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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO DE


FARMÁCIA

MARIA SIMONE DOS SANTOS DE SOUZA

MANAUS, OUTUBRO 2022


CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

MARIA SIMONE DOS SANTOS DE SOUZA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV- ANÁLISES CLÍNICAS

LABORATÓRIO ESCOLA DE ANÁLISES CLÍNICAS (LEAC) / CICLO 1

MANAUS, OUTUBRO 2022


Sumário

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................4
2. OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICO)............................................................6
3. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO...........................................7
4. ATIVIDADES REALIZADAS..............................................................................8
5. CONCLUSÃO.......................................................................................................21
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................22
7. ANEXOS................................................................................................................23
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1. INTRODUÇÃO

As análises clínicas é uma das mais importantes áreas de saúde, sendo uma
ferramenta essencial no diagnóstico de doenças. A atuação do farmacêutico nesta área
é essencial para zelar a saúde da população, promovendo segurança na execução das
análises e confiança na emissão dos resultados, tendo responsabilidade ética e social
para exercer seu trabalho com qualidade de seus serviços (BRASIL,2010).
Uma das ações que contribuem com a prática profissional, seja em análises
clínicas ou em qualquer outra área, é a atenção farmacêutica, tendo em vista que há
uma interação com o paciente, buscando atender as suas necessidades e auxiliar no seu
tratamento (FARINA & ROMANO-LIEBER, 2009).
A infraestrutura do laboratório, este deverá atender aos padrões requisitados
pela legislação RDC/ANVISA N° 50 de fevereiro de 2002, que estabelecem que o
laboratório deverá possuir equipamentos e instrumentos de acordo com a
complexidade do serviço e necessários ao atendimento de sua demanda, realizar e
manter registros das manutenções preventivas e corretivas, verificar ou calibrar os
instrumentos a intervalos regulares, em conformidade com o uso, mantendo os
registros dos mesmos (ANVISA, 2005).
O farmacêutico é um profissional com formação multidisciplinar, ou seja, as
suas áreas de atuação profissional são muito amplas, oferecendo um leque de
oportunidades. Dentre essas áreas, destaca-se as análises clínicas, onde o farmacêutico
é habilitado a atuar nós setores do laboratório e a realizar os diversos exames,
envolvendo bacteriologia clínica, banco de materiais biológicos, banco de órgãos,
tecidos e células, banco de sangue, banco de sêmen, biologia molecular, bioquímica
clínica, citogenética, citologia clínica, citopatologia, citoquimica, cultura celular,
genética, hematologia clínica, hemoterapia, histocompatibilidade, histoquímica,
imunocitoquimica, imunogenetica, imuno-histoquímica, imunologia clínica,
imunopatologia, micologia clínica, microbiologia clínica, parasitologia clínica,
reprodução humana e virologia clínica (BRASIL, 2013).
O laboratório deve assegurar que os resultados emitidos tenham veracidade e
consistência, garantindo que o resultado não apresente nenhuma interferência. A
informação contida no resultado laboratorial deve atender as necessidades dos
pacientes, assim como dos profissionais de saúde que requisitaram a análise,
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possibilitando a determinação clara do diagnóstico, tratamento e prognóstico das


doenças (CHAVES, 2010).
Resumidamente, a fase pré-analítica consiste na preparação do paciente, coleta,
manipulação e armazenamento da amostra. A fase analítica inicia-se com a análise
propriamente dita e é encerrada quando a determinação analítica gera um resultado. Já
a fase pós-analítica, inicia-se após a obtenção do resultado analítico, quantitativo e/ou
qualitativo, sendo finalizado após a entrega do laudo ao paciente (ANÁLISES
CLÍNICAS, 2011).
A gestão da qualidade determina uma política de organização e abrange ações
no laboratório destinadas a produção, análise execução e controle. A garantia da
qualidade é obtida a partir de uma gestão eficaz, que visa a padronização de cada
atividade desenvolvida desde o atendimento até a liberação do laudo, dessa forma, é
necessário que todas as atividades sejam documentadas por meio de procedimento
operacional padrão (POP), (CHAVES, 2010).
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2. OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICO)


 Geral:

Vivenciar as experiências práticas relacionadas ao cotidiano do farmacêutico em


um Laboratório de Análises Clínicas para aplicação dos conteúdos teóricos e
práticos estudados durante o curso.

