Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Exame - Avaliação I
Existem dois modelos de intervenção na saúde:
O médico atua tratando a fratura e o fisioterapeuta atua tratando as sequelas/consequência dessa fratura
(não esquecendo que todos os doentes são diferentes e como tal reagem de forma diferente à mesma
fratura). O nosso objetivo é minimizar a incapacidade e maximizar a funcionalidade.
O PROCESSO DA FISIOTERAPIA:
O processo da fisioterapia é igual para todas as áreas, mas pode apresentar particularidades consoante as
condições que os pacientes apresentam:
• Condições benignas do sistema neuro-musculoesquelético;
• Condições neuromusculares;
• Condições cardiovasculares e respiratórias;
• Condições tegumentares.
1
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Exame:
Processo para a obtenção da história, realização da revisão de sistemas e selecção e administração de testes
e medidas para reunir dados acerca do doente/cliente.
É um processo de exame e aplicação de testes específicos que levam a uma classificação de diagnóstico.
O processo de exame permite identificar possíveis problemas que requeiram ou a consulta ou o referenciar
para outro profissional/prestador.
Exame Subjetivo
Exame "O que o doente diz."
Metodologia utilizada
para recolher dados. Exame Objetivo
Confirmar aquilo que o doente disse.
No processo de avaliação, não basta identificar os problemas. É necessário descobrir as causas desses
problemas. Perante a análise dessas causas, poderá ser necessário recorrer a outro profissional de saúde.
É importante notar que a nossa avaliação nunca pode ser substituída por uma avaliação previamente
realizada por um médico, se tal existir.
Avaliação analítica:
Para que a nossa avaliação seja bem dirigida ao problema e para que
possamos ter noção da eficiência do nosso trabalho, é importante avaliar o
doente:
1. No inicio de cada tratamento;
2. Durante a aplicação de uma técnica → Para avaliar se a técnica
aplicada está a resultar. É ainda importante questionar o doente ao
longo do tratamento acerca da intensidade e localização da dor.
3. Após ter sido aplicada uma técnica;
4. No fim da sessão de tratamento → Normalmente, utilizamos mais
do que uma técnica no paciente. No final, devemos avaliar os
resultados do tratamento enquanto conjunto.
2
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
5. Nas 24h que se seguiram à última sessão de tratamento → É o fisioterapeuta quem deve decidir qual
o espaço de tempo mais indicado, consoante a nossa avaliação. Na maior parte das vezes, a
frequência periódica com que se estabelecem as consultas deve-se aos horários do cliente e do
fisioterapeuta, e não à avaliação. Por isso, é importante questionar o doente acerca dos seus
sintomas durante o tempo que não estivemos com ele, e moldar a nossa intervenção se estas novas
informações o justificarem.
6. Como avaliação retrospetiva:
a. No inicio de cada 4ª ou 5ª sessão;
b. Quando os progressos diminuíram ou pararam;
c. Após uma interrupção do tratamento;
Tratamos → Paramos → Avaliamos
7. Quando damos por concluída a nossa intervenção → Enquanto profissionais, devemos
responsabilizarmo-nos pelas nossas intervenções. Por isso, é importante manter registos acerca dos
nossos pacientes, pois estes salvaguardam-nos em caso de queixas que nos atribuam e das quais não
temos responsabilidade (são a nossa defesa enquanto profissionais).
↓
Brick Wall: Devemos impedir que os nossos
conhecimentos teóricos interfiram
/condicionem o conhecimento proveniente da
história, sinais e sintomas do doente.
↓
Quando não priorizamos a história, sinais e
sintomas do doente, e nos focamos demasiado
nos nossos conhecimentos, muitas vezes
“facilitamos” a avaliação. Isto pode levar
posteriormente a uma intervenção incorreta.
Ex: Se uma pessoa com uma escoliose à 20
anos apresentar uma dor nas costas, não
devemos supor logo à partida que essa dor se deva à escoliose.
3
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Prognóstico: → Capacidade de prever o que vai acontecer e comparar com outras alterações possíveis.
Determinação do nível ótimo de melhoria que pode ser atingido através da intervenção, bem como do
período de tempo necessário para atingir esse nível. O plano de tratamento especifica as intervenções
usadas e o seu timing e frequência.
Intervenção:
Interação propositada e qualificada do fisioterapeuta com o doente/cliente e, se apropriado, com outros
indivíduos envolvidos nos cuidados do doente/cliente, através da utilização dos vários métodos e técnicas da
fisioterapia por forma a produzir alterações na condição que sejam consistentes com o diagnóstico e
prognóstico.
