Você está na página 1de 13

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO SÃO LUÍS

CURSO DE ENFERMAGEM
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO: UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

SÃO LUÍS-MA
2023
ADRIANA POLIANA TEIXEIRA BITENCOURT EVANGELISTA
FRANCHELLE PEREIRA FERREIRA
TÁSSIA SERRA DA SILVA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO: UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Apresentação do Relatório de Estágio


Supervisionado para avaliação e obtenção da nota
na disciplina alta complexidade: UTI do Centro
Universitário Estácio São Luís.
Preceptor (a): Prof.ª Laura Regina Caldas Barros

SÃO LUÍS-MA
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................4

2. OBJETIVOS.......................................................................................................5

2.2. Objetivo geral..................................................................................................5

2.1. Objetivo específico..........................................................................................5

3. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO..............................................5

4. PERÍODO DE REALIZAÇÃO E CARGA HORÁRIA DO ESTÁGIO.................5

5. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS..............................................6

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................9

7. REFERÊNCIAS................................................................................................10

8. ANEXOS...........................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO

Em breve, perspectiva histórica, a autoria do primeiro projeto de uma


unidade específica para cuidados intensivos é atribuída à enfermeira britânica
Florence Nightingale. Que durante a guerra da Crimeia, no ano de 1854, juntamente
com mais 38 voluntárias conseguiu reduzir a mortalidade entre os soldados, que eram
hospitalizados de 40% a 20%. (MORORÓ et al., 2017)

Naquela época, Medidas foram implantadas para a classificação e


separação dos soldados feridos de acordo com sua gravidade. Os mais graves
ficavam mais próximos dos cuidados de enfermagem, ou seja, estes eram mais bem
atendidos e monitorizados. Dessa forma, surge uma unidade específica para
pacientes graves que seriam mantidos em vigilância e assistência contínuas, tal como
a essência das UTIs atualmente. (SILVA et al., 2019)

No Brasil, essa modalidade de assistência só começou a ser


praticada por volta da década de 70. Considera-se assistência intensiva aquela que
se constitui de observação contínua de pessoas criticamente enfermas. (TOLEDO,
2021)

Uma unidade de terapia intensiva precisa ser composta por


equipamentos/materiais e recursos humanos que se utilizam imperiosamente de alta
tecnologia. Nessas unidades, para o desempenho das atividades cotidiana que
consistem na execução de uma assistência integral e abrangente dos pacientes,
técnicas e conhecimentos atualizados, propedêuticos e terapêuticos são
imprescindíveis em todas as áreas de atuação uma vez que se lida com pacientes
instáveis. Isso exige, com frequência, pronta e efetiva intervenção da equipe.
(MONTEZELI et al., 2018)

Em suma é de grande relevância a atuação da enfermagem nesse


cenário, uma vez que é o profissional que mais passa tempo com o paciente prestando
cuidados contínuos.
2. OBJETIVOS

2.2 Objetivo geral

Aplicar de forma prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula,


referente à disciplina de alta complexidade: unidade de terapia intensiva realizada no
centro universitário Estácio São Luís.

2.3 Objetivo específico

✓ Desenvolver na prática, as atribuições do enfermeiro na assistência a pacientes


críticos pelos acadêmicos do curso de enfermagem do centro universitário
Estácio São Luís;
✓ Compreender a amplitude da assistência em cuidados críticos de enfermagem
em suas diversas possibilidades de desenvolvimento;
✓ Identificar competências essenciais ao exercício da enfermagem, cuidados
com pacientes de uma UTI.

3. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

Estágio realizado em hospital municipal da cidade de São Luís-MA,


é o maior hospital público do Maranhão, realizando atendimento de urgência e
emergência. Entre suas finalidades e atribuições estão: executar a política de
assistência médica- hospitalar de urgência e emergência.

Servir de apoio para as instituições de ensino na formação teórico-


prático dos profissionais de saúde. A unidade realiza atendimentos de alta e média
complexidade, recebendo alta demanda de pacientes. Em torno de 60% dos pacientes
que buscam o Socorrão I vem do interior do estado para a capital.

