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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO


UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
ENFERMAGEM

COLETA DE EXAMES LABORATORIAIS

Trabalho apresentado
como requisito para a
avaliação na disciplina
instrumentalização para o
processo de cuidar do
curso de Enfermagem.
Professor: Lilia
Alessandra Tardelli
Bastos

ITU-SP
2023
2

CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO


UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
ENFERMAGEM

COLETA DE EXAMES LABORATORIAIS

ALICE DE SOUZA CAUS RGM:35500263


BEATRIZ MENEGON DE FARIA RGM: 29457475
ELIANE APARECIDA DA SILVA LIMA RGM: 30853109
KAUÊ LINCOIN DOS SANTOS RGM: 31492606

ITU-SP
2023
3

SUMÁRIO

SUMÁRIO ....................................................................................................................... 3

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 5

1-COLETA DE SANGUE E SEUS TIPOS. ................................................................. 6

1.1-SERINGA E AGULHA ....................................................................................... 7

1.2- COLETA DE SANGUE A VÁCUO .................................................................. 7

1.3-PUNÇÃO DIGITAL ............................................................................................ 8

2- TUBOS PARA COLETA DE EXAMES.................................................................. 8

2.1- TIPOS DE TUBOS .............................................................................................. 8

2.2- CORES E SEQUÊNCIA DOS TUBOS. ............................................................ 9

2.3- TAMANHO DOS TUBOS ................................................................................ 10

3- MATERIAIS PARA COLETA DE SANGUE ...................................................... 10

3- TÉCNICA PARA COLETA DE SANGUE ........................................................... 11

3.1- TÉCNICA DA COLETA COM SERINGA E AGULHA DESCARTÁVEIS


.................................................................................................................................... 11

3.2- TÉCNICA DA COLETA COM SISTEMA A VÁCUO E COLETA


MÚLTIPLA............................................................................................................... 12

4- COLETA DE EXAME DE URINA ........................................................................ 13

4.1- MATERIAIS DO PROCEDIMENTO ............................................................ 13

4.2- TÉCNICA PARA A COLETA DE URINA PARA PACIENTES LÚCIDOS


E DEAMBULANTES ............................................................................................... 14

4.3-COLETA DE URINAS EM PACIENTES ADULTOS ACAMADOS .......... 14

4.4 COLETA DE URINA DE CATETER VESICAL DE DEMORA ............ 15

5- COLETA DE EXAMES DE FEZES ...................................................................... 15

5.1- COLETA DE EXAMES DE PARATOLÓGICO DE FEZES. ..................... 16


4

5.2- COLETA DE EXAMES NA COPROCULTURA OU AMOSTRA ESTÉRIL


DE FEZES ................................................................................................................. 18

CONCLUSÃO............................................................................................................... 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 21


5

INTRODUÇÃO

Os exames laboratoriais estão entre os principais e mais utilizados recursos no apoio


diagnóstico à prática clínica, o que traz repercussões importantes no cuidado ao
paciente. O correto diagnóstico laboratorial depende da coleta adequada das amostras
para testes.
A coleta de sangue possibilita a realização dos exames laboratoriais solicitados pelo
médico, com o objetivo de diagnosticar, monitorar ou acompanhar o tratamento de uma
doença. O resultado de todo exame laboratorial deve ter qualidade, e isso só será
possível se houver padronização dos processos e controle de qualidade envolvendo
todas as etapas do diagnóstico, incluindo a etapa de coleta. A coleta de sangue venoso é
feita através de sistema de coleta a vácuo, utilizando adaptadores, agulhas 25x8 ou 25x7
descartáveis e tubos com vácuo contendo ou não aditivos, além de coleta com seringas e
escalpes. A análise clínica adequada das amostras requer cuidados na escolha do local
da punção, no material a ser utilizado na coleta e na identificação, conservação e
transporte da amostra ao laboratório.1
A coleta de sangue tem várias vantagens tais elas:
- Detecção precoce de doenças: Os exames de sangue podem identificar problemas de
saúde antes dos sintomas aparecerem.
- Avaliação da saúde geral: Eles fornecem informações sobre a saúde de órgãos vitais,
como o coração, fígado e rins.
- Monitoramento de condições crônicas: Pessoas com doenças crônicas, como diabetes,
podem controlar seus níveis de glicose no sangue.
- Ajustes na medicação: Os exames ajudam os médicos a ajustar dosagens de
medicamentos, garantindo tratamentos eficazes.
- Verificação de anemia: Os níveis de hemoglobina no sangue podem indicar se você
tem anemia.
- Perfil lipídico: Ajuda a avaliar os níveis de colesterol e triglicerídeos, importantes para
a saúde cardiovascular.
- Identificação de infecções: Exames podem detectar infecções bacterianas ou virais no
organismo.
- Avaliação da função da tireoide: Verifica o funcionamento dessa glândula, influente
no metabolismo.
6