 Específico:
 Compreender os processos das quais o profissional Farmacêutico pode
atuar nas Análises Clínicas e entender sua importância para o
desenvolvimento da área;
 Desenvolver habilidades e competências com a prática cotidiana em um
Laboratório de Análises Clínicas;
 Realizar a conexão da teoria com a prática, relacionando os
conhecimentos adquiridos ao longo do curso de graduação com a
prática profissional, em diferentes situações do cotidiano.
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3. CARACTERIZAÇÃO E LOCAL DE ESTÁGIO

O estágio foi realizado na Unidade 15 do Centro Universitário do


Norte-UNINORTE SER EDUCACIONAL no Laboratório Escola de Análises
Clínicas (LEAC), situado na Avenida Getúlio Vargas, 730- Centro, Manaus.
Sob a orientação de Josemar de Fatimo Gomes dos Santos, durante o período
de 01/09/2022 a 20/10/2022, no turno da tarde.
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4. ATIVIDADES REALIZADAS
Setembro:
01/09- Integração
Conhecimento e a finalidade de todos os setores a ser estagiado.

02/09 e 06/09- Coleta de sangue


Procedimento: Foi identificado os tubos para colocação da amostra. Escreveu
na etiqueta os dados do paciente (nome, número de registro, data de
nascimento, sexo, data de coleta, número ou código da amostra e o nome da
instituição solicitante.
1- Colocou-se a agulha na seringa sem retirar a capa protetora, não toque na
parte inferior da agulha;
2- Movimente o êmbolo e pressione-o para retirar o ar;
3- Ajuste o garrote;
4- Faça a antissepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool a
70%. Não toque mais no local desinfetado;
5- Retirou-se a capa da agulha e faça a punção;
6- Soltou-se o garrote assim que o sangue começou a fluir na seringa;
7- Coletou-se aproximadamente 10 ml de sangue. Em crianças, a coleta é de
2 a 5 ml.

08/09- Preparação de meio de cultura/ Parasitologia


Procedimento: Leitura de parasitas, no setor de parasitologia, foi colocado
em várias lâminas diferentes parasitas, em seguida colocou-se 1 gota de lugol
para verificar no microscópio e identificar qual parasita continha na lâmina.

09/09- Urinalise: exame físico e químico


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Procedimento: Realizada análise de urina no setor de urinalise, utilizou-se 10


ml da amostra da urina. O primeiro método da análise foi o Dipstick, onde
mergulhou- se a tira no tubo contendo 10 ml de urina, em seguida tirou o
excesso no papel toalha para fazer a leitura da tira.
Em seguida foi levada para centrifugação. Foi desprezado a urina, ficando
apenas o sedimento, onde foi levado para analisar no microscópio. Para a
avaliação, foi utilizada uma ficha de exame, onde consta as informações do
paciente e os procedimentos a serem analisados.
Pesquisa de elementos anormais:
 Vol. Enviado: (Ex. 10 ml da amostra da urina);
 Cor: (Amarelo claro, citrino e âmbar);
 Aspecto: (Turvo, semi-turvo e límpido);
 pH;
 Densidade;
 Corpos cetônicos;
 Proteína;
 Glicose;
 Pig. Biliares;
 Sais Biliares;
 Hemoglobina/Sangue;
 Nitrito;
 Leucócitos.

Sedimentos Cópia (X400)


 Células Epiteliais;
 Pinocitos;
 Hemácias ;
 Cristais;
 Cilindro;
 Filamentos de Muco;
 Bacteriúria;
 Leveduras;
 Outros Elementos.
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12/09- Coleta de sangue/ Coleta de orofaringe


Procedimento: Coletou-se uma amostra de orofaringe da colega de estágio
para realizar a semeadura nas placas e coloração de gram, seguindo os passos:
 Foi feita a coleta, com o swab;
 Em seguida foi colocado em um tubo contendo solução salina;
 Logo após, a amostra foi colocada na lâmina e posto para secar;
 Por fim, foi feita a semeadura nos meios de cultura, pelo método de
esgotamento;
 Em seguida, foi feita a coloração de gram, na seguinte ordem(1- colocou-se
cristal violeta na lâmina por 1 minuto; 2- Após 1 minuto passado, foi
desprezado e colocou-se a solução de lugol, aguardando novamente 1 minuto;
3- Depois de 1 minuto, foi desprezado a solução e posto álcool, aguardando
novamente 1 minuto; 4- Depois de 1 minuto, despreza e coloca-se a fucsina
na lâmina. Por último lava-se a lâmina com água corrente com cuidado);
Depois de todo o processo de coloração de gram, coloca-se óleo de imersão
na lâmina e leva-se para fazer leitura no microscópio.
Resultado: Negativo