A UTI é composta por 8 leitos prontos para atender a população com


uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas
nutricionistas, psicólogos, dentistas, serviço social e técnicos de enfermagem.
4. PERÍODO DE REALIZAÇÃO E CARGA HORÁRIA DO ESTÁGIO

A realização do estágio curricular supervisionado em unidade de


terapia intensiva ocorreu no hospital municipal Djalma Marques socorrão I, entre os
dias 21/08/2023 - 05/09/2023. Com duração de 60 horas.

5. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS

21/08- Agosto Dourado.

22/08-Foi realizado junto com a preceptora do estágio o


credenciamento do núcleo de estágio (NEP) para garantir a entrada e saída no local
do estágio. Ocorreu a apresentação da unidade de terapia intensiva I, no qual é
composta por 8 leitos cada um com seus devidos Equipamentos, sendo eles: oxímetro
que é responsável por medir a quantidade de oxigênio no sangue do paciente. Sendo
assim. Ele conta com um sensor luminoso que identifica a concentração da substância
diretamente nas artérias. Com ele, ainda é possível avaliar outros sinais, Entre eles,
viva a frequência cardíaca e respiratória. Sua função é avaliar toda atividade elétrica
do coração para diagnosticar problemas como: arritmias, isquemia aguda do
miocárdio, taquicardia ventricular, infarto, entre outros. Catéteres e sondas, os
catéteres e sondas são usados para monitorização e administração de remédios e
alimentação. Existem diferentes tamanhos, vigor, tipos e materiais que se adequam
de acordo com a necessidade do paciente. Desfibrilador, com ele, é possível
descarregar uma carga elétrica do coração de um paciente em parada
cardiorrespiratória. Ventilador pulmonar, por sua vez, garante a ventilação artificial
para o paciente. Assim, ele tem um suporte necessário até recuperar a autonomia de
sua respiração.

Monitor multiparamétrico, ler sinais vitais do paciente. Dessa forma,


é possível identificar batimentos cardíacos e controlar a queda da saturação de
oxigênio na Pressão Arterial. Em seguida, foi verificado os principais insumos e
documentos utilizados na UTI. Adenosina: antiarrítmico indicado para taquiarritmia
supraventricular, Alteplase: trombolítico utilizado no tratamento de tromboembolia
pulmonar, Atropina: Quando o sistema parassimpático, em casos de bradicardia.
Clopidogrel: Trata-se de um antiagregante plaquetário que reduz eventos de
aterosclerose, inibindo a formação de agregação de plaquetas. Diazepam: indicado
para sedação, crise convulsiva e como miorelaxante e ansiolítico. Diltiazem: Utilizado
para tratamento de hipertensão, atuação nos canais de cálcio. Dobutamina: é um
cardiotônico usado na correção do desequilíbrio hemodinâmico. Dopamina: droga
vasoativa indicada para correção do desequilíbrio hemodinâmico, aumentando o fluxo
cardíaco e a Pressão Arterial.

Epinefrina: droga vasoativa indicada para reanimação


cardiopulmonar, reações anafiláticas e asma. Fenitoína: anticonvulsivante que age no
córtex mudou inibindo a progressão da crise de convulsão. Lidocaína: anestésico local
e antiarrítmico. Manitol: diurético osmótico para tratamento de edema cerebral.
Noradrenalina: droga vasopressora, indicada em casos de choque séptico em
situações de baixa resistência periférica. Tramadol: hipoanalgésico que atua nos
receptores localizados no tálamo, hipotálamo e sistema límbico.

Foi analisado os documentos utilizados em UTI pela equipe de


enfermagem, sendo eles o diagnóstico de enfermagem e avaliação de risco na UTI,
que contém: Diagnóstico, resultado esperado, escala de morse (risco de queda),
escala de braden (risco de lesão por pressão), Risco de flebite e escala de fugulin,
esse mesmo documento possui a prescrição de enfermagem e a evolução que são
atividades privativas do enfermeiro.

Foi observado a realização de curativo em membro inferior direito do


tipo oclusivo, em que a ferida necessitou ser totalmente fechada, pois se tratava de
um membro amputado, foi utilizado soro fisiológico e gases com clorexidine
degermante para realizar a limpeza do local da ferida, em seguida, a ferida foi fechada
pela enfermeira do setor com gases de compressão micropore e esparadrapo.