- Planejamento familiar: Exames hormonais podem auxiliar na determinação da


fertilidade.
- Avaliação da função renal: Mede a concentração de creatinina e ureia, fundamentais
para a saúde dos rins.
Em mulheres, o exame de sangue também é importante para analisar se os níveis
hormonais estão de acordo com o esperado. Com a chegada da menopausa, puberdade,
gravidez ou em caso de doenças como síndrome do ovário policístico, é comum que
esses exames sejam solicitados regularmente e apontem disfunções hormonais. Nesses
casos, de acordo com os resultados o médico conseguirá analisar a necessidade de
iniciar um tratamento e qual será a melhor opção, com base em cada caso.
A interpretação de exames deve ser feita pelos profissionais da saúde.
Alguns exames laboratoriais principais são:
-Hemograma
-Colesterol
-Ureia e Creatinina
-Papanicolau
-Exames de urina
-Exames de fezes
-Glicemia
-Transaminases (ALT e AST) ou TGP e TGO
-TSH e T4 livre

1-COLETA DE SANGUE E SEUS TIPOS.

A coleta de sangue é um procedimento feito por profissionais qualificados para tal


função, pois além da questão técnica da forma como se faz a punção venosa, a pessoa
deve saber como funciona o processo de análise do sangue para colher as amostras de
maneira adequada. Existem diferentes tipos de exames de sangue e para um exige-se
uma amostra diferente. A amostra colhida pelo profissional deve ter em vista o tipo de
análise solicitada pelo médico e deve-se usar os matérias para coleta de sangue certos.
7

1.1-SERINGA E AGULHA
Esse é um dos tipos de coleta de sangue mais comuns e envolve, necessariamente, uma
seringa e uma agulha. Quando opta por esse tipo de coleta, basta que o técnico
responsável coloque o garrote e peça para o paciente fechar a mão.
Uma vez que encontre a veia ou artéria , de forma delicada, mas firme, se coloca a
agulha, perfurando a veia e puncionando o sangue, que ficará na seringa.
Da seringa, o sangue pode ser colocado em um tubo de coleta, para então ser
encaminhado para o laboratório de análises clínicas.
Após ser feita a punção do sangue, o técnico retira a agulha e coloca um curativo na
perfuração da pele.

1.2- COLETA DE SANGUE A VÁCUO

Nesse tipo de coleta um adaptador toma o lugar da agulha e seringa. Seguindo os


mesmos passos da punção com seringa e agulha, se coloca o garrote e se encontra a veia
ou artéria do paciente. Feito isso, o técnico punciona a veia do paciente com a agulha do
adaptador e rapidamente se coloca o tubo a vácuo no dispositivo. Assim, rapidamente o
tubo se enche com o sangue, que depois é encaminhado para o laboratório de análises
clínicas.4
A coleta a vácuo apresenta diversas vantagens, tanto para a pessoa examinada quanto
para o examinador. A seguir, veja quais são:
-Conforto com apenas uma punção é possível colher sangue em vários tubos, para
serem utilizados em inúmeros exames solicitados pelo médico, evitando a necessidade
de várias coletas;5
-Facilidade de manuseio: cada tubo possui um vácuo calibrado, com capacidade
proporcional ao volume de sangue a ser obtido;5
-Facilita a coleta: em casos de acessos difíceis às veias, como em crianças e algumas
pessoas mais sensíveis, há dispositivos que facilitam o processo, como agulhas de
calibres especiais e tubos de menor volume;5
-Qualidade: esse procedimento é seguro, prático e garante maior qualidade do material
examinado, pois as propriedades do sangue são mantidas estabilizadas devido aos
conservantes que se encontram em cada tubo, proporcionando resultados exatos;
8

-Segurança para o profissional e paciente: por ser um sistema fechado de coleta, não há
necessidade de manusear a amostra, e os próprios tubos que recebem as amostras são
inseridos nos aparelhos que farão as análises.5

