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Sumário
CITOLOGIA CLÍNICA...........................................................................................................1
CITOPATOLOGIA NÃO GINECOLÓGICA............................................................................1
1.0 INTRODUÇÃO...............................................................................................................2
2.0 TÉCNICAS DE COLETA CITOPATOLOGIA GERAL...............................................5
3.0 PADRÕES CITOPATOLÓGICOS GERAIS BENIGNOS E MALIGNOS............17
A citologia clínica é o estudo das doenças através das células que são
provenientes de um processo de raspagem, descamação natural de
uma superfície epitelial, cavitária ou obtidas por punção aspirativa
por agulha fina. A citologia clínica foca no estudo e pesquisa de células
neoplásicas (malignas), além oferecer diversos subsídios importantes no
diagnóstico de doenças da vagina, doenças que acomete o colo do útero,
enfermidades de etiologia inflamatória, além de poder determinar nível
hormonal.
BBS
DEGES
DNA
DQ
EA
ETSUS
HCl
HE
HIV
IgA
LBA
ml
mm
MMG
MS
PAAF
PAS
pH
Profaps
RNA
rpm
SGTES
SUS
Ácido desoxirribonucleico
Diff-Quick
Ácido clorídrico
Hematoxilina - Eosina
Imunoglobulina A
Lavados Broncoalveolares
Mililitro
Milímetro
Método de May-Grüenwald-Giemsa
Ministério da Saúde
Potencial Hidrogeniônico
Ácido ribonucleico
Micra
2.0 Técnicas de coleta em Citopatologia geral
1.1 Punção
• Uso de anticoagulantes.
Introduzida em 1926 por Martin e Ellis nos Estados Unidos da América (EUA),
só ganhou
Técnica
1.2 Imprints
esfoliadas.
1. 3 Raspados
Pele
Agulha
Nódulo
Em caso de lesões vesiculares, estas devem ser rompidas com uma pequena
incisão fazendo a raspagem de suas margens, pois o material existente na
base, por ser mal preservado, dificulta o diagnóstico.
Em lesões não ulceradas ou não vesiculares, aconselha-se aplicar previamente
uma compressa de solução fisiológica por alguns minutos, a fim de propiciar
maior descamação e melhor preservação celular.
1.4 Escovados
deve ser transferido rolando-se a escova sobre uma lâmina de vidro limpa,
espalhando-o uniformemente e fixando-o imediatamente em álcool a 95% ou
spray, visando preservar os detalhes da morfologia celular.
1.5 Lavados
Permitem que as vias aéreas distais sejam “lavadas” com várias alíquotas de
solução salina estéril. A primeira alíquota é mais representativa de material das
vias aéreas mais largas e as seguintes representam material do compartimento
alveolar. Os lavados broncoalveolares devem ser refrigerados (entre 4º C a
8ºC) por no máximo duas horas, evitando-se o congelamento.
processamento.
b - Tubo de ensaio.
1.7.1 Escarro
Foi um dos espécimes mais utilizados para o diagnóstico citológico das lesões
do trato respiratório, devido à relativa facilidade para sua obtenção e por
provocar pouco desconforto ao paciente. Com o advento da broncoscopia e da
punção aspirativa por agulha fina (PAAF), seu uso tem declinado.
1.7.2 Urina
em etanol a 50% (em partes iguais) ou a 70% (na proporção de duas partes de
urina para uma de álcool).
3.1 Célula
3.1.1 Núcleo
No núcleo ocorre:
Classificação da cromatina:
Por um lado, a cromatina pode estar dissolvida (cariólise) como uma escama
anucleada ou por outro, como uma massa compacta (picnose), observada nas
células superficiais. Outra possibilidade de apresentação da cromatina é a sua
homogeneização (aparência de “vidro de relógio”), como visto nas infecções
virais. Na degeneração, a cromatina encontra-se como partículas redondas,
múltiplas e regulares, podendo variar de tamanho. Já no câncer, sua
condensação ocorre irregularmente em forma, tamanho e distribuição. Se
dividirmos o núcleo em quadrantes e essa divisão for desigual significa que a
cromatina está irregularmente distribuída, como acontece nos casos de câncer.
3.1.2 Nucléolo
3.1.3 Citoplasma
• Hipercelularidade.
• Pouca coesividade.
• Desorganização.
• Mitoses atípicas.
• Escassa celularidade.
• Boa coesividade.
• Células ordenadas.
• Presença de cílios.