O fisioterapeuta conduz uma reavaliação para determinar alterações no estado do doente/cliente e para
modificar ou redirecionar a intervenção. A decisão para reavaliar deve ser baseada em novos achados
clínicos ou na falta de progressos do doente/cliente. O processo de reavaliação pode também identificar a
necessidade de consultar ou reencaminhar para outro profissional/prestador.
Intervenção → Reavaliação
Resultados:
Resultados da gestão do doente/cliente, que incluem o impacto da intervenção da Fisioterapia nos seguintes
domínios:
• Patologia/patofisiologia (doença, desordem ou condições)
• Incapacidades, limitações funcionais e deficiências.
• Redução/ prevenção do risco
• Saúde, bem-estar e forma física
• Recursos Sociais
• Satisfação do Doente/Cliente.
4
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
ICF
No contexto da saúde:
Limitações da atividade são as dificuldades que um indivíduo pode ter na sua execução.
Fatores ambientais caracterização do ambiente físico, social e de costumes, no qual as pessoas vivem e
regem as suas vidas.
5
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
6
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
1. Para recolha de informação relevante acerca 1. Para despiste das anomalias funcionais
do local, da natureza, do comportamento e do aplicando testes de movimento (ativo e
aparecimento dos sintomas atuais, passivo), neurológicos ou outros testes
relacionando estas informações com: específicos a todos os tecidos ou sistemas
• Situações passadas; hipoteticamente envolvidos.
• Tratamentos anteriormente realizados.
Durante o exame subjetivo, é importante que nos foquemos nos sintomas atuais. Além disso, a informação
recolhida deve ser concreta (ex.: onde se localiza a dor, quais os sintomas e como se comportam, como
apareceu o problema, como está a evoluir o problema…). Desta forma, podemos tomar uma decisão
justificada acerca dos melhores testes a aplicar ao doente (exame objetivo).
Nota: A espera por uma consulta médica arrasta-se, por vezes, por semanas. Um doente que tinha uma
lombalgia, quando vem à fisioterapia, provavelmente já não a tem. Assim, é necessário fazer uma avaliação
atual do problema e depois atuar na prevenção da ocorrência de lombalgias.
Raciocínio Clínico:
• Processo cognitivo; “…Processo no qual o fisioterapeuta, interage com o
doente e outros (como familiares ou outros prestadores
• Processo interativo (considera o de cuidados de saúde), ajudando os doentes/utentes a
raciocínio do outro); estruturar significados, objetivos e estratégias de gestão
• Pensamento situacional (focado numa baseados nos dados clínicos, escolhas dos doentes e nos
julgamentos e conhecimentos profissionais” (Higgs and
situação específica);
Jones, 2000).
• Pensamento retrospetivo (aprendemos “Raciocínio clínico pode ser definido como o processo
com as experiências/vivências); cognitivo, ou de pensamento, usado na avaliação e
• Objetivo: chegar a um acordo acerca da gestão dos cuidados aos doentes. O objetivo do
melhor solução para o problema, raciocínio clínico é a “wise action”, isto é, fazer o melhor
julgamento num contexto específico. Raciocínio clínico
considerando os melhores interesses do
requer pensamento situacional, efetuado no momento
doente. bem como retrospetivamente.” (Rose, M., 1999)
7
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
8
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Catastrofismo: Quando o problema deixa de ser a lesão, mas a situação mantém-se porque o paciente entra
num ciclo de medo-evitamento. (ex.: situações crónicas)
Problema
(condicionamento
físico)
Evita o movimento
Dor
(para evitar a dor)
Quando retoma o
movimento, sente
dor devido à Imobilidade
imobilização
prolongada
9
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Organização do Conhecimento:
Relativo às hipóteses que consideram a saúde global do doente, bem como as medidas
e técnicas específicas da fisioterapia que devem ser consideradas.
Gestão dos Inclui considerações sobre se a fisioterapia é indicada, e se for o caso, o que deve ser
cuidados e experimentado. No caso das terapias manuais, deve ser decidido por exemplo, e o
tratamento tratamento é dirigido à causa dos sintomas ou aos fatores contribuintes. Se a opção for
mobilização passiva, se esta deva incluir movimento fisiológicos ou acessórios, entrar
ou não na dor, qual a direção do movimento, que amplitude, velocidade e duração
deve ser aplicada.
As categorias de hipóteses foram concebidas numa perspetiva dos fisioterapeutas que trabalham com
doentes que apresentam condições neuro-musculo-esqueléticas.
A informação que conduz às diferentes categorias de hipóteses é obtida através dos exames subjetivo e
objetivo, em que cada fração de informação contribui muitas vezes para mais do que uma categoria de
hipóteses.