1.3-PUNÇÃO DIGITAL

A punção digital é uma forma inovadora de fazer testes para diversas condições de
saúde, como diabetes e coagulação. Através dela, se extrai, com uma lanceta, uma
pequena amostra de sangue, retirada geralmente da ponta dos dedos.4
Uma vez extraída a amostra, ela é colocada em uma tira com um reagente específico
para que o aparelho medidor revele o resultado do teste. Com isso, é possível identificar
rapidamente o estado de saúde no momento do teste. 4
Dessa forma, podemos fazer diversas tomadas de amostras ao longo do dia, fazendo
com que seu médico tenha uma visão mais ampla do seu quadro de saúde.
Essa mesma técnica pode ser utilizada para exames de repetição, que sensibilizam o
paciente durante um tratamento, com esta técnica, é possível conseguir poucas gotas de
sangue que será capazde fornecer uma pequena amostra para a análise sanguínea.4

2- TUBOS PARA COLETA DE EXAMES

Os tubos em que o sangue é coletado podem conter um ou mais aditivos, dependendo


do objetivos da análise. Esses aditivos que promovem a coagulação mais rápida do
sangue, possibilitam a anticoagulação e preservam ou estabilizam determinados analitos
ou células.
Cada tudo é usado para uma variedade de testes, alguns permitem que o sangue coagule.
É importante identificar o tubo correto para cada teste assim evita erros ou até mesmo
um diagnóstico incorreto

2.1- TIPOS DE TUBOS


Tubo de Coleta a Vácuo: utilizado para realizar a maioria dos exames laboratoriais,
contém vácuo que facilita a realização da coleta e evita a formação de bolhas de ar.
Tubo de Coleta com Anticoagulante: utilizado para exames que requerem preservação
do sangue, evitando a sua coagulação e mantendo a integridade das amostras.
9

Tubo de Coleta com Gel Separado: utilizado para a separação do soro sanguíneo,
facilitando a realização de exames bioquímicos.

2.2- CORES E SEQUÊNCIA DOS TUBOS.

O padrão de cores dos tubos irá identificar quais aditivos então presentes. A
recomendação da sequência dos tubos é baseada na (CLSI-A6, procedures por the
collection of diagnostic blood specimens by venipunctures; approvedstandart, 6thed).
Ela deve ser respeitada, para que não ocorra contaminação por aditivos nos tubos
subsequentes ( contaminação cruzada dos aditivos), quando há necessidade da coleta
para diversos analitos de um mesmo paciente
Os tubos segue a seguinte sequência:
1-TUBO AZUL: Aditivos, citrato de sódio. O citrato de Sódio Tamponado é utilizado
para prova de coagulação em amostras. Diferentes concentrações de Citrato de Sódio e
podem ter efeitos significativos nas análises terapias anti- trambóticas, Tempo de
Protombina (TP) e Tempo de Tromboplastina ativada (TTPa)
2- TUBO VERMELHO: Aditivos, ativador de coágulo. Possui ativador de coágulo
(sílica) jateado na parede do tubo, fazendo com que o processo de coagulação da
amostra seja acelerado. Utilizados para determinação em soro nas áreas de bioquímicas
e sorologia. Podem ser utilizados para tipagem ABO, RH, pesquisa de anticorpos,
fenotipagem eritrocitária e teste de antiglobulina direta.6
3- AMARELO: Aditivos, Ativador de coágulo+ Gel. Contém ativador de coágulo
jateado na parede do tubo que faz com que o processo de coagulação seja acelerado e
gel separador, para a obtenção de um soro com melhor qualidade. Utilizados em rotinas
de bioquímica, sorologia, imunologia, marcadores cardíacos e tumorais.6
4- LILÁS/ ROSA: Aditivos, EDTA. Possui EDTA jateado na parede do tubo e são
utilizados em bancos de sangue. O EDTA é o anticoagulante recomendado para rotinas
de hematologia por ser o melhor anticoagulante para a preservação da morfologia
celular
5-VERDE: Aditivos, Heparina de Lítio. Possuem Heparina de Lítio jateada na parede
do tubo. São utilizados quando é necessário o uso de plasma para determinações
bioquímicas. Estes aditivos são anticoagulantes que ativam as enzimas antiplaquetárias,
bloqueando a cascata de coagulação6
10

