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PCR - RITMOS CHOCÁVEIS E NÃO CHOCÁVEIS

Sebastião Gomes

8º período

17/08/2021
Conceitos fundamentais C - CIRULATION
Lateral do carrinho, há a prancha rígida
RCP DE ALTA QUALIDADE: para auxiliar na compressão efetiva intra-
- manter fluxo sanguíneo para os órgãos vitais (coração e hospitalar.
cérebro); Desfibrilador externo manual.
- profundidade adequada das compressões (5 cm) evitando
lesão de órgãos ;
- saber posicionar o corpo e ombros para efetivar a
compressões; Acionou 360 J, aciona os 2 botões das pás ou clica
- 100 a 120 compressões/min; 1 ciclo de 30 compressões para no botão número 2 para carregar.
ventilações; No botão número 3, é o botão de choque. Só usa
- permitir retorno do tórax entre as compressões; se estiver carregado para desfibrilar.
- minimizar as interrupções durante ventilações;
- evitar ventilação efetiva.
Derivações podem ser mudadas, assim como os ganhos .
30:2 - trinta compressões para 2 ventilações (1
socorrista) Desfibrilador monofásico: 360J
Desfibrilador bifásico: 200J
Passos
1. Reconhecimento do local (seguro ?); O monofásico o choque passa uma vez pelo coração, no bifásico o
2. Checar responsividade da vítima; choque vai e volta, ou seja 2 vezes.
3. Pedir ajuda para ligar ao samu e trazer DEA; Sendo que no bifásico, as chances de reverter o ritmo cardíaco é
4. Verificar pulso e respiração; bem melhor.
5. Iniciar compressões e ventilações até a chegada da equipe
do SAMU. Desfibrilação/Choque
Com a chegada do DEA, o 2º socorrista assume as Desfibrilação: em coração com múltiplos sinais/focos elétricos
compressões enquanto o 1º instala o DEA. tentando comandarão ritmo cardíaco, fazendo com que o coração
O DEA analisa o ritmo e indica o choque. não bata efetivamente. A desfibrilação possibilita a retomada do
Retornar as compressões assim que o choque for comando cardíaco pelo Nó Sinusal e retomada do RC.
administrado.
- Ritmos Chocáveis: FV, TVSP
FASES DA PCR
Geralmente são 3 fases.
- Ritmos Não-Chocáveis: Assistolia e AESP.
Fase elétrica: As principais causas de PCR são os ritmos chocáveis.
- até 4 minutos do início da PCR; Alem de iniciar as manobras de ressuscitação cardiopulmonar,
- período ideal para desfibrilação, pois há ainda uma principalmente pelas compressões, quando disponível o
atividade cardíaca, predispondo ao RCE (retorno da desfibrilador é super importante checar o ritmo e o quanto antes
circulação espontânea); administrar a desfibrilação ventricular.

Fase circulatória: Com peito desnudo, liga o desfibrilador, mantém ele na carga
- 5 a 15 minutos após o início da PCR; máxima disponível. Solicita-se ao auxiliador colocar gel nas pás
- ênfase na RCP de alta qualidade; pra evitar queimadura. Posiciona-se as pás no ápice do coração e
região subclavicular esquerda, mantendo uma pressão sob o tórax.
Inicia-se a carga e quando completa, checa-se se todos estão
Fase metabólica: pior prognóstico afastados do paciente e procede-se a desfibrilação com os dois
- após 15 minutos do início da PCR, havendo maior botões ao mesmo tempo.
hipoxemia; Após a desfibrilação não é necessário checar o ritmo
- foco na hipotermia terapêutica (não se deixa de fazer novamente!
RCP). Continua-se as manobras de ressuscitação novamente.
CADEIAS DE SOBREVIVÊNCIA Foco na vigilância Pois, para o coração ter uma retomada total, é necessário a
Intra-hospitalar compressão externa, não adiantando o Nó voltar e não haver
compressão/estímulo contrátil.
Foco na
desfibrilação C - RITMOS CHOCÁVEIS DE PCR
precoce

É uma FV.
Extra-hospitalar Mas de início devemos fazer 3 perguntas.
Suporte básico nos 3 1. O QRS é estreito ou largo ? Largo nesse caso
primeiros elos; 2. Ritmo cardíaco regular ou irregular ? Irregular
Suporte avançado os 2 3. Existe onda P ? Não, anárquico (sem organização).
últimos elos
Então essa é a definição de FV: QRS largo, ritmo irregular e sem
onda P (desorganizado).