10
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
EXAME SUBJECTIVO
É uma recolha sistemática de dados, desde o passado ao presente, relativos ao motivo pelo qual o
utente/cliente recorreu aos cuidados do fisioterapeuta. (APTA, 2001)
↓
Deve ser estruturado
↓
Entrevista Processos Clínicos Outros
Os dados obtidos neste tipo de exame constituem a informação inicial para que o fisioterapeuta formule as
hipóteses sobre a existência e origem de deficiências ou limitações funcionais mais comummente
relacionadas à condição médica, aos fatores sócio-demográficos ou a características pessoais.
Nota: Nem todas as informações precisam de ser recolhidas na presença do fisioterapeuta. O preenchimento
prévio de questionários com informações de nome, idade, escolaridade, profissão… podem ser preenchidos
apenas pelo doente.
11
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
➢ Tipo de problema:
Motivo pelo qual o paciente vem ter connosco. Essencialmente, o doente tem de responder de forma
concreta a uma questão:
→ Dor;
Podemos retirar informação importante da forma como
o doente representa/ mostra a dor.
→ Dor mais intensa;
Devemos questionar o doente acerca de sintomas em
→ Dor irradiada;
todas as partes do corpo, e representar essa informação
no body chart.
→ Dor num ponto fixo;
Aquando destas perguntas, é importante tentar não
influenciar a resposta do doente.
→ Parestesia (dormência);
↓
“Sente dor na perna/ cabeça/braço…?
→ Foi avaliado e não foram encontrados
Sim ou não?”.
problemas.
Notas:
• Quanto mais central é a lesão, mais extensa pode ser a área para que é referida.
• Toda a dor de raiz nervosa é irradiada, mas nem toda a dor irradiada é de origem nervosa.
13
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
➢ Fator tempo:
Variável
O paciente abstrai-se da dor em
vários momentos
↓
Constante Sugere processo inflamatório ou
infecioso (até 20 dias após trauma)
Está sempre presente
Dor
Constante
Intermitente Presente 24h e sempre intensa
Aparece e desaparece, depende ↓
de certos movimentos... Sugere neoplasias/ Tumores
↓ malignos (cancro)
Sugere distúrbios mecânicos
Superficial Normalmente, é
produzida por
("Parece que lhe consigo tocar.")
articulações.
Dor
Profunda Normalmente, é
produzida por
("Dói lá dentro.")
músculos.
14
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Dor Estrutura
Dor aguda, tipo queimadura, distribuída ao longo do trajeto dos nervos específicos. Nervo
Profunda, incomodativa e difícil de localizar. Osso
Localizada, mas pode referir dor para outras áreas. Articulação
Difusa, desconfortável e difícil de localizar.
Vascular
Frequentemente referida para outras áreas.
Dor surda, difícil de localizar e referida para outras áreas. Músculo
Avaliação da dor:
Escala visual análoga da dor (EVA): A linha reta horizontal que se segue mede 10 cm de comprimento, não
numerados. Numa das extremidades está assinalada a classificação “sem dor” e na outra a classificação “a
pior dor imaginável”. O doente terá que fazer um traço perpendicular à linha, no ponto que representa a
intensidade da sua dor sentida no momento.
Escala numérica da intensidade da dor: Constitui uma variante da escala anterior, na qual é feita a
quantificação da intensidade dolorosa através de scores que variam de zero a dez, sendo essa caracterizada
por dor leve, intensa, aguda ou muito intensa.
15
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Escala de OUCHER: Dispõe de seis fotografias de crianças chorando, apresentando diferentes níveis de
expressões faciais de desconforto. A criança relaciona a expressão que melhor reflete a sua experiência de
dor.
Escala de cores: O utente é orientado a escolher uma das três cores que considera melhor descrever a
intensidade da dor. Este modelo permite que se utilize mais a sua intuição do que a avaliação cognitiva.
Escala Visual Analógica (EVA): Indicada por uma linha reta, com extremidades significando de um lado,
ausência de dor, do lado oposto, a maior intensidade de dor já sentida pela criança, a qual localiza-a no
contínuo da escala, o grau da intensidade de sua dor.
Uma situação é severa quando uma pequena postura/atividade (ex.: correr para apanhar
o autocarro…) provoca uma dor tão forte que obriga o indivíduo a parar essa mesma
Severidade
postura/atividade.
S
I Irritável Uma situação é irritável quando uma pequena postura/atividade provoca uma dor tão
N forte que se prolonga por um período de latência superior ao que seria espectável.
Devido à natureza da doença, a nossa intervenção poderá desencadear a dor se não nos
prevenir-mos (ex.: Se um indivíduo tem doença cardíaca, devemos tomar precauções para
Natureza
evitar desencadear um ataque).
16
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Padrões diários:
Varia conforme a
atividade
(ON/ OFF)
➢ História clínica:
❖ História atual (medicação)
Se o paciente tomar medicação para minimizar o problema, esta pode mascarar sintomas (ex.: analgésicos
diminuem a dor).
