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SUMÁRIO
NOSSA HISTÓRIA 2
1. INTRODUÇÃO 3
2. UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 6
3. EQUIPAMENTOS: 7
4. TÉCNICAS 14
5. EXAMES COMPLEMENTARES DE ROTINA: 16
6. O PAPEL DE ENFERMEIRO NA UNIDADE INTENSA: 26
7. PROTOCOLOS: 30
8. ADMITINDO O PACIENTE CRÍTICO: 32
• Na admissão do paciente crítico, a equipe de enfermagem deverá sempre estar atenta
para a organização do leito que irá receber este paciente; 32
• O leito deverá ser organizado conforme rotina do setor; 32
• Todos os materiais dos leitos deverão ser verificados no início de cada plantão; 32
9. CONCLUSÃO: 35
10. REFERÊNCIAS: 36
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NOSSA HISTÓRIA
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1. INTRODUÇÃO
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detentores de práticas mecanicistas. Tal opinião é fruto de relatos dos próprios
pacientes. Essa visão os leva a temer a internação nesse setor, embora essa unidade
se destaque no contexto hospitalar, quer em equipamentos, quer em melhor
capacitação profissional, o que possibilita maior recuperação do paciente.
A UTI não é apenas uma servidão com equipamento especial. Nela, um dos fatores
primordiais é a prestação da assistência, por meio de um relacionamento interpessoal,
que deve se dar por via da comunicação verbal ou não verbal. Nesse contexto, espera-
se estar oferecendo segurança e um efetivo apoio emocional ao cliente e a sua família,
aliados a uma atitude orientada para o aproveitamento dos recursos tecnológicos
existentes.
Ficar internado, principalmente numa UTI, È algo que leva o ser humano a fazer uma
reflexão que, por mais simples que seja, sempre È acompanhada de anseios, dívidas
e medo, principalmente de não receber cuidados humanizados. Uma UTI, por ser um
setor no qual a tecnologia permeia constantemente o atendimento ao cliente ali
internado com risco de morte, È considerada como unidade complexa e os
profissionais atuantes nesse espaço são, muitas vezes, reconhecidos como
insensíveis, uma vez que direcionam o assistir, priorizando o biológico, ou mesmo a
dimensão mecanicista, pela destreza necessária no lidar diário com equipamentos.
Ora, a dimensão humana È a razão e a origem da criação tecnológica e, em função
disso, esses profissionais têm sido alertados para a necessidade de resgatar o
humano nessas unidades, e viam refletindo cada vez mais conscientemente sobre
quem È o cliente por eles atendido e suas especificidades, para que recebam um
cuidado que transcenda o corpo físico, o biológico e o factível. Os profissionais de
enfermagem que trabalham numa UTI prestam cuidados aos indivíduos
hemodinamicamente instáveis. A internação deixa esses pacientes ansiosos, com as
emoções e sentimentos abalados, por estarem vivendo em um ambiente estranho e
com pessoas que não são do seu convívio. Entretanto, eles dispõem de uma
tecnologia de ponta, o que È um grande aliado para o sucesso do tratamento. Para
que essa assistência de enfermagem seja de qualidade e humanizada, torna-se
necessária uma relação interpessoal profissional-cliente, em que a comunicação
verbal, não verbal e toque sejam utilizados como instrumentos do cuidar. Ao utilizamos
esses instrumentos, estaremos amenizando a ansiedade, o medo do desconhecido
desses enfermos. A enfermagem é a arte e a ciência do cuidar, do cuidar de pessoas.
Para que isso seja viável, é necessário um processo de interação entre quem cuida e
quem é cuidado;
È necessário que haja troca de informações e de sentimentos entre essas pessoas.
O ato de cuidar na enfermagem estabelece uma relação muito próxima, Íntima muitas
vezes, de contato físico intenso e permeado por várias sensações e sentimentos. Essa
atuação diretamente sobre o corpo do outro faz com que o profissional ou aluno de
enfermagem entre em contato com a intimidade do cliente.
Quando as ações são desenvolvidas dentro dos valores éticos da nossa profissão e,
principalmente, com um toque de humanização, os outros profissionais e até mesmo
a sociedade valorizam e reconhecem a profissão como elemento essencial e
necessário ao cuidado do outro.
