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Ritmos chocáveis

Ritmos:

Ø FV (Fibrilação Ventricular):
o Ausência de QRS, P, ST e T;
o Frequência impossível de ser avaliada;
o Ritmo irregular com ondas de tamanho variável.

Ø TVSP (Taquicardia Ventricular Sem Pulso).


o Em ACLS, qualquer taquicardia com QSR alargado é ventricular;
o 3 ou mais batimentos ventriculares em sucessão com FC > 100/min;
o Ritmo geralmente é regular;
o Frequência: 150 – 180/min
o QRS bizarro e alargado;
o Onda P geralmente é ausente.

Algoritmo de PCR em adultos:

• Algoritmo em anexo no apêndice (fig. 1). É importante a visualização do


algoritmo nesse momento, pois todas a informações abaixo, são explanações
na ordem e sobre o algoritmo.

Interrupções mínimas das compressões torácicas são essenciais, por isso:

Ø Um membro deve continuar executando a RCP de alta qualidade até um


desfibrilador chegar;
Ø O líder da equipe atribui funções e responsabilidade e organiza as intervenções
de modo a minimizar as interrupções nas compressões.
Ø A intervenção mais fundamental de FV ou TV sem pulso é RCP com
interrupções mínimas nas compressões torácicas e desfibrilação durante os
primeiros minutos da PCR.
Ø PPC é a pressão aórtica de relaxamento (“diastólica”) menos a pressão atrial
direita de relaxamento (“diastólica”). Durante a RCP, a PPC está correlacionada
ao fluxo sanguíneo miocárdico e ao RCE.
Figure 2 - RCP/PPC

Administrar um choque:
Se estiver em um desfibrilador monofásico administre um único choque de 360J. Use
a mesma carga de energia para os choques subsequentes. Quando usarem desfibriladores
bifásicos ver a quantidade recomendada pelo fabricante (120-200J) (caso não saiba quanto é
o recomendado pelo fabricante, administre a maior carga possível). Imediatamente após
aplicar o choque, reinicie a RCP, começando pelas compressões torácicas, durante 2 minutos.

Finalidade da Desfibrilação:
A desfibrilação choca o coração e suspende, por um breve período, toda a atividade
elétrica, inclusive a FV e a TVSP. Se o coração for viável, seus marca-passos naturais poderão
reiniciar a atividade elétrica, o que resulta em um ritmo de perfusão. Contudo, nos primeiros
minutos após uma desfibrilação bem-sucedida, o ritmo espontâneo é lento e pode não criar
uma perfusão adequada, por isso o paciente precisa de RCP, até que a função cardíaca
adequada retorne.

Princípios da Desfibrilação Precoce:


A cada minuto que passa entre o colapso e a desfibrilação, a probabilidade de
sobrevivência em uma PCR com FV diminui de 7% a 10%, sem RCP, já com a administração de
RCP cai de 3% a 4% por minuto. É importante ter em mente que a TVSP rapidamente se
deteriora para FV e a FV se deteriora para Assistolia.

Retome a RCP:
Reinicie rapidamente a RCP, após ter aplicado o choque. Não precisa checar pulsos
nem ritmo, a menos que o paciente esteja evidenciando sinais de RCE. Estabeleça acesso
IV/VO.

Verificação do Ritmo:
Faça a verificação do ritmo após 2 minutos de RCP. Lembre-se que a pausa nas
compressões torácicas devem ser de no máximo 10s. Ainda, verifique o pulso – de preferência,
durante a análise do ritmo – somente se um ritmo organizado estiver presente:
Se a verificação
revelar um ritmo
Se o ritmo se
Se o ritmo estiver chocável,
revelar não
organizado e administre o
chocável e não
houver pulso, choque e reinicie a
houver pulso,
precedo cuidados RCP
proceda para via
pós-PCR imediatamente por
de AESP/Assistolia
2 minutos após o
choque

Choque e Vasopressores:
Quando houver acesso IV/IO, administre apinefrina durante a RCP após o segundo
choque da seguinte maneira: Epinefrina 1 mg IV/IO – repetir a cada 3 a 5 minutos.Considere
via aérea avançada e capnografia.

Verifique o Ritmo.
Figure 1 - Algoritmo de PCR em adultos

LUCAS NUNES

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