17
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
1. 1ª Crise:
▪ Causa;
▪ Duração;
▪ Tratamento.
2. Crises seguintes:
▪ Frequência com que as crises acontecem;
▪ Razão da repetição;
▪ Recuperação.
3. Situação médica:
▪ Situação socio-económica;
▪ História clínica anterior:
Antecedentes ligados à atual situação;
Antecedentes que tenham provocado incapacidades funcionais;
Antecedentes que possam condicionar o tratamento;
Nível funcional prévio ao atual “problema/acidente”;
Antecedentes familiares.
➢ Exames complementares:
Não devem ser vistos no início do exame para não influenciar a avaliação.
Ex.: Raios-X, ressonâncias, ecografias, ecocardiogramas…
➢ Perguntas especiais: Questões que, quando adequadas à situação, permitem identificar fatores
que ajudam a perceber se estamos perante uma condição músculo-esquelética ou se o problema é
mais grave e é preciso da intervenção de outro profissional. É importante notar que as respostas a
estas questões não fornecem verdades absolutas.
18
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Perda de peso Perda de peso pode indicar a existência de uma “doença silenciosa” (ex.: cancro).
Atenção! O indivíduo pode estar a seguir uma dieta.
Muita da dor sentida pelo doente deve-se a esta patologia. Temos de distinguir essa
Artrite reumatoide dor daquela que causa o problema. Devemos considerar esta informação ao realizar
o exame objetivo, para não despoletar problemas.
Anestesia perineal Atenção! Estes sintomas são comuns/não alarmantes em idosos e grávidas.
Espinha bífida: Lesões muito graves na cauda equina, comuns nas crianças.
Sintomas nos Queixas dirigidas a todo o membro inferior (ex.: pernas cansadas, inchadas…)
membros podem indicar problemas vasculares.
inferiores
Sensações anormais:
Associadas a nervos periféricos ou cranianos, incluindo raízes nervosas. A causa mais
normal é a isquemia (compressão/falta de irrigação) do nervo, mas pode também haver origem central.
• Parestesia: sensação de encortiçamento, formigueiro, edema de um membro, aperto em volta de certas
zonas do corpo e sensação de “água a correr”;
• Anestesia: perda de sensibilidade;
• Hipostesia: diminuição da sensibilidade táctil, ou necessidade de utilização de maior intensidade que o
normal para provocar uma sensação;
• Hiperstesia: aumento da sensibilidade ao toque;
• Analgesia: ausência de sensibilidade dolorosa;
• Hipoalgesia: diminuição da sensibilidade dolorosa;
• Hiperalgesia: aumento da sensibilidade dolorosa;
• Alodinia: resposta dolorosa a um estímulo previamente inócuo (situações mais incómodas, e por isso
mais graves).
19
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
20
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
EXAME OBJECTIVO
Medidas de Descriminação:
As medidas de descriminação permitem retirar conclusões a partir dos seguintes parâmetros:
• Sensibilidade
• Especificidade
• Valores preditivos positivos e negativos (VPP/VPN)
• Valores de probabilidade positivos e negativos (LR+/ LR-)
21
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Sensibilidade: Proporção de sujeitos com a condição que tem um resultado positivo no teste, ou seja, é a
habilidade do teste reconhecer a condição quando ela está presente.
Um teste altamente sensível terá um número de falsos negativos relativamente baixo.
VP
Sensibilidade (%) = x 100
VP + FN
Especificidade: Proporção de sujeitos que não têm a condição que tem um teste negativo, ou seja, é a
habilidade do teste reconhecer que a condição está realmente ausente.
Um teste altamente específico terá poucos resultados falsos positivos.
VN
Especificidade (%) = x 100
VN + FP
Valores preditivos: Proporção de sujeitos com um resultado de teste positivo ou negativo que têm de facto
um resultado negativo.
Responde à pergunta: “Dado um resultado de teste (positivo ou negativo), qual é a probabilidade de o
resultado ser correto?”
VP VN
VPP (%) = VP + FP
x 100 VPN (%) = VN + FN
x 100
Apesar da sua aparente utilidade, os valores de predição podem ser irreais, uma vez que são altamente
dependentes da prevalência da condição de interesse na amostra de estudo.
➢ LR - : Indica quantas vezes o resultado de um teste é menos provável estar correto em pessoa com a
patologia, comparadas com as pessoas que não apresentam a patologia.