6-CINZA: Aditivos, Fluoreto de sódio+ EDTA. Utilizados na dosagem de glicose,


lactato e hemoglobina glicada no plasma. O fluoreto de Sódio é utilizado como inibidor
glicolítico e o EDTA como anticoagulante, preservado a morfologia celular.6

2.3- TAMANHO DOS TUBOS

A quantidade de tubos necessários varia de acordo com a quantidade de exames


solicitados e o tipo de exame a ser realizado.
Os tubos de coleta possuem tamanhos padronizados, geralmente variando de 2 a 10
ml, para acomodar diferentes volumes de colheita.
Tubo azul: quantidade: 1,8 ml (tubo duplo) / 3,6 ml e tamanho: 13 mm x 75 mm
Tubo vermelho a vácuo: quantidade 4 ml / 10 ml e tamanho: 13 mm x 75 mm
16 mm x 100 mm
Tubo vermelho sem vácuo: quantidade 4 ml e tamanho 13mm x 75mm
Tubo amarelo a vácuo: quantidade 3,5 ml / 5 ml / 8 ml e tamanho: 13 mm x 75 mm,
13 mm x 100 mm, 16 mm x 100 mm
Tubo amarelo sem vácuo: quantidade 6ml e tamanho: 13mm x 100 mm
Tubo verde a vácuo: quantidade 6 ml e tamanho: 13mm x 100 mm
Tubo lilás /rosa a vácuo: quantidade 2 ml / 4 ml e tamanho: 13mm x 75mm
Tubo lilás /rosa sem vácuo: quantidade 4 ml e tamanho: 13mm x 75mm
Tubo cinza a vácuo: quantidade 2,5ml/ 4ml e tamanho: 13mm x 75mm
Tubo cinza sem vácuo: quantidade 4ml e tamanho:13mm x 75 mm

3- MATERIAIS PARA COLETA DE SANGUE


11

-Garrote
-Algodão hidrófilo
-Álcool iodado a 1% ou álcool etílico a 70%
- Agulha descartável Seringa descartável
-Sistema a vácuo: suporte, tubo e agulha descartável
-Tubos de ensaio com tampa
-Pinça
-Pipetas
-Pasteur
-Etiquetas para identificação de amostras
-Caneta Recipiente de boca larga, com parede rígida e tampa, contendo hipoclorito de sódio a 2% 7
-Avental e máscara Luvas descartáveis
-Estantes para tubos

3- TÉCNICA PARA COLETA DE SANGUE

3.1- TÉCNICA DA COLETA COM SERINGA E AGULHA DESCARTÁVEIS

1-Identifique os tubos para colocação da amostra. Escrever na etiqueta os dados do


paciente: nome, número do registro, data de nascimento, sexo, data da coleta, número
ou código de registro da amostra e o nome da instituição solicitante. Em algumas
unidades, utiliza-se apenas códigos ou abreviaturas em lugar do nome do paciente.
2-Lave as mãos e use luvas descartáveis estéreis.
3-Prepare o paciente, escolhendo o local de coleta (geralmente a veia do braço).
4-Colocar a agulha na seringa sem retirar a capa protetora,
5-Não toque na parte inferior da agulha;
6-Movimente o êmbulo e pressione-o para retirar o ar;
7- Ajuste o garrote e escolha a vela;
8-Faça a anti-sepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool a 70% ou
álcool iodado a 1 %. Não toque mais no local desinfetado;
9-Retire a capa da agulha e faça a punção;
10-Solte o garrote assim que o sangue começar a fluir na seringa;
11- Colete aproximadamente 10 ml de sangue. Em crianças, colete de 2 a 5 ml;
12

12- Separe a agulha da seringa com o auxílio de uma pinça, descarte a agulha em
recipiente de boca larga, paredes rígidas e tampa, contendo hipoclorito de sódio a 2%;
13-Oriente o paciente a pressionar com algodão a parte puncionada,mantendo o braço
estendido, sem dobrá-lo;
14-Transfira o sangue para um tubo de ensaio sem anticoagulante, escorra
delicadamente o sangue pela parede do tubo. Este procedimento evita a hemólise da
amostra. Descarte a seringa no mesmo recipiente de descarte da agulha,

3.2- TÉCNICA DA COLETA COM SISTEMA A VÁCUO E COLETA


MÚLTIPLA

1-Identificar corretamente o paciente;


