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Coleta em
Laboratório
Clínico
4ª Edição - 2023
Esperamos que este material seja útil aos colegas, boa leitura.
XI - LEGISLAÇÃO SOBRE
TRANSPORTE DE AMOSTRAS
BIOLÓGICAS ........................... 59
Introdução ................................ 60
Classificação de Risco .............. 60
Substância Infecciosa da Catego-
ria A ......................................... 61
Substância Biológica da Catego-
ria B ........................................ 61
Acondicionamento, Rotulagem e
Etiquetagem ............................. 61
Instrução de Embalagem 650 (PI
650) ........................................ 62
Particularidades no acondiciona-
mento de amostras líquidas ....... 63
Particularidades no caso de amos-
tras sólidas ............................. 64
Particularidades no caso de amos-
tras refrigeradas ........................ 64
Introdução
Introdução
A quantidade de erros que podem cessário que todas sejam tratadas
Introdução
Layout Fluxo
Espera/
Recepção
10 - Manual de Coleta
Equipamentos & Suprimentos
Equipamentos & Suprimentos
Cadeiras de coleta
Equipamentos e Suprimentos
Móvel auxiliar
• O carro ou mesa auxiliar de
coleta deve ser de fácil higieniza-
ção e resistente aos processos RDC/ANVISA Nº 222, de 28 de
de limpeza, descontaminação e março de 2018
desinfecção. É desejável que seja
capaz de armazenar os materiais
necessários à coleta. 14 – GRUPO E
12 - Manual de Coleta
Equipamentos e Suprimentos
6.1.3- Os critérios de aceitação
• Dispositivos refrigerados ou e rejeição de amostras, assim
recipientes com gelo devem estar como, a realização de exames
disponíveis para amostras que ne- em amostras com restrições de-
cessitem de resfriamento imediato vem estar definidos em instru-
após a coleta. ções escritas.
• Um manual contendo instru- 6.1.4- O cadastro do paciente
ções das necessidades de volume, deve incluir as seguintes infor-
aditivos, manuseio das amostras e mações:
precauções para os diversos tes- a) número de registro de iden-
tes deve estar disponível no local tificação do paciente gerado
de coleta. pelo laboratório;
b) nome do paciente;
A RDC/ANVISA Nº 786 de 05/05/23 c) idade, sexo e procedência
dispõe sobre os requisitos técnico- do paciente;
-sanitários para o funcionamento d) telefone e/ou endereço do
de laboratórios clínicos e apresen- paciente, quando aplicável;
ta um conjunto de procedimentos e) nome e contato do respon-
indicados para a fase pré-analítica. sável em caso de menor de ida-
de ou incapacitado;
6- PROCESSOS OPERACIO- f) nome do solicitante;
NAIS g) data e hora do atendimen-
6.1- Fase pré-analítica to;
6.1.1- O laboratório clínico e o h) horário da coleta, quando
posto de coleta laboratorial de- aplicável;
vem disponibilizar ao paciente i) exames solicitados e tipo de
ou ao responsável, instruções amostra;
escritas e/ou verbais em lingua- j) quando necessário: informa-
gem acessível, orientando sobre ções adicionais, em conformida-
o preparo e coleta de amostras de com o exame (medicamento
tendo como objetivo o entendi- em uso, dados do ciclo menstrual,
mento do paciente. indicação/observação clínica,
6.1.2 - O laboratório clínico e dentre outros de relevância).
o posto de coleta laboratorial k) data prevista para a entrega
devem solicitar ao paciente do- do laudo;
cumento que comprove a sua l) indicação de urgência, quan-
identificação para o cadastro. do aplicável.
6.1.2.1- Para pacientes em 6.1.5 - O laboratório clínico e
atendimento de urgência ou sub- o posto de coleta laboratorial
metidos a regime de internação, devem fornecer ao paciente am-
a comprovação dos dados de bulatorial ou ao seu responsá-
identificação também poderá ser vel, um comprovante de atendi-
obtida no prontuário médico. mento com: número de registro,
Manual de Coleta - 13
Equipamentos e Suprimentos
14 - Manual de Coleta
Procedimentos de Coleta
Procedimentos de Coleta
1. Preparar o formulário ou so-
Procedimentos de Coleta
prazo de validade.
licitação de coleta – A solicita- • Selecionar o calibre da agulha
ção deve conter as seguintes
informações: para a coleta de acordo com a ne-
cessidade.
