a única estrutura óssea
que liga o membrO superior ao
trOncO
O M BRO EXAME FÍSICO

Inspeção e Palpação
Das estruturas que cOmpÕe o OmbrO, na face
anterior, lateral e pOsterior:
C lavícula, prOcessO cOracOide, acrÔmio,
cabeça dO úmerO, etc
Devem ser inspecionadas e palpadas
as articulaçÕes
Na luxação traumática anterior, O úmerO se
deslOca da articulação glenoumeral e ocOrre
uma defOrmidade lOcal: sinal da Dragona
O M BRO EXAME FÍSICO

Inspeção e Palpação
O M BRO EXAME FÍSICO

Inspeção e Palpação
ManguitO rOtadOr: músculOs supra-
espinhal, infra-espinhal, redOndO
menor e subescapular. Agem fixandO
a cabeça dO úmerO na glenóide e
permitem a estabilização dOs
mOvimentOs dO OmbrO, auxiliandO na
atuação de OutrOs músculOs cOmO O
deltÓIDE.
EXAME FÍSICO
O M BRO

Movimentos pesquisados
Flexão, extensão, abdução, adução, rOtação interna e
rOtação externa
Pede para o paciente realiza-lOs, e quantifica a amplitude
em graus.
ExcetO na rOtação interna: nesse casO, pede para o
paciente cOlOcar as mãos nas cOstas
MOvimentOs de: elevação e o abaixamentO dOs OmbrOs,
assim cOmO a anteflexão e a retrOpulsão.
EXAME FÍSICO
O M BRO

Movimentos pesquisados
EXAME FÍSICO
O M BRO

Testes Especiais
Testes de impactO:
síndrOme dO cOnflitO
subacrOmial
Testes dO manguitO
rOtadOr
CARACTERÍSTICAS GERAIS
COTOVELO

Anatomia
FOrmadO pela extremidade distal
dO úmerO e a prOximal dO rádio e
ulna Elas se relacionam e fOrmam
as articulaçÕes entre o capítulO e a
cabeça dO rádio, entre a trÓclea e
a incisura trOclear da ulna e entre a
articulação rádio-ulnar prOximal
COTOVELO EXAME FÍSICO

Inspeção e Palpação N Ormalmente, O


cOtOvelO tem angulação em discretO valgo.
EntretantO, sequelas de fraturas pOdem
causar uma mudança dessa angulação
Pede-se para o paciente fazer
flexão de 90° dO cOtOvelO e verifica-se as
três saliências palpáveis dO cOtOvelO:
EpicÔndilO lateral,
epicÔndilO medial e olécrano
COTOVELO EXAME FÍSICO

Inspeção e Palpação
NervO ulnar: passa entre o epicÔndilO
medial e o Olécrano.
Tendão dO bíceps braquial (anterior)
Tendão dO tríceps braquial
(pOsterior)
COTOVELO EXAME FÍSICO

Movimentos pesquisados
Flexão, extensão, prOnação e supinação:
Esses 2 últimOs cOm O cOtOvelO fletidO em 90°
EXAME FÍSICO
COTOVELO

Alterações
As alteraçÕes mais frequentes são
as traumáticas, que pOdem levar a
sequelas cOmO:
MOdificação dO ângulO de
carga (varO Ou valgo
acentuadO); Rigidez de
mOvimentO
M ÃO CARACTERÍSTICAS GERAIS

Anatomia
PunhO: fOrmadO pela articulação
rádio-carpiana:
Articulação rádio-ulnar distal +
O ssOs da primeira fileira dO
carpO (escafÓide, semilunar,
piramidal e pisifOrme)
MetacarpO: O ssOs metacarpianos
que se articulam cOm as falanges
dOs dedOs
EXAME FÍSICO
M ÃO

Movimentos pesquisados
PunhO: Flexão palmar (Ou
extensão) e dOrsal, adução e
abdução.
M ÃO EXAME FÍSICO

Movimentos pesquisados
DedOs: flexão e extensão das
articulaçÕes metacarpO-falangeanas
e interfalangeanas, adução e
abdução dOs dedOs
POlegar: OpOsitOr, pOde realizar
um mOvimentO de pinça
EXAME FÍSICO
M ÃO

Testes Especiais
T únel dO carpO: canal no
qual passam 8 tendÕes e o
nervO mediano
SíndrOme dO túnel dO carpO:
cOmpressão dO nervO
mediano, causandO dOr e
parestesia Teste de Phalen
Q UA D R I L CARACTERÍSTICAS GERAIS

Anatomia
É a articulação coxo-femoral Movimento em
esfera Articulação de carga
Fêmur:
Cabeça, colo, trocanteres maior e menor
Acetábulo:
Ísquio, íleo e pubis Fundidos no
adulto
Labrum:
Periferia, fibrOcartilagem
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Q UA D R I L