2-Verificar toda e qualquer restrição descrita no leito do paciente (contato, aerossóis,
padrão).
3-Selecionar os tubos, agulhas e demais materiais a serem usados na coleta, conferindo
a identificação do paciente;
4-Higienizar as mãos conforme o POP. SCIH.001;
5- Calçar as luvas;
6- Aplicar o torniquete no braço do paciente com o laço para cima a uma distância de 10
cm ou 4 a 5 dedos acima do local a ser puncionado e pedir ao paciente que feche a mão
(nunca deixar o torniquete aplicado por mais de 1 minuto);
7-Selecionar a veia a ser puncionada, através de visualização
8- Abrir o lacre da agulha de coleta múltipla na frente do paciente;
9-Rosquear a agulha no adaptador descartável do sistema a vácuo sem desencapá-la;
10- Fazer a antissepsia do local da punção (gaze ou algodão embebido em álcool 70%,
limpar o local com movimento circular do centro para a periferia, deixar secar
naturalmente);
11-Desencapar a agulha, sempre na frente do paciente;
12-Esticar a pele do braço com o polegar a fim de facilitar a penetração da agulha;
13- Fazer a punção numa angulação de aproximadamente 30° com o bisel da agulha
voltado para cima;
14-Inserir os tubos de coleta a vácuo na ordem estabelecida.
13

4- COLETA DE EXAME DE URINA

Consiste na coleta de urina com emprego de técnica asséptica, pois a confiabilidade do


resultado depende da forma correta da coleta. Desse modo, a observância na
identificação precisa dos materiais necessários e na sequência do protocolo estabelecido
são indispensáveis para a execução do procedimento. A coleta de urina para cultura
deve ser realizada pela manhã, utilizando a primeira urina do dia.7
Esse exame tem como objetivo, identificar agentes anormais presentes na urina, como
por exemplo: sangue, pus, microrganismos patógenos, sedimentos, etc e esclarecer
diagnóstico, como infecção urinária, cálculo renal, doenças renais, presença de
sangramento, identificação de agente infeccioso, para direcionar tratamento
antimicrobiano, e para detectar alterações nos valores padrões dos elementos da urina.7
PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCOS
-Sempre desprezar o primeiro jato de urina, pois o mesmo contém células e secreções
que podem estar presentes na uretra, principalmente na presença de processo
inflamatório ou infeccioso. O que poderia mascarar o resultado do exame;
- Não fazer uso de pomadas na região genital no dia anterior a coleta de urina;
-Para a coleta de urina em mulheres, recomenda-se a abstinência sexual de pelo menos
24 horas;
- Em mulheres menstruadas, usar tampão vaginal após a lavagem íntima, para evitar a
contaminação da urina com sangue;
- Nunca obter amostra direto da bolsa coletora, pois esta urina pode ter sido eliminada
há várias horas;
- Nunca desconectar o cateter do tubo de drenagem para obter uma amostra, pois pode
haver entrada de patógenos e aumentar o risco de contaminação

4.1- MATERIAIS DO PROCEDIMENTO

-Frasco adequado para o exame solicitado ou coletor plástico com adesivo para bebês;
- Luva de procedimento;
- Álcool 70%
- Agulha;
- Seringa de 10 ml;
-Luva Estéril;
14

-Patinho ou comadre;
- Sabão;
- Pacote de gaze;
- Papel toalha;
- Biombo

4.2- TÉCNICA PARA A COLETA DE URINA PARA PACIENTES LÚCIDOS E


DEAMBULANTES

1-Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante;


2- Higienizar as mãos;
3-Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, leito, número do prontuário,
unidade de internação, data e hora;
4-Orientar o paciente a: fazer higiene íntima utilizando água e sabão; desprezar o
primeiro jato urinário e coletar o segundo jato no recipiente estéril; entregar o frasco
com a urina no posto de enfermagem;
5-Colocar a identificação, preparada anteriormente, no frasco;
6- Registrar o procedimento em ficha única;
7-Encaminhar o material, devidamente protocolado ao laboratório