13/09-Método de Hoffmann/Urinalise/Semeadura
Procedimento: Foi constatado que não houve crescimento bacteriano nas
placas com a amostra de orofaringe da colega do estágio. A próxima
atividade, foi no setor de parasitologia, utilizando o método de Hoffman, para
exame de fezes; foi feito também o exame de urina. Para essas atividades foi
levado as amostras de urina e fezes. Primeiro foi feito o exame de fezes
utilizando o método de Hoffman, nos seguintes passos:
 Utilizou-se uma pequena quantidade de fezes e homogeneizou-se com água
destilada, com auxílio de palito;
 Logo após foi feita a filtração dessa amostra. Depois teve-se que aguardar
sedimentar.
Enquanto isso, fomos analisar a urina, onde foi colocado em um tubo
10 ml da amostra de urina, mas antes de se fazer a leitura no Dipstick, foi
feita a semeadura da amostra nas placas de cultura, pelo método de
esgotamento, identificando cada placa. As amostras foram isoladas na estufa,
em seguida fez-se a leitura no Dipstick, terminado a leitura da lâmina de
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urina, fez-se a leitura das lâminas de fezes, realizada da seguinte forma: Após
a sedimentação da amostra das fezes, com o auxílio de uma pipeta pasteur, foi
introduzido no fundo do cálice, sugando o sedimentado, depois despejou-se
uma gota da amostra na lâmina, em seguida depositou-se uma gota de lugol
na amostra, por fim colocou-se a lamínula e foi levado ao microscópio para a
leitura.
Resultado: Nessa amostra teve a ausência de helmintos e protozoários.

14/09- Preparo de meio de cultura/Microscopia


Foi feito os meios de cultura: Cled Agar, Blood Agar e Mueller Hilton. O
procedimento foi realizado da seguinte forma:
Neste procedimento foi utilizado 3 Erlenmeyer, 3 copos descartáveis, água
destilada, chapa aquecedora, algodão e bastão de vidro.
Primeiramente, foi feito um cálculo para determinar a quantidade de meio de
cultura em gramas, que foram utilizados para o procedimento. Como
podemos observar abaixo:
Cled agar:
36g---------1000
Xg ----------300
X= 300. 36/1000
X= 10,8 g

Agar Muller Hilton


38g ---------1000
Xg ----------500
X=500.38/1000
X= 19,0 g

Blood agar
40g--------1000
Xg ---------300
X= 300.40/1000
X= 12g
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Após isso, foi pesado as amostras uma a uma na balança analítica utilizando o
copo descartável, depois de pesado foi transferido para o Erlenmeyer, onde
foi adicionado respectivamente 300ml no meio de cultura de Cled agar e
Blood agar; 500ml no Muller Hilton. Em seguida foi levado os meios de
cultura para a chapa aquecedora a 360°, para homogeneizar. Feito isso vedou-
se os frascos de Elernmmeyer com algodão.

15/09- Identificação de staphylococcus por catálise e coagulase


Catalase: Colocou-se uma gota da amostra de urina em uma lâmina e depois
uma gota de peróxido de oxigênio. Houve a presença imediata de bolhas – a
produção de efervescência indica a conversão do H2O2 em água e oxigênio
gasoso. Dando-se então a interpretação de positivo para prova de catalase.
Coagulase: Com auxílio de uma alça, suspender colônias em estudo de caldo
BHI e colocar na estufa até que turve; Em um tubo de ensaio, colocou-se 0,5
ml de plasma e 0,5ml do caldo BHI com crescimento bacteriano recém
turvado; Incubar em estufa por 4 horas e verificar se há presença de coágulo.
Após o tempo, verificou-se a ausência de coágulo. Resultado negativo.

16/09- Antibiograma
Colocou-se 0,5 ml de plasma em um tubo e colocou-se a bactéria, e
homogeneizou-se o tubo até completa dissolução. Colocou-se algodão para
vedação do tubo.
A amostra será cultivada em meio favorável ao seu desenvolvimento e
multiplicação. Após isso aguardar por 24 a 48 horas. Depois de constituídas
elas são expostas aos antibióticos para que a sensibilidade ou resistência seja
reconhecida. A substância que destruir a atividade microbiana será a receita
mais poderosa para o indivíduo em questão.

