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Conheça os autores.................................................................................................................................................................................................................................................................página 03

Introdução........................................................................................................................................................................................................................................................................................................página 04

Diferentes modos e ferramentas do US................................................................................................................................................................................página 08

Erros frequentes no dia a dia...............................................................................................................................................................................................................................página 10

O que é possível avaliar em cada exame?.....................................................................................................................................................................página 12

Ultrassom de Abdômen Total............................................................................................................................................................................................................................página 12

Ultrassom de Abdômen Superior.............................................................................................................................................................................................................página 13

Ultrassom de Abdômen Inferior / Rins e Vias urinárias......................................................................................................................página 13


Sumário

Ultrassom de Próstata.........................................................................................................................................................................................................................................................página 14

Ultrassonografia de Parede Abdominal..................................................................................................................................................................................página 14

Ultrassonografia de Região Inguinal................................................................................................................................................................................................página 15

Ultrassom Transvaginal / Pélvico via Abdominal.............................................................................................................................................página 15

Ultrassom Obstétrico..............................................................................................................................................................................................................................................................página 16

Ultrassom musculoesquelético....................................................................................................................................................................................................................página 16

Ultrassonografia vascular............................................................................................................................................................................................................................................página 17
Conheça os autores

Juliana Galliza
• Formada em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
• Médica Residente em Ultrassonografia Geral do Cetrus – R4
• Membro do Núcleo Técnico de Conteúdo e Mídia Social do Cetrus
• Aperfeiçoamento em Atenção Integral à Saúde das Mulheres pela Universidade Federal de
Santa Catarina/UNA-SUS.
• Pós-Graduação em Saúde Coletiva: concentração em Atenção Básica, Universidade Federal
da Bahia.
• Mestranda em Medicina e Saúde Humana pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
• Médica ultrassonografista no Pro Matre Paulistana/Grupo Santa Joana e Hospital e
Maternidade São Cristóvão.

Luanna Neves Ponce de Arruda


• Formada em Medicina pelo Centro Universitário de Várzea Grande
• Médico residente em Ultrassonografia Geral do Cetrus - R4
• Membro do Núcleo Técnico de Conteúdo e Mídia Social do Cetrus
• Médica ultrassonografista em Hospital Pro Matre Paulistana / Grupo Santa Joana e Hospital
Japonês Santa Cruz
• Médica ultrassonografista em clínica Ela Assistência Médica

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Introdução

CLÍNICO, VOCÊ SABE PORQUE É IMPORTANTE


SABER PEDIR UM BOM EXAME DE ULTRASSOM?
ENTENDA!

O ultrassom é um dos principais exames que podem


contribuir para a conclusão de uma suspeita
diagnóstica a partir da história clínica do paciente,
por possuir:
• Vasta área de atuação nas especialidades médicas
• Fácil acesso baixo custo operacional
• Definição diagnóstica em termos de imagem de modo
isolado
Classificado como um exame não invasivo, permite visualizar
com detalhes e de modo instantâneo as estruturas internas
do paciente, bem como seus órgãos e tecidos.

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Quando bem solicitado, ele apresenta uma série
de vantagens, como:
• Resolução da hipótese diagnostica
• Menor perda de tempo do paciente na definição da
sua patologia e no tratamento, caso necessário
• Redução da necessidade de novos exames e
consequentemente custos desnecessários
• Maior resolubilidade em hospitais

Para tanto, os itens essenciais a serem descritos


na solicitação médica são
• Especificação de órgão e lateralidade;
• Hipótese diagnostica que justifiquem o pedido e que
possa guiar o exame;
• Assertividade no pedido do exame;
• Exames vasculares devem indicar o membro afetado
e qual modalidade do exame (arterial ou venoso)

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Além dos pontos anteriores, é sempre importante trazer
antecedentes méicos que possam contribuir para o exame.
Por exemplo:

Paciente de 58 anos e sexo feminino, com pedido de US


Transvaginal por conta de dor em região anexial direita,
sem maiores descrições em pedido médico. A mesma
refere cirurgia pélvica, não sabe informar qual, acha que
“tirou a tuba direita”. Ao exame foi evidenciado uma massa
a direita: seria de origem ovariana? Será que foi feita
ooforectomia à direita ou foi só salpingectomia ipsilateral?

