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A PCR é algo frequentemente vista no ambiente intra e extrahospitalar, sendo extremamente necessário o
conhecimento da cadeia de ações para um melhor desfecho diante dessa situação, como visto na imagem abaixo:
Além disso, no SAV são realizadas medidas como acesso venoso, injeção de adrenalina, IOT e outros fármacos
ETAPAS DO SAV
O SAV deve ter suas etapas realizadas de forma simultânea e de forma organizada, sendo as principais medidas que
devem ser tomadas em um paciente com PCR no SAV as seguintes:
Como dito, as etapas precisam ser realizadas de forma simultânea, organizadamente, e com comunicação em
alça-fechada, ou seja, a pessoa comanda em voz alta, e quem recebeu o comando ao realizar a função também fala
que fez em voz alta
A principal preocupação na RCP deve ser as compressões torácicas, sendo elas mais importantes que a ventilação,
visto que no nosso corpo existe um superávit fisiológico de O2, dessa maneira, comprimir garante que esse O2 ainda
percorra os tecidos.
DESFIBRILADOR E MONITOR
O desfibrilador é de fundamental importância nos ritmos chocáveis, visto que o choque é o tratamento
preconizado nestes casos
● Ritmos Chocáveis: Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso, como dito, aqui o choque é a
medida de tratamento.
● Ritmos Não-Chocáveis: Podendo ser a atividade elétrica sem pulso(AESP) ou assistolia. Na assistolia, é
fundamental o protocolo CA-GA-DA, que é checar os cabos conectados, ganho e derivação.
FV TV
AESP ASSISTOLIA
CARGA RECOMENDADA
A carga recomendada varia com base no desfibrilador ser bi ou monofásico, no qual:
DESFIBRILAÇÃO PRECOCE
Como dito, a desfibrilação precoce é a medida indicada nos ritmos chocáveis, devendo-se tomar alguns cuidados:
Após administrar o choque, deve-se imediatamente reiniciar a RCP, não parando para chegar a presença de pulso ou
possível mudança de ritmo
ACESSOS VASCULARES
Abaixo será falado dos possíveis acessos que podem ser obtidos numa PCR
Este acesso serve para a administração de fármacos durante a PCR, como a adrenalina, amiodarona
O acesso venoso periférico pode ser realizado em qualquer veia, tanto do MMSS quanto do MMI, entretanto, nas
gestantes com útero volumoso obrigatoriamente a punção tem que ser em um dos MMSS, visto que a veia cava
inferior está sendo comprimida e isso afetaria a distribuição do fármaco
ACESSO INTRAÓSSEO
Na ausência de um acesso venoso periférico o acesso intraósseo é a 1ª opção, devendo ser realizado o acesso
intraósseo no platô tibial
● Reposição volêmica
● Injeção de drogas
● Coleta de amostras de sangue para exames laboratoriais
Podendo tal acesso ser realizado em qualquer idade, porém, a 1ª opção sempre será o acesso venoso periférico
calibroso.
Após a estabilização do paciente, com retorno a circulação espontânea(RCE), o acesso venoso central pode ser
realizado, caso necessário
VIA INTRATAQUEAL
A via intratraqueal possui eficácia variável, na qual existe uma absorção errática do fármaco devido a má-perfusão
pulmonar durante as compressões torácicas
A via intratraqueal pode ser usada, mas deve-se fazer 2-2,5x a dose IV do fármaco, diluídas em 5-10mL de água
destilada ou SF 0,9%
● Vasopressina
● Atropina
● Lidocaína
● Naloxona
● Adrenalina
● 1 – Tubo traqueal
● 2 – Dispositivo supra-glótico: Mascara laríngea ou tubo, que, apesar de situações normais não ser indicada
como via aérea definitiva, dada a gravidade da PCR ela pode ser feita
As compressões devem ser realizadas de 100-120/min, e a ventilação na proporção de 30:2 nos adultos. Quando se
institui a IOT, a ventilação pode ser dessincronizada das massagens, devendo ser realizada na proporção de 10irpm
(1 ventilação a cada 6 segundos).