(1 − Sensibilidade)
LR − (%) = x 100
Especificidade
Nota:
VP + FN VP + VN
Probabilidade Pré − teste = VP + FP + FN + VN
Desempenho = VP + FP + FN + VN
22
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Exemplo:
Imagem radiológica Imagem radiológica
positiva negativa
6
Sinal positivo do teste 6 38 VPP = 44 = 14,95%
46
Sinal negativo do teste 4 46 VPN = = 92,95%
50
6 46
Sensibilidade = = 60% Especificidade = = 55%
10 84
Testes que visam testar a capacidade de tensão dos ligamentos de cada articulação.
Articulação
Sem testes específicos, algumas sub-luxações minor podem ser palpadas durante o
temporo-
movimento ativo.
mandibular
Testes de distração
23
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Lachman`s test
Teste de gaveta anterior
Anterior draw test
Livro com testes de integridade articular: Magee DJ (2006) Orthopedic Physical Assessment, 4º ed Elsevier
Sciences
24
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
ANTROPOMETRIA
Etimologicamente: antropo (homem) + metria (medida)
Ramos das ciências biológicas direccionado para o estudo dos caracteres mensuráveis da morfologia
humana.
Conjunto de técnicas de medição sistematizadas que expressam quantitativamente as dimensões do corpo
humano.
Medidas antropométricas:
▪ Distância entre pontos ou linhas:
o Alturas
o Comprimentos
o Diâmetros
o Circunferências
▪ Superfícies
▪ Volumes
▪ Medidas de massa
▪ Pregas de adiposidade subcutânea
Instrumentarium:
1 3 4 5 6
25
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
26
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
27
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Medidas somáticas:
Alturas: Distâncias nos planos sagital e frontal, desde um ponto de referência até ao solo
(ex.: altura acromial)
Comprimentos: distâncias num plano paralelo ao eixo longitudinal do segmento
(ex.: comprimento do braço)
Distâncias
Diâmetros transversos (larguras): distâncias no plano frontal
Diâmetros (ex.: diâmetro tóraco-transverso)
Diâmetros sagitais: distâncias no plano transversal
(ex.: diâmetro tóraco-saguital)
Para a medição de perímetros corporais:
▪ A fita métrica deve ser flexível.
Circunferências/
▪ A fita deve contornar o local a ser medido, mantendo uma pressão constante, sem
Perímetros
deformar o tecido.
▪ Os pontos a serem medidos devem ser marcados antecipadamente, de modo a
aumentar a precisão da medida.
28
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Distâncias:
Alturas:
• Altura total do corpo (estatura): Distância entre o vértex e o plano de referência do solo.
O plano de Frankfurt é uma referência fundamental na medição da estatura.
Comprimentos:
29
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
• Comprimento total do membro inferior: Distância entre o iliospinale anterion e o sphyrion tibiale (ou
seja, entre a espinha ilíaca antero-superior e o maléolo interno)
Cálculo indireto: Comprimento total do membro inferior =Altura total do corpo – Altura sentado
Nota: Usamos o
maléolo interno como
referência (e não o
externo) porque a tíbia
é mais estável do que a
fíbula.
Na clínica pode ser alternativa a medição aparente dos membros inferiores através da medição da distância
do umbigo ao maléolo interno. Na medição do comprimento real por vezes utiliza-se o maléolo externo
como referência.
Nota: O umbigo poderá ser usado como ponto de referência nesta medição. No entanto, a medida torna-se
menos fiável.
30
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
• Comprimento da coxa:
Distância entre o trochanterion e a interlinha articular externa do joelho;
Distância entre a prega da coxa e bordo superior da rótula.
Diâmetros:
• Diâmetro bicôndilo-umeral: Distância entre o epicôndilo e a epitróclea umeral. O cotovelo deve estar à
altura do ombro e fletido a 90º.
• Diâmetro bicôndilo-femoral: distância entre os pontos mais salientes dos côndilos femorais. O joelho
deve estar fletido a 90º.
• Diâmetro tóraco-transverso: Distância entre as faces externas das costelas, na linha midaxilar ao nível
do mesoesternale.
• Diâmetro tóraco sagital: Distância entre o ponto mais anterior e ponto mais posterior do tórax, ao nível
do mesoesternale.
• Diâmetro bicristal: Diâmetro entre os dois pontos mais exteriores da crista ilíaca.
• Diâmetro do tornozelo: Distância entre os pontos mais salientes dos maléolos internos e externos.
31
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Circunferências:
• Circunferência braquial (braço): Medida com o membro relaxado, ao nível do ponto médio do
comprimento braquial.
32
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
• Circunferência do braço em contração máxima: Medida com o cotovelo fletido, na maior circunferência
do bíceps.
• Circunferência da cintura: Medida ao nível do ponto médio entre a crista ilíaca e a base da grelha costal.
• Circunferência glútea:
• Prega tricipital: Prega vertical medida na linha média da face posterior do braço, a meia distância entre
o ombro e o cotovelo.