23/08-Com auxílio da preceptora, foi realizada coleta de


hemocultura, urocultura, suab anal e axilar pelos acadêmicos em paciente acamado.
Foi Realizado assepsia das mãos, organização dos materiais em uma bandeja
identificado os frascos com o nome completo do paciente, local da coleta, Data e hora
da punção, realizado palpação da veia femoral, antissepsia do local em seguida., foi
Calçado, luvas estéreis, logo após, a punção da artéria femoral com 2 seringas de 20
ml em cada membro inferior. Em seguida, foi dividido o material nos frascos, que
contabilizavam 4, cada um recebeu 10 ml de amostra de sangue coletado para serem
levados para o laboratório para análise. Com o auxílio de um suab, foi colhido amostra
das regiões axilar e anal e com uma seringa foi colhida amostra de urina direto do
coletor da sonda vesical de demora.

Foi realizado pela acadêmica aplicação de soro antitetânico e vacina


antitetânica em paciente internado na unidade. O soro foi aplicado no vasto lateral da
coxa direita e a vacina no deltoide esquerdo. Feita uma coleta de gasometria arterial,
em que é realizada por punção na artéria radial, o bisel da agulha foi mantido em um
ângulo de 30 a 45°, material foi avaliado pela equipe médica. Realizado a evolução e
prescrição de enfermagem diária de cada paciente.

Observação do protocolo de morte encefálica foi realizado pelo


médico intensivista do plantão exame físico das funções neurológicas para
diagnosticar a morte encefálica. Nível de consciência (Abertura ocular, capacidade
verbal, capacidade motora), exame clínico neurológico e reflexos. (Reflexo pupilar
(Resposta à luz), córneo-palpebral (ausência de fechamento das pálpebras ao toque
da córnea), Óculo-cefálico (Girar a cabeça do paciente para os lados), Vestíbulo-
ocular (ausência de movimento dos olhos), Teste de apneia (Verificar se há qualquer
movimento respiratório, o paciente é desconectado do aparelho de ventilação
mecânica e recebe estímulo com oxigênio).

24/08- Realizada passagem de sonda vesical demora como auxílio


da preceptora. Foi organizado todo o material em uma bandeja antes do
procedimento, pois se trata de um método estéril. Em seguida, foi feita a antissepsia
do paciente, calçado luva estéril e passagem da sonda no canal da uretra do paciente.
Logo após foi feito o enchimento do balonete com água destilada para fixação da
sonda na bexiga.

Realizada passagem de sonda nasoenteral através das fossas


nasais até o jejuno com finalidade de alimentar e hidratar o paciente, calçado luva
estéril, logo após, foi medido com a própria sonda, pegando do nariz do paciente até
o lóbulo da orelha, até o apêndice xifoide com mais 4 dedos e marcado com
esparadrapo para se ter uma noção da passagem da sonda. Após realizado o
procedimento, feito ausculta para saber se a sonda estava no local correto.

Elaboração de evolução de enfermagem de forma detalhada com


anamnese céfalo-caudal do paciente, tudo anotado no prontuário. Realizado auxílio
de enfermagem em cateter venoso central.
25/08- Realizado curativo de duplo dreno torácico, curativo de ferida
operatória, curativo de cateter venoso central, evolução de enfermagem, observação
de passagem de sonda nasoenteral, observação de round.

28/08-Realização de curativo de laparotomia, limpeza com


clorexidina, álcool e gaze, curativo de cateter venoso central com tegaderm, curativo
de membro inferior esquerdo com fixador, passagem de sonda nasogástrica, troca de
bolsa de colostomia, observação de fechamento de protocolo de morte encefálica,
evolução de enfermagem.

29/08-Realizada evolução de enfermagem, curativo de ferida


operatória em pescoço, com dreno de Perose, curativo de duplo dreno tubular,
curativo simples de catéter venoso central, realizado hemocultura suab anal e axilar,
curativo de fêmur com fixador, curativo de lesão em região inguinal, observação de
extubação e transferência de pacientes para a UCI.