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2. UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Uma unidade de tratamento intensivo (UTI) ou unidade de cuidados intensivos
(UCI) é uma estrutura hospitalar que se caracteriza como "unidade complexa dotada
de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves
ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e
tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar”. O profissional que se
dedica a esta modalidade de atendimento chama-se intensivista.
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3. EQUIPAMENTOS:
Cada leito contém monitores cardíacos, cama elétrica projetada, oximetria de
pulso e rede de gases. Dentre os principais equipamentos utilizados em UTI estão:
Termômetro
Oxímetro de pulso:
Eletrocardiográfico,
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Monitor de pressão arterial
Não-invasivo (Esfigmomanômetro)
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Capnógrafo (A capnometria é a medida da pressão parcial de CO2 na mistura
gasosa expirada. A representação gráfica da curva da pressão parcial de CO2 na
mistura gasosa expirada, em relação ao tempo, é denomi- nada capnografia.)
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Sonda naso-enteral: quando ocorre dificuldade da ingestão dos alimentos, é
introduzida sonda maleável de baixo calibre na narina até o duodeno, porção após o
estomago. Dietas especiais designadas Dietas Enterais, são mantidas em infusão
contínua dando aporte necessário de calorias, proteínas e eletrólitos. As Dietas
especiais dispensam as dietas convencionais, podendo o paciente utilizá-las por longo
período.
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Máscara e cateter de oxigênio - São dispositivos utilizados para fornecer
oxigênio suplementar em quadros de falta de ar. O cateter é colocado no nariz e a
máscara próxima a boca com finalidade de nebulizar umidificando e ofertando O2. Em
geral são dispositivos passageiros e retirados após melhora dos quadros dispneicos
(falta do ar).
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Tubo orotraqueal - Trata-se de tubo plástico, maleável, de diâmetro aproximado
de 0.5 a 1.0 cm e é introduzido na traqueia sob anestesia e sedação. Permite a
conexão do ventilador mecânico com os pulmões. A permanência pode ser de curta
duração, até horas, ou semanas. Caso não possa ser retirado e com previsão maior
de duas semanas, poderá ocorrer possibilidade de traqueostomia e inserção da
cânula baixa permitindo ao paciente maior conforto e até alimentar-se.
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Patinho (ou "Compadre") - É usado para pacientes homens conscientes e
lúcidos urinarem por vontade própria. Pode ser usado até mesmo com o paciente em
pé (como se fosse uma espécie de "mictório portátil"). Necessita da ajuda de um
enfermeiro ou de uma enfermeira, mas é um método muito importante para ajudar a
manter a fralda do paciente limpa e para fazer o paciente se movimentar.
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4. TÉCNICAS
Coma induzido - Na UTI há grande preocupação em fornecer conforto e
ausência de dor a todos pacientes internados. Em casos mais graves, principalmente
quando há necessidade da Intubação Orotraqueal, é iniciada sedação (tranquilizante
e indutor de sono) e analgesia (abolição da dor) contínua que pode levar a ausência
total de consciência e sonolência profunda. Neste estágio, designado “coma induzido”,
não há dor, não há frio e a percepção do paciente é interrompida. O tempo e espaço
nesta situação é abolido, onde pacientes que permanecem “meses” na Unidade,
recordam como “horas”.
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Cateter de PIC: Cateter em geral provisório introduzido na porção superior da
cabeça para drenagem liquórica de alívio.
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5. EXAMES COMPLEMENTARES DE ROTINA:
Todos os órgãos e sistemas são avaliados diariamente nos pacientes
internados nas UTIs. Após avaliação clínica, são solicitados exames de rotina como:
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PARA OS PACIENTES
Pacientes com dieta zero ao verem outros pacientes comerem e/ou beberem;
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Tempo ocioso sem atividades e distrações;
PARA A FAMÍLIA
Lidar com o afastamento do familiar, que sai do lar para estar no hospital;
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O deslocamento diário ao hospital, o que pode acarretar em um gasto muito
alto, dependendo da distância do hospital para a residência da família. Muitas vezes
as famílias residem em outra cidade e o gasto se torna altíssimo;
Por conta desses gastos, muitos familiares precisam encontrar algum lugar
para ficar próximo ao hospital onde seu familiar está internado, e nem todas as cidades
contam com residências para acompanhantes, o que gera mais problemas;
Muitas vezes a visita não se inicia no horário pré definido, causando mais
ansiedade enquanto as famílias aguardam para entrar e ver os pacientes, podendo
inclusive gerar atritos com a equipe;
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Enfermeiro Coordenador:
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Prever e prover os recursos materiais, garantindo uma assistência adequada, sem
quebra da continuidade, registrando pendências ou problemas relacionados no livro
de relatório;
Enfermeiro Assistencial:
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Realizar escala diária dos técnicos de enfermagem, para o período posterior;
Manter familiares atualizados acerca da evolução clínica, com base nos princípios do
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem;
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Supervisionar e observar a realização de controles gerais, a cada 02 (duas) horas, ou
antes, se necessário através da equipe de técnicos de enfermagem e/ou, estudantes,
sistematicamente:
Temperatura;
Frequência cardíaca;
Frequência respiratória;
Pressão arterial;
Pressão Venosa Central (a cada 04 horas), em clientes com acesso venoso central, e
quando necessário;
Líquidos eliminados;
Oximetria de pulso.