Chegada do SME - Serviço Médico de Emergência


Possui uma avaliação sistematizada, visando evitar erros e
para que não se pule nenhuma etapa.

Aqui a sequência é CABD É uma TV


A ênfase é no C, por isso que ele vem primeiro, onde 1. QRS largo;
realizamos as compressões eficazes junto da desfibrilação. 2. Regular;
3. Sem onda P
TV monomórfica: mantém um padrão sustentado;
TV polimórfica: vai crescendo o seu padrão (chern stokes).
C - RTIMOS NÃO-CHOCÁVEIS

1. QRS: estreito;
2. Regular; INTUBAÇÃO NÃO É PRIORIDADE EM PCR.
3. Onda P presente A NÃO SER QUE O MOTIVO DA PARADA SEJA
Sendo assim um ritmo sinusal, bradiarritmia sinusal HIPÓXIA.
devido o alargamento dos intervalos QRS.
Porém, se o caso for de um paciente sem pulso com IOT não é mandatória caso a ventilação esteja ocorrendo de forma
esse ou outro ritmo, dizemos que é uma AESP (atividade eficaz com o AMBU.
elétrica sem pulso).
CONSIDERAR VIA AÉREA AVANÇADA
AESP não se choca!!!! Optar por CAPNOGRAFIA SOB FORMA DE ONDA, pra
averiguar o posicionamento correto do tubo.

CAPNOGRAFIA:
- serve para revelar o correto posicionamento do tubo;
- serve também para demonstrar se as compressões estão sendo
Aqui podemos ter uma assistolia ? SIM eficazes.
Mas, antes devemos verificar algumas coisas.
1. QRS: ausente;
2. Ritmo: não se aplica;
3. Onda P: ausente.
Aplicar protocolo CA.GA.DA:
- checar cabos (conexão com paciente e desfibrilador),
ganhos (deve-se alterar os ganhos N/2, N, 2N) e
derivações (em busca de algum sinal elétrico).
Não se choca!

Para dizer que as compressões estão eficazes, o capnógrafo vai


C - ACESSO VENOSO mostrar uma onda acima de 10.
De preferência periférico: pois o calibre facilita a Se a compressão não tiver qualidade, a onda não chega nem a 10
rapidez de administrar fluídos. mmHg.
O cateter central é mais grosso e por isso tem menos ONDA DE PCO2
pressão.
Caso não dê certo o primeiro acesso periférico, pode-se
tentar em até 3 vezes. B - BREATHING (ventilação)
Se não der certo, faz a jugular externa (enfermeiro).
Se não funcionar a jugular, opta-se pelo intra-ósseo. Fornecer O2 a 100% para vítimas em PCR;
Se não funcionar o IO, opta-se pelo endotraqueal e Monitorização da adequada ventilação e oxigenação;
depois o central. Evitar ventilação excessiva (broncoaspiração, alcalose, aumento da
pressão intratorácica).
C - COMPRESSÃO DE ALTA QUALIDADE D - DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS E DROGAS
A - VIAS AÉREAS 5 ‘H’s e 5 ‘T’s
Queda de base de língua; - hipóxia;
- CHIN LIFT (elevação do queixo para liberar vias - hipovolemia;
aéreas); - acidemia;
- hipocalemia ou hiper;
- JAW THRUST (paciente vítima de trauma, faz - hipotermia.
anteriorização da mandíbula).
- tensão no pneumotórax;
- TEP;
- tamponamento cardíaco;
- trombose coronariana;
- toxinas/toxemia.