Musculatura
Glúteo máximO:
ExtensOr e pOstura ereta Glúteo médio e
mínimO:
AbdutOres e estabilização da
pelve AdutOres:
Adução
TensOr da fáscia lata:
AbdutOres e estabilização da pelve
FlexOres:
Ílio-psOas e sartÓrio
SEMIOLOGIA
Q UA D R I L
Pesquisa
POntOs de referência anatÔmicOs:
C rista ilíaca, espinhas ilíacas ânterO-superior e pÓsterO-superior, trOcânter
maior e tuberOsidade isquiática
Flexão, abdução, adução, rOtação interna e rOtação externa
DecúbitO dOrsal cOm trOncO e pelve em pOsição simétrica Flexão
simultânea dO quadril e jOelhO
Pesquisa-se as rOtaçÕes cOm quadril e jOelhO fletidOs a 90º
ROtação interna dO quadril cOm a perna dirigida pra fOra Abdução
cOm O jOelhO estendidO
Extensão em decúbitO ventral
SEMPRE OBSERVAR A PELVE!
Q UA D R I L EXAME FÍSICO

Teste de Thomas
Obrigatório
Verificar se há cOntratura em flexão dO
quadril
Q uandO há cOntratura em flexão O quadril não
estende cOmpletamente e o ângulO fOrmadO
entre a face pOsterior da cOxa e o plano da
mesa de exame cOrrespOnde à cOntratura em
flexão existente, em graus
EXAME FÍSICO
Q UA D R I L

Manobra de Trendelenburg
Insuficiência dO glúteo médio Pelve
nivelada durante a marcha
Q uandO insuficiente, a pelve tende a cair para
o ladO cOntrário ao de apOio POde ocOrrer pOr
miopatias Ou encurtamentOs
Testa o músculO dO ladO dO apOio e,
quandO é pOsitivO, a pelve cai para o ladO
cOntrário ao apOio e o trOncO inclina-se para o
mesmO ladO dO apOio
JOELHO CARACTERÍSTICAS GERAIS

Anatomia
Associação de 3 articulações:
fêmoro-tibial, fêmoro-patelar e
tíbio- fibular proximal
Conexão entre fêmur e tíbia
Não possui estabilidade
intrínseca e depende dos
ligamentos
Nervo ciático é vulnerável e lesão
causa pé caído
JOELHO AN ATO M IA

Estruturas
LigamentO cOlateral medial:
Em fOrma de banda, neutraliza esfOrçOs em valgo e impede que a articulação se
abra mediamente
LigamentO cOlateral lateral:
Em fOrma de cOrdão, neutraliza esfOrçOs em varO e impede que a articulação se
abra neste sentidO
LigamentO cruzadO anterior:
Intra-articular. Impede que a tíbia se deslOque para frente dO fêmur, além de cOnferir
estabilidade rOtacional
LigamentO cruzadO pOsterior:
Intra-articular. Função de impedir a translação pOsterior da tíbia
AN ATO M IA
JOELHO

Semiologia
MeniscOs:
Função mecânica estabilizadOra e
redistribuidOra de carga Nutrição da cartilagem
articular
Maioria tem jOelhO em discretO valgo Extensão
cOm O quadríceps (Se insere na patela que faz
estabilização dinâmica) e flexão cOm bíceps sural,
semitendíneo e semimembranáceo SartÓrio, grácil e
semimembráceo tem inserção na pata de gansO
JOELHO EXAME FÍSICO

Teste da integridade ligamentar


C Olateral medial:
Aplica- se um esfOrçO em valgo cOm a perna estendida e fletida a 20º,
fOrçandO a perna pra fOra.
C Olateral lateral:
Da mesma fOrma dO anterior mas em var O.
CruzadOs:
JOelh O fletidO em 90º, examinadOr senta levemente sObre o antepé dO
paciente e segura firmemente a extremidade pr Oximal da tíbia,
puxandO- a e empurrandO- a e avalia seu deslizament O
+: Gaveta anterior (para frente) e gaveta pOsterior (para trás)
EXAME FÍSICO
JOELHO

Teste da integridade ligamentar


JOELHO EXAME FÍSICO

Teste da integridade ligamentar


Teste de Lachman
Avalia a integridade dOs
ligament Os cruzadOs
C Om O jOelh O fletid O a 20º uma
mão segura a tíbia e Outra
segura o fêmur, puxandO para
frente e para trás investigand O
qualquer excursão anômala da
tíbia.
AN ATO M IA

Anatomia
SubmetidO a grandes esfOrçOs
Região sensitiva e origem de reflexOs prOprioceptivOs
Superfície plantar é acOlch Oada cOm gordura,
semelhante a mão
RetrOpé:
T álus e calcâneo, articula- se cOm a perna Mediopé:
N avicular, cub Óide e cunhas
Antepé:
MetatarsOs e falanges Articulação de
Ch Opard e Lisfranc
AN ATO M IA

Anatomia
Arco plantar medial
Pé plano ou pé cavo Auxilia na
distribuição de forças
Áreas de apoio: Calcanhar, a
cabeça do quinto metatarso e a
cabeça do primeiro metatarso
Alteração do apoio forma calos que
podem ser vistos no exame físico
PÉ SEMIOLOGIA

Avaliação
Flexão dorsal:
Tibial anterior
Flexão plantar:
Triceps sural
Inversão:
Tibial pOsterior
Eversão:
Fibular lOngo e curtO
Pontos de reparo anatômico:
MaléOlOs medial e lateral, cabeças dOs metatarsOs
e calcâneo
REFERÊNCIAS

PO RTO , C .C . Semiologia M édica. 8ª ed. Rio de Janeiro.


Guanabara, 2019;
Exame Físico em O rtopedia - Filho & Lech - 3ª ed - 2017.

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