4.3-COLETA DE URINAS EM PACIENTES ADULTOS ACAMADOS

1. Higienizar as mãos;
2.Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, leito, número do prontuário,
unidade de internação, data e hora;
3.Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante;
5. Colocar biombos ao redor do leito;
6. Calçar luvas de procedimentos;
7. Colocar a comadre sob o paciente;
8. Fazer higiene íntima com água e sabão;
9. Desprezar o primeiro jato de urina e coletar o segundo em frasco estéril; 8. Secar o
paciente e retirar a comadre;
10. Assegurar que o paciente esteja confortável e seguro no leito (grades elevadas);
15

11. Deixar a unidade do paciente em ordem;


12. Secar o frasco com papel toalha, caso seja necessário;
13. Colar a identificação, preparada anteriormente, no frasco;
14. Descartar o material utilizado em local apropriado;
15. Retirar luvas de procedimentos;
16. Registrar o procedimento em ficha única;
17. Encaminhar o material, devidamente protocolado ao laboratório

4.4 COLETA DE URINA DE CATETER VESICAL DE DEMORA

1-Higienizar as mãos;
2. Esvaziar a sonda e bolsa coletora de urina;
3. Clampear o circuito coletor abaixo do nível da porta de amostra por quinze a trinta
minutos;
4. Calçar luvas estéril e realizar assepsia da porta de amostra com gaze e álcool 70%;
5. Inserir a agulha com a seringa na porta de amostra e aspirar quantidade de urina
suficiente;
6. Transferir a amostra para o recipiente estéril;
7. Descartar a agulha e a seringa na caixa de perfurocortante;
8. Remover o clamp do circuito coletor;
9. Fazer a identificação no frasco do exame com nome, leito, número do prontuário,
unidade de internação e data;
10. Encaminhar o material, devidamente protocolado ao laboratório.

5- COLETA DE EXAMES DE FEZES

Consiste na coleta de fezes para detectar, identificar e analisar bactérias patogênicas e


parasitas. A coleta de fezes tem recomendações especiais, segundo a finalidade dos
exames que se destinam. As principais finalidades do exame de fezes são:
- O estudo das funções digestivas;
-A dosagem da gordura fecal;
- As pesquisas de sangue oculto;
-A pesquisa de ovos e parasitas;
16

- A coprocultura (cultura de fezes para pesquisa de microorganismos patogênicos)


Existem vários tipos de exames de fezes, alguns deles é: exames de fezes parasitológico,
exame de escolha para se avaliar algumas condições intestinais e exame de coprocultura
ou amostra estéril de fezes, e é exame de escolha para pesquisar microorganismos,
parasita e vírus no TGI.

5.1- COLETA DE EXAMES DE PARATOLÓGICO DE FEZES.

O exame parasitológico de fezes é o tipo de exame das fezes escolhido para avaliar
algumas condições intestinais, como:
- Apresença de sangue no intestino (enterorragia);
- A presença de bile no intestino;
- Apresença de parasitas e ovos de parasitas;
- A presença de cálculos biliares;
-Auxiliar no diagnóstico de afecções do trato gastrointestinal (GI).
A coleta depende de como é a “função excretora” do paciente, ou seja, de seu intestino
estar ou não funcionando. Por isso, às vezes, é necessário coletar mais de uma amostra
utilizando um tipo de conservante no frasco de coleta. O número maior de amostras
aumenta a possibilidade de se encontrar o parasita ou seus cistos, ovos ou larvas.
Quando se faz necessária a coleta de mais de uma amostra, o médico solicita um exame
parasitológico de fezes/MIF.
A coleta não deve ser feita quando o paciente tiver feito uso de laxante. A primeira
amostra do exame parasitológico de fezes seriado deve ser colhida sem uso de laxante,
para que o material fecal possa ser avaliado macroscopicamente (para verifi car
presença de muco, pus, sangue etc.).
Esse cuidado é importante também para que possa ser realizada a pesquisa de larvas de
parasitas, na qual há a necessidade de as fezes não estarem semilíquidas/líquidas. Se o
cliente/paciente estiver fazendo uso de laxantes, a coleta do material só poderá ser
realizada quando as fezes voltarem a ser pastosas ou sólidas.
Material para a coleta:
-Frasco coletor de fezes limpo;
-Espátula;
-Comadre;
-Papel higiênico
17

-Seringa de 20 ml (se necessária);


