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Sumário

INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM ...............................................................3


ANATOMIA HUMANA ................................................................................29
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA ...................................................70
NUTRIÇÃO .......................................................................................................88
PSICOLOGIA ................................................................................................ 101
HIGIENE E PROFILAXIA ......................................................................... 111
MATEMÁTICA .............................................................................................118

Apostila elaborada pelos professores:

Juliana Andriotti
Maíra Sanhudo
Neida Alves
Simone Menegotto
Paulo Domingues
INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Pós-Guerra voltou para a Inglaterra e fun-
INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM dou uma escola de enfermeiras no Hospital São
Tomás, com ensino mais metódico, candida-
tas com inteligência, moral, físico e aptidão
A disciplina de Introdução será o início da profissional;
integração do aluno com o curso de Técnico em En-
fermagem, unindo a teoria com a prática através da ► No Brasil a Enfermagem foi exercida duran-
aprendizagem sobre os conceitos, terminologias que te muitos anos pelos religiosos da companhia
serão para sempre utilizados na vida profissional. Va- de Jesus;
mos ensinar a história da enfermagem, a compreensão ► Ana Nery, no século XIX foi nomeada “mãe
do cuidado humanizado, a importância da segurança dos brasileiros” devido ao seu trabalho junto
do paciente incluindo as metas de segurança, a rotina aos feridos na Guerra do Paraguai (1864-1870) cui-
hospitalar, as medidas antropométricas, via de admi- dando dos soldados feridos e improvisando hospitais.
nistração de medicamentos, sinais vitais, curativos,
entre outros assuntos.
Sejam Bem-vindos à Enfermagem, a dis- Fatores decisivos para o progresso da
ciplina de introdução será o seu portal para Enfermagem no Brasil
imersão no processo do cuidar ao cliente/
paciente como um todo, sabendo atuar na
prevenção e na promoção da saúde. ► Fundação da Escola Alfredo Pinto no Rio de Ja-
neiro em 1890;
► Programas de enfermeiras visitadoras, por Carlos
Conceitos de Enfermagem Chagas e Fundação Rockefeller;
► Fundação da Escola Ana Nery em 1923, sendo Ra-
“É a ciência e a arte de assistir ao ser huma- quel Lobo sua primeira diretora brasileira;
no, no atendimento de suas necessidades básicas; ► Determinação de requisitos e funções de enferma-
de torná-lo independente desta assistência, quan- gem através de regulamentação profissional.
do possível, pelo ensino do auto cuidado, de ► Proclamação da República (estado laico e criação
recuperar, manter e promover a sua saúde em colabo- da primeira escola de enfermagem)
ração com outros profissionais.”
“É fazer enfermagem, é fazer pelo ser humano tudo
que ele não pode fazer por si mesmo.” Principais atribuições COFEN/COREN
“Enfermagem é a ciência e a arte de assistir o ser hu-
mano (indivíduo, família e sociedade) no atendimento
► Dizer quais as pessoas que podem exercer a pro-
de suas necessidades básicas; de torná-lo independente
fissão;
desta assistência, quando possível, pelo ensino do auto
cuidado de recuperar, manter e promover a saúde em ► Impedir aquelas que a estiverem exercendo ilegal-
colaboração com outros profissionais.” mente;
► Verificar se as pessoas, que exercem legalmente a
profissão, estão cumprindo corretamente as obriga-
A Enfermagem preocupa-se com a care (cui-
ções;
dado), e a medicina preocupa-se com a cure (doença).
► Punir as pessoas que ferem a ética profissional com
uma das penalidades prevista;
História da Enfermagem ► Jurisdição em todo território nacional;
► Sede na capital da república;
► Inicialmente o cuidado era exercida por sacerdotes, ► TODOS COREN’S são subordinados ao COFEN;
mães, feiticeiros e religiosos. ► Todos os profissionais de enfermagem são obriga-
► Somente em 1854 surgiu a Enfermagem moderna dos a afiliação com o conselho regional.
com Florence Nightingale durante a Guerra da Cri-
méia;
► Mortalidade de 40% entre os hospitalizados – a
mesma caiu para 2% com atuação de Florence.
► Imortalizada pelos soldados como: “A Dama da
Lâmpada” – Símbolo da Enfermagem;
Módulo 1 3
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

ENFERMEIRO: TÉCNICO E AUXILIAR DE ENFERMAGEM:


LÂMPADA E COBRA + CRUZ LÂMPADA E SERINGA

Saúde: é o completo bem estar físico, psicológico/mental e social/espiritual, não


meramente a ausência de doença ou enfermidade.
Doença: é um processo anormal no qual o funcionamento do organismo de uma
pessoa está diminuído ou prejudicado em uma ou mais dimensões.

Instrumentos básicos de Enfermagem Segundo o Ministério da Saúde (MS), é


o “estabelecimento de saúde destinado a prestar
assistência sanitária em regime de interna-
A enfermagem deve utilizar conhecimentos, ção a uma determinada clientela, ou de não
internação, no caso de ambulatórios e outros servi-
atitudes e habilidades que permitam um desempenho ços.”
eficiente de suas funções. São elas: observação, resolu-
Funções do Hospital: Preventiva, Educativa, Pes-
ção de problemas, aplicação dos princípios científicos, quisa, Reabilitação e Curativa.
planejamento, avaliação, criatividade, destreza manual,
comunicação e trabalho de equipe.
PNHOSP - 2013

Condições para uma boa execução –


NR 32 quanto à segurança

► Evitar contaminação mantendo mãos limpas,


usando material estéril e cuidando do material;
► Manter cabelos presos;
► Manter unhas curtas e aparadas, preferencialmente
com esmalte claro;
► Proibido o uso de adornos;
► Manter ambiente de trabalho limpo e arrumado; Classificação e Tipos
► Manter boa postura e linguajar apropriado em ser-
viço. Geral ou Especializado
► Pequeno - até 50 leitos
Hospital ► Médio - de 51 a 150 leitos
► Grande - acima de 150 leitos
Segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS), “o hospital é parte integrante de um sistema
coordenado de saúde, cuja função é dispensar a co- Propriedade ou Mantenedora
munidade completa assistência à saúde preventiva e
curativa, e ainda um centro de formação para os que
trabalham no campo da saúde e para as pesquisas ► Particular ou Privado - por recursos próprios;
biossociais.” ► Público (Federal, Estadual ou Municipal) - por re-
cursos públicos;
Módulo 1 4
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Autarquia - fundação de poder público, tem tutela ► Desprezar medicamentos alterados, com prazo de
do poder público, mas recursos próprios. Ex: INSS e validade vencido e/ou sem rótulo;
Faculdades Federais. ► Uso de equipamento de proteção individual (EPI)
► Beneficente/Filantropia - mantido por contribui- para manusear drogas tóxicas;
ções particulares (privado que atende SUS sob benefí- ► Uso de EPI para manusear soluções desinfetantes.
cios fiscais ou caridade).

Prevenindo a ocorrência de acidentes bacterianos


Segurança do paciente e do profissional
► Prevenir acidentes punctórios
Prevenindo a ocorrência de acidentes mecânicos
► Uso de EPI
(traumatismos, quedas e aparelhos)

Treinar equipe de enfermagem quanto ao uso de


► Manter as camas com as grades laterais elevadas e
técnica asséptica
fixadas;
► Manter as crianças em camas adequadas ao seu ta-
manho/idade; ► Isolar pacientes com doenças infectocontagiosas e
afastar funcionários infectados;
► Utilização de técnicas para a restrição de movi-
mentos; ► Estabelecer rotinas para uso de desinfetantes, an-
tissépticos e antibióticos;
► Evitar limpeza de pisos em hora de grande movi-
mento; ► Estabelecer rotina para precauções universais e hi-
giene de mãos.
► Manter aparelhos fixados em seus lugares;
► Evitar enceramento do piso das unidades;
Economia
► Utilização de vestuário adequado, especialmente
calçados antiderrapantes;
► Usar técnica correta na aplicação de calor e frio no Tempo
paciente;
► Ter cuidados ao manusear aparelhos quentes; ► Planejar os movimentos antes de executá-los.
► Ter cuidado ao retirar e manusear material de estu- ► Organizar todo o material necessário à execução
fas e autoclaves; da tarefa.
► Não fumar em ambiente hospitalar, principalmen-
te próximo de oxigênio;
Esforço
► Manter líquidos infamáveis em frascos fechados e
em local adequado;
► Destreza corporal para a execução das tarefas.
► Manusear adequadamente cilindros e fontes de
oxigênio; ► Solicitar auxílio para a execução de tarefas que exi-
jam esforço físico.
► Não colocar roupas sobre cilindros, autoclaves e
estufas;
► Atenção especial à manutenção de incubadoras e Material
berços aquecidos;
► Usar somente o material necessário para a execu-
► Manter a temperatura do paciente nos limites nor-
mais. ção das tarefas.
► Levar para o quarto do paciente (principalmente
Prevenindo a ocorrência de acidentes quími- quartos de isolamento), apenas a quantidade de mate-
cos(intoxicação medicamentosa, queimaduras rial que será utilizado para realizar a tarefa.
por substâncias químicas)

► Observar as regras para administração de medica-


mentos;
► Conhecer os sintomas tóxicos das drogas;
Módulo 1 5
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Unidade de Internação Hospitalar
SEGURANÇA
► Local que adequado para atender as necessidades
DO PACIENTE de pessoas doentes;
► A organização é feita dependendo do tipo de pa-
ciente, doença e do tratamento;

1 Identificar corretamente o paciente. ► Alguns componentes são básicos para qualquer


tipo de internação.

2 Melhorar a comunicação
entre profissionais de Saúde.
Quarto – destinado a internação de 1 a 3 clientes
3 Melhorar a segurança na prescrição, no uso
e na administração de medicamentos. (privativo/individual, semi privativo/coletivo).

4 Assegurar cirurgia em local de intervenção,


procedimento e paciente corretos. Enfermaria – destinada a internação de 4 ou mais
clientes.
5 Higienizar as mãos para evitar infecções.