Controlar entorpecentes;
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Prover o setor de recursos materiais quando necessários;
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Arrumar o leito;
Manter comportamento ético junto aos membros da equipe, familiares e outros setores
do hospital;
Respeitar hierarquia;
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6. O PAPEL DE ENFERMEIRO NA UNIDADE INTENSA:
Segundo Alencar; Diniz; Lima (2004) a enfermagem vem acumulando no decorrer de
sua história, juntamente com conhecimento empírico, teórico, o conhecimento
científico, a executar suas atividades baseadas não somente em normas disciplinares,
mas também em rotinas repetidas da sua atuação. Com a afirmação da Enfermagem
como ciência, as modificações da clientela, da organização, do avanço tecnológico e
dos próprios profissionais de Enfermagem, a pratica da profissão deixa de ser
mecânica, massificada e descontinua, utilizando-se de métodos de trabalho que
favorecem a individualização e a continuidade da assistência de Enfermagem, bem
como do estudo crítico do atendimento que se presta.
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Os enfermeiros das UTIs devem ainda, aliar à fundamentação teórica (imprescindível)
a capacidade de liderança, o trabalho, o discernimento, a iniciativa, a habilidade de
ensino, a maturidade e a estabilidade emocional" (HUDAK; GALLO, 1997). Por isso a
constante atualização destes profissionais, é necessária pois, desenvolvem com a
equipe médica e de enfermagem habilidades para que possam atuar em situações
inesperadas de forma objetiva e sincrônico na qual estão inseridos.
enfermeiro "deve ser uma pessoa tranquila, ágil, de raciocínio rápido, de forma a
adaptar-se, de imediato, a cada situação que se apresente à sua frente". Este
profissional deve estar preparado para o enfrentamento de intercorrências
emergentes necessitando para isso conhecimento científico e competência clínica
(experiência).
uma UTI, podemos afirmar que apesar destes profissionais estarem envolvidos na
prestação de cuidados diretos ao paciente, em muitos momentos existe uma
sobrecarga das atividades administrativas em detrimento das atividades assistências
e de ensino. Esta realidade vivenciada pelos enfermeiros vem ao encontro da
literatura quando analisa a função administrativa do enfermeiro no contexto hospitalar
e aborda que este profissional "tem se limitado a solucionar problemas de outros
profissionais e a atender às expectativas da instituição hospitalar, relegando a plano
secundário a concretização dos objetivos do seu próprio serviço”
(GALVÃO;TREVIZAN; SAWADA,1998).
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De acordo com Kugart (1991), no aspecto informal, a insegurança e o medo também
permeiam os membros da equipe de enfermagem da UTI. O relacionamento franco e
amistoso, mas, exigente, promove um ambiente seguro e calmo. Seres humanos são
os pacientes e seres humanos são os integrantes da equipe de enfermagem. Além do
conhecimento de sua equipe e da visão de que a equipe é constituída de seres
humanos com fraquezas, angustias e limitações, é papel do enfermeiro de Terapia
Intensiva também estabelecer programas de educação continuada de sua equipe.
Outra área de competência do enfermeiro da UTI é assumir o papel de elo de ligação
entre o paciente e a equipe multiprofissional. Embora, discutível nesse papel, o
enfermeiro assume, nas 24 horas do dia, a coordenação da dinâmica da unidade.
