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ENFERMAGEM DO TRABALHO

As relações de trabalho e saúde no Brasil tem apresentado uma evolução lenta e


gradativa. Isto porque, por um lado, os profissionais de saúde ao colocar em evidência a
temática “Saúde e Trabalho” em Encontros Nacionais e Internacionais, tem procurado com esta
atitude conscientizar os responsáveis pela saúde em nosso meio da importância deste tema.

Entretanto, os problemas encontrados pelos mesmos profissionais na aplicação de


medidas, visando uma perfeita saúde do trabalhador, trazendo à tona assuntos relacionados a
dificuldades financeiras por parte do profissional trabalhador, falta de condições nos locais de
trabalho, além de outros inconvenientes.

Devido a Revolução Industrial, a partir do fim do século XVIII na Inglaterra, começaram


a surgir problemas de saúde no trabalho e consequentemente a necessidade do médico e da
enfermeira atuarem neste campo, foi aí quando surgiram profissionais nessa área.

Muitas empresas em nosso País já possuem no seu quadro de pessoal o médico e um


elemento de enfermagem, desenvolvendo junto aos trabalhadores programas de saúde, além
de atender eventuais emergências, quando necessário.

Enfermeiras tem servido à industria americana desde 1895, e atualmente existem


aproximadamente 17 mil que representam 3,1% das enfermeiras em todos os campos. Os
diversos títulos e responsabilidades de uma enfermeira ocupacional foram descritos em
trabalhos por memorizados da Associação Americana das Enfermeiras Industriais .

A enfermeira do trabalho, nas suas atividades, deve estar atenta para fatores que podem
causar o desequilíbrio físico, mental e social do trabalhador. É de sua competência constar os
fatos e pesquisar as causas determinantes desse desequilíbrio, contando com a ajuda da
equipe multiprofissional, para tentar solucionar os problemas detectados junto com o
trabalhador, a fim de que o mesmo volte a produzir.

O AUXILIAR DE ENFERMAGEM NA INDÚSTRIA

O serviço de saúde ocupacional visa a promoção da saúde do trabalhador em seus


aspectos preventivos, curativos e de reabilitação, levando a condições seguras de trabalho e a
maior eficiência, sendo que o auxiliar e técnico de enfermagem está inserido neste processo.

Para se estabelecerem as condições específicas do auxiliar, dentro do serviço de saúde


das empresas, temos que considerar:

 O seu preparo pro profissional básico;


 Como ampliar esses conhecimentos dando os princípios básicos de atuação na
indústria.

O PREPARO PROFISSIONAL

O auxiliar de enfermagem recebe o conhecimento que o capacita a:

 Executar cuidados de enfermagem elementares;


 Colaborar com o médico e a enfermeira ou outros profissionais em atividades
simples, que contribuam para o diagnóstico da doença de paciente;
 Executar medidas preventivas e de promoção da saúde que lhe sejam
delegadas;
 Colaborar na educação dos doentes, de sua família e da comunidade, no campo
específico da saúde pública;
 Prestar socorros de urgência aos trabalhadores na ausência do médico e da
enfermeira, devendo solicitar imediatamente a sua presença;

É importante inferir que o técnico de enfermagem deve executar os itens acima


mencionados, sempre sob orientação e supervisão do médico e/ou enfermeira. O técnico de
enfermagem deve ser preparado para participar não só na recuperação o paciente, mas
também na preservação e manutenção da sua saúde;

COMO DAR AOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM OS PRINCIPIOS BÁSICOS DE ATUAÇÃO


NA INDUSTRIA

Dentro do serviço médico da empresa, o auxiliar terá como atribuições:

 Prestar os cuidados de enfermagem, aplicar tratamentos de acordo com a


necessidade que apresenta o funcionário;
 Cooperar com o médico nos exames médicos e em medidas que levam a
estabelecer o diagnóstico;
 Manter o equipamento e demais materiais usados em ordem;
 Manter o sistema de fichamento e registros;
 Promover a educação e aconselhamento em matéria de saúde;
 Dar encaminhamentos adequados aos problemas apresentados pelo
funcionário;
 Prestar os primeiros socorros.
O preparo básico que recebe o técnico não lhe permite exercer estas funções em toda
sua amplitude. Para que ele não se torne um mero “executante de curativos” e “entregador de
comprimidos”, ou um simples “preenchedor de papéis”, durante o curso, o ensino deve motivá-
lo a crescer, em conhecimentos, habilidades e atitudes para o trabalho em indústrias.

No conhecimento da empresa, o auxiliar deve estar a par de capacidade de


atendimento que a mesma oferece. Diante de um operário que necessita de atendimento, ele
deverá saber rapidamente se o mesmo poderá ser atendido no próprio serviço médico ou se
deverá ser encaminhado a um serviço especializado. Por isto, ele também deverá conhecer os
recursos da comunidade.

Atividades que competem ao Auxiliar de Enfermagem do Trabalho nas empresas:

 Auxiliar que competem ao médico nos exames pré-admissionais, periódicos,


especiais e demissionais;
 Auxiliar nas investigações dos acidentes do trabalho e das doenças profissionais e
possível existência de relações com atividades funcionais dos trabalhadores;
 Dar os cuidados de enfermagem aos acidentados e portadores de doenças
profissionais;
 Manter um controle estatístico de acidentes do trabalho e doenças profissionais;
 Prestar socorro de urgência na ausência do médico;
 Orientar os funcionários sobre os aspectos de saúde;
 Procurar conhecer as áreas de trabalho, suas atividades e seus problemas, para
melhor se situar na assistência e orientação que terá que prestar;
 Preocupar-se com a higiene das áreas de trabalho, além de orientar os
trabalhadores quando à higiene pessoal;
 Colaborar nos programas educativos e de saúde;
 Participar do programa de primeiros socorros;
 Requisitar medicamentos e material de enfermagem;
 Colaborar com os cipistas.

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