33
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
• Prega subescapular: Prega oblíqua caudal e lateral medida imediatamente abaixo do ângulo inferior da
escápula, a 1-2 cm do bordo vertebral da escápula.
• Prega suprailíaca: Prega oblíqua caudal e medial medida acima da crista ilíaca, na linha midaxilar.
• Prega crural: Prega vertical medida na linha média da face anterior da coxa, a meia distância entre a
anca e o joelho. O indivíduo encontra-se com o joelho flectido a 90º.
• Prega geminal: Prega vertical medida na linha média da faca interna da pena, ao nível da maior
circunferência muscular. O indivíduo encontra-se com o joelho flectido a 90º.
34
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
• Prega bicipital: Prega vertical medida na linha média da face anterior do braço, a meia distância entre o
ombro e o cotovelo.
• Prega midaxilar: Prega vertical medida na linha midaxilar, ao nível do processo xifóide do esterno.
• Prega peitoral: Prega oblíqua caudal e medial medida a meia distância entre a axila e o mamilo.
• Prega suprapatelar: Prega vertical, medida imediatamente acima do bordo superior da rótula.
Índices antropométricos:
Índices do tronco
• Índice torácico de Fourmentin: (Diâmetro tóraco-transverso / diâmetro tóraco-sagital) x 100
• Índice torácico de Godin: (Diâmetro tóraco-sagital / diâmetro tóraco transverso) x 100
• Coeficiente torácico de Brugsh: (Perímetro torácico / estatura) x 100
• Índice acrómio-ilíaco: (Diâmetro bicristal / diâmetro biacromial) x 100
• Índice de Tanner: 3 x Diâmetro biacromial – Diâmetro bicristal
• Índice de feminilidade de Pende: (Diâmetro biacromial / diâmetro bitrocantérico) x 100
• Índice biacromial ou de largura do tronco: (Diâmetro biacromial / estatura) x 100
• Índice transverso do tronco: (Diâmetro tóraco-transverso / estatura) x 100
• Índice de largura do tronco: (Diâmetro bicristal / estatura) x 100
• Índice de largura do tronco (outra versão): (Diâmetro bitrocantérico / estatutura) x 100
35
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
O IMC é reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de obesidade (unidade: kg/m2).
Limitações do IMC:
▪ Passar dos anos – motivado por factores biológicos e culturais;
▪ Não reflete a gordura corporal e a sua distribuição ( IMC ≠ % Gordura corporal);
▪ Massa magra elevada;
▪ Idosos: sarcopenia (↓densidade óssea) e aumento da adiposidade;
▪ Idade, dismorfismo sexual, origem étnica e classe social.
36
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Somatotipo:
Importância do somatotipo:
✓ Permite descrever e comparar desportistas em diferentes níveis de condição física;
✓ Permite caracterizar a mudança física, decorrente do crescimento, do envelhecimento, do treino, estado
nutricional e recuperação de patologia;
✓ Permite comparar a forma relativa de homens e mulheres;
✓ Serve de ferramenta de análise de imagem corporal.
Robustez músculo-esquelética
↓
Mesomorfia
Baseada nas medidas de diâmetros de úmero e fémur, e perímetros corrigidos de
panturrilha (face postero-superior da perna) e braço contraído
37
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
POSTURA
Postura Correta:
Vista lateral: a linha da gravidade (fio de prumo1) coincide com uma posição
ligeiramente anterior ao maléolo externo e ao eixo da articulação do joelho,
ligeiramente posterior ao eixo da articulação da anca, dos corpos das vértebras
lombares, da articulação do ombro, dos corpos da maioria das vértebras cervicais,
meato auditivo externo e ligeiramente posterior ao ápice da sutura coronal.
Vista posterior: a linha da gravidade (fio de prumo1) deverá ser equidistante das
faces internas dos calcanhares, pernas e coxas, omoplatas e coincidir com a linha
mediana do tronco e cabeça.
1
Fio de prumo → Fio com um peso na ponta, que cai sempre na vertical
38
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Desenvolvimento Postural:
Nota: As nossas alterações posturais são muitas vezes adquiridas para conseguirmos manter a nossa linha de
olhar horizontal, assegurando a manutenção do nosso campo de visão.
39
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Head up.
Chin level with floor.
Shoulders relaxed.
Lower abdomen flat.
CENTER LINE
Extends from center of head,
through neck, shoulder, hips,
knees and arches of feet.
BODY WEIGHT
Body weight is balanced along
this center line and supported
by the weight-bearing arches
of the feet. Stiff-rigid Slumped- Lordosis Kyphosis Scoliosis
Poor humped (sway- (dropped (sway-back and
Posture Poor back) shoulders) dropped
Posture shoulders)
40
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
41
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Avaliação postural:
A avaliação postural deve determinar se um segmento corporal ou articulação se desvia de um
alinhamento da postura ideal.