-Solução degermante;
-Quadrado de algodão;
-Toalha de banho;
-Luvas de procedimento
Técnica do procedimento de coleta de exames paratológicos de fezes:
As primeiras ações:
1-Lave as mãos;
2- Antecipe e proveja o material descrito anteriormente, levando-o ao local onde o
cliente se encontra (quarto ou enfermaria do hospital);
3-Coloque o material sobre a mesa-de-cabeceira ou carrinho de procedimentos e
posicione-a(o) aos pés da cama;
4-Coloque as comadres sobre a cadeira;
5-Monte os biombos ou feche as cortinas do boxe ou a porta do quarto
6-Oriente o cliente/paciente quanto ao tipo de exame a ser realizado: qual material será
coletado e qual o método de coleta. Instrua-o: a não urinar na comadre (se necessário,
forneça outra comadre); a não jogar o papel higiênico sobre as fezes; a comunicar
quando sentir necessidade de evacuar.
9-Encaminhe o cliente/paciente ao banheiro, fornecendo-lhe a comadre. Feche a cortina
ou porta do banheiro ou do quarto. Se o paciente estiver acamado, levante a grade do
leito, cerque o leito com biombos e auxilie-o em tudo o que for necessário.
10- Coloque um quadrado de algodão seco em cada região inguinal ou coloque a
compressa sobre o púbis do cliente/paciente. É um procedimento de enfermagem que
você aprenderá em uma aula prática.
11-Auxilie o paciente a utilizar a espátula para a coleta das fezes e o seu
armazenamento no frasco de coleta. paciente pode ou não calçar luvas. Quando as fezes
possuem a consistência mais endurecida do que pastosa, realizamos a coleta utilizando a
espátula. Quando as fezes estão líquidas, a coleta é feita com seringa (coletar de 15 a 30
ml). Ao final do procedimento, despreze o restante da coleta no vaso sanitário e dê
descarga.
12-Proceda à técnica de lavagem externa da região genital paciente para cada sexo (se
necessário).
18

13-Recolha todo o material utilizado e providencie a limpeza e


DESCONTAMINAÇÃO. Esse procedimento será visto com mais detalhes num tema
específico mais à frente.
14- Deixe a unidade de coleta em ordem e o cliente/paciente confortável. Coloque o
numa posição agradável, em um ambiente limpo, com temperatura amena, onde ele
tenha a sensação de prazer e bem-estar.
15- Descalce as luvas, realize a lavagem das mãos.
16- Envie o material coletado ao laboratório junto com a requisição.

5.2- COLETA DE EXAMES NA COPROCULTURA OU AMOSTRA ESTÉRIL


DE FEZES

A coprocultura (cultura de fezes) é o exame das fezes para a pesquisa de


microorganismos, parasitas e vírus no trato GI. Nestes casos, é necessário o emprego de
técnica estéril para a coleta.
Para realizar a coprocultura, devemos coletar a amostra e colocá-la em uma substância,
o meio de transporte, que é um CONSERVANTE e deve ser mantido em temperatura
ambiente (22-25ºC). O meio tem duas formas de apresentação, semi-sólida (agar) e
líquida, ficando a critério do laboratório a indicação de qual delas. A validade das fezes
coletadas no meio de transporte em temperatura ambiente é de 12 a 24 horas.
Material necessário para coleta será:
-Frasco coletor de fezes estéril;
-Espátula estéril;
-Comadre estéril; Material não-estéril:
-Papel higiênico;
-Seringa de 20 ml (se necessária);
-Material de higiene íntima;
-Quadrado de algodão;
-Toalha de banho;
- Luvas de procedimento
Técnica dessa coleta:
1-Lave as mãos;
19

2-Preveja o material necessário para a coleta, descrito anteriormente, levando-o ao local