6
Sala de prescrição – local onde a equipe maneja o
Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão. prontuário e prescreve.

Melhorar sua vida, nosso compromisso. Posto de enfermagem – preparo e estoque de medi-
Acesse o site: www.saude.gov.br/segurancadopaciente
cação e material.

Sala de utilidades – local onde mantém-se o material


a ser utilizado em perfeito estado de conservação.
Conforto
Expurgo – local onde encontramos materiais sujos,
Paciente como cuba rim, comadre, papagaio e ramper com
roupas sujas.

► Evitar posições incomodas;


Rotinas hospitalares
► Prevenir lesão por pressão;
► Utilizar técnicas corretas para restrição de movi-
mentos; Internação Hospitalar → A entrada/baixa do clien-
te na unidade de saúde pode ser via emergência ou
► Evitar ruídos excessivos e desnecessários;
pela internação eletiva, ou seja, previamente combina-
► Evitar excesso de frio ou calor; da com o médico assistente.
► Evitar exposição desnecessária do paciente; Indicação → Pessoa que necessita de atenção ou
► Observar ética profissional na execução das ativi- cuidado de profissional de saúde. Em alguns casos a
dades. internação acontece para a realização de exames de
rotinas ou eletivo. Esta deve ser feita pelo próprio pa-
ciente ou por responsável legal.
Profissional

Tipos
► Prevenir doenças ocupacionais;
► Utilizar uma boa mecânica corporal para execução
Voluntária → o próprio paciente solicita a sua inter-
das tarefas;
nação.
► Utilizar vestuário adequado.
Involuntária → quando o paciente não quer ou não
tem condições, e outra pessoa faz sua internação.
Compulsória → quando é determinada pelo poder
judiciário.

Módulo 1 6
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Desde a entrada no hospital temos que tirar dú-
Admissão Hospitalar vidas e criar um “vínculo” para tentar proporcionar
conforto emocional para o mesmo;
Regras gerais ► A admissão do paciente na unidade deve ser feita
pelo Enfermeiro;
► A maneira de receber um paciente depende da ro- ► Na ausência do mesmo o Técnico de Enfermagem
tina de cada hospital. O atendimento deve ser acolhe- deverá realizar a admissão do cliente conforme rotina
dor e gentil, sendo realizado por alguém que possa dar da unidade;
todas as informações necessárias. ► O leito do paciente deve ser previamente prepara-
► Deve-se mostrar as dependências do setor e apo- do para atender todas as necessidades e/ou cuidados
sento, explicando as normas e rotina sobre: para evitar intercorrências.
→ horários do banho; Avaliação e anotações de enfermagem na internação:
→ refeições; ► O exame físico completo deve ser feito pelo En-
→ visitas médicas; fermeiro;
→ repouso; ► O Técnico de Enfermagem DEVE registrar como
recebeu o cliente, Ex: Se veio deambulando, ou com
→ recreação; auxílio, se está acordado...;
→ serviços religiosos; ► Deve-se saber o motivo da internação (registrar na
→ pertences pessoais necessários. folha de SV);
► Relacionar e guardar roupas seguindo a rotina do ► Se realizará algum exame, o horário desse exame e
local; o preparo para a realização do exame;
► Entregar pertences de valores a família, anotando ► Informar sobre as rotinas da unidade;
no prontuário; ► Registrar todos os drenos, cateteres, curativos, he-
► Apresentá-lo a companheiros de quarto; matomas e outros;
► Se necessário, encaminhá-lo ao banho e vestir rou- ► Esse paciente muitas vezes pode ter sido transferi-
pas apropriadas; do de outra unidade como UTI por exemplo.
► Preparar o prontuário;
► Comunicar serviço de nutrição e demais serviços Todos os registros devem ter:
interessados; ► Dia /Mês /Ano /Turno/ Horário
► Verificar SV, peso, altura e anotar; ► Descrição
► Fazer anotações de enfermagem referentes a: ► Carimbado e assinado pelo profissional que reali-
→ hora de entrada; zou a atividade
→ condições de chegada (deambulando, de maca, ca-
deira de rodas, acompanhante); Orientações:
→ sinais e sintomas observados; Mostrar a unidade, explicar as rotinas, ho-
→ orientações dadas; rários de visitas e refeições, apoio religioso, local de
→ alergias e uso de medicamentos de rotina; recreação, se pode sair da unidade ou não ( leito de
isolamento), CAMPAINHA, como e onde guardar
→ se apresenta patologias (DM, HAS, ETC); os pertences, esclarecer todas as dúvidas possíveis do
→ se foi realizada cirurgias anteriores. cliente (não médicas), as visitas também devem ser
bem orientadas
ADMISSÃO NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO:
Transferências:
► Sempre devemos orientar o paciente ou responsá- ► Transferência interna: mudança de um paciente de
vel sobre a unidade e o hospital; uma unidade de internação para outra dentro do mes-
mo hospital. Ex: unidade de internação para UTI.
► O paciente nesse momento na maioria dos casos
sente-se ansioso, perdido, fora de seu ambiente fami- ► Transferência externa hospitalar: mudança de um
liar; paciente de um hospital para outro. Ex: HSL-PUC
para o Instituto de Cardiologia.
► Lembrar que: o desconhecido somado ao diagnós-
tico pode gerar medo/ansiedade/insegurança;
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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
A transferência hospitalar é um processo de Cuidados de Enfermagem:
alta do hospital de origem, onde é de inteira respon-
sabilidade do mesmo dar assistência no transporte
(ambulância) com um sumário de alta e internação no ► Lembrem-se assim como a baixa, a alta hospitalar
hospital de destino. Esta situação ocorre, somente, em é sempre realizada pelo médico;
casos de não haver tratamento adequado no hospital ► Preparo psicológico cliente/família;
de origem, onde tenha risco de vida ao paciente. ► Recolher todos os pertences;
► Todas as transferências devem ser previamente ► Entregar exames (deve ser protocolado), esclarecer
combinadas entre a unidade de que envia e a unidade dúvidas e possíveis retornos para controle/acompa-
que recebe o cliente. nhamento;
► Sempre fazer contato com o Enfermeiro da uni- ► Educação para a alta: cuidados no domicílio como
dade, se não for possível o Técnico de Enfermagem tomar as medicações;
deve se comunicar com o profissional que vai receber
o cliente na unidade. ► Encaminhamentos para Unidades Básicas de Saú-
de;
► Devem ser avisados também:
► Providenciar a higiene terminal do leito conforme
→ Serviço de Atendimento Médico e Estatística rotina;
(SAME) setor de informações
► O técnico de enfermagem deve acompanhar o pa-
→ Serviço de Nutrição e Dietética (SND) ciente até a saída do hospital.
→ Familiares (conforme rotina)
Óbito
► Deverá sempre ir junto com o paciente:
→ Prontuário
A morte é a fase final da vida. É uma certeza
→ Medicações para cada criatura viva, desde o momento da concep-
→ Exames ção, mas poucas pessoas aceitam e estão preparadas
para o momento. Devemos sempre respeitar os valo-
→ Pertences pessoais
res, religião, costumes, crenças e vontade do paciente/
► Transporte : deve ser realizado conforme o estado responsável sempre que possível. Sempre que acontece
do cliente deixa toda a equipe abalada. A idade do cliente pode
→ Deambulando influenciar. Por mais estranho que possa parecer, mui-
tas vezes é um alívio para o paciente e familiares.
→ Maca
→ Cadeira de rodas
Funções do Médico: Fornecer o atestado de óbito,
comunicar a família.
Em alguns casos o Enfermeiro ou o Médico
devem acompanhar no transporte.
Funções do Enfermeiro: É responsável pelas fun-
Não esquecer dos cuidados com drenos e ca-
ções burocráticas, presta auxílio a família , orienta e
teteres durante o transporte.
ajuda o Técnico de Enfermagem.

Alta Hospitalar: é a saída do cliente do hospital


Funções do Técnico de Enfermagem: os cuidados
e o respeito continuam após a morte. Cuidados rea-
► Não necessita de cuidados médicos ou de enfer- lizados no corpo, após o óbito: Higiene, retirada de
magem; corpos estranhos (drenos, acessos, sondas, etc), reali-
zando curativos, manter corpo em posição anatômica
► A família/cliente decide terminar o tratamento ou
(antes da rigidez), identificação do corpo, encaminhar
manter os cuidados no próprio domicílio;
ao morgue, aguardar a funerária, que realiza todo o
► Por necessitar de tratamento que a instituição não preparo do corpo para velório e enterro.
oferece;
► Por motivo de ordem ou disciplina;
► Fuga (menor é buscado em casa);
► Administrativa (burocrático).

Módulo 1 8
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Utilização do prontuário do paciente:
Higiene do Ambiente Hospitalar
► Somente os profissionais que tiveram contato dire-
Tipos: to com o cliente.
► Limpeza diária ou corrente: realizada pelo pessoal
da higienização diariamente a cada turno; Cuidados com os registros:
► Limpeza terminal: realizada pelo pessoal da higie-
nização no final da internação do paciente. ► Utilizar letra legível;
► Escrever com caneta azul ou preta;
Responsabilidade do Técnico de Enfermagem: ► Registrar horários;
é responsável pela limpeza das bancadas, monitores,
► Anotar todos os procedimentos prestados;
posto de enfermagem e em algumas instituições a
cama do paciente. ► Ser claro, e objetivos;
► Se errar, não rasurar, utilizar (,) digo e reescrever
corretamente;
Responsabilidade do Serviço de Higienização: é
responsável pela limpeza do chão e banheiros, não de- ► Usar somente abreviaturas padronizadas;
vem encostar-se as camas, macas, monitores, etc. Sal- ► Não deixar espaços nem pular linhas;
vo quando estiverem realizando a limpeza terminal
► Identificar com nomes as pessoas que deram infor-
do leito.
mações. Ex: a mãe;
► Registrar medidas de segurança adotadas para pro-
Documentação teger o paciente;
► Fechar com um traço, espaço de linhas, assinar e
carimbar.
PRONTUÁRIO
Documentos que integram o prontuário:
► É um documento único, constituído de um con-
junto de informações sobre a SAÚDE do paciente e a
ASSISTÊNCIA a ele prestada. ► Ficha de admissão contendo dados de identifica-
ção, procedência, motivo da internação do paciente
► Possibilita comunicação entre os membros da equi- entre outros dados.
pe multiprofissional e a continuidade da assistência ao
paciente. ► Prescrição médica de enfermagem e nutrição.
► É um documento de caráter legal. ► Fluxo de exames.
► Os registros devem ser corretos, objetivos, atuali- ► Folha de sinais vitais.
zados e completos. ► Folha de evolução do paciente.
► As informações contidas no prontuário são SIGI- ► Folha de acompanhamento de procedimentos in-
LOSAS. vasivos conforme SCIH.
► Deve permanecer em local seguro conforme a ro-
tina.
COFEN 429/12 COFEN 514/16
► De acesso a todos profissionais.
► Deve acompanhar o paciente em exames e trans-
ferências.