Perceba que essas informações podem mudar completamente o raciocínio diagnóstico do médico que está
fazendo o exame e tem a possibilidade de investigar melhor durante o estudo. Então, além do nome, idade e
sexo do paciente, é fundamental que se coloque dados clínicos e/ou laboratoriais relevantes.
Não precisa escrever uma anamnese completa, mas algumas simples frases já auxiliam muito no exame e,
consequentemente, na definição da hipótese diagnóstica correta.

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É importante frisar que exames indicados de
forma desnecessária levam a vários diagnósticos
desnecessários ou preocupações infundadas.
Isso pode acarretar custos, iatrogenias, biópsias
e mesmo sofrimento do paciente por achados
incidentais. Como no exemplo a seguir:

Paciente com histórico de comportamentos


hipocondríacos faz US de Abdômen Total após
convencer médico-assistente a fornecer o pedido,
apesar de assintomática. O exame evidencia
um achado de colesterolose da vesícula biliar,
que consiste no acúmulo de colesterol na
parede deste órgão. Esse resultado, ainda que
de predominante associação benigna, trouxe
um transtorno enorme à paciente, que ficou com
medo de ser algo maligno, não acreditou na
hipótese benigna referida pelos médicos e até
hoje busca incessantemente uma colecistectomia
para “tirar esse problema dela”.

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Glossário : os diferentes
modos e tecnologias do US

QUER PEDIR UM EXAME MELHOR? PARA ISSO É IMPORTANTE ENTENDER ALGUMAS


MODALIDADES DA ULTRASSONOGRAFIA E PARA QUE ELAS SERVEM.
CONFIRA A SEGUIR AS MAIS USADAS:

MODO B ESTUDO DOPPLER

É a técnica básica, bidimensional, A técnica do Doppler avalia movimento/


utilizada em todos os exames fluxo, preferencialmente sanguíneo. O médico
ultrassonográficos, ainda que o pedido ultrassonografista pode contar com algumas técnicas
venha com estudo Doppler, com do próprio aparelho para tal avaliação: seja o color
algum tipo de contraste, etc. Doppler básico, Power Doppler e Doppler pulsátil.

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EXISTEM AINDA EXAMES MAIS ESPECÍFICOS NO CAMPO DA ULTRASSONOGRAFIA:

ELASTOGRAFIA: EXAMES COM CONTRASTE


MICROBOLHAS:
técnica que permite avaliar a rigidez do
parênquima de órgãos como fígado e tireoide; que ajudam na visualização de
estruturas específicas;

BIÓPSIAS: EXAMES COM TÉCNICA 3D/4D:


em que há coleta de matéria que ajuda que também permite melhor
a determinar a natureza de um nódulo; visualização de algumas estruturas.

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Erros frequentes no dia a dia

NO DIA A DIA, É COMUM QUE OS PEDIDOS VENHAM COM


ALGUNS ERROS OU AUSÊNCIA DE INFORMAÇÕES QUE
ATRAPALHAM O TRABALHO DO ULTRASSONOGRAFISTA, COMO:

• Não especificação da necessidade de um Doppler: esse exame é mais


específico e, habitualmente, só é realizado na dependência do pedido médico
especificando;
• Pedido de US abdômen superior para avaliação dos rins e vias urinárias;
• Pedido de US abdômen total para avaliação da próstata, utéro e anexos,
hérnias, intestino, afastar apendicite sem descrição da suspeita diagnóstica,
etc. Nesses casos, existem exames de US específicos para a região;
• Pedido de US de partes moles sem ressaltar a indicação do exame e hipótese
em investigação;
• Pedido de abdome total com “Doppler geral” de modo inespecífico, para avaliar
Doppler hepática ou Doppler renal;