onde o cliente se encontra (quarto ou enfermaria do hospital);
3- Coloque o material sobre a mesa-de-cabeceira ou carrinho de procedimentos e
posicione-a; (o) aos pés da cama;
4-Coloque as comadres sobre a cadeira;
5-Monte os biombos ou feche as cortinas do boxe ou a porta do quarto.
6- Oriente o cliente/paciente quanto ao tipo de exame a ser realizado: qual material será
coletado e qual o método de coleta a ser usado
7- Encaminhe o cliente/paciente ao banheiro, fornecendo-lhe a comadre. Feche a cortina
ou porta do banheiro ou do quarto. Se o paciente estiver acamado, levante a grade do
leito, cerque o leito com biombos e auxilie-o em tudo o que for necessário.
8-Calce as luvas de procedimento.
9- Abra o pacote da comadre estéril e auxilie o cliente/paciente a se posicionar sobre
ela.
9- Coloque um quadrado de algodão seco em cada região inguinal ou a compressa sobre
o púbis do cliente/paciente. Como já foi dito, esse é um procedimento de enfermagem
que você aprenderá em uma aula prática.
10- Abra o invólucro da espátula ou seringa estéreis com técnica asséptica e utilize-a
para a coleta das fezes e seu armazenamento no frasco de coleta estéril. As fezes
deverão ser colocadas no frasco com o meio de transporte adequado. Despreze a
espátula ou a seringa no lixo após a coleta
11-Proceda à técnica de lavagem externa da região genital para cada sexo (se
necessário). Ao final, despreze o restante da coleta no vaso sanitário e dê descarga.
12- Recolha todo o material utilizado e providencie sua limpeza e descontaminação.
Esse procedimento será visto com mais detalhes num tema específico mais à frente.
13-Deixe a unidade onde foi feita a coleta em ordem e o cliente/paciente confortável.
Coloque-o numa posição agradável, em ambiente limpo, com temperatura amena, onde
ele tenha sensação de prazer e bem-estar.
14-Descalce as luvas. Realize a lavagem das mãos.
15-Encaminhe a amostra ao laboratório juntamente com a requisição
16- Cheque o procedimento realizado na folha de prescrição.
17- Lavar as mãos e checar o procedimento na folha de prescrição.
18- Colocar as fezes coletadas em um frasco coletor e enviar ao laboratório.
19- Calçar as luvas.
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20-Separar o material necessário.


21- Acompanhar a cliente/paciente até o banheiro e fornecer-lhe a comadre.
22-Realizar a higiene da cliente/paciente.
23- Coletar as fezes com uma espátula.
24-Colocar as fezes coletadas em um frasco coletor com meio de transporte e enviar ao
laboratório.
25-Recolher e providenciar a limpeza e descontaminação do material.
26-Lavar as mãos.
27- Coletar as fezes com uma seringa.
28-Auxiliar a cliente/paciente a realizar a coleta no leito, fornecendo-lhe a comadre.
29- Separar o material necessário estéril.
30-Colocar as fezes coletadas em um frasco coletor com meio de transporte e guardar na
geladeira.

CONCLUSÃO

Nesse trabalho podemos concluir que a coleta de exames laboratoriais é necessária, pois
ela contribui para um diagnóstico certo. Através de diversos tipos de coleta de sangue é
possível identificar rapidamente vários tipos de problemas que podem acometer nossa
saúde. Quando realizamos exames de sangue de forma regular, conseguimos ter um
panorama mais completo de nossa saúde.
Cerca de 95% das doenças podem ser identificadas nos primeiros estágios, garantindo
maior chance de cura e melhor qualidade de vida para os pacientes. Os exames
laboratoriais são essenciais na detecção de alterações que indicam doença, o que
reafirma sua importância no diagnóstico precoce de doenças graves.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- COLETA DE SANGUE VENOSO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE


FORA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ
DE FORA,2022 Disponível
em:file:///C:/Users/User/Downloads/POP.UACAP.COL.002%20Coleta%20de%20s
angue%20venoso%20(1).pdf
2- Importância do exame de sangue, policlínica granato, 2018. Disponível em:
https://policlinicagranato.com.br/importancia-do-exame-de-sangue/

3-Razões para realizar exame de sangue, laboratório unidos análises clínicas,2019.


Disponível em: https://www.unidos.com.br/razoes-para-realizar-exame-de-sangue/

4-Tipos de coleta de sangue: materiais, passo a passo e técnicas, MOBILOC,.


Disponível em: https://www.mobiloc.com.br/blog/tipos-coleta-sangue/

5-Você conhece os diferentes tipos de coleta de sangue?, PAT laboratório,2022.


Disponível em: https://blog.pat.com.br/tipos-de-coleta-de-sangue/
6- Tubos de coleta a vácuo na análise de sangue: padrão de cores de benefícios,Kavis.
Disponível em: https://kasvi.com.br/tubos-de-coleta-vacuo-analise-sangue-cores-
beneficios/

7-Coleta de urina para exames,EBSERH. Disponível em :


https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hugg-
unirio/acesso-a-informacao/documentos-institucionais/pops/enfermagem-geral/pop-1-
21_coleta-de-urina-para-exames.pdf

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