Acesso ao prontuário:

► Próprio paciente;
► Seu responsável legal;
► Equipe médico assistencial do paciente;
► Auditor de convênio.

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
colchão e os joelhos afastados um do outro. Utilizada
Medidas de conforto e segurança para sondagem vesical, exames vaginais e retal.
► Litotomina – decúbito dorsal, as coxas são bem
Estar atento ao bem estar: Psicológico, Físico e Es-
afastadas uma das outras e flexionadas sobre o abdô-
piritual.
men. Posição usada para parto, toque, curetagem.
PARA DIMINUIR DESCONFORTOS: diminuir
iluminação no quarto do paciente, travesseiros, col-
chão piramidal, luvas de procedimentos com água
morna, etc.
MEDIDAS DE SEGURANÇA: refere-se à segu-
rança do paciente, seguindo as metas de segurança,
são elas: Identificação correta dos pacientes, Comu-
nicação Efetiva, Melhorar a Segurança dos Medica-
mentos de Alta Vigilância, Cirurgia Segura, Higiene
de Mãos, Prevenção de danos decorrentes de quedas,
prevenção de Lesão por Pressão.

RESTRIÇÃO OU CONTENÇÃO:
► Indicação: evitar quedas, imobilizações, evitar reti-
rada de acessos,sondas, drenos, etc;
► Meios: lençol, ataduras, talas, compressas, etc. http://4.bp.blogspot.com/-oyQP3rs5ncs/Viw__WdhIKI/AAAAAAAA-
AOo/-L790ear1xc/s1600/ereta.jpg

POSIÇÕES:
► Ortostática ou ereta – paciente permanece em pé.
Utilizada para exames neurológicos e anormalidades
ortopédicas.
► Supina, horizontal ou dorsal – região frontal para https://cienciasmorfologicas.webnode.pt/_files/200000043-7fedd80e7d/De-
cima. c%C3%BAbito%20dorsal.jpg

Utilizada para exames, cirurgias de tórax e abdômen.


► Decúbito lateral esquerdo ou direito – paciente fica
lateralizado. Indicado em cirurgias renais, massagem
nas cotas, mudança de decúbito.
► SIMS – é o decúbito lateralizado co flexão dos
http://4.bp.blogspot.com/t40yJodiHoY/VQCdQNs65iI/AAAAAAAABgc/
MsIs. Utilizado para lavagem intestinal, exames e to- uX5RUGA0I4/s1600/Dec%C3%BAbito%2Bventral.jpg
que.
► Decúbito prona ou ventral – posição do corpo de
quem está deitado, num plano horizontal, com o ab-
dômen para baixo, com a cabeça virada para um dos
lados. Utilizado para cirurgia de coluna, hérnia de dis-
co. https://www.mundoestetica.com.br/wp-content/uploads/2018/01/decubito2.
► Fowler – é uma posição semi- sentada (45º). Uti- jpg
lizada em distúrbios respiratórios, pós operatórios de
cabeça, pescoço e cardíacas, alimentação oral ou por
sonda.
► Trendelemburg – é o decúbito dorsal, com os MsIs
acima do nível da cabeça. Utilizada para facilitar re-
torno venoso, pós-operatório de cirurgia de varizes e
redução do edema e hipotensão.
► Genupeitoral – é o ajoelhamento com o peito des-
cansando na cama. Posição usada para exames ou ci-
rurgias vaginais e retais.
http://4.bp.blogspot.com/iFpcpEWsb6I/VQCdRJ1Ru3I/AAAAAAAAB-
► Ginecológica – é a posição dorsal, com as pernas g4/_1g8fOxYO4s/s1600/posi%C3%A7%C3%A3o%2Bde%2Bfowler.jpg
flexionadas sobre as coxas, a planta dos pés sobre o
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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Anotações de Enfermagem

Condições Físicas

► Estado da pele: coloração, presença de lesões, res-


https://www.auladeanatomia.com/generalidades/trendelemburg.jpg?x73193 secamento, turgor cutâneo.
► Possibilidades de locomoção.
► Manifestações emocionais: alegria, tristeza, temor,
ansiedade, agitação, lucidez, confusão mental, etc.
► O que o paciente mantém: soro, cateteres, medica-
mentos, etc.
► Aceitação alimentar: desjejum, almoço, lanche, jan-
http://1.bp.blogspot.com/RgJdXsNvr8A/VQCdRfZmQ2I/AAAAAA- tar, boa aceitação, recusa, aceitação parcial, etc.
AABg8/ygJS3WyQmMc/s1600/posi%C3%A7%C3%A3o%2Bde%2B-
sims%2Bou%2Bdec%C3%BAbito%2Blateral.jpg
► Intercorrências: a quem foi comunicado, algias,
êmese, sangramentos, entre outros.
► Eliminações fisiológicas: (diurese e evacuação) as-
pecto, quantidade, odor, presença de muco/sangue e
coloração.

PASSAGEM DE PLANTÃO
http://www.enfermagempiaui.com.br/imagens/litotomia.jpg
Assegurar o fluxo de informações entre equi-
pes que no período de 24 horas, afim de dar continui-
dade a assistência de enfermagem. Devem ser passa-
dos os problemas e os procedimentos executados ou
não com o paciente.

Coleta de material biológico


É qualquer excreta ou fragmento retirado para
análise do corpo humano (urina, fezes, sangue, exsu-
dato). Devemos sempre utilizar EPI’S para este proce-
dimento.

https://doulaketib.files.wordpress.com/2017/04/posturas_parto_litotomia-
-e1451532309185.jpg?w=652
Papel da enfermagem: explicar o procedimento ao
paciente, coletar o material solicitado (quantidade sa-
tisfatória e técnica correta), identificar o material, re-
gistrar em prontuário, e encaminhar ao laboratório a
amostra.

Coleta de Urina

Tipos de exames: Exame Qualitativo de Urina


(EQU), Urocultura (URO) e urina de 24 horas.
Preparo: higiene da região íntima e ficar no mínimo
2 horas sem urinar.
http://www.enfermagempiaui.com.br/imagens/genupeitoral.jpg Procedimento: EQU + URO: higiene da região ín-
tima, desprezar o primeiro jato e coletar o jato médio

no frasco estéril (fornecido pelo laboratório). Obser-

vação: caso a coleta seja em paciente com sonda vesi-

Módulo 1 11
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
cal de demora, a mesma deve ser clampeada pelo me- Material e Técnica
nos 1 hora antes da coleta. A mesma deve ser realizada
com seringa e agulha. Mulheres menstruadas poderão Higienizar as mãos, reunir o material, luvas de
fazer a coleta com um absorvente íntimo. procedimento, seringa de 5 ou 10 ml, de acordo com
Urina 24 horas: análise quantitativa de ácido úrico, a quantidade de sangue necessária para os exames so-
cálcio, hormônios, potássio, glicose, proteínas entre licitados, frascos de coleta, garrote e agulha 25 x 7.
outros eletrólitos. A coleta inicia na segunda urina
da manhã e termina com a primeira do dia seguinte. ► Explicar o procedimento para o paciente, higieni-
Manter o frasco com a urina refrigerado durante o dia zar as mãos;
da coleta. Encaminhar os frascos de coleta ao labora- ► Calçar as luvas;
tório com identificação do paciente contendo: nome ► Colocar o garrote e realizar antissepsia no local da
completo, data de nascimento, data da amostra. punção (em forma de caracol);
► De preferência a fossa cubital;
Amostras de Fezes
► Introduzir a agulha com o bisel para cima;
Estudo das funções digestivas, identifica a ► Aspirar a quantidade necessária e colocar no frasco
gordura fecal, sangue oculto, os parasitas e germes referente ao exame solicitado;
através do parasitológico e da coprocultura. Devem ► Identificar os frascos com nome completo e data de
ser coletados no mínimo 10gr do material. nascimento do paciente e encaminhar ao laboratório;
EPF = exame parasitológico de fezes. ► Higienizar as mãos e registrar o procedimento.
Coprocultura ou Cultura de Fezes = detecta in- Coleta de Escarro
fecções fecais (material estéril). Indicado com frequência para diagnóstico de
infecção de vias aéreas (estreptococos, penumococos,
PSOF = pesquisa de sangue oculto nas fezes (res- bacilos, BAAR).
tringir alimentos com ferro e perioxidose – rabanete,
nabo, couve-flor, brócolis – por 3 dias) – inclusive cal- Procedimento: orientar a higiene oral, bochechar so-
do e molho de carne vermelha, restrição de medica- mente com água antes de escarrar. Coletar preferen-
cialmente pela manhã, diretamente no recipiente, sem
mentos como aspirina, corticóide e álcool em excesso deixar escorrer pela borda externa. Rotular com os da-
e não escovar os dentes por 3 dias. dos de identificação do paciente e data e hora da coleta
Procedimento: higienizar as mãos, reunir o material e encaminhar ao laboratório. Evoluir no prontuário.
( fraldas, água e sabão neutro, saco plástico, frasco
coletor, espátula, rotulo de identificação do exame), Coleta de Exsudato
realizar a higiene da genitália do paciente co água e
sabão, secar bem e colocar fraldas limpas, observar Coleta de secreção: este tipo de coleta pode ser
frequentemente se há evacuação, quando ocorrer, re- de feridas ou cavidades naturais.
tirar as fraldas e colher as fezes com auxilio de uma
espátula e colocar no frasco coletor, se o paciente Material utilizado: Swab, cotonete ou escovinha.
estiver com fezes líquidas, a coleta deve ser em reci- Procedimento: passar o swab em cima da secreção,
piente (comadre), identificar o frasco com o material sem causar fricção na cavidade ou lesão. Colocar o
coletado, higienizar e acomodar o paciente, registrar o material utilizado para coleta de volta na sua proteção,
procedimento e encaminhar ao laboratório a amostra. identificar com os dados do paciente, data e local que
foi coletado a secreção. Encaminhar ao laboratório.
Amostra de Sangue
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
A coleta de sangue é indicada para a realização
da maioria dos exames de sangue como: hemograma,
eletrólitos e hemoculturas. Em geral este procedimen-
to é realizado pelos coletadores do laboratório. O pro-
cedimento deve ser realizado respeitando as técnicas
assépticas, e o profissional que realiza é o Técnico de
Enfermagem, o procedimento é feito através da pun-
ção venosa. Se o médico solicitar gasometria arterial
(punção da artéria) este somente poderá ser realizado https://horadotreino.com.br/wp-content/uploads/2014/09/avaliacao_corporal.jpg
pelo Enfermeiro. Observar o tempo de jejum do exa-
me solicitado.
É o ato de verificar peso, altura e perímetros.