19/09- Interpretação de antibiograma e coloração de Ziehl-Neelsen


Interpretação de antibiograma: Foi feita a interpretação com 12 antibióticos e
somente 10 foram sensíveis ao microrganismos, que são eles: Ciprofloxacino,
clindamicina, cloranfenicol, eritromicina, tetraciclina, rifampicina,
gentamicina, sulfazotrin, oxacilina, levofloxacin.
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OBS.: Vancomicina- não é mais recomendado para este teste, de acordo com
a CLSI.
Coloração de Ziehl-Neelsen: Confeccionou o esfregaço; cobriu a lâmina com
a fucsina; aqueceu a lâmina e aguardou de 5 a 10 minutos; lavou com água
corrente; cobriu a lâmina até a emissão de vapores; aguardou de 5 a 10
minutos; lavou com água corrente; cobriu a lâmina com álcool-ácido até
descorar totalmente o esfregaço; lavar com água corrente; cobrir a lâmina
com azul de metileno por 1 minuto; lavar em água corrente; secar; observar.
Na observação microscópica pós coloração, foi observado as bactérias não
ácido-álcool resistentes: coradas de azul.

20/09- Parasita
Em seis tubos distintos com amostras de fezes diluídas, foi colocada 1 gota de
cada amostra em 6 lâminas com 1 gota de lugol em cada uma, depois
colocada a lamínula para observar microscopicamente cada lâmina, para
verificar se há a presença de parasitas. E na 6° lâmina verificou-se a presença
da entamoeba coli.

21/09- Semeio e identificação de fungo


Foi semeado as amostras utilizando swabs. A amostra deve ser sempre
semeada na superfície do meio, evitando sua perfuração. Após o semeio, o
tubo é vedado e levado à estufa. O crescimento foi bastante visível após as 24
horas.
Foi observado no microscópio a amostra de fungo, para analisar sua
morfologia e o tipo de fungo. Foi observado um fungo com filamento,
demacio e o tipo era Rhizopus.

26/09- Microcultivo
Com auxílio de um estilete, cortou o Agar Sabouraud em pedaço quadrado de
15mm, e depositou sobre a lâmina que está dentro da placa; inoculou o fungo
e cobriu-se com a lamínula; incubou a placa por 24 a 72 horas. Após o
crescimento do fungo, observou no microscópio em lente 40X. Observou as
estruturas que formam os esporos, e a disposição das hifas.
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27/09- Eritrograma (hemácias hm)


Foi coletado várias amostras de sangue, para que no eritrograma Analisar as
hemácias, hemoglobina e anemia. Foi feita a coleta com o micro capilar e
levado à centrifuga, e logo após foram feitos os cálculos para saber se a
dosagem das substâncias que o sangue o compõem estão nos parâmetros
corretos.
Ht/Hm x10= 40/4,4x10= 90
Hb/Hm x10= 13/4,4x10= 29
Hb/Ht x100= 13/40 x100= 32
VR= 31-33,2%

28/09- Contagem de hemácias


Colocou-se 4ml de líquido Gowers no tubo (hayen); adicionou-se 20 micro
litros de sangue total; homogeneizou-se a solução com a pipeta automática;
colocou-se aproximadamente 10 micro litros na câmara de Neubauer; depois
analisou-se no microscópio e fez-se a contagem da amostra.
80(hemácias) X 5(quadrantes)= 400
400x 10.000.000= 4.000.000.000
Foi analisada e feito o cálculo para esta contagem.

29/09- Eritrograma (contagem de hemácias)


Foi coletado com o micro capilar uma amostra de sangue, depois foi medido o
micro capilar na tabela de hematócrito, para poder fazer a realização dos
diversos cálculos.
Ht=41%
Ht= 41/9= 4,5- hm
Ht= 41/3= 13,6- hb
Vcm= Ht/Hm x10= 41/4,5x10= 91
Hcm = Hb/Hm x10= 13,6/4,5x10= 30
CHCM= Hb/Ht x100= 13,6/41x100= 33,1
No microscópio foram observadas em um quadrante 102 hemácias.
102 x 5= 510
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510 x 10.000.000= 5.100.000.000