4 Padrões citopatológicos em órgãos específicos
4.1 Mama
Células ductais
Células mioepiteliais
Células Espumosas
A origem dessas células é incerta podendo ser originárias dos ductos (células
ductais), de monócitos da medula óssea (histiócitos ou macrófagos) ou de
ambos. São encontradas isoladamente ou em grupos, têm citoplasma
abundante, multivacuolado e bordos celulares relativamente distintos. O
citoplasma muitas vezes contém vários pigmentos ou inclusões. Os núcleos
são brandos ou reativos, redondos ou ovais. Células espumosas gigantes
multinucleadas podem estar associadas a lesões benignas e aos cistos bem
como aos casos de câncer.
Células apócrinas
O núcleo pode variar de tamanho, em geral não é maior que duas vezes o
tamanho de uma hemácia. Sua forma pode ser redonda a oval e o contorno
nuclear é suave, quando irregular sugere malignidade. O núcleo pode ser
levemente hipercromático com a cromatina fina e pequeno nucléolo. O
citoplasma varia de escasso e delicado a abundante e apócrino. Vacúolos de
gordura intracitoplasmática são mais comuns nos carcinomas, mas também os
encontramos em casos benignos a exemplo das alterações da lactação. As
lesões benignas caracterizam-se por uma grande variedade de tipos celulares
incluindo células apócrinas, ductais, espumosas, mioepiteliais e histiócitos.
Cistos mamários:
Lesões inflamatórias
Mastites
Abscesso Subareolar
Mastite Granulomatosa
Tumores fibroepiteliais
• Fibroadenoma.
• Tumor Phyllodes.
• Alta celularidade.
Carcinoma Intraductal
4.2 Tireoide
Células foliculares
Elas são poligonais e com bordos bem definidos tendo como principal
característica o citoplasma abundante, denso e finamente granular com os
grânulos correspondendo as mitocôndrias. Coram-se de azul púrpura na
coloração de Diff-Quick e de azul a laranja brilhante no Papanicolaou. Os
núcleos em geral são excêntricos, aumentados de volume, duas a quatro vezes
o tamanho do núcleo da célula folicular normal. Binucleação é comum e
multinucleação pode ocorrer. A cromatina varia de fina a grosseira e os
nucléolos podem ser grandes, proeminentes ou pequenos e invisíveis.
Células ciliadas
Não são vistas normalmente nos aspirados da tireoide. Sua presença pode
indicar aspiração de células do epitélio respiratório, do ducto tireoglosso e de
cistos branquiais clivados.
Gordura
Pigmentos/ cristais
Amiloide
Pode ocorrer no carcinoma medular, no bócio amiloide, na amiloidose e
também no plasmocitoma da tireoide. Na coloração de Papanicolaou o amiloide
assemelha-se a um coloide denso.
Coloide
Classe Significado
de neoplasia folicular
Para ser satisfatória, a amostra tem que ter pelo menos seis grupos de células
foliculares benignas e cada grupo formado por pelo menos dez células. Todas
as vezes que um diagnóstico específico (ex.: tireoidite de Hashimoto) ou de
malignidade é possível de ser dado essa amostra também será considerada
satisfatória. Serão considerados insatisfatórios quando muito hemorrágicos,
espessos, dessecados ou quando o número de células foliculares for
inadequado. Uma das exceções da adequabilidade inclui uma amostra com
coloide abundante, pois é considerada satisfatória mesmo que seis grupos de
células não sejam identificados. Um esfregaço pouco celular com coloide
abundante é sinal de benignidade (cisto coloide). Outra situação caracterizada
de insatisfatória inclui cistos fluidos com ou sem histiócitos e com menos de
seis grupamentos com dez células foliculares típicas. Ocasionalmente um sítio
adjacente pode ser aspirado e o esfregaço composto principalmente de células
de tecido não tireoideano será consideradoinsatisfatório.
Benignos
São amostras com elementos celulares suspeitos para malignidade, mas com
insuficiência de células para diagnóstico definitivo. As alterações morfológicas
favorecem malignidade e as amostras são de moderadas a altamente
celulares. Deve-se especificar para que tipo de neoplasia está direcionado a
suspeita (suspeito para carcinoma papilar, carcinoma medular, carcinoma
metastático, linfoma e outros).
Nódulo maligno
• Carcinoma metastático.
• Outros.
Punção aspirativa por agulha fina (PAAF), que pode ser classificada nos
seguintes tipos:
Punção aspirativa transbrônquica
• Diátese hemorrágica.
• Tosse incontrolável.
• Enfisema avançado.
4.4 Líquidos
Células mesoteliais
Mesoteliomas benignos
O padrão bifásico é muito característico, mas nem sempre está presente. Alta
celularidade com papilas abundantes e achados clínicos favoráveis ajudam no
diagnóstico. O tipo mais comum do mesotelioma maligno é o carcinomatoso.
Os aspectos celulares podem ser mínimos ou inequívocos de malignidade. As
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