✓ Envolve a identificação e a localização dos segmentos corpóreos relativos à linha de gravidade;
✓ A nossa abordagem deve ser organizada e sistemática;
✓ O paciente deve sentir-se à vontade e evitar rigidez e posições não naturais;
✓ Deve ser visualizado o equilíbrio global do corpo;
✓ Devemos utilizar um fio de prumo, se necessário.
Nota: É importante verificar as alterações de tempos em tempos, para nos certificarmos da veracidade
dos nossos dados (o paciente pode “corrigir” sua alteração momentaneamente, e uma avaliação
contínua permite-nos perceber se a posição não mudou de facto).
Na aula, é-nos sugerido que avaliemos todas as vistas do doente, pela seguinte ordem:
1º Vista posterior;
O sentido da
2º Vista anterior; avaliação postural
3º Vista lateral/ de perfil esquerda; é da cabeça para
4º Vista lateral/ de perfil direita. os pés.
Nota: Para fazer uma avaliação postural correta, devemos posicionar-nos a cerca de 1m/ 1,5m de
distância do doente, e olhar a direito para ele.
Nota: É o fisioterapeuta quem se movimenta em torno do paciente para avaliar as estruturas que
deseja (não é o paciente quem se move durante a avaliação).
42
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
VISTA POSTERIOR
1. Cabeça Alinhada
Inclinação lateral D/E
Rotação D/E
Alinhadas
6. Posição das escápulas Alada (s) D/E → Levantadas
Abduzida D/E → Afastadas
Aduzida D/E → Juntas
Rodadas
Nota: Quando usamos os polegares para avaliar uma estrutura, o nosso olhar deve estar ao nível dos
polegares, para que a avaliação seja correta.
43
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
A – Abduzida B - Aduzida
B–
C – Valgo
D - Varo
44
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
VISTA ANTERIOR
1. Cabeça Alinhada
Inclinação lateral D/E
Rotação D/E
2. Fossas supraclaviculares Simétricas
(Covas sobre a clavícula) Assimétricas – aumentada D/E
3. Clavículas Simétricas
Clavícula mais horizontalizada D/E
Clavícula mais verticalizada D/E
4. Articulações dos ombros Alinhados
Ombro mais alto D/E
Rotação medial D/E
Rotação lateral D/E
5. Cotovelos Alinhados
Aumento da flexão D/E
Hiperextensão D/E
6. Tórax Simétrico
Assimétrico
7. Alinhamento do tronco * Alinhado
Rotação de cintura escapular D/E
Rotação de cintura pélvica D/E
Rotação de cintura pélvica e escapular D/E
Inclinação lateral D/E
8. Alturas das cristas ilíacas Alinhadas
Desalinhadas mais alta D/E
9. Espinhas ilíacas antero-superiores Alinhadas
(EIAS) Desalinhadas mais alta D/E
10. Patelas Alinhadas
Patela mais alta D/E
Patela rodada lateralmente
Patela rodada medialmente
11. Articulações dos joelhos * Alinhada
Valgo D/E – Distância entre maléolos internos: … cm
Varo D/E – Distância entre côndilos internos: …. cm
12. Apoio do ante-pé Apoio homogéneo no bordo medial e lateral
Maior apoio em bordo medial D/E
Maior apoio em bordo lateral D/E
13. Arco longitudinal medial * Plano D/E
Cavo D/E
14. Antepé Alinhado
Abduzido D/E
Aduzido D/E
15. Hálux * (dedo grande do pé) Alinhado
Valgo D/E (“joanetes”)
45
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
7. Alinhamento do tronco:
46
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
VISTA LATERAL
1. Cabeça * Alinhada (maléolo externo está alinhado com o maléolo auditivo externo)
Com protração
Com retração
2. Coluna cervical Curvatura normal
Aumento da lordose
Rectificação da lordose
3. Articulações dos ombros * Alinhados
Com protração D/E
Com retração D/E
Com rotação medial D/E
Com rotação lateral D/E
4. Articulação do cotovelo Alinhada
Aumento da flexão D/E – Ângulo de carregamento
Com hiperextensão D/E
5. Coluna torácica * Curvatura normal (Quando o paciente está curvado, o normal é ver os
processos espinhosos das vértebras)
Aumento da cifose (Processos espinhosos demasiado pronunciados)
Retificação da cifose (Não se vêm os processos espinhosos)
6. Coluna lombar * Curvatura normal
Aumento da lordose
Retificação da lordose
Aumento da lordose tóraco-lombar
7. Alinhamento do tronco Alinhado
Rotação da cintura escapular D/E
Rotação da cintura pélvica D/E
Rotação da cintura escapular a pélvica D/E
8. Pélvis * Alinhada
Com anteversão (anteriorizada)
Com retroversão (posteriorizada)
9. Articulação das ancas Alinhada
Em flexão D/E
Em extensão D/E
10. Articulações dos joelhos * Alinhados
Flexum D/E
Recurvatum D/E (Comum em raparigas muito jovens → Provoca varismo
aparente) (ver pág. 46)
47
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Protração Retração
Recurvatum Flexum
8. Pélvis:
48
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Testes:
Valores de referência:
C. Dorsal: 30 +- 8 cm
C. Lombar: 15 +- 7 cm
Agirosidade → Desvio unilateral do tórax (um dos lados desvia-se relativamente ao outro)
Nota: A escoliose pode acontecer como resposta a diferentes comprimentos dos membros inferiores
(ex.: se um for mais curto do que o outro), ou mesmo devido a alterações na estrutura da coluna.