30/08- Realizado curativo de duplo dreno torácico, curativo de ferida


operatória, curativo de cateter venoso central, evolução de enfermagem e observação
de round.

31/08- Realizada evolução de enfermagem, Round multidisciplinar e


curativo de dreno torácico.

04/09-Curso de capacitação técnica e fundamentos práticos e


teóricos das práticas de enfermagem.

05/09- Entrega de fichas e relatórios do estágio.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na universidade, temos mais contato com a teoria aplicada a


atividades que exercemos dentro da profissão e uma visão geral do contexto de
saúde, mas muitas vezes não relacionamos o conteúdo a sua aplicabilidade, nem
compreendemos o que realmente é o funcionamento de uma unidade de terapia
intensiva. Por isso, o estágio foi essencial para que pudéssemos entender melhor e
aperfeiçoar nossa visão de profissional como parte da equipe multidisciplinar da UTI
e atuação como profissional de enfermagem. Agora possuímos uma visão mais crítica
sobre uma formação acadêmica vinculada a funções exercidas e o cenário da saúde
e adquirimos também uma ampla visão sobre cultura organizacional e como é
conviver em uma equipe com metas claras e bem estabelecidas. Aprendemos em
vários aspectos, inclusive a lidar com situações inesperadas nas tomadas de decisões
e aprendemos a lidar com pessoas. Podemos concluir então, que o estágio foi uma
grande oportunidade de complementar e aperfeiçoar a formação acadêmica,
experiências profissionais e pessoais. Além de possibilitar uma primeira experiência
profissional, tivemos a oportunidade de vivenciar o dia a dia da UTI nos diversos
âmbitos, aumentando a nossa rede de contato e adquirimos uma preparação para o
futuro mercado de trabalho. Por fim, afirmamos que o estágio na UTI foi enriquecedor
e contribuiu muito para o nosso desenvolvimento como enfermeiros e como pessoa.

7. REFERÊNCIAS

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN Nº 564/2017.


Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html. Acesso em: 13 de
agosto de 2023.

MORORÓ D.D.S et al. Análise conceitual da gestão do cuidado em enfermagem


no âmbito hospitalar. Rev. Acta Paul Enferm 2017; Natal- RN, v 30; n 3;p:323-
32.Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ape/a/KkrK5LqytwSghLpg3vFzvbj/?format=pdf &
lang=pt.Acesso em: 13 ago. 2023.

SILVA N.S.O et al. O enfermeiro no contexto do gerenciamento hospitalar.


Journal of Health Connections [S.l] v. 7, n. 1. p.70-78 2019. Disponível em:
http://periodicos.estacio.br/index.php/journalhc/article/viewFile/5608/47965842.
Acesso em: 13 ago. 2023.
SOARES M.I et al. Saberes gerenciais do enfermeiro no contexto hospitalar. Rev
Bras Enferm. [S.l] 2016 jul-ago; v. 69, n. 4, p. 676-83. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/reben/a/XYsCFcKgWD7ptRgh3HjvHwN/?format=pdf &
lang=pt. Acesso em: 15 ago. 2023.

TOLEDO L.V. Gerenciamento de serviços de saúde e enfermagem. Ciências


Biológicas da Saúde. Atena, – Ponta Grossa – PR. 2021, p. 242. Disponível em:
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/585923/1/Gerenciamento%20de%20
Servi%C3%A7os%20de%20Sa%C3%BAde%20e%20Enfermagem.pdf. Acesso em:
15 ago. 2023.

8. ANEXOS

Figura 1 e 2: Insumos utilizados e documentos utilizados em UTI.


Figura 3 e 4: Realização de hemocultura e Realização de Urocultura

Figura 5 e 6: Aplicação de vacina e Descrição dos frascos de coleta

Figura 7 e 8: Curativo de CVC com tegaderm e Curativo de fêmur com fixador


Figura 9 e 10: Curativo de Dreno Cefálico e Curativo de duplo dreno torácico

Figuras 11 e 12: Capacitação técnica em Fundamentos práticos e teóricos das práticas de


enfermagem.

Você também pode gostar