30/09- Dosagem de hemoglobina


A dosagem de hemoglobina é feito no aparelho automatizado de hematologia,
o espectrômetro.
Têm-se a amostra padrão 10 g/dl; A dosagem de hemoglobina padrão é 0,02
ml; a amostra A é 0,02 ml e por último a água destilada.
Amostra= 0,291
Amostra Padrão= 0,224
ABS(P)= 0,224
ABS(A1)= 0,291
Fc= 10/0,224= 44,6
Hb= 0,291/0,224x10
Hb= 12,9
Outubro
03/10- Contagem de leucócitos
Pipetou-se 400uL de líquido de Turk; 20uL de sangue; Levou a câmara de
Newbauer. Fez-se a contagem para encontrar os neutrófilos, linfócitos,
monócitos, eosinófilos, basófilos.
Contagem global= CLx50= 26+27+36+30x50= 5950
100%---5950 100%---5950 100%---5950 100%---5950
60%----x. 20%----x. 15%---x. 5%----x
X= 3570 X= 1190. X= 892,50. X= 297,50
Neutrófilo Linfócito. Monócito. Eosinófilo

04/10- Contagem diferencial de leucócitos


A contagem diferencial de leucócitos é a contagem de 100 leucócitos em
esfregaço sanguíneo, diferenciando-se os, segundo suas variedades
morfológicas.
Confecção do esfregaço sanguíneo:
Colocar uma gotícula de sangue em uma lâmina limpa e seca; Com o auxilio
de outra lâmina, colocar a gota de sangue em contato com sua borda,
formando um ângulo de 45°, esfregar uma lâmina sobre a outra rapidamente,
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antes que o sangue seque ou coagule, esperar o esfregaço secar; Identificar a


lâmina pela cabeça do esfregaço com o auxilio de outra lâmina; Fazer a
coloração.
Depois de fazer a coloração, examinar com objetiva de imersão, fazendo a
contagem diferencial de 100 leucócitos.
Neutrófilos (65%), Linfócitos (30%), Monócitos (3%), Eosinófilos (2%).

05/10- Coagulograma – TTPa


 Prova do laço;
 Tempo de sangramento;
 Retração coágulo;
 Tempo de tromboplastina;
 Parcial (TTPa);
 Fibrinogênio
Cálculos:
CL X 50= 87,50 x 50= 4390
100%---4390. 100%---4390. 100%---4390 100%---4390
68%--- x. 28%--- x. 2%---- x. 2%---- x
X= 2985,2. X= 1229,2. X= 87,8. X= 87,8
Neutrófilo. Linfócito. Monócito. Eosinófilo

06/10- Dosagem de creatinina


Procedimento: identificar três tubos de ensaio como Branco (B), Amostra (A)
e proceder:

Reagente Branco (B) Amostra (A) Padrão (P)


R2- Alcalino 2,0 ml 2,0 ml 2,0 ml
Amostra (A) ----- 0,25 ml -----
Água deionizada 0,25 ml ------- -----
R3- Padrão ----- ----- 0,25 ml
R1- Ácido Picrico 0,5 ml 0,5 ml 0,5 ml
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Homogeinizar imediatamente e incubar a 37°C por 10 minutos. Efetuar as


leituras fotométricas em 510nm, acertando o zero com o tubo branco (B). A
absorvancia da amostra é A1.

Reagente Branco (A) Amostra (A) Padrão (P)


R4- Acidificante 0,1 ml 0,1 ml -----

Agitar imediatamente e aguardar 5 minutos. Efetuar nova leitura da amostra


(A), acertando o zero com o branco (B). A absorvancia da amostra é A2.
Cálculos: ABS(P)= 0,202; A1= 0,250; A2= 0,180.
Creatinina= (A1- A2) x Fc. Fc= 3/A padrão
Creatinina= (0,250-0,180)x 14,85 Fc= 3/0,202
Creatinina= 0,07 x 14,85. Fc= 14,85
Creatinina= 1,03 mg/dL

07/10- Bioquímica: ácido úrico, triglicérides e colesterol


Ácido úrico – Procedimento

Pipetar em cubeta Branco Amostra


Amostra ou Padrão ------------------ 20uL
R1- Enzimático 1000uL 100uL

O reagente deve ser homogeneizador e imediatamente incubado por 10 minutos a 37°C. A


absorvancia deve ser lida dentro de 15 minutos, contra o reagente branco.