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• Pedido de “US Doppler Venoso de membros inferiores” sem especificar se o
objetivo do exame é pesquisa de trombose venosa profunda ou mapeamento
venoso;
• Pedido de US arterial de membros com queixas de sugestivo acometimento
venoso (e vice-versa).
• “Combos de exames”, especialmente em queixas musculoesqueléticas.

Paciente com dor em membros superiores e o médico assistente


solicita: USG de ombros bilaterais, cotovelos bilaterais e punhos
bilaterais. Esse pedido tende a ser desvalorizado pelo médico
ultrassonografista, uma vez que reflete um achado inespecífico
que provavelmente não está associado a patologias que o
USG possa contribuir com o diagnóstico, exemplo, sobrecarga
tensional.

• Falta de orientação aos pacientes para que levem exames prévios para
avaliação comparativa (de grande valia!) ou sigam as orientações para
realização do exame (como falta de jejum, o que limita o estudo abdominal, por
exemplo).

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O que é possível
avaliar em cada
exame?
PARA NÃO COMETER
OS ERROS CITADOS
ACIMA, EXPLICAMOS
A SEGUIR O QUE OS
PRINCIPAIS EXAMES DE
ULTRASSONOGRAFIA SÃO
CAPAZES DE AVALIAR:

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ULTRASSOM DE ABDÔMEN TOTAL

ÓRGÃOS AVALIADOS:
• Baço
• Pâncreas
• Rins e vias urinárias
• Grandes vasos (aorta e veia cava)
• Bexiga
• Fígado e vias biliares
• Vesícula biliar

ÓRGÃOS QUE NÃO É POSSÍVEL AVALIAR COM PRECISÃO:


• Glândulas adrenais; • Musculatura do diafragma;
• Alças intestinais; • Apêndice cecal.

Em função da limitação do seu estudo, estes órgãos só são


avaliados na dependência de suspeita clínica, de preferência
descrita em pedido médico. É importante frisar que a limitação
do estudo permanece em casos de alterações, logo, exames
com resultados normais não podem excluir patologias.

Exemplo: o apêndice cecal é de visualização muito limitada


no ultrassom em decorrência principalmente de interposição
gasosa, porém, em casos de apendicite, o apêndice pode ficar
muito evidente e facilitar o diagnóstico, mas isto não é regra.

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ULTRASSOM DE ABDÔMEN SUPERIOR

ÓRGÃOS AVALIADOS:
• Pâncreas
• Grandes vasos (aorta e veia cava)
• Fígado e vias biliares
• Vesícula biliar
• Baço

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ULTRASSOM ABDÔMEN INFERIOR /
RINS E VIAS URINÁRIAS

ÓRGÃOS AVALIADOS:
• Pâncreas
• Grandes vasos (aorta e veia cava)
• Fígado e vias biliares
• Vesícula biliar
• Baço
• Rins e vias urinárias
• Bexiga

Obs: Em casos de transplante renal o pedido


tem que ser especificado.

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ULTRASSOM DE PRÓSTATA

ÓRGÃOS AVALIADOS:
• Bexiga
• Resíduo urinário pré e pós miccionais
• Próstata (especificadamente massa prostática)
• Vesículas seminais

ÓRGÃOS QUE NÃO É POSSÍVEL AVALIAR COM PRECISÃO:


• Ureteres em sua topografia média e distal.

Obs: Em função da limitação do seu estudo, estes órgãos


só são avaliados na dependência de suspeita clínica,
de preferência descrita em pedido médico. É importante
frisar que a limitação do estudo permanece em casos
de alterações, logo, exames com resultados normais não
podem excluir patologias.