Módulo 1 12
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Acompanhar o crescimento pondoestatural (neo-
natologia e pediatria); SINAIS VITAIS
► Detectar variações patológicas do equilíbrio entre
peso e altura; Sinais Vitais (SV) são indicativos do funciona-
► Cálculo de dose de medicamentos. mento do organismo.

Método de verificação do peso em balança antro- ► Temperatura (Tax);


pométrica: ► Respiração ou Frequência Respiratória (R ou FR);
► Preferir que seja pela manha com o paciente em ► Pulso ou Frequência Cardíaca (P ou FC);
jejum e de bexiga vazia;
► Pressão Arterial ou Tensão Arterial (PA ou TA);
► Forrar a balança com papel toalha (caso seja balan-
ça para crianças até 15 Kg); ► DOR.
► Regular ou tarar a balança; Na realização da verificação dos SV devemos
obedecer esta ordem acima, pois o termômetro deverá
► Solicitar ao paciente que use roupas leves (prefe- ficar em contato com a pele do paciente por um pe-
rencialmente de camisola hospitalar, se criança só de ríodo maior e podemos verificar os demais sinais en-
calcinha ou cueca e bebês sem fralda); quanto aguardamos. A verificação da respiração não
► Auxiliar o paciente a subir na balança, sem calça- deve ser informada ao paciente, pois o mesmo pode
dos, colocando-o no centro da mesma, com os pés trancar a respiração, ou alterá-la conscientemente. Por
unidos e os braços soltos ao lado do corpo; isso, indicamos que faça uma “falsa” verificação do
► Mover o indicador de quilos até a marca do peso pulso (colocar em posição de verificação do pulso ao
aproximado do paciente; verificar primeiro a respiração). Sempre deixamos a
verificação da pressão arterial por último, pois ao in-
► Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel suflar o manguito podemos provocar dor que elevará
da balança; o pulso e respiração. A dor é o único sinal que pode
► Ler e anotar o peso indicado na escala; ser verificado antes ou após, pois este sinal é verbali-
► Auxiliar o paciente e descer da balança; zado pelo cliente.
► Colocar os mostradores em zero e travar a balança.
CONDIÇÕES QUE ALTERAM SINAIS VI-
Método de verificação de estatura em balança an- TAIS – FALSA INTERPRETAÇÃO:
tropométrica: Pessoais: exercícios, tensão, alimentação, medica-
► Colocar o paciente de costas para a escala de me- mentos;
dida; Ambientais: temperaturas e umidade;
► Suspender a escala métrica, fazendo com que a Equipamentos: inapropriados, mal calibrados ou até
haste repouse sobre a cabeça do paciente (cuidadosa- mesmo falta de equipamentos.
mente);
► Manter o paciente em posição ereta, com a cabeça Principais Medidas para Verificação dos Sinais
em posição anatômica com os pés unidos; Vitais:
► Travar a haste; ► Acomodar o paciente confortavelmente, tendo cui-
► Auxiliar o paciente e descer da balança; dado para não agitá-lo;
► Realizar a leitura e anotar; ► Explicar o procedimento ao paciente;
► Destravar e descer a haste. ► Contar as frequências Cardíacas e Respiratórias
SEMPRE em 1 minuto;
Observação: Para verificação de peso e estatura de ► Quando constatar valores fora dos limites normais,
crianças existem balança e régua apropriada, onde a comunicar imediatamente o Enfermeiro ou o Médico;
criança permanece deitada ou sentada. A avaliação de ► Em caso de dificuldade na verificação exata dos si-
perímetros pode ser: cefálico (da fronte a região occi- nais vitais ou julgar necessário uma segunda opinião,
pital), torácico (na altura dos mamilos), abdominal (na chamar o Enfermeiro;
altura da cicatriz umbilical). Geralmente para acom-
panhamento de desenvolvimento infantil. Na gestante ► Os sinais vitais são evoluídos em folhas específicas;
ainda avaliamos o crescimento uterino. Para estes pro- ► Devem ser registrados de maneira clara, completa
cedimentos utilizamos uma fita métrica. e sem rasuras ou uso de corretivos.

Módulo 1 13
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Temperatura Corporal NOMENCLATURA DE TEMPERATURA
A temperatura corporal consiste na diferença AXILAR
entre a quantidade de calor produzida pelos processos ► Hipotermia/Hipopirexia: abaixo de 36ºC.
corporais e a quantidade perdida pelo ambiente exter- ► Normotermia/Afebril/Apirético: entre 36ºC e
no. É ou pode ser influenciada pelos meios químicos, 37ºC.
físicos e sistema nervoso (hipotálamo). Alguns fatores
modificam ou afetam a temperatura corpórea como: ► Febrícula/Pico febril: entre 37,1ºC e 37,5ºC.
idade, emoções, temperatura do ambiente, vestuário, ► Febre/Pirexia: entre 37,5ºC e 39,9ºC.
alimentação, exercícios físicos, ritmo cardíaco, tempo ► Hipertermia/Hiperpirexia: acima de 40ºC.
de verificação e características pessoais. A temperatu-
ra corporal pode ser mensurada em vários locais do
organismo como: boca, axila e reto mas a região axilar SINAIS DE FEBRE: Temperatura corporal eleva-
é a mais usada para mensuração, pois apresenta menor da, FC elevada, FR elevada, faces rubras, extremida-
risco de transmissão de micro-organismos sendo que des frias, tremores, prostração e olhos vermelhos.
a média esperada por esta via é de 36,4ºC. SINTOMAS DE FEBRE: Sensação de frio, sede,
Locais de verificação: boca, axila, reto e região in- cansaço, dor no corpo e dor de cabeça.
guinal.
Cuidados de Enfermagem ao paciente com Hi-
Padrões: pertermia:
► Axilar/Inguinal – 35,5ºC a 37,0ºC; ► Objetivo da assistência é a redução da temperatura
► Bucal – 36,0ºC a 37,4ºC; corporal;
► Retal – 36,0ºC a 37,5ºC; ► Promover repouso do paciente;
► Manter o cliente hidratado;
TEMPERATURA AXILAR CONTRA INDI- ► Alívio de roupas;
CADA ► Manter o ambiente arejado;
► Queimaduras de tórax; ► Aplicar compressas com água morna ou banho
► Furúnculos axilares; morno;
► Fraturas de membros superiores. ► Oferecer alimentação simples e eleve e/ou confor-
me prescrição médica.

TEMPERATURA ORAL CONTRA INDICADA HIPOTERMIA: é mais perigosa que a febre, pois
► Paciente inconsciente; pode causar diminuição da sensibilidade, fraqueza
► Desorientado ou propenso a convulsões; muscular, sonolência, inibição cardiorrespiratória e
óbito.
► RN, idosos e/ou pacientes graves;
► Pacientes submetidos a cirurgia de boca; Cuidados de Enfermagem ao paciente com Hi-
► Extrações dentárias; potermia:
► Inflamação orofaríngea. ► Objetivo da assistência é promover o aumento da
temperatura corporal;
TEMPERATURA RETAL CONTRA INDICADA ► Utilizar mantas térmicas, cobertores;
► Pacientes com diarreia; ► Oferecer alimentos, líquidos mornos (caldos,
chás...);
► Cirurgias e ferimentos retais;
► Administrar soro fisiológico aquecidos.
► Pacientes após infarto do miocárdio, pois estimula
o nervo vago;
► É considerada a temperatura mais precisa. RESPIRAÇÃO OU FREQUÊNCIA RESPI-
RATÓRIA
A respiração é o conjunto de 2 movimentos
normais dos pulmões e músculos do tórax: inspiração
e expiração. Fatores que alteram a respiração: exercí-
cios, hábito de fumar, medicamentos e fatores emo-
cionais.