Segundo Amorim e Silveiro (2003) o papel do enfermeiro em uma UTI, quando ele
opta pelo cuidado e não pela cura, ou seja, quando ele, não se torna “escravo” da
tecnologia, mas aprende a usar a tecnologia a favor da harmonização do paciente, do
seu bem-estar, fica mais claro sob alguns aspectos. Ele passa a valorizar a técnica
por ela ser uma “aliada” na tentativa de preservar a vida e o bem-estar, o conforto do
paciente. Segundo Vila e Rossi (2002) apesar do grande esforço que os enfermeiros
possam estar realizando no sentido de humanizar para o cuidado em UTI, esta é uma
tarefa difícil, pois demanda atitudes às vezes individuais contra todo um sistema
tecnológico dominante. A própria dinâmica de uma UTI não possibilita momentos de
reflexão para que seu pessoal possa se orientar melhor. Segundo Galvão;
Trevizan;Sawada (2000) partindo da premissa de que a liderança pode e deve ser
aprendida pelo enfermeiro, entendemos que o preparo em liderança deste profissional
seja essencial para a sua prática diária na Terapia Intensiva. A busca de meios que
viabilizem o desenvolvimento da habilidade de liderar do enfermeiro é fundamental,
assim, salientamos o embasamento teórico e a comunicação, como instrumentos
imprescindíveis na prática do enfermeiro de UTI.
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intelectuais à prática diária. Para finalizar a discussão sobre o papel do enfermeiro de
Unidade de terapia intensiva, pode se dizer que o mesmo ocupa um importante papel
nos momentos de fragilidade, dependência física e emocional do paciente, configura-
se num importante ponto de apoio para a equipe quer seja no que se refere à
educação e preparo quer seja, na coordenação do serviço de enfermagem, atua no
limiar entre o humano e o tecnológico, frente a isso se conclui que o enfermeiro de
UTI necessita dispor de habilidades e competências que o permitam desenvolver suas
funções eficazmente aliando o conhecimento técnico científico e o domínio da
tecnologia a humanização e individualização do cuidado.
Atuação da Enfermagem
2. Qualificação profissional;
3. Protocolos;
6. Humanização do cuidado;
7. Tecnologia;
8. Pesquisa e ensino e
9. Interdisciplinaridade.
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7. PROTOCOLOS:
• Os protocolos existem nessas unidades como guias facilitadores para uma
assistência qualificada a ser prestada aos nossos pacientes, porém devem ser
reavaliados constantemente pela equipe;
Posto de Enfermagem
O posto de enfermagem deve ser centralizado, no mínimo um para cada doze leitos e
prover uma área confortável, de tamanho suficiente para acomodar todas as funções
da equipe de trabalho, com dimensões mínimas de 8m2. Cada posto deve ser servido
pôr uma área de serviços destinada ao preparo de medicação, com dimensão mínima
de 8m2 e ser localizada anexo ao posto de enfermagem. Deve haver iluminação
adequada de teto para tarefas específicas, energia de emergência, instalação de água
fria, balcão, lavabo, um sistema funcional de estocagem de medicamentos, materiais
e soluções e um relógio de parede deve estar presente.
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Enfermagem X Tecnologia
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8. ADMITINDO O PACIENTE CRÍTICO:
• Todos os materiais dos leitos deverão ser verificados no início de cada plantão;
Na chegada do paciente sempre que possível toda equipe deverá estar no leito para
recebê-lo e admiti-lo conforme rotina do setor;
• Este paciente deverá ser prontamente identificado caso esteja sem a pulseira
amarela de identificação com seu nome completo e número de registro de prontuário;
• As ações de enfermagem deverão ser pautadas em rotinas previamente
estabelecidas no CTI e UPO, que visam conforto e segurança deste paciente;
• O aparato tecnológico deverá estar testado e pronto para uso imediato;
A enfermagem juntamente com seu enfermeiro deverá realizar uma avaliação global
do estado deste paciente na admissão e registrá-la em impresso próprio –
IMPORTANTE;
• O momento de admissão é de extrema importância para a organização da
assistência a ser prestada.