• Nome completo do paciente e • Selecionar o sistema de coleta.
data de nascimento / idade. Tubos a vácuo ou seringa.
• Nome do médico solicitante. • Os sistemas a vácuo são pre-
• Número de identificação. feríveis pois dispensam a transfe-
• Data e hora da coleta. rência do sangue para os recipien-
• Testes solicitados. tes e garantem a relação aditivo /
amostra.
2. Identificar o paciente. Higieni-
zar as mãos. 5. Identificar os tubos ou confe-
• O flebotomista deve identificar- rir a identificação.
-se ao paciente.
• Perguntar o nome do paciente 6. Posicionar o paciente correta-
mente.
conferindo com a solicitação. No
caso de crianças ou pacientes in- • Para segurança do paciente a
conscientes, perguntar ao acom- coleta deve ser realizada com o
panhante ou verificar o bracelete paciente sentado confortavelmen-
de identificação. te ou deitado.
• Se o paciente estiver dormindo, • A cadeira de coleta deve conter
deve ser acordado para a coleta. braços para apoio em ambos os
Atentar para movimentos involun- lados para facilitar a coleta e pre-
tários em pacientes inconscientes venir quedas no caso do paciente
ou semi-comatosos. Aconselha-se perder a consciência.
alguma contenção para a coleta.
7. Aplicar o torniquete, pedir
3. Verificar a condição de jejum, ao paciente que feche a mão e
restrições alimentares, hiper- examinar o local de coleta para
sensibilidade ao látex ou ao an- selecionar o local de punção.
tisséptico.
• Verificar se o paciente está em • A aplicação do torniquete não
jejum e/ou obedeceu às restrições deve ultrapassar a 1 minuto com o
alimentares necessárias aos testes. risco de provocar estase vascular.
• Certifique-se que o paciente Isto pode resultar no aumento dos
entenda suas perguntas. níveis séricos de todos os analitos
ligados a proteínas, hematócrito e
4. Selecionar os tubos, agulhas outros elementos celulares.
e demais materiais necessários • Evitar áreas queimadas ou fe-
à coleta. ridas.
• Examinar tubos e agulhas para • Pacientes submetidas à mas-
possíveis defeitos verificando o tectomia não devem ter amostras
16 - Manual de Coleta
Procedimentos de Coleta
coletadas no mesmo lado da cirur- • Se o paciente relatar a sen-
gia devido a linfo-estase. sação de choque elétrico, o pro-
• Deve-se evitar a coleta no mes- cedimento deve ser interrompido
mo braço de qualquer acesso ve- imediatamente. No caso de for-
noso para soro ou medicamentos. mação de hematomas, a coleta
• O local mais indicado para também deve ser interrompida e
a punção é a fossa antecubital o local da punção deve ser pres-
onde os vasos são mais super- sionado vigorosamente por pelo
ficiais e apresentam calibre ade- menos 5 minutos.
quado. Quando este sítio não for
acessível, é aceitável que se uti- 8. Calçar as luvas.
lize as veias localizadas nas cos-
tas das mãos. • As luvas devem ser trocadas
• A fossa antecubital apresenta a cada coleta.
dois formatos anatômicos mais co-
muns: o formato em H ou formato 9. Aplicar o antisséptico no lo-
em M. O formato em H apresen- cal de punção e deixar secar.
ta de modo mais proeminente as
veias cefálica, mediana cubital e • Utilizar preferencialmente
basílica. O formato em M exibe as uma compressa de gaze embe-
veias cefálica, cefálica mediana, bida em álcool 70% ou compres-
basílica mediana e basílica. sas industrializadas.
Manual de Coleta - 17
Procedimentos de Coleta
18 - Manual de Coleta
Procedimentos de Coleta
der na lateral interna do adaptador vidas para a transferência do san-
provocando a perda de sangue du- gue para os tubos.
rante a coleta. • Homogeneizar os tubos que
contenham aditivos.
10.2. Coleta com seringa e agu-
lha. 11. Os tubos devem ser trocados
• Certificar-se de que a agulha ou preenchidos de acordo com
esteja corretamente conectada a a necessidade obedecendo a or-
seringa. dem de coleta.