A - CONSIDERAR VIA AÉREA AVANÇADA DROGAS


- Epinefrina: 1mg/mL, em cada frascos tem 1mL ou 1mg
Definitiva: balão/cuff inflado na traqueia. Protege VA de USO: fazer 1mL EV seguido de flush de água destilada 20
broncoaspirar. mL, com elevação do membro a cada 35 minutos, para
- IOT; aumentar a velocidade de distribuição da droga na corrente
- INT; sanguínea.
- Crico Punção ou Cirúrgica; Em PCR a epinefrina é feita a cada 3 - 5 minutos.
- Traqueo (Eletivo). (ASSISTOLIA e AESP). NÃO CHOCÁVEIS!

Temporária: não há cuff. - Amiodarona: efeito antiarrítmico, usada em ritmos CHOCÁVEIS


- máscara laríngea (cuff acima da glote); (FV e TV).
- tubo esofagotraqueal; 50 mg/mL em frascos de 3mL (150 mg/frasco).
- crico por punção (temporária pois, não existe uso de cuff, USO: fazer 6 ml (2 frascos, 300 mg) EV + 20 mL SG 5%,
antecede uma cirúrgica). podendo repetir a dose 1 vez reduzida a metade (150 mg).
- Sulfato de magnésio: NÃO USA EM PCR, só após
reversão.
Apresentação de 10 e 50%
PCR revestida, usa-se 1-2g (2-4 mL do frasco de
50%) EV diluído em 10 mL de SG 5% em bolus.
Em situações de hipomagnesia, TV POLIMÓRFICA.
- torsade de pontes = TV POLIMÓRFICA.

Epinefrina
imediatamente
caso tenha acesso

PROTOCOLO DE PCR EM FV/TV


Após constatar que o pct está em PCR

5Hs 5Ts

Dinâmica em equipe de alto desempenho + protocolo SAVC


Checa pulso quando o ritmo muda no desfibrilador.

Comunicação em alça fechada: quando o líder da uma ordem, o membro da equipe deve confirmar que entendeu a ordem. O líder
da equipe deve ter certeza que o membro entendeu a ordem, antes que atribua outras tarefas.

Mensagens claras: usar linguagem clara e concisa ajuda evitar maus entendidos. Falar em voz alto e calmo para ser bem
compreendido.

Funções e responsabilidades claras: quando todos sabem suas funções, o trabalho é harmonioso e em equipe.

O líder deve delegar tarefas de acordo com a competência de cada membro.

Conhecer seus limites: todo membro deve conhecer os próprios limites e o líder deve estar ciente deles. Peça auxílio e
acompanhamento no início e não quando a situação piorar.

Compartilhar conhecimento: o líder solicita ideias para buscar um bom diagnóstico diferencial e pedir aos membros que façam
observações sobre possíveis omissões.

Intervenção construtiva: corrigir ações incorretas ou inadequadas.


Resumir e reavaliar: para orientar o ponto do algoritmo que a equipe se encontra e tudo que já foi feito.

Respeito mútuo.
Revisando

Extra-hospitalar:
1. Segurança da Cena
2. Checar responsividade
3. Acionar Ajuda
4. Checar pulso + respiração - 10seg
5. Iniciar compressões - 30c x 2v 5 ciclos (2min) 6. Desfibrilação
precoce

Intra-hospitalar:
1. Vigilância e prevenção - cuidados com os pacientes internados
a. RECONHECIMENTO PRECOCE (FR <6 irpm ou >30 irpm/
↓FC ou ↑FC; Hipotensão PAS
<90mmHg)
2. Acionar ajuda
3. RCP rápida - posicionar a tábuas que fica atrás do carrinho de
parada
a. comprimir 5-6cm, frequência de 100 a 120 comp./min
b. minimizar interrupções
4. Desfibrilação precoce
a. Pás nas posições infraclavicular direita e inframamilar esquerda
(região do ictus) b. Colocar muito gel + força de aproximadamente
13kg.
5. SAV rápido (elo final da cadeia);

6. Cuidados pós-parada;.
Obs:
● Se o pct já estiver intubado - comprimir ininterruptamente e
realizar ventilação a cada 6seg.;
● Não ficar olhando para o monitor;
● Se for IAM não faz trombolítico durante a parada;
● Paciente com ritmos chocáveis podem voltar,evoluir para ritmo
não chocável e/ou vir à óbito;
● Paciente volta ritmo, mas não respira - garantir via aérea(intuba)
- 1v a cada 6 seg.

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