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• Verificar e registrar os sinais vitais;
• Realizar ações para prevenção de úlceras por pressão;
• Seguir os protocolos do setor;
• Avaliar, intervir (caso exista) e registrar constantemente a dor;
• Executar passagem de plantão à beiro do leito;
• Mensurar e registrar valores de drenos, assim como comunicar e registrar alterações;
• Observar, comunicar e registrar alterações durante a infusão de hemoderivados;
• Auxiliar o enfermeiro no transporte intra-hospitalar deste paciente e registrar;
Observar, comunicar e registrar os pacientes com risco de queda do leito;
• Prestar cuidados específicos ao paciente em ventilação mecânica;
• Auxiliar o enfermeiro no processo de alta do CTI/UPO;
• Preparar o corpo junto com o enfermeiro no CTI/UPO;
• Estimular a prevenção da infecção hospitalar;
• Auxílio na execução de procedimentos invasivos à beira do leito;
• Entre muitos outros...
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1. SAIBA MAIS:
Enfermagem é mais conhecida como a arte ou ciência de cuidar e tratar dos
doentes, promovendo ou prevenindo a saúde. Denominada como a arte ou
ciência de cuidar e tratar dos doentes, promovendo ou prevenindo a saúde,
na prática, e enfermagem vai muito além deste conceito.
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9. CONCLUSÃO:
Na atualidade, o movimento em busca da prestação de assistência em saúde com
qualidade e segurança está na linha de frente das discussões políticas e constitui-se
grande desafio para a sociedade. Nesse contexto encontram-se as instituições de
saúde com suas inúmeras dificuldades relacionadas aos recursos físicos, matérias e
humanos. Embora algumas correções estejam sendo realizadas, a inadequação da
área física dos estabelecimentos de saúde ainda é uma realidade que acarreta
transtornos como dificuldade nos fluxos de pessoal, clientes e material
comprometendo a qualidade da assistência à saúde e a segurança do paciente bem
como a satisfação dos profissionais da equipe de trabalho. A escassez de recursos
materiais e de equipamentos necessários para a execução das ações leva-nos a
desconsiderar os protocolos ao realizarmos o atendimento implicando em riscos para
o cliente, a instituição e para o profissional. Quanto ao quantitativo e qualitativo de
recursos humanos para execução dos cuidados à saúde podemos afirmar que são
poucas as instituições que prestam assistência aos pacientes com o número de
profissionais que necessitam, especialmente em relação à equipe de enfermagem que
representa o maior número de profissionais dos estabelecimentos de saúde. Na
enfermagem o quantiqualitativo de recursos humanos adequado para a prestação do
cuidado deve ser determinado pelo dimensionamento de pessoal que representa uma
preocupação constante para os enfermeiros uma vez que está diretamente
relacionado à qualidade da assistência prestada e a ocorrência de eventos adversos,
o que compromete a segurança e a satisfação dos clientes. A segurança do paciente,
dentre outros aspectos, envolve a ocorrência de eventos adversos. Esses, por sua
vez, configuram-se como um indicador de qualidade da assistência prestada e sua
ocorrência leva a resultados que prejudicam a segurança dos clientes, podendo
causar aos mesmos lesões irreversíveis ou até a morte. Outro aspecto a ser
considerado quando abordamos o dimensionamento de profissionais de enfermagem
(DIPE) se refere aos trabalhadores da equipe. Estudos internacionais mostram que
existe uma relação inversamente proporcional entre o número de profissionais de
enfermagem, a fadiga emocional dos mesmos, a insatisfação no trabalho, podendo,
ainda, implicar em questões legais e de saúde do trabalhador. Além disso, o
quantitativo de profissionais inferior ao número necessário para prestar atendimento
ocasiona aumento da carga de trabalho levando à alta rotatividade, implicando em
novas contratações, horas de treinamento e de aperfeiçoamento e,
consequentemente, em aumento dos custos hospitalares.
Considerando as questões apresentadas, as dificuldades relativas ao ambiente físico,
à disponibilidade de materiais e equipamentos suficientes, a importância do
provimento e manutenção de número adequado de profissionais para a execução da
assistência de enfermagem segura e de qualidade e o fato de que os cuidados de
enfermagem são essenciais à prestação de assistência à saúde, faz-se necessário
que a equipe de trabalho desenvolva sua capacidade de argumentação técnica e
negociação com as instituições nas quais estão inseridos para avançar na busca de
soluções para esses problemas. Nessa direção vale ressaltar que os profissionais
podem desenvolver parcerias com as instituições de classe da categoria como os
Conselhos Regionais, Sindicatos e Associações que, de acordo com sua finalidade,
servirá de órgão consultor, orientador e participante das discussões.
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10. REFERÊNCIAS:
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