• Empurrar o êmbolo para frente 1º Frascos para hemocultura
e para trás conferindo se o movi- 2º Tubos para coagulação (tam-
mento é realizado sem qualquer pa azul)
problema. 3º Tubos para soro com ou sem
• Empurrar o êmbolo para frente aditivo (tampa vermelha)
até que todo o ar seja expelido da 4º Tubos com heparina com ou
seringa. sem gel separador (tampa verde)
• Segurar o braço com firmeza 5º Tubos com EDTA com ou sem
abaixo do local escolhido para a gel separador (tampa lilás)
punção. O polegar pode ser utili- 6º Tubos com fluoreto de sódio
zado para puxar a pele firmando a (tampa cinza)
veia escolhida. *Confira a tabela destacável em
• Comunicar ao paciente que a anexo ao final do manual.
punção está pronta para ser rea-
lizada. Nota: Os tubos de vidro ou plástico
• Com o bisel voltado para cima contendo gel separador podem cau-
sar interferência nos testes de coa-
puncionar a veia formando um ân- gulação. Tubos sem aditivos devem
gulo de 30° entre a agulha e o an- ser usados antes dos tubos destina-
tebraço do paciente. dos aos testes de coagulação.
• Manter a agulha o mais estável
possível, aspirando lentamente a Nota: Quando o escalpe for utiliza-
quantidade de sangue necessária. do para a coleta e o tubo de coa-
• Retirar o torniquete assim que o gulação for o primeiro a ser colhido
sangue começar a fluir. deve-se usar um tubo sem aditivo
• Para transferir o sangue para os como “primer”. A função deste tubo
tubos de coleta, colocar os tubos é preencher totalmente o tubo
em uma estante sobre a bancada. do escalpe garantindo a relação
sangue / aditivo no tubo de cole-
Jamais realize a transferência se- ta. Este tubo não precisa ser total-
gurando o tubo com as mãos. mente preenchido.
• Puncionar a rolha do tubo per-
mitindo que o tubo seja preenchido Nota: Os testes de tempo de pro-
sem aplicar nenhuma pressão no trombina (TP) e tempo de trom-
êmbolo. boplastina parcial ativada (TTPa)
• As rolhas não devem ser remo- não tem seus resultados alterados
Manual de Coleta - 19
quando realizados no primeiro
Procedimentos de Coleta
• Posicionar a compressa de
gaze sobre o local de punção e
aplicar pressão suave.
• Não permitir que o paciente do-
bre o braço.
• O próprio paciente pode manter
o local pressionado até que o fle-
botomista verifique que o sangra-
mento tenha cessado.
• Aplicar bandagem adesiva.
• Recomendar que a bandagem
não seja retirada antes de 15 mi-
nutos.
20 - Manual de Coleta
Materiais para coleta
Materiais para coleta
Materiais para Coleta
22 - Manual de Coleta
Recomendações de distal é usada para entrada do
Apresentação
(1) Adaptador com protetor de segu- Tubos de
rança – uso único. coleta de
(2) Adaptador simples – uso múltiplo. sangue sem
aditivos
13 x 100 mm 1 – 7 mL Vermelha
O adaptador para agulhas tem o
formato cilíndrico; sua extremida- 16 x 100 mm 7 – 10 mL Vermelha
Manual de Coleta - 23
Características Técnicas do fator de coagulação pelas pla-
Materiais para Coleta
Recomendações
1. Inverter gentilmente os tubos
5 a 8 vezes logo após a coleta
sanguínea;
2. Aguardar um tempo mínimo
de 30 min. para coagulação a
temperatura ambiente;
Descrição Dimensões Volume Cor da
tampa 3. Certificar-se que a coagula-
Tubo con 13 x 75 mm 3,5 mL Amarela ção tenha sido completa antes de
gel
proceder à centrifugação;
13 x 100 mm 5 mL Amarela
4. Efetuar a centrifugação na
16 x 100 mm 8,5 mL Amarela
velocidade de 3.000 rpm por 10
min;
Características Técnicas 5. Armazenar em temperatura
ambiente, em local de baixa umi-
Com ativador de coagulação e dade e protegido da luz solar.
gel separador inerte com densi-
dade de 1.040/1.050. * Em ambientes em que a tem-
Indicado para armazenamento peratura seja inferior a 25°C,
por tempo prolongado de soro principalmente durante o inverno,
para testes bioquímicos.
recomenda-se estender o tempo
Tempo de coagulação de 30 min
de coagulação para até 45 min,
à temperatura ambiente (25° C).