A capnografia deve ser instalada, na qual é a capnografia quem confirma a correta realização da IOT
Além disso, a capnografia consegue mensurar a efetividade das compressões torácicas, na qual valores de
capnografia acima de PETCO2 >10mmHg indicam que as compressões torácicas estão sendo efetivas
FÁRMACOS
Abaixo será falado dos fármacos usados na PCR
VASOPRESSOR – ADRENALINA
A adrenalina é indicada em qualquer tipo de PCR, sendo sua administração precoce em ritmos não-chocáveis e
mais tardia nos ritmos chocáveis, isto pois foi visto que a adrenalina aumenta a taxa de RCE
Além disso, a adrenalina promove aumento da pressão de perfusão coronariana e cerebral pois é um fármaco
alfa-adrenérgico
1mg a cada 3-5 minutos via IV ou Intra Óssea + 20ml de AD ou SF + Elevação do membro
Nos ritmos não-chocáveis a adrenalina deve ser indicada o mais rápido possível após a obtenção do acesso IV ou
IO
ANTI-ARRÍTMICOS
Os anti-arrítmicos possíveis de serem utilizados numa PCR são:
● Amiodarona: 300mg na 1ª dose e 150mg na 2ª dose via IV ou IO, após duas doses não se usa mais
● Lidocaína: 1.0 - 1,5mg/Kg na 1ª dose e 0,5 - 0,75mg/kg na 2ª dose, após isso não se usa mais. A dose
máxima da lidocaína é 3mg/kg.
● Magnésio: Pode ser indicado na hipomagnesemia documentada ou Torsades de Pointes por QT longo, a
dose é de 1-2g via IV ou IO em bôlus
A indicação de amiodarona ou lidocaína é em ritmos chocáveis refratários ao choque, sendo indicado o uso de um
destes dois fármacos após o 3º choque, e, após isso, faz a 2ª dose do fármaco após o 5º choque
METAS
Para um correto manejo da PCR, deve-se ter nos hospitais:
● Educação institucional
● Treinamento em situações de crise
● Reconhecer fatores de erro: Sem culpabilizar, buscando ver aonde houveram erros, falta de atenção e de
comunicação, para que assim seja possível melhorar diante de novas situações de PCR
● Criar ambientes seguros: Sem brigas ou culpabilização
CUIDADOS PÓS-PCR
Após o RCE, deve-se tomar os seguintes cuidados:
● Evitar tremores e calafrios: Que promovem o aumento do consumo de O2, podendo-se utilizar sedação,
BNM, Sulfato de Magnésio
● Instituir controle glicêmico: Mantendo a glicemia entre 144-180mg/dL
● Controle dos distúrbios hidroeletrolíticos: Sobretudo potássio e magnésio
● Controle e prevenção de convulsões e mioclonia: Que promovem aumento do metabolismo cerebral
● Beta-bloqueadores: Pode-se considerar o início ou a continuação imediatamente após a hospitalização por
PCR em FV/TV sem pulso
FLUXOGRAMA – PCR
Diante de ritmos não-chocáveis deve-se checar os cabos, ganho e derivação, além disso, caso realmente seja uma
AESP ou assistolia, buscar os 8 “H’s” e 8 “T’s”
● 1º CICLO: Adrenalina
● 2º CICLO: Nada
● 3º CICLO: Adrenalina 1mg
● 4º CICLO: Nada
● 5º CICLO: Choque
● 6º CICLO: CHOQUE + ADRENALINA
● 7º CICLO: CHOQUE + AMIODARONA 300mg OU LIDOCAÍNA 1,5ml/kg
● 8º CICLO: CHOQUE + ADRENALINA
● 9º CICLO: CHOQUE + AMIODARONA 150mg OU LIDOCAÍNA 0,75ml/Kg
● 10º CICLO: CHOQUE + ADRENAINA
● 11º CICLO: CHOQUE
OBS: Isso acontece pois o ritmo é checado ao final do ciclo, portanto, o 5º ciclo iniciou como um ritmo chocável.