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ULTRASSONOGRAFIA DE PAREDE ABDOMINAL

ÓRGÃOS AVALIADOS:
• Integridade/afastamento da musculatura da parede abdominal
(a exemplo de diástases)
• Região umbilical (a exemplo de hérnias umbilicais)
• Outros tipos de hérnias: hérnias de spiegel, incisionais,
• Lesões em plano subcutâneo (a exemplo de lesões lipomatosas)

ÓRGÃOS QUE NÃO É POSSÍVEL AVALIAR COM PRECISÃO:


• Lesões muito específicas de pele.

ATENÇÃO: Nesses casos o pedido deve ser USG Dermatológica


da lesão específica, pois é utilizado um transdutor também
específico e de maior potência.

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ULTRASSOM TRANSVAGINAL / PÉLVICO VIA ABDOMINAL

ÓRGÃOS AVALIADOS:
• Útero
• Ovários
• Regiões anexiais

ÓRGÃOS QUE NÃO É POSSÍVEL AVALIAR COM PRECISÃO:


• A tuba uterina nem sempre é vista com precisão,
especialmente quando há muita interposição gasosa;
entretanto, em casos de hidrossalpinge, o achado fica
muito evidente.

É importante frisar que o exame via abdominal não tem


a mesma qualidade do exame via transvaginal, que
é muito superior. Logo, sempre que possível, o ideal é
solicitar o exame US Transvaginal.

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ULTRASSONOGRAFIA DE REGIÃO INGUINAL

ÓRGÃOS AVALIADOS:
• Integridade da musculatura da parede inguinal
• Hérnias diretas e indiretas
• Herniações inguinoescrotais
• Massas
• Coleções
• Linfonodomegalias

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ULTRASSOM OBSTÉTRICO

ÓRGÃOS AVALIADOS:
• Biometria e peso feal
• Apresentação e situação
• Triagem para determinadas mal formações
• Avaliação do volume do líquido amniótico
• Avaliação da placenta

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ULTRASSOM MUSCULOESQUELÉTICO

Em função da vasta aplicabilidade dos exames ultrassonográficos,


ficaria muito amplo citar todas as estruturas visualizadas e
limitações técnicas.

SENDO ASSIM, OPTAMOS POR DEIXAR ALGUMAS DICAS:


• Tentar definir de acordo com a clínica do paciente o local
específico/mais intenso de dor ou incômodo e, a partir daí,
solicitar o exame.
Dica: pedir que o paciente aponte com o dedo o local, não pode
ser a região toda.
• O exame normal não significa que não há alterações ou que a
clínica não é verídica.

Exemplo: tensões musculares podem ser muito limitantes


e causar muita dor, entretanto nem sempre conseguem
ser visualizadas ao exame ultrassonográfico

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ULTRASSONOGRAFIA VASCULAR

Em função da vasta aplicabilidade dos exames ultrassonográficos,


ficaria muito amplo citar todas as estruturas visualizadas e limitações
técnicas.

SENDO ASSIM, OPTAMOS POR DEIXAR ALGUMAS DICAS:


• Pesquisa de trombose venosa profunda: é esperado que o paciente
tenha edema assimétrico do membro, empastamento da região e/
ou dor. O exame físico é imprescindível.
Obs: se história prévia de TVP é de grande valia colocar essa
informação no pedido.
• Mapeamento venoso: não é a mesma coisa de Pesquisa de TVP!
Este mapeamento serve para avaliar suficiência das veias dos
membros inferiores, bem como avaliar varizes.
• Diferenças entre ueixas venosas e arteriais:

• Venosas: sensação de peso no membro, edema, dor, melhora ao


elevar o membro, mudança da cor pele, rarefação de pêlos
• Arteriais: dor súbita ou crônica, cianose do membro, extremidades
frias, dentre outros.
Ou seja, é importante checar os sintomas do paciente antes de solicitar
o exame.

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