A característica especial da pare- sempre confirmando que a coa-
de interna do tubo previne a troca gulação tenha se completado.
de substâncias entre as células * Em casos de emergência colo-
sanguíneas e o soro mantendo as car os tubos em banho-maria a
características bioquímicas inalte- 37°C por 20 a 30 min para ace-
radas por tempo prolongado. lerar o processo de coagulação.
Manual de Coleta - 25
Tubos com heparina
Materiales para la Toma de Muestras
Características Técnicas
O anticoagulante utilizado é sódio
ou lítio heparina em concentra-
ções na faixa de 12,5 a 17,5 UI/mL.
Utilizado para testes bioquímicos e
enzimáticos e também para alguns
testes de reologia (viscosidade).
A heparina ativa anti-trombinas
Descrição Dimensões Volume Cor da
que bloqueiam a ação da trombi- tampa
na e a sua consequente ativação Tubo con 13 x 75 mm 2 e 4 mL Cinza
da reação de formação de fibrina a fluoreto
partir do fibrinogênio.
O tempo de armazenamento do Características Técnicas
material é de até 6h à temperatura
ambiente com garantia na estabili- O anticoagulante usado é uma
dade de várias enzimas. mistura de fluoreto de sódio e
Não há influência do anticoagulan- EDTA em uma mistura de solu-
te na concentração de cálcio e nas ção e pó.
atividades enzimáticas desde que
seja coletada a quantidade reco- EDTA é quelante de cálcio e blo-
mendada de sangue. queia a coagulação sanguínea.
Recomendações Fluoreto de sódio inibe a glico-
se-desidrogenase e consequen-
1. Inverter gentilmente os tubos 5 temente bloqueia o metabolismo
a 8 vezes logo após a coleta san- da glicose.
guínea;
Utilizado para a análise de açú-
26 - Manual de Coleta
car no sangue, de tolerância a (líquido) na concentração de 2 mg/
Características Técnicas
Os anticoagulantes são o EDTA
K2 (líquido ou pó) ou o EDTA K3
Manual de Coleta - 27
Minitubos para coleta sim-
Materiais para Coleta
Características Técnicas
O anticoagulante é uma solução
tampão estável de citrato de sódio
a 3,2% (0,109 mol/l) adicionada
em volume que mantêm a relação
de 1:9 entre o aditivo e o sangue.
Utilizado para teste dos mecanis-
mos de coagulação sanguínea. Descrição Dimensões Volume Cor da
tampa
Presença de gás inerte no meio
Pró-coagu- 10 x 45 mm 0,2 a verme-
para prevenir a ativação do fator lação 0,5 mL lha
de coagulação pelos gases da at- Ativador gel 10 x 45 mm 0,2 a amarela
mosfera. & clot 0,5 mL
EDTA K2 10 x 45 mm 0,2 a roxa
O tratamento da superfície interna 0,5 mL
do tubo evita a ativação de pla- EDTA K3 10 x 45 mm 0,2 a roxa
quetas e estabelece condições 0,5 mL
Recomendações
1. Inverter gentilmente os tubos 3
a 5 vezes logo após a coleta san- 1. A pressão direta sobre o local
guínea; de perfuração pode causar hemó-
2. Efetuar a centrifugação na ve- lise e afetar a precisão dos resul-
locidade de 3.000 a 3.500 rpm por tados;
15 min; 2. A coleta de amostras por tem-
3. O resultado da centrifugação po superior a 2 minutos resulta fre-
deve produzir plasma com conta- quentemente em amostras de bai-
gem insignificante de plaquetas; xa qualidade e alta incidência de
4. Armazenar em temperatura microcoagulação nos minitubos;
ambiente, em local de baixa umi- 3. As amostras coletadas em mi-
dade e protegido de luz solar. nitubos de EDTA para hematologia
28 - Manual de Coleta
Recomendações
Descrição
Dimensões - Adulto: 400 mm x 25 mm;
Infantil: 350 mm x 25 mm.