49
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Ângulo Q
50
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
GONIOMETRIA
Objetivos da goniometria:
Os valores goniométricos podem ser usados para:
• Determinar a presença ou ausência de disfunção; → Comparamos os valores obtidos com valores estipulados.
• Estabelecer um diagnóstico;
• Desenvolver objetivos de tratamento;
• Avaliar o processo ou não dos objetivos da recuperação funcional;
• Modificar o tratamento; (se não estivermos a obter os resultados esperados)
• Motivar o indivíduo; (“Olhe, já ganhou x⁰!!!”)
• Pesquisar a eficácia das técnicas ou de determinados regimes terapêuticos;
• Fabricação de ortóteses e de equipamento adaptativos. → Como estes produtos são específicos para cada
indivíduo, as medidas utilizadas para o seu fabrico devem ser rigorosamente obtidas.
Ex.: Na flexão do ombro, a ADM esperada é de 180⁰, mas o paciente pode apenas ter 120⁰ de ADM
disponível.
51
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
ADM passiva > ADM ativa Os segmentos corporais não fazem sempre o movimento até ao fim,
para evitarem o desgaste das estruturas ligamentares e articulares
Deve-se a …
Reserva passiva de movimento ou End of Range (EOR): Amplitude de
movimento que conseguimos acrescer passivamente à amplitude ativa.
End-feel: Informação que tiramos sobre o movimento da articulação, quando deixou de existir
movimento ativo, mas ainda existe movimento passivo.
52
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Sacroilíaca, sínfise
púbica e articulação Dor quando a articulação é colocada sobre stress
sacrococcigea
Acromioclavicular e
esternoclavicular Dor em amplitudes extremas
Polegar e articulações
dos dedos Flexão mais limitada que a extensão
Anca Rotação interna, extensão, abdução, flexão, e por fim, a rotação externa
Metatarsofalângicas
dos restantes dedos Variável, tendem a fixar-se em extensão com a interfalângica flectida
53
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Procedimentos:
Em cada articulação e movimento, o fisioterapeuta deve conhecer:
1. Posições recomendadas de testes (posições estandardizadas, nas quais devemos colocar o
paciente para avaliar)
2. Posicionamentos alternativos (a condição do paciente pode impedir-nos de o colocar na posição
padrão)
Nota: Quando usamos a articulação do ombro, o movimento
3. Estabilização necessária
abrange mais articulações além da escapulo-umeral
4. Estrutura e funções articulares
(nomeadamente, acrómio-clavicular, esternoclavicular…).
5. End-feel normal Este conjunto de articulações cria o chamado ritmo escapulo-
6. Limites ósseos anatómicos umeral. Por isso, devemos ter em atenção a necessidade de
7. Alinhamento do goniómetro imobilizar algumas articulações se queremos avaliar uma
articulação específica.
Nota: O fisioterapeuta avalia movimentos articulares simples. No entanto, estes não são exatamente os
movimentos que o paciente faz no seu quotidiano. (ex.: quando temos de fletir o ombro, muitas vezes elevamo-
lo primeiro).
20⁰-70⁰
20⁰-0⁰-150⁰
54
Ana Margarida Santos Fisioterapia 2016/ 2017
Equipamentos em Goniometria:
Goniómetro:
▪ Analógico ou digital;
▪ Equipamento mais comum;
▪ Tem uma zona graduada (tipo transferidor)
e 2 braços (um fixo e outro móvel).
Inclinómetro:
▪ Analógico ou digital;
▪ Funcionam com base na ação da gravidade;
▪ Pouco fiáveis.
Eletrogoniómetro:
▪ Podem ser programados em sistema;
▪ Pouco práticos na clínica (exigem muito
rigor no posicionamento do equipamento e
ligação a sistemas de computadores).
Radiografia:
▪ Muito fiável.
55