Concentração padrão: 8 ; ABS(A): 0,002; ABS(P): 0,001

Ácido úrico: ABS(A)/ABS(P) X Concentração padrão

Ácido úrico: 0,002/0,001 X 8= 16

Fc= Concentração padrão/ABS(P)= 8/0,001= 8000

10/10- Bioquímica

Glicose Enzimática- Procedimento


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Pipetar na cubeta Branco Amostra/Padrão


Amostra ou Padrão -------------- 10uL
R1- Enzimático 1000uL 1000uL

Homogeinizar e incubar por 10 minutos a 37°C, a absorvancia por 60 minutos.

Cálculos:

Glicose= ABS(A)/ABS(P) X Concentração padrão= 0,356/0,451 X 100= 78,93

Fc= Concentração padrão/ABS(P)= 100/0,451= 221,72

11/10- Bioquímica

Uréia Enzimática – Procedimento

R1- 25 partes; R3- 1 parte;

R2- 10------250uL. R1-= 3000- 120= 2880 uL

X------300uL

X= 120uL

ABS(A)=0,053; ABS(P)= 0,020; Concentração padrão= 70mg/dL

Uréia= ABS(A)/ABS(P) X Concentração padrão

Uréia= 0,053/0,220 X 70

Uréia= 16,86 mg/dL

Fc= Concentração padrão/ABS(P)

Fc= 70/0,220= 318,1

13/10- Imuno- hemato

Tipagem sanguínea: Procedimento

1) Etapa (suspensão de hemácias)- Coletou-se o sangue e logo após centrifugou.


2) Etapa:
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a) Identificou os tubos A, B, D, a, b;
b) Coletou-se os reagentes nos tubos;
c) Colocou-se 50 uL da suspensão nos tubos (A, B, D);
d) Colocou-se o plasma nos tubos (a, b);
e) Centrifugou-se por 1 minuto a 3500 rpm;
f) Interpretou-se e o resultado foi O-.

14/10- Imuno- hemato e PCR

Proteína Reativa (PCR): é uma proteína sintetizada pelo fígado. Seus níveis aumentam em
resposta à inflamação.

Procedimento:

1) Pipetar 25 uL do soro do paciente em uma área do cartão-teste;


2) Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25 uL na mesma área da amostra;
3) Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente com uma
vareta plástica;
4) Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de luz, observar durante
2 minutos a formação de uma aglutinação.
Resultado: Negativo para essa amostra.

17/10- Imuno

Imuno- Rápido anti-HBsAg: É um teste imunocromatográfico, que utiliza o “princípio


sandwich”, para detectar a presença de anticorpos anti-HBsAg no sangue total, soro ou
plasma humano.

Procedimento:

1) Deixar a placa-teste (1) adquirir a temperatura ambiente antes de retirá-la do envelope


laminado;
2) Pipetar 100 uL da amostra na cavidade da amostra na placa-teste;
3) Fazer a leitura dos resultados entre 15-20 minutos.

18/10- Imuno
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Imuno-Rápido HIV: É um teste imunocromatográfico que determina qualitativamente a


presença de anticorpos contra proteínas recombinantes.

Procedimento: Coletou-se sangue da ponta do dedo, já devidamente limpo com álcool 70%;
pressionou a ponta do dedo para furar, apertar o dedo até sair uma gota de sangue, encostar
uma pipeta na gota formada e coletar o sangue; Retirar a placa-teste do envelope laminado
imediatamente antes do uso; pipetar a amostra 20 uL de sangue total; dispensar 3 gotas na
cavidade da amostra; Fazer a leitura dos resultados entre 20 e 30 minutos.

Resultados Negativo (somente uma banda colorida); resultado positivo (aparecerão duas
bandas coloridas).

19/10 e 20/10- RDC 302, 306 e PGRRS

RDC 302- Dispõe sobre o Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios


Clínicos. O objetivo: defini os requisitos básicos para o funcionamento dos Laboratórios
Clínicos e postos de coleta laboratorial públicos ou privados os quais desenvolvam atividades
na área de: Análises Clínicas, Patologia clínica e Citologia. O serviço destinado à análise de
amostras de pacientes, com a finalidade de oferecer apoio diagnóstico e terapêutico,
compreende as fases Pré-analítica, analítica e pós-analítica. Fase Pré-analítica (recepção,
pacientes e coletadores); Analítica (Equipe técnica: Biomédicos, técnicos e auxiliares); Pós-
Analítica (Digitadores, Recepção, Pacientes e Médico).