Descrição Dimensõe Volume Cor da
tampa Swab simples
Tubo com 13 x 75 mm 1,8 mL Preta
citrato
13 x 100 mm 3,6 mL Preta
Características Técnicas
O anticoagulante é uma solução
tampão estável de citrato de só-
dio a 3,2% (0,129 mol/l) adicio-
nada em volume que mantêm a
relação de 1:4 entre o aditivo e o Características técnicas
sangue.
Utilizado principalmente para a Haste plástica com uma das ex-
realização da velocidade de he-
tremidades revestida de material
mossedimentação.
O tratamento da superfície inter- natural ou fibras sintéticas. Emba-
na do tubo evita a ativação de lagem plástica para transporte. Es-
plaquetas. terilizado por óxido de etileno.
Manual de Coleta - 29
Materiais para Coleta
Características técnicas
Instruções de uso
Abrir o pacote Proceder à coleta do material
30 - Manual de Coleta
Informações Técnicas
Informações Técnicas
Princípio
Informações Técnicas
32 - Manual de Coleta
Refluxo
Informações Técnicas
Ação: Bata de leve ou belisque
a pele para que o fluxo de sangue Cuidados Especiais
se normalize.
• Torniquete aplicado muito lon- • Coloque o braço do paciente em
ge do local da punção ou pouco posição inclinada de cima para
apertado. baixo.
Ação: Ajuste a posição do torni- • Mantenha a tampa como a posi-
quete para 6 cm acima do local de ção mais alta do tubo.
punção venosa ou aperte o torni- • Solte o torniquete assim que o
quete. sangue começar a fluir para o in-
• A temperatura ambiente é bem terior do tubo.
superior a 20°C o que causa a di- • Confirme que os aditivos presen-
minuição do volume de coleta. tes no tubo não estejam tocando a
Ação: Fazer a coleta em tem- tampa nem a ponta da agulha.
peraturas ambientes próximas a
20°C. Coleta lenta
Vácuo impreciso – muito Os tubos com menor volume de
vácuo retirada podem ter um fluxo de
sangue mais lento do que tubos de
O valor obtido de sangue é supe- mesmo tamanho com volumes de
rior ao esperado durante a coleta. retirada maiores.
Quanto menor o tamanho da agu-
Causas lha maior a resistência ao fluxo
de sangue. Consequentemente o
• A posição do corpo do pa- fluxo de sangue, para tubos com
ciente se altera durante a coleta mesmo volume de retirada, é me-
de sangue. nor se usadas forem agulhas de
Ação: Instrua o paciente a as- menor tamanho.
sumir a posição correta para co-
leta de acordo com instruções. Causas
• O paciente sente-se nervoso
durante a coleta causando ele- • Uso de agulhas de tamanho peque-
vação da pressão consequente no para coleta em pacientes com vis-
aumento do volume coletado. cosidade sanguínea elevada.
Ação: Acalme o paciente antes Ação: Escolha sempre a agulha
de fazer a coleta venosa. mais apropriada para coleta de
• Se a coleta é feita em am- sangue do paciente.
biente com temperatura abaixo
de 20°C a retirada de sangue • A veia cardinal não foi escolhida
aumenta. para coleta venosa.
Ação: Fazer a coleta em tempe- Ação: Ao fazer coleta múltipla a
raturas ambientes próximas a 20ºC. veia cardinal deve ser usada para
Manual de Coleta - 33
coleta múltipla.
Informações Técnicas
34 - Manual de Coleta
Cuidados Especiais
Cuidados Especiais
Pacientes pediátricos
Cuidados Especiais
36 - Manual de Coleta
Cuidados Especiais
• Glicose pós-prandial (2 ou 3 • Preferencialmente deve-se uti-
horas após alimentação). lizar o braço que não contenha
• Cortisol. acesso para infusão de fluidos ou
• Monitoramento terapêutico de hemocomponentes.
anticoagulantes. • Amostras para testes hemato-
• Digoxina e outras drogas. lógicos e para determinação de
• Para o monitoramento de dro- glicemia não devem ser obtidas
gas terapêuticas o horário da co- destes dispositivos.
leta e a dose devem ser anotados
com precisão.
Testes imuno-hematológi-
cos
Para testes imuno-hematológicos
os tubos com gel separador não
devem ser utilizados.
