Você está na página 1de 36

Cirurgia e Traumatologia

Buco Maxilo Facial

Princípios da Biópsia

Prof DDS, MSc Pedro Augusto


Definição
• métodos de auxílio
diagnóstico, dos quais o
profissional pode lançar mão
com intuito de confirmar e/ou
excluir um diagnóstico, eleger
a melhor alternativa
terapêutica e orientar o
prognóstico.
Como fazer?
• remoção de um
fragmento de tecido ou
líquido de determinada
região do organismo de
um paciente para
avaliação das alterações
eventualmente
presentes.
Indicações
• Lesões ulceradas ou não, com suspeita de
malignidade (úlceras que não cicatrizam após
10 a 20 dias);
• Lesões esbranquiçadas ou avermelhadas;
• Crescimentos teciduais ou líquidos dos
mesmos;
• Lesões ósseas expansivas ou não;
• Lesões infecciosas, autoimunes e causada por
outros agentes etiológicos.
Contra-indicações

• Não existem contraindicações absolutas à


realização da biópsia. Essas são relativas e
quase sempre dizem respeito ao estado geral ou
condição local do paciente, as quais devem ser
ponderadas no diagnóstico clínico.
Caso clínico
Cuidados
• Lesões arroxeadas, avermelhadas, suspeitas
de Hemangioma – em casos de diascopia
(vitro pressão) positiva não deve-se fazer
biópsia.
• Lesões em que o diagnóstico clínico é
suficiente para o diagnóstico definitivo. Ex.
Herpes
• Lesões em glândulas salivares maiores.
Hemangioma
PAAF
• A aspiração por agulha fina (PAAF) é um tipo de biópsia
realizada com uma pequena agulha (calibre 21 a 25)
para obter amostras de tecido e líquido a partir de
lesões sólidas ou císticas.

• De caráter ambulatorial, dispensa anestesia, podendo


o paciente assumir as suas atividades logo após o
exame.

• É uma das muitas modalidades diferentes para o


diagnóstico de massas ou tumores fora da excisão
formal.
Indicações da PAAF
• Avaliação pré-operatória de
tumores de cabeça e
pescoço.

• É considerada um método
diagnóstico minimamente
invasivo e confiável, com
alta sensibilidade no
diagnóstico de lesões bucais,
nas glândulas salivares, e
fornece ao cirurgião
informações valiosas no
diagnóstico pré-operatório.
Linfonodos
• A adenopatia cervical pode surgir como
consequência de doença benigna ou
maligna. A PAAF para sua avaliação é
amplamente utilizada, no entanto,
apresenta limitações.
• Quando a PAAF sem resultado, pode
haver a necessidade de biópsia a céu
aberto.
• Entretanto, a biópsia excisional ou
incisional de um linfonodo requer
admissão hospitalar, às vezes pode
necessitar de anestesia geral e é
passível de complicações.
• Um dos diagnósticos diferenciais são os
linfomas.
Procedimentos
• Exames anteriores e de imagem devem
acompanhar o pedido.
• Dados clínicos e cirúrgicos são
imprescindíveis.
• Diagrama dos locais puncionados é
pertinente.
• Na dúvida contatar o laboratório.
Vias de administração de
medicamentos
Tamanho e cores das agulhas
Punção com agulha grossa ou Core
biopsy
• Também chamada biópsia
percutânea com agulha grossa
=>técnica de obter tecido através
de dispositivos percutâneos,
(pistolas), que acoplam agulhas
de calibres variados e permitem a
obtenção de amostras de tecidos
para diagnóstico histopatológico
através de mínimos cortes na
pele.
Biópsia incisional
• Biópsia incisional – trata-se
da retirada de um
fragmento da lesão, sendo
de grande importância a
remoção de tecido normal
junto com o alterado. É
indicada em casos de
suspeita de lesões malignas
e/ou lesões muito
extensas.
Biópsia por Punch
Biópsia excisional
• Biópsia excisional – trata-se da retirada da
lesão toda, sendo importante remover todo o
tecido alterado e uma faixa de tecido normal
ao redor. É indicada em casos, nos quais não
há suspeita de malignidade e em lesões
pequenas.
• Biópsia excisional com Laçamento da lesão
• Biópsia excisional com nódulo profundo
Mixoma Odontogênico
Ameloblastoma Uncístico
Sequência de procedimentos
1 – Biossegurança

- deve seguir os padrões de biossegurança


exigidos para a realização de um procedimento
cirúrgico.
2- Anestesia
• deve ser feita ao redor da lesão, e
não diretamente sob a mesma.
Pois a solução anestésica pode
mascarar a lesão.
3- Remoção do
tecido

- Fatores: tipo de biópsia, do tipo de tecido, ósseo ou


mole, e também dos aspectos clínicos da lesão.
- orientações: escolher o local ideal para remoção do
tecido, remover parte de tecido normal junto com o
alterado, na profundidade adequada, equantidade de
material suficiente para análise.
4 – Sutura

• Após a remoção do
tecido deve ser feita
hemostasia e sutura do
local.
Acondicionamento
• acondicionado em um frasco de boca larga e
tampa de rosca com solução fixadora. A
solução fixadora dever ser formaldeído 4% ou
formalina 10%. Além disso, não devem ser
utilizadas outras soluções como soro, álcool
ou água, pois, estas não têm a capacidade de
evitar a degradação do tecido.
6 - Resultado

• Enviado ao profissional solicitante por meio de


um laudo, o qual descreverá as condições
observadas no tecido e o diagnóstico
histopatológico.
Importância da realização

• solicitado quando o médico/c.dentista identifica


suspeitas de modificações nas células.
Encaminhamento

• Patologista e/ou
Estomatologista.

Você também pode gostar