Módulo 1 14
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Frequência – movimentos respiratórios por minu- ► Femurais (inguinal);
to; ► Tibial posterior (tornozelos);
► Caráter/amplitude – superficial ou profunda; ► Temporal (face – têmporas);
► Ritmo – regular ou irregular; ► Poplítea (joelhos);
► Sinais de comprometimento respiratório – cianose, ► Apical (auscula cardíaca).
inquietação, dispnéia, sons respiratórios anormais, ti-
ragens (furcular, subcostal e intercostal), batimento de
asa de nariz, etc. FATORES QUE INFLUENCIAM A FREQU-
ÊNCIA CARDÍACA
► Idade;
NOMENCLATURA DE FREQUÊNCIA RES-
PIRATÓRIA ► Ritmo cotidiano: manhã, final do dia;
► EUPNEIA: respiração normal; ► Gênero: mulheres 7 a 8 batimentos a mais por mi-
nuto;
► DISPNEIA: dificuldade para respirar;
► Composição física: pessoas altas apresentam frequ-
► ORTOPNEIA: respiração facilitada na posição ência mais lenta;
vertical;
► Exercício: exercícios de curta duração aumentam
► TAQUIPNEIA: respiração rápida; a frequência;
► BRADIPNEIA: respiração lenta; ► Febre, calor: aumentam frequência cardíaca devido
► APNEIA: ausência de respiração. ao ritmo metabólico;
► Dor: aumenta frequência cardíaca devido à estimu-
lação simpática,
Faixa etária Valores de Referência
► Drogas: podem acelerar ou desacelerar a taxa de
Idosos 14 a 18mrpm
contrações cardíacas.
Adultos 16 a 20 mrpm
Crianças 20 a 26 mrpm
ATENÇÃO: para encontrar o pulso utilize a ponta
Lactentes 30 a 60 mrpm
do dedo do indicador e o dedo médio – JAMAIS O
POLEGAR.
PULSO – AVALIAÇÃO = Número de batimentos
Pulso ou frequência cardíaca
por minuto
Padrão adulto = 60 a 80 bpm
Pulso: é o impulso exercido pela expansão e relaxa-
mento das artérias, resultantes dos batimentos cardí- Amplitude: normal/cheio (fácil palpação) ou fio/fili-
acos. forme (difícil palpação).
Frequência Cardíaca: é o número de batimentos Ritmo: os intervalos entre as batidas podem ser: RE-
cardíacos num espaço de tempo, medidas em bati- GULAR (rítmico) ou IRREGULAR (arrítmico).
mentos por minuto.
NOMENCLATURA E FREQUÊNCIA CAR-
PULSAÇÃO OU BATIDAS DO CORAÇÃO DÍACA:
Impulsionando o sangue pelas artérias, e que ► Normocardia: frequência normal;
podem ser sentidas ao posicionarmos as pontas dos
► Bradicardia: frequência abaixo do normal;
dedos em locai estratégicos do corpo. As pulsações
devem ser contadas durante 1 minuto, devemos EVI- ► Taquicardia: frequência acima do normal;
TAR multiplicar 15 segundos por 4 ou 30 segundos ► Rítmico: batidas compassadas;
por 2, para poder avaliar possíveis arritmias ou outras
► Arrítmico: batidas descompassadas;
alterações.
► Filiforme: pulso fraco e fino;
Artérias onde verificamos pulso: ► Cheio: normal.
► Artéria radial (pulso);
► Braquial (fossa cubital); HOMEM → 60 – 70 bpm
► Pediosas (pés); MULHER → 65 – 80 bpm
► Carótidas (pescoço); CRIANÇA → 110 – 125 bpm

Módulo 1 15
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
LACTANTE → 115 – 130 bpm
RECÉM NASCIDOS → 120 – 160 bpm

Pressão arterial (PA) ou tensão arterial (TA)

Força do sangue contra as paredes das arté-


rias.
► Pressão máxima ou Sistólica: contração dos ventrí-
culos. Pressão causada pela contração cardíaca;
https://www.mdsaude.com/wp-content/uploads/medir-pressao.jpg
► Pressão mínima ou Diastólica: relaxamento dos
ventrículos. Resistência oferecida pelos vasos à pres-
são do sangue circulante. MATERIAL PARA VERIFICAÇÃO
► A diferença entre a mínima e a máxima deve ser de Estetoscópio: aparelho utilizado para ampliar os
40 a 50 mmHg; sons cardíacos e os sons dos pulmões.
► Quando as pressões sistólica e diastólica se aproxi- Partes:
mam chama-se TA Convergente;
1. Olivas: adaptação no meato auditivo, criar um siste-
► Quando elas se afastam chamamos de TA Divergente. ma fechado entre o ouvido e o aparelho.
FATORES DE VARIAÇÃO: 2. Binaurais – armação metálica: comunicação dos au-
► Idade; riculares com o sistema flexível de borracha.
► Sexo; 3. Tubo de condução.
► Posição do paciente; 4. Campânula: 2,5 cm é mais sensível aos sons de me-
► Atividade física; nor frequência.
► Digestão; 5. Diafragma: membrana semirrígida com diâmetro
de 3 a 3,5 cm, utilizado para ausculta geral.
► Emoções;
► Banho quente;
Esfigmomanômetro: equipamento padrão usado
► Sono; para mensurar a pressão sanguínea.
► Manguito inapropriado; Partes:
► Drogas; 1. Manguito: o tamanho do aparelho depende da cir-
► Nível da extremidade (altura em relação ao cora- cunferência do braço a ser examinado, sendo que a
ção); bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que
► Local da verificação (a PA dos membros inferiores corresponda à 40% da circunferência do braço, e seu
é em média 20 mmHg maior do que a dos membros comprimento deve ser de 80%. Manguitos muito
superiores). curtos ou estreitos podem fornecer leituras falsa-
mente elevadas. Assim como manguitos frouxos ou
A PA casual pode ser verificada a qualquer largos podem fornecer leituras falsas.
hora do dia. O paciente deve estar acomodado, senta-
do ou deitado. Deve esperar pelo menos 5 minutos se 2. Tubos de borracha
tiver caminhado ou feito esforço físico. Bebidas como 3. Pera/válvula
café e chá, assim como o fumo, alteram a PA. Pressão
Arterial Média (PAM) é a média da pressão arterial SONS DE KOROTKOFF
durante todo o ciclo cardíaco. Existem 2 tipos: PAM
invasiva (através do cateter de swanganz) e PAM não
invasiva (realizado um cálculo cm valores da verifica- 1º TUM – Pressão Sistólica
ção tradicional). Último Tum – Pressão Diastólica

NOMENCLATURA DE PRESSÃO ARTERIAL:


► Normotensão: PA normal;
► Hipertensão: PA elevada;
► Hipotensão: redução anormal da PA;
Módulo 1 16
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Hipotensão ortostática (postural): da posição dei- ► Racionalizar manipulação, preservando períodos
tado ou sentado para posição em pé. livres para o sono;
► Diminuir a luz no quarto do paciente;
VALORES DE PA CONFORME SOCIEDADE ► Diminuir ruídos.
BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO (SBH)
Por que tratar a dor:
Pressão Sistólica
Pressão ► Aliviar o stress gerado por ela;
Classificação Diastólica ► Proporcionar conforto e recuperação do cliente;
(mmHg)
(mmHg)
► Tornar o ambiente mais humanizado e menos es-
Ótima < 120 < 80 tressante para os pacientes e seus familiares;
Normal < 130 < 85
► Proporcionar satisfação do cliente e familiares.
Limítrofe 130 - 139 85 - 89
Hipertensão
Estágio 1 (leve) 140 - 159 90 - 99 HGT – HEMOGLICOTESTE – VERIFICA-
Estágio 2
ÇÃO DE GLICEMIA CAPILAR
160 - 179 100 - 109 Teste realizado para identificar a taxa de glico-
(moderada)
Estágio 3 (grave) ≥180 ≥110
se através da gota de sangue, utilizando glucômetro.
Sistólica Isolada ≥140 < 90 Materiais
► Aparelho de HGT
SBH indica que: devemos registrar a pressão arterial ► 1 lanceta ou agulha
do membro de maior valor aferido. ► Lancetador / caneta
► Luvas de procedimento
AFERIÇÃO DA P.A. ► Algodão
► Higienizar as mãos, reunir o material; ► Tira de teste.
► Localizar o pulso braquial (local onde ficará o dia-
fragma do estetoscópio);
► Palpar o pulso radial;
► Fechar a válvula do esfigmomanômetro, insuflar o
manguito apertando a “pera” até o desaparecimento
do pulso e acrescentar 30 mmHg;
https://fortissima.com.br/wp-content/uploads/2014/10/medidor-de-diabe-
► Colocar o estetoscópio; tes-tt-width-660-height-300-bgcolor-FFFFFF.jpg
► Abrir a válvula lentamente liberando ar até ouvir o Procedimento
som da primeira batida – pressão sistólica ou máxima;
► Higienizar as mãos
► Ouvir até o ruído parar ou abafar o som – pressão
diastólica ou mínima; ► Reunir os materiais
► Após, desinflar completamente o manguito; ► Explicar o procedimento para o paciente
► Retirar o manguito do paciente; ► Higienizar as mãos, calçar as luvas
► Higienizar as mãos e registrar no prontuário. ► Escolher o local mais adequado para a punção
(face lateral da polpa digital)
► Conectar a fita no aparelho
DOR – 5º Sinal Vital
► Realizar a higiene no local e disparar o lancetador
A dor é uma experiência sensorial e emocional
desagradável. Associada a uma lesão tecidual real. A ► Colocar a gota de sangue no local indicado da tira
dor é sempre SUBJETIVA e pode ser avaliada através teste
de escalas padronizadas. É uma das principais causas ► Comprimir o local puncionado com algodão
de internações hospitalares. ► Realizar a leitura do resultado
Prevenção da Dor: ► Retirar a fita e desprezá-la juntamente com a lan-
► Minimizar as agressões (procedimentos); ceta
► Manipulação mínima; ► Retirar as luvas, higienizar as mãos
Módulo 1 17
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Registrar o resultado no prontuário
► Checar o procedimento Nome:________________________________
Valor normal: 70 a 99 mg/dl em jejum. Comunicar
alterações. Tax: _________________________________

Saturação de oxigênio (Sat O2) FR:__________________________________

A saturação de oxigênio não é considerada um FC:__________________________________


sinal vital. É utilizado para avaliar o sistema cardior-
respiratório. É a quantidade total de O2 no sangue. O
valor esperado para crianças normais é de no mínimo PA: _________________________________
94% e adultos 97%. A oximetria de pulso é o método
não invasivo para mensuração da saturação de oxigê-
DOR:_______________________________
nio verificada através de um oxímetro/saturômetro.