Dispositivos de acesso
vascular (DAV)
Os dispositivos utilizados para in-
fusão venosa de medicamentos
ou fluidos não devem ser utiliza-
dos rotineiramente como acesso
a amostras de sangue. Entretanto,
se este procedimento for inevitá-
vel, deve-se observar a compatibi-
lidade entre o material de coleta e
o DAV para evitar vazamentos ou
a entrada de ar e a formação de
bolhas e consequente hemólise.
Manual de Coleta - 37
Coleta de Sangue Capilar
Coleta de Sangue Capilar
Coleta em crianças Coleta em adultos
Coleta de Sangue Capilar
40 - Manual de Coleta
nha reta traçada do intervalo entre
Manual de Coleta - 41
Coleta de Sangue Capilar
Aquecimento do local de
punção
O aquecimento do local da punção
pode ser importante para amos-
tras destinadas à determinação do
pH e gases sanguíneos e é reco-
mendado para outras dosagens.
Amostras colhidas de áreas aque-
cidas são denominadas arteriali-
zadas. Uma toalha úmida ou outro
dispositivo pode ser utilizado para
aquecer a região a uma tempera-
tura não superior a 42° C por apro-
ximadamente 5 minutos. Este pro-
cedimento aumenta o fluxo arterial
para o local em até sete vezes e
não altera os testes laboratoriais
mais rotineiros.
42 - Manual de Coleta
Cuidados Pré-analíticos
Cuidados Pré-analíticos
Separação do plasma ou tadas em fluoreto de sódio. Este
Cuidados Pré-analíticos
Cuidados Pré-analíticos
laboratoriais. calcular o RCF deve-se usar a se-
Testes muito Tipo de Magnitude da guinte fórmula;
afetados alteração alteração
AST A de 22,7 a 220 % RCF (g)= 0,00001118 x r x N2
LDH A de 22,0 a 222 %
Potássio A de 3,2 a 26,2 % RCF = Força Centrífuga Relativa;
Troponina D de 2,5 a 10 % r = raio (distância do eixo do rotor
Testes até a base do tubo); N = velocida-
afetados de de rotação (RPM).
ALT A de 9,0 a 55 % Os tubos devem ser centrifugados
Ferro A de 4,2 a 26 % entre 1000 e 3000 g de 5 a 10 mi-
T4 D de 6,7 a 42 % nutos. Os tubos de citrato de sódio
Testes pouco
devem ser centrifugados de modo
afetados a produzir um plasma pobre em
Albumina A/D/SA de 2,7 a 4,5 % plaquetas.
Fosfatase SA/D de 0,0 a 30,8 %
alcalina Fase pós-centrifugação
Cálcio A de 0,1 a 6,5 %
Magnésio A de 0,0 a 6,5 % As amostras de soro ou plasma
Fósforo A de 3,0 a 10,0 %
devem ser fisicamente separadas
Bilirrubina total SA/D de 0,0 a 2,5 %
das células assim que possível.
O soro ou plasma não deve perma-
Proteínas Totales A de 0,0 a 4,0 %
necer à temperatura ambiente por
mais de 8 horas. Se os testes não
AST = Aspartato aminotransferase; LDH =
puderem ser realizados dentro des-
Lactato desidrogenase;
te intervalo de tempo, as amostras
ALT = Alanina aminotransferase; T4 = Te-
devem ser refrigeradas (2 - 8° C).
traiodotironina ou tiroxina;
Se os testes forem realizados após
A = aumentado; D = diminuído; SA = sem
48 horas da coleta, a amostra deve
alteração.
ser congelada (-20° C). As amos-
tras não devem ser congeladas
Centrifugação mais de uma vez sob pena de al-
terações importantes nos resulta-
Amostras de sangue para obten- dos. O descongelamento deve ser
ção de soro devem estar com- realizado à temperatura ambiente
pletamente coaguladas antes da sem o uso de aquecimento.
centrifugação. Os tubos devem ser
mantidos fechados durante todo o Critérios básicos para a
processo e a centrífuga deve estar rejeição de amostras.
adequadamente tampada.
O CLSI recomenda que a veloci- • Transporte em contêineres inade-
dade de centrifugação deva ser quados.
expressa em RCF (Força Centrífu- • Identificação inadequada ou in-
Manual de Coleta - 45
correta.
• Volume de amostra impróprio.
• Tubo de coleta inadequado.
• Presença de hemólise
• Armazenamento e/ou transporte
em condições inadequadas.
Coleta de Amostras
Coleta de Amostras
Microbiológicas
Microbiológicas
Está bastante claro que o trans- Alguns sistemas de transporte
Coleta de Amostras Microbiológicas
1 hora Ambiente
Frasco Critérios de Rejeição para
Fezes
seco estéril
Amostras Clínicas em
12
horas
Ambiente
Meio Cary-
Blair c meios de transporte
30 mi- Frasco
Ambiente
nutos estéril
Fragmen- • Discrepância entre a identi-
tos
8 horas Ambiente
Meio de
transporte
ficação da amostra e o pedido
médico.
Líquido Imedia- Tubo seco
pleural tamente
Ambiente
estéril • Falta de identificação da
Líquido Imedia-
amostra.
Tubo seco
cefalorra- tamen- Ambiente
estéril
• Origem da amostra ou tipo de
quídeo te
amostra não identificada.
Material 30 mi-
Ambiente
Tubo seco • Teste a ser realizado não es-
respiratório nutos estéril
pecificado.
Passar
para caldo • Material conservado inade-
Sangue 1 hora
Ambien- nutriente quadamente com relação à tem-
teb imediata-
mente após peratura.
a coleta • Presença de vazamentos,
Meio frascos quebrados ou sem tam-
Até semi-sólido
Swaba
8 horas
Ambiente
(Stuart ou
pa, com contaminação na super-
Amies) fície externa.
Frasco • Mais de uma amostra colhi-
1 hora Ambiente
Urina
seco estéril da no mesmo dia e da mesma
12 Refrige- Frasco origem.
horas rada seco estéril
• Swab único com múltiplas re-
Manual de Coleta - 49
Coleta de Amostras Microbiológicas
50 - Manual de Coleta
Coleta de Amostras Microbiológicas
cone de otoscópio coletar mate- • Em seguida, inserir os swabs
rial com swab e em seguida inserir indicados, rodar por alguns segun-
no meio de transporte. Com outro dos sobre o fundo do saco, retirar
swab, fazer esfregaço para colora- e voltar aos meios indicados.
ção Gram. Swab seco: realizar as lâminas
b) membrana íntegra: usar se- para bacterioscopia da secreção
ringa para puncionar a membrana fresca.
ou sistema apropriado para aspi- Swab do meio de transporte para
ração e coletor, que deverão ser cultura aeróbia/fungos.
encaminhados imediatamente ao
laboratório para processamento
ou introduzir em meio de transpor- Secreção endocervical
te para conservação e fazer lâmina
para bacterioscopia. • Inserir um espéculo (sem lubri-
ficante) na vagina e retirar o ex-
Secreção ocular cesso de muco cervical com swab
de algodão.
As culturas deverão ser coletadas • Em seguida, inserir os swabs
antes da aplicação de antibióticos, indicados no canal endocervi-
soluções, colírios ou outros medi- cal até a ponta do swab não ser
camentos. mais visível, rodar por alguns se-
• Desprezar a secreção purulen- gundos, retirar evitando o contato
ta superficial e, com swab, colher o com a parede vaginal, e voltar aos
material da parte interna da pálpe- meios indicados.
bra inferior. Swab seco: realizar as lâminas
• Identificar corretamente a para bacterioscopia da secreção
amostra e enviar imediatamente fresca.
ao laboratório, evitando a excessi- Swab seco: Mycoplasma/Urea-
va secagem do material. plasma - mergulhar o swab den-
tro da solução do tubo fornecido e
Secreção vaginal agitar. Remover o swab e identifi-
car o tubo.
Para a coleta de secreção vaginal Swab do meio de transporte es-
recomenda-se que a paciente não pecífico para Chlamydia tracho-
esteja menstruada, evite ducha e matis - mergulhar o swab dentro
cremes vaginais na véspera da co- da solução do tubo fornecido e
leta, mantenha abstinência sexual agitar vigorosamente.
de três dias. • Comprimir o swab contra a
parede do tubo. Qualquer exces-
• Inserir um espéculo (sem lubri- so de muco deve ser retirado da
ficante; usar água morna) na va- amostra.
gina e retirar o excesso de muco • Remover o swab e identificar
cervical com swab de algodão. o tubo.
Manual de Coleta - 51
e pode morrer rapidamente se não
Coleta de Amostras Microbiológicas
52 - Manual de Coleta
Fatores que influenciam di-
Manual de Coleta - 53
Volume de sangue sugerido para he- Ao coletar amostras pareadas para
Coleta de Amostras Microbiológicas
56 - Manual de Coleta
Coleta de Amostras Microbiológicas
• Usar uma gaze embebida em transporte (Cary-Blair ou salina
sabão neutro, lavar de frente para glicerinada tamponada), fornecido
trás e certificar-se que está lim- pelo laboratório, em quantidade
pando por entre as dobras da pele, equivalente a uma colher de so-
o melhor possível. bremesa. Preferir sempre as por-
• Continuar afastando os gran- ções mucosas e sanguinolentas.
des lábios para urinar. O primeiro • Fechar bem o frasco e agitar o
jato deve ser desprezado no vaso. material.
Colher o jato médio em frasco for- • Se a amostra não for entregue
necido pelo laboratório (um pouco no laboratório em uma hora, con-
mais da metade do frasco). Evite servar em geladeira a 4°C, no má-
encher o frasco. ximo por um período de 12 horas.
• Levar o material colhido ao la- Marcar o horário da coleta.
boratório;
• A amostra pode ser transportada Para pesquisa de Vibrio cholerae
em temperatura ambiente em até 1h
e sob refrigeração em até 12h; SWAB FECAL EM CARY-BLAIR
• Coletar 1 a 2g de fezes em fras-
Coleta de urina para crian- co limpo, seco, de boca larga, for-
ças que não têm controle necido pelo laboratório.
da micção • Mergulhar o swab no frasco
contendo as fezes.
No caso das crianças, fazer uso • Introduzir o swab no meio de
de saco coletor, masculino ou fe- transporte Cary-Blair e transportar
minino. Deve-se fazer higieniza- em temperatura ambiente entre 24
ção previa do períneo, coxas e e 72 horas após a coleta.
nádegas com água e sabão neu-
tro. Caso não haja micção, o saco SWAB RETAL EM CARY-BLAIR
coletor deve ser trocado a cada 30 • Introduzir o swab no ânus e fa-
minutos, repetindo-se a higieniza- zer movimentos rotativos suaves
ção da área perineal e genital. por alguns segundos;
• Introduzir o swab no meio de
Coprocultura transporte Cary-Blair e transportar
em temperatura ambiente em até
Devem ser coletadas no início ou 24h após a coleta.
fase aguda da doença, quando
os patógenos estão usualmente Para pesquisa de enteropatógenos
presentes em maior número e,
preferencialmente, antes da anti- SWAB FECAL EM CARY-BLAIR
bioticoterapia. • A amostra deve ser coletada de
preferência no início do quadro
• Coletar as fezes e colocar em diarréico e antes da antibioticote-
um frasco contendo o meio para rapia.
Manual de Coleta - 57
• Pegar o kit para coleta contendo
Coleta de Amostras Microbiológicas
58 - Manual de Coleta
Legislação
Sobre Transporte
de Amostras Biológicas
INTRODUÇÃO CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
Legislação sobre Transporte de Amostras Biológicas
SUBSTÂNCIA BIOLÓGICA
DA CATEGORIA B Designação oficial de transporte
para amostras classificadas como
Na categoria B estão incluídas UN 3373: “substância biológica da
as amostras para diagnóstico categoria B”, em português, ou bio-
Manual de Coleta - 61
logical substance category B, em As embalagens devem ser cons-
Legislação sobre Transporte de Amostras Biológicas
66 - Manual de Coleta
Apêndices
Manual de Coleta - 67
Apêndices
68 - Manual de Coleta
Apêndices
Manual de Coleta - 69
Apêndices
Ordem de Coleta
70 - Manual de Coleta
Bibliografia
Bibliografia
Bibliografia
CLSI H04-A6 - Procedures and Devices for the Collection of Diagnostic
Capillary Blood Specimens; Approved Standard-Sixth Edition, H04A6 E.
Dennis J. Ernst, M.T.(ASCP), et al Clinical and Laboratory Standards
Institute / 01-Sep-2008
Manual de Coleta - 71
RDC/ANVISA Nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regu-
Bibliografia
72 - Manual de Coleta