Processos operacionais I- Fase Pré-analítica (SIL; forma de identificação da amostra


biológica; forma de rastreabilidade da amostra biológica em todos os parâmetros);

Processos operacionais II- Fase analítica ( Formulação de POP’s; implantação do CIQ


e CEQ; Coleta de HIV, formulário segundo Portaria MS n°, 59 de 28 de janeiro de 2003).

Processos operacionais III- Fase Pós-analítica (Emissão de laudos, rastreabilidade de


seus procedimentos; CIQ e CEQ; pontos de aplicação de controle).

RDC 306- Gerenciamento de resíduos de saúde e licenciamento ambiental. Seu principal


objetivo é fazer exatamente a promoção e proteção da saúde e atuar para inibir os riscos
decorrentes da produção e do uso de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária. Tudo
isso deve estar alinhado e coordenado com os estados, os municípios e o Distrito Federal, de
acordo com os princípios do SUS.
21

A Resolução N° 306 fala sobre o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde


(RSS) e como ele está relacionado ao conjunto de procedimentos que devem ser planejados e
implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais. Ela também
específica que cada uma das instituições que prestam serviços à saúde são responsáveis por
elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento dos RSS (PGRSS).

A Resolução 306 destaca a importância da segregação dos resíduos sólidos, da


orientação adequada sobre o tratamento que deve ser dado a eles dentro da especificidade de
cada um é de como é necessária a busca por alternativas para adotar equipamentos que sejam
mais eficientes na prevenção de acidentes, que tornem os processos mais eficazes e que gerem
um volume cada vez menor de lixo.

Essas Resoluções foram e são fundamentais para conscientizar as instruções sobre a


classificação de cada um dos resíduos, sobre como fazer o manejo adequado de cada um deles
e, acima de tudo, do quão importante é a utilização de equipamentos mais seguros, tais como
os perfurocortantes com dispositivos de segurança, para promover a segurança de
profissionais e pacientes e auxiliar no descarte correto desses materiais.

5. CONCLUSÃO

Através do presente estágio supervisionado foi possível adquirir conhecimento


do treinamento prático e aperfeiçoamento das habilidades e competências em
atividades pertinentes à capacitação do aluno do curso de farmácia.
No local se pode praticar diferentes processo para ensino-aprendizagem, tanto
nessas práticas e exposições teóricas relacionadas às disciplinas da área de Farmácia
de Hematologia, Parasitologia, Imunologia, Microbiologia, Bioquímica Clínica.
Durante os procedimentos de rotina se pode planejar e intervir em situações
específicas compatíveis, com laboratórios clínicos e posto de coleta em todas as fases
pré-analítica, analítica e pós-analítica das análises clínicas.
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Portanto, foi possível conhecer a atuação do profissional farmacêutico na área


de análises clínicas e contribuir para sua inserção no mercado de trabalho. Este estágio
foi um campo de variado conhecimento e aprendizado para os acadêmicos, dando-lhe
a oportunidade de conhecer melhor essas áreas de atuação exclusiva do farmacêutico
no laboratório, e proporcionou um crescimento pessoal e profissional.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANÁLISES CLÍNICAS. Gestão da qualidade laboratorial: é preciso entender as


variáveis para controlar o processo e garantir a segurança do paciente. 2011.

ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária: Resolução da Diretoria


Colegiada- RDC N° 302, de 13 de Outubro de 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Doença Sexualmente


Transmissíveis e AIDS: Técnica de Coloração de Gram. Brasília, 2010.
23

CHAVES, C.D. Controle de qualidade no laboratório de análises clínicas. Jornal


Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v.46, n.5, out.2010.

FARINA, S.S., ROMANO-LIEBER, N.S. Atenção farmacêutica em farmácias e


drogarias: existe um processo de mudança? Saúde e Sociedade, São Paulo, v.18,
n.1, p.7-18, 2009.

TORTORA, J. Microbiologia. 8. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.

LORENZI, T.F. Manual de Hematologia: Propedêutica e clínica. 4° ed. Editora


MEDSI/GUANABARA KOOGAN; 2006.

RAPAPORT, Samuel I. Hematologia: Introdução. 2.ed. São Paulo: Roca, 1990.

7. ANEXOS (GESFOR 22/ GESFOR 23/ GESFOR 113)

BIOQUÍMICA
24

IMUNOLOGIA MICROBIOLOGIA

PARASITOLOGIA
URINALISE

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