OBS.: _______________________________
Cuidados de Enfermagem na verificação da Sa-
turação:

► Locais de aferição: mãos, pés, dedos e lóbulo da
orelha (fique atento a remoção de esmaltes que impe- Data: __/__/__
dem a leitura do oxímetro);
► Observar a temperatura do local da aferição; Nome:________________________________
► Realizar a mudança do sensor 1x ao turno;
► Higienizar o aparelho com álcool 70%; Tax: _________________________________
► Ficar atento a parâmetros fora dos limites padrões.
FR:__________________________________
Verifique com seus colegas os sinais vitais e re-
gistre na planilha abaixo: FC:__________________________________

Data: __/__/__ PA: _________________________________

Nome:________________________________ DOR:_______________________________

Tax: _________________________________ OBS.: _______________________________



FR:__________________________________
Data: __/__/__
FC:__________________________________
Nome:________________________________
PA: _________________________________
Tax: _________________________________
DOR:_______________________________
FR:__________________________________
OBS.: _______________________________
FC:__________________________________

Data: __/__/__ PA: _________________________________

Módulo 1 18
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
→ Ficar atento ao prazo de validade, ou mudança de
DOR:_______________________________ coloração da medicação (não administrar e comunicar
enfermeira e farmácia central)
→ Não administrar o medicamento sem rótulo
OBS.: _______________________________
→ Rotular a medicação preparada
Administração de medicamentos
► Dose
CUIDADOS GERAIS: → Conferir a dose com a prescrição médica
► Ler atentamente a prescrição médica (toda a pres- → Efetuar cálculos para a diluição do medicamento
crição de medicamentos deverá ser escrita no prontu- → Colocar rótulo no frasco da medicação diluída: vo-
ário do paciente, com data e assinatura do médico); lume da diluição, data, hora e nome do profissional
► Não administre medicação por ordem verbal, exce- que preparou
to em caso de urgência; → Questionar o aumento abrupto excessivo na dosa-
► Esclarecer dúvidas com o Enfermeiro; gem
► Observar integridade do medicamento e da emba- → Levar em consideração as observações ou dúvidas
lagem – validade; do paciente sobre o medicamento oferecido
► Nunca administrar medicamento sem rótulo;
► Nunca administrar medicações preparadas por ou- ► Via
tras pessoas, nem permitir que familiares façam; → Certificar-se da via de administração do medica-
► Conferir nome completo e data de nascimento ao mento, conferindo com a prescrição médica
administrar a medicação;
► Evitar atividades paralelas no preparo para dimi- ► Horário
nuir possibilidades de erro;
→ Seguir rigorosamente o horário prescrito do medi-
► Comprimidos – deverão estar embalados e só de- camento, a fim de manter os níveis sanguíneos tera-
vem ser abertos na frente do paciente. Exceto quando pêuticos
administrados por sonda;
→ Permanecer ao lado do paciente ate que ele tome o
► Higienizar a bandeja com álcool e colocar as medi- medicamento
cações rotuladas e em sequência de leitos;
► A equipe de enfermagem deve estar ciente da dosa-
► Registro – Documentação
gem segura das medicações que administram;
→ Realizar o registro e checagem das medicações no
► Estar ciente do estado do paciente e os efeitos ad-
prontuário do paciente, logo após administração
versos do medicamento;
→ Evolução no prontuário do paciente deve ser acom-
► Anotar e comunicar ao enfermeiro sobre intercor-
panhada de assinatura e carimbo com Coren
rências;
► Aprazar / Checar / Círculo (não dado)
Quando falamos em 9 certos de acordo com a
► Na evolução, registrar observações quanto à: não
ANVISA e COFEN (2013) acrescenta-se os itens
aceitação, intolerância, sinais de intoxicação ou rea-
a seguir:
ções alérgicas.
► Orientação correta – orientações ao cliente quanto
ao uso e possíveis efeitos
6 certos da Medicação: Paciente, Medicamento,
► Forma farmacêutica – apresentação: comprimi-
Dose, Via, Hora e Registro
dos/ xarope/ capsula/ ampola
► Paciente
► Resposta do medicamento – presença efeito dese-
→ Identificar o paciente correto, conferindo com sua jado
pulseira de identificação ou crachá seu nome comple-
to, data de nascimento e nome da mãe.
Cuidados no Preparo:
► Medicamento
► Embalagens íntegras (os comprimidos devem ser
→ Conferir o medicamento com a prescrição médica
abertos na frente do paciente sempre que possível);
→ Ler atentamente o rótulo dos frascos e embalagens
► Evitar atividades paralelas;
dos medicamentos

Módulo 1 19
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Higienizar a bandeja com álcool 70%; Via Oral – VO
► Rotular os medicamentos com nome completo do ► Via preferencial para administração de medicações
paciente, quarto, leito, medicação, dose, via e horário;
em pacientes com deglutição preservada;
► Conhecer medicamento a ser administrado; ► Preparar o medicamento sem tocá-lo;
► Deixar o posto de enfermagem limpo e em ordem. ► Não devem ser administrados com alimentos (lei-
te, suco) somente à critério médico;
Cuidados na administração: ► Administrar a medicação com paciente adequada-
mente posicionado (sentado ou Fowler);
► Não administrar medicamentos preparados com
por outras pessoas; ► Administração do medicamento direto na boca;
► Conferir nome completo e data de nascimento com ► SN – macerar o medicamento e diluir para admi-
pulseira de identificação; nistrar;
► Checar no prontuário somente após a administra- ► A via oral é contraindicada em pacientes incons-
ção do medicamento; cientes, incapazes de engolir e naqueles que apresen-
tam náuseas e vômitos;
► Registrar intercorrências;
► Permanecer ao lado do paciente até a deglutição da
► Aprazar, checar ou circular medicações na prescri- medicação.
ção médica.

Sublingual – colocar o medicamento embaixo da lín-


Vias de administração gua. Absorção mais rápida que por via oral. Não engo-
lir. Salivar por alguns segundos para absorver melhor.
São considerados VO:
VIAS NATURAIS – Fácil acesso, paciente ajuda,
► SNG – sonda nasogástrica;
mais barato, qualquer pessoa pode administrar.
► SNE – sonda nasoentérica;
► Via Oral
► Gastrostomia;
► Via Sublingual
► Jejunostomia.
► Via Ocular
► Via Auricular
Cuidados com as sondas: triturar bem as medica-
► Via Nasal
ções e diluir, aspirar com seringa, administrar pela
► Via Retal sonda, após lavar a sonda com aproximadamente 20
► Via Vaginal ml de água filtrada para não obstruir as sondas.
► Tópica ou Dermatológica
Observação: as vias oral e sublingual, juntamente VIAS TÓPICAS
com os medicamentos administrado por sondas são ► Aplicação de medicamentos na pele (dermatológi-
considerados por via enteral. ca) ou na mucosa;
► Incluem-se nessa via drogas aplicadas na pele, con-
1. Via enteral (oral, sublingual e sondas) – comprimi- juntiva (ocular), mucosa nasal, no conduto auditivo,
dos, cápsulas, suspensão, xarope, gotas, etc. mucosa vaginal e retal.
2. Via ocular – colírios e pomadas. Terço médio do
saco/bolsa conjuntival. Ocular – lubrificar a conjuntiva, higienizar, tratar
3. Via auricular/otológica – medicamento em tempe- processos infecciosos, dilatar a pupila.
ratura ambiente.
4. Via vaginal – tampão, cremes, óvulos, gel, etc. ► Procedimento asséptico;
5. Via retal – supositórios, enemas e pomadas. ► Para instilar a medicação ocular, o paciente é co-
6. Via nasal – soro, spray, nebulizações. locado em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça
estendida, solicitar que olhe para cima.
7. Tópica ou dermatológica – cremes, pomadas, géis,
aerosol, spray, etc. Colírio: com uma mão puxar a pálpebra inferior (dedo
polegar e indicador), repousar a outra mão (com o
conta-gotas/frasco) sobre a região frontal do paciente
e instilar as gotas no terço médio da bolsa conjuntival;
Módulo 1 20
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Pomadas oftalmológicas: com uma das mãos pu- ► Aquecer a solução (se indicado), proteger o leito
xar a pálpebra inferior para baixo, repousar a outra com impermeável ou fralda, é igual ao da aplicação de
mão (com o tubo) sobre a região frontal da cabeça supositório;
espremer uma pequena faixa da medicação na bolsa ► Afastar os glúteos com uma gaze, introduzir o tubo
conjuntival da parte interna para a externa. Cortar a suavemente, interromper o procedimento se sinal de
faixa da pomada girando o tubo; resistência e comunicar enfermeira;
Cuidados: não permitir o contato do conta-gotas e/ ► Para introduzir um supositório o invólucro é re-
ou tubo com região ocular (contaminação). A solu- tirado e deve ser lubrificado com gel, óleo ou água
ção ou pomada deve ser aplicada no saco conjuntival, morna. Colocar de forma rápida, porem suave o supo-
nunca diretamente sobre o globo ocular. sitório no reto;
Nasal – aliviar a congestão nasal, tratamento de infla- ► Realizar higiene perineal após eliminação, obser-
mações nasais. var e registrar as características da evacuação, checar e
► As aplicações de medicações por via nasal incluem registrar o procedimento.
instilações, inalações, nebulizações, analgésicos, bron-
codilatadores e fluidificar as secreções brônquicas;
Vaginal – aliviar dor, tratar irritações e infecções, etc.
► Posicionar o paciente com a cabeça bem estendida
sobre um travesseiro se houver possibilidade levemen- ► Antes de administrar medicação deve-se realizar
te inclinada; higiene perineal;
► Instilar o número de gotas conforme prescrição ► Não utilizar antissépticos a base de álcool;
médica; ► Deixar paciente em posição confortável (posição
► Após a instilação o paciente deve permanecer na ginecológica é melhor para administração);
posição por alguns segundos para permitir que as go- ► Não usar aplicador em pacientes com hímen ínte-
tas entrem em contato com a superfície nasal. gro.

Otológica ou Auricular – amolecer cerume, trata-


mento tópico de inflamações e infecções, administrar
analgésicos.
► Consiste da aplicação de medicação no conduto
auditivo;
► As gotas auditivas são instiladas com o paciente
em decúbito lateral (direto/esquerdo) e com a cabeça
virada para o lado apropriado;
► Após a instilação o paciente deve permanecer dei-
tada sobre o lado não afetado por alguns minutos.

Em adultos: tracionar o pavilhão auricular para cima http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAA934AJ-11.jpg


e para trás.
Em crianças: tracionar o pavilhão auricular para bai-
xo e para trás. Vias de administração parenterais
Retal – estimular a peristalse e a defecação, aliviar a
dor, vômitos e irritação local, reduzir a febre e induzir
o relaxamento. É denominada via parenteral a via través da
qual são introduzidos medicamentos com o uso de
► A aplicação de medicamentos no reto inclui o uso agulhas;
de analgésicos, antitérmicos, anticonvulsivantes, an-
tiespasmódicos, laxativos; Vias: subcutânea (SC), intradérmica (ID), intramus-
cular (IM), endovenosa (EV) ou intravenosa (IV).
► Enema: soluções a base de água, glicerina, óleo,
etc. Aliviar a constipação intestinal e distensão por ga-
ses, preparar o cólon para cirurgias e exames, impedir VIA INTRADÉRMICA (ID)
a defecação durante o ato cirúrgico; ► Consiste na aplicação de uma injeção na derme que
► Posição de Sims; se localiza entre a pele e o tecido subcutâneo;
► Introduzir aproximadamente 10 cm da sonda retal;

Módulo 1 21
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Finalidades: administrar vacinas (BCG), realizar Procedimento:
testes de sensibilidade/diagnóstico, teste tuberculíni- ► Higienizar as mãos, calçar as luvas, posicionar o
co ou prova de Mantoux;
paciente, escolher o local da aplicação, se região pe-
► Doses iguais ou < que 0,5ml; riumbilical, medir dois dedos ao redor do umbigo, hi-
► Ângulo da agulha deve ser 15ºgraus; gienizar com algodão seco ou com sabão (se sujidade
► Para a aplicação correta o bisel deve estar SEM- presente), realizar a prega, ângulo de 45º da agulha
PRE voltado para cima; 13x4,5, introduzir toda a agulha e administrar toda a
► Formação da pápula indica a aplicação no local medicação, retirar a agulha e colocar o algodão seco
correto. Não deve-se massagear ou friccionar após a e firmar por 5 segundos o algodão seco sob a picada,
aplicação; retirar as luvas e higienizar as mãos.

Procedimento: Recomendações do uso da via subcutânea


► Higienizar as mãos, calçar as luvas, posicionar o ► Aspiração: agulhas – 25 x 7 ou 25 x 8
paciente de forma a facilitar o acesso ao local de es- ► Aplicação : agulhas – 13 x 3,8 ou 13 x 4,5 ou 10 x 5
colha, fazer assepsia no local, tracionar a pele no local ► Angulação: indivíduos magros (ângulo de 30º),
da aplicação e inserir a agulha com o bisel para cima normais (ângulo de 45º) e obesos (ângulo de 90º)
paralelamente a pele (ângulo de 15º), até que seja total-
mente introduzido;
► Injetar o medicamento lentamente;
► Observar a formação da pápula após administra-
ção, retirar a agulha e colocar o algodão seco sem fric-
cionar ou massagear o local;
► Retirar as luvas e higienizar as mãos;
► Checar e registrar o procedimento.
http://sa.sol-m.com/wp-content/uploads/sites/2/2016/12/sol-m-subcutaneo-
-fotos-02.jpg

VIA INTRAMUSCULAR (IM)


► Administrar medicamentos na camada muscular;
► Volume máximo por músculo em adulto: Deltóide
3ml, Dorso Glúteo 5ml, Ventro Glúteo 4ml, Vasto La-
teral da Coxa (FALC) 3ml;
► Possíveis complicações: abscessos, necrose tecidu-
al, lesão de nervos, lesão de vasos sanguíneos, etc;
► Em crianças que ainda não caminham o ideal é ad-
ministrar a medicação na região vasto lateral da coxa;
http://1.bp.blogspot.com/-H0UiCW245Z8/VOT21-qbLMI/AAAAAAAA-
AuE/r0P-7hFR_0Q/s1600/VIA%2BINTRAD%C3%89RMICA.jpg ► Devem ser considerados quando se seleciona um
local para administração da injeção IM a QUANTI-
DADE e CARACTERÍSTICAS da medicação a ser
VIA SUBCUTÂNEA (SC) administrada, e CONDIÇÕES da massa muscular do
► Aplicação no tecido subcutâneo, não tolera subs- cliente.
tâncias irritantes (pó); Procedimento:
► Volume máximo de 1,5 a 2ml; ► Higienizar as mãos, calçar as luvas, posicionar o
► Chamada também de hipodérmica, indicada para paciente, realizar antissepsia do local, firmar o múscu-
lo e pinçá-lo e introduzir a agulha toda de uma vez só
aplicação de drogas que não necessitam ser absorvidas num ângulo de 90º; aspirar o conteúdo da seringa, in-
rapidamente; troduzir lentamente e contínuo o medicamento, reti-
► Realizar rodízio de locais de aplicação para evitar: rar a agulha, colocar o algodão seco com uma fita para
irritações, lipodistrofia (alteração que ocorre no tecido fixar o curativo. Retirar as luvas e higienizar as mãos.
adiposo subcutâneo);
► Locais: face externa do braço, face externa e ante- Deltóide: volume máximo até 3ml. Delimitação: ar-
ticulação do ombro (acrômio da escápula), 4 dedos
rior da coxa, parede abdominal/periumbilical e flan- abaixo, centro do músculo.
cos.
Módulo 1 22
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

https://slideplayer.com.br/slide/9521396/30/images/68/3.+Via+intramuscu-
lar+-Regi%C3%A3o+%C3%82ntero-lateral+da+Coxa.jpg

ENDOVENOSA (EV) OU INTRAVENOSA (IV)


https://slideplayer.com.br/slide/9521396/30/images/58/3.+Via+Intramuscu-

lar+-+delt%C3%B3ide.jpg A infusão de medicação endovenosa propor-
Região dorso glútea: volume máximo 5 ml. Delimi- ciona um acesso direto ao sistema circulatório para
tação: músculo glúteo, dividir em 4 partes, aplicar no administração de fluídos e drogas a pacientes que não
quadrante superior externo. podem tolerar medicações orais ou que precisam da
ação instantânea de drogas e finalização de adminis-
tração de medicamento. (Smeltzer,2002).
Vantagens:
► Ação rápida das medicações administradas por esta
via;
► Se aplicam principalmente sobre as drogas que não
podem ser absorvidas por outros acessos devido ao
seu grande tamanho molecular ou por sua destruição
pelos sucos gástricos;
https://4.bp.blogspot.com/-Hru9ieqa7n4/U-Llwv4-ybI/AAAAAAAAAUs/ ► Para as drogas com propriedades irritantes que po-
MzIWfFFCN9g/s1600/quadrante.jpg dem causar trauma e dor, quando administradas por

Região ventro glútea (Hochsteter) – volume máxi- acessos SC ou IM;


mo 4 ml. Delimitação: perna direita – mão esquerda, ► Na suspensão imediata da administração da droga
perna esquerda – mão direita; dedo médio na crista frente a reações adversas ou de sensibilidade;
ilíaca, mão espalmada aplicar entre o dedo indicador
e médio. ► No controle sobre a velocidade e a diluição em que
as drogas são administradas.

Desvantagens:
► Interação medicamentosa;
► Execução da técnica de instalação e manutenção de
acesso venoso;
► Extravasamento de drogas vesicantes;
► Flebites, infiltrações;
► Dificuldades de prevenir erros.
Face ântero-lateral da coxa – volume máximo 3ml.
Delimitação: adultos ângulo de 90º graus, crianças 45º
graus em direção ao joelho.
Observações importantes para a administração
► Músculo vastolateral (quadríceps femural); via EV:
► Facilidade de auto aplicação; ► Diluição mínima quando o paciente está em restri-
ção hídrica;
► Cuidade com o nervo fêmuro-cutâneo.
► Intervalo de tempo no qual a medicação pode ser
administrada com segurança;
► Tipo de solução na qual a substância pode ser di-
luída;
► Velocidade de infusão e os vasos que podem tole-
rar com segurança;

Módulo 1 23
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Compatibilidade entre as substâncias; ► Trocar o equipo de infusão usando técnica assépti-
► Hemoderivados devem ser administrados sozi- ca a cada 72 horas
nhos; Equipamentos que auxiliam a infusão endo-
venosa: equipo de macrogotas ou de microgotas (con-
► Administrar um antibiótico por vez; trole de infusão venosa), bureta (melhor controle da
► Não pode haver contaminação do sistema; infusão endovenosa), dânula (torneirinha multivias),
► Os materiais mais utilizados são: scalps e cateteres extensor de duas vias, bomba de infusão (controle ri-
periféricos (abocath); goroso da infusão endovenosa).
► O tamanho do abocath deve ser de acordo com o
Cateteres periféricos: são cateteres introduzidos em
local a ser inserido, tempo de permanência da terapia
veias periféricas de fácil palpação e visualização do
EV, e das condições da rede venosa periférica; profissional. São cateteres curtos podendo ser agulha-
dos ou flexíveis.
► Locais de preferência: veias superficiais dos mem-
bros superiores ou inferiores. ► Cateter agulhado: scalp (butterfly) – até 24 horas
► Cateter sobre a agulha (flexível) – abocath, jelco –
Material necessário para punção: até 96 horas
► Cateter venoso no tamanho e comprimento ade- A numeração dos cateteres são em numeração
quado; decrescente de acordo com seu calibre.
► Luvas de procedimento e garrote;
► Algodão com álcool 70% - antissepsia da pele mo-
vimento 360º, conforme ANVISA 2017;
► Equipo para infusão;
► Material para fixação: curativo transparente (AN-
VISA 2017), micropore (em técnica limpa), tala, gaze
solução para infusão;
► Iniciar o fluxo da solução pelo cateter e avaliar si-
nais de infiltração; http://2.bp.blogspot.com/-k-l2oJjJ24w/VL70KJ7-NqI/AAAAAAAAAhw/
TB9MTJCQhWs/s1600/SCALP.jpg
► Fixar o cateter e imobilizar a extremidade com
uma tala (se necessário), para evitar a remoção aciden-
tal do acesso;
► Identificar o local com data, hora, número do cate-
ter, e nome do profissional e Coren.
O local escolhido não deve interferir com a
mobilidade, portanto, a fossa cubital deve ser evitada
exceto como último recurso;
Uma veia deve ser examinada por inspeção e
palpação. Ela deve ser firme, elástica, cheia e arredon-
dada.

Salinização: mantém o acesso permeável com https://i.ytimg.com/vi/045Q_3l-jU8/maxresdefault.jpg


SF0,9% em torno de 2 a 3 ml, a cada 6hs. Administrar
em flush/bolus;
Heparinização: mantém o acesso com infusão de
heparina diluída preparada (9ml AD + 1ml heparina)
para acesso periférico. Ou (9,8ml AD + 0,2 ml hepa-
rina) para acesso central, aspirar o conteúdo antes de
introduzir medicação.

Cuidados importantes:
► Monitorar sinais flogísticos (dor, calor, rubor e ede- https://xtechfiles.s3.amazonaws.com/uploads/images/medium/38da97a2e-
ma); 49b81779e8afc276ea62e48.jpg
► Trocar de curativo sempre que necessário
Módulo 1 24
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Seringas de 1 ml graduadas em UI – cada 10 UI compartimento intravascular (ex: AD, que a osmolari-
correspondem a 0,1 ml. dade é zero, glicose a 2,5%, cloreto de sódio a 0,45%).
Seringas de 3 ml e algumas de 5 ml – são gradua- Soro Glicosado: composto por água e glicose. So-
das em 0,1ml. lução isotônica. Apresentação em frascos ou bolsas
Seringas de 5 ml e de 10 ml – graduadas em 0,2 ml flexíveis de 50ml, 100ml, 250ml, 500ml, ou 1000ml,
por marca. com concentrações de 5%, 10%, 15%, etc). O SG 5%
é o mais utilizado. Pode ser acrescido de eletrólitos ou
Seringas de 20 ml – graduadas em 1 ml por marca. como diluente para medicações. Atenção as incompa-
tibilidades (aparecimento de cristais ou interferência
na estabilidade). Contraindicação: infusão concomi-
tante com hemoderivados, pois causa hemólise.

Soro Fisiológico: composto por água e cloreto de


sódio (NaCl) ou sal. Solução isotônica. Apresentação
em frascos ou bolsas flexíveis de 50ml, 100ml, 250ml,
500ml ou 1000ml. O SF 0,9% é mais utilizado para
diluir medicamentos. Única solução que pode ser in-
fundida concomitante com hemoderivados. Infusões
continuas poderão causar hipernatremia, hipocale-
mia, acidose e sobrecarga circulatória.

Soro Glicofisiológico ou Solução de glicose e clo-


Cateter Venoso Central – CVC: são cateteres intro- reto de sódio (SGF): Soro combinado (composto por
duzidos dentro de uma veia, cuja a extremidade deve- água, glicose e cloreto de sódio). Prescrito geralmen-
rá ficar em uma veia central, como a cava superior (em te quando o paciente tem perda excessiva de fluídos
adultos e crianças) e na cava inferior (neonatologia). através de sudorese, vômitos ou drenagem gástrica.
Geralmente inseridos através da subclávia ou jugular. Também como tratamento temporário de insuficiên-
Podem apresentar mais de um lúmen (1, 2, 3 ou 4 lú- cia circulatória e choque hipovolêmico, na ausência
mens). de plasma, e, é utilizado como tratamento inicial para
queimaduras (associado a plasma e albumina).
Tipos:
► CVC semi-implantável de curta permanência (In- Solução Ringer: solução semelhante ao SF, porém,
tracath, Arrow) – podem permanecer por até 30 dias. repõe fluídos e eletrólitos de maneira mais eficiente.
Utilizada no tratamento da desidratação. Quando as-
► CVC de inserção periférica de longa permanência sociado ao lactato se transforma em Ringer lactato.
(PICC) – pode permanecer por até 1 ano. Este por conter menos sódio, cálcio e cloreto é indi-
► CVCT semi-implantável de longa permanência tu- cado nos casos de choque grave ou insuficiência car-
nelizados (Broviac, Hickman e Permcath) – uso de 6 díaca.
a 8 meses, indicado para hemodiálise, coleta de células
para transplante de medula óssea, infusão de hemode-
rivados e etc. Dextran: solução colóide, composta por proteínas ou
► CVC totalmente implantável (Port-a-cath) – uso moléculas que não atravessam as membranas semiper-
varia de 3 a 5 anos. meáveis, permanecendo no espaço vascular. Apresen-
Soluções de via endovenosa tações de Dextran 70 e Dextran 40, apenas. Previne
e trata choque relacionado a traumas, cirurgias, quei-
maduras ou hemorragias. Atentar as reações de hiper-
Solução Isotônica: é aquela que possui osmolaridade sensibilidade como anafilaxia, risco de sangramento
entre 240 a 340 mOsm/L ou seja, semelhante ao san- e hipervolemia. Pacientes com distúrbio de coagula-
gue (ex: SG 5%, SF 0,9% e Ringer Latato). ção, ICC e Insufiência renal não poderão receber esta
Solução Hipertônica: osmolaridade maior que 340 solução. Cuidado de enfermagem básico na infusão:
mOsm/L. Promove a retirada de líquidos das células monitorar pulso, PA e débito urinário a cada 5 a 15
e meio intersticial para o meio intravascular. (ex: SG minutos, na primeira hora de infusão e manter moni-
10%, SG20%, glicose 50% e albumina 25%). toramento de hora em hora após.
Solução Hipotônica: osmolaridade menor que 240 Albumina: solução colóide, porém considerado ex-
mOsm/L. Estas Soluções deslocam o líquido para fora do pansor plasmático natural, preparado através de plas-

Módulo 1 25
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
ma doado. Apresentações de 5%, 20% e 25%. Utili- ► Higienizar as mãos;
zada para tratar e prevenir choque hipovolêmico por ► Aprazar a prescrição;
perdas súbitas de sangue, fornecer proteínas em caso
de hipoproteinemia e eritroblastose fetal. Atentar para ► Ir ao paciente e explicar o procedimento;
reações de hipersensibilidades: alérgicas, urticárias, ► Higienizar as mãos calçar as luvas;
calafrios, hiperemia, febre e cefaleia, sobrecarga circu- ► Realizar desinfecção da dânula;
latória e edema pulmonar.
► Conectar o equipo no acesso venoso;
Manitol: encontrado em concentrações de 3%, 10%
e 20%. Estimula a diurese na IRA oligúrica, promo- ► Abrir o clamp e controlar o gotejo prescrito;
ve excreção de toxinas do organismo, reduz pressão ► Retirar as luvas e higienizar as mãos;
intraocular, trata HIC e edema cerebral. Atenção: em ► Deixar o paciente confortável;
caso de extravasamento pode causar irritação da pele
e necrose tecidual. ► Desprezar material no posto de enfermagem;
► Higienizar as mãos;
Soroterapia ► Realizar checagem e evolução no prontuário do
paciente.
Introduzir líquidos no organismo para corri-
gir ou prevenir os distúrbios eletrolíticos em pacien- Exames complementares
tes. É a introdução de líquidos através da via paren-
teral IV. A velocidade de infusão e o tipo de solução Os exames complementares tem por finalida-
dependem das necessidades hídricas de cada cliente de auxílio no diagnóstico de patologias, identificar ou
e são determinados pela prescrição médica. Os pro- remover corpos estranhos, ou até mesmo o tratamen-
cedimentos de enfermagem vão desde o preparo até to de alguma enfermidade. Alguns pode ser necessá-
o acompanhamento da aplicação do medicamento, rio anestesia ou sedação. Neste caso é recomendável a
sempre seguindo a prescrição e orientação da equipe monitorização dos sinais vitais.
médica responsável. ► EDA – Endoscopia Digestiva Alta: exame realiza-
do para visualizar o trato digestivo alto (desde o esô-
fago até o duodeno). Também chamada de endoscopia
Cuidados: superior.
► Verificar aspecto da solução (validade, partículas,
vazamento, rachaduras); → Sedação: EV;
► O equipo deverá ser datado com turno atrás da → Tempo do exame: 30 minutos;
roldana (validade do sistema 72hs – uso exclusivo para
mesmo medicamento); → Preparo: NPO de 8 a 12 horas;
► Após romper o lacre e somente fazer antissepsia se → Tempo de recuperação: 40 minutos ou até acordar
houver contaminação. da sedação;
→ Posição do exame: decúbito lateral esquerdo.
Procedimento:
► Higienizar as mãos; ► Colonoscopia – exame realizado para visualizar
o trato digestivo baixo (do reto até o ceco). Também
► Higienizar a bandeja; chamado de endoscopia inferior.
► Ler a prescrição; → Sedação: EV
► Separar o material para o preparo (soro, rótulo de → Tempo de exame: 45 minutos
soro, equipo e luvas);
→ Preparo: no domicílio – 24 horas antes: 2 cps laxa-
► Preencher o rótulo do soro e fiar na parte de trás tivos e dieta branda no hospital – no mínimo 4 horas
do mesmo; antes do exame, manitol 500 ml + suco e NPO 1 hora
► Abrir o pacote do equipo, colocar o controlador antes; Orientações: deambular e ingerir água após uso
próximo ao visualizador e clampear; do manitol. Em idoso observar: hipertensão, sudore-
► Quebrar o lacre do soro e perfurar a borracha; se, desmaio e calafrios.
► Preencher o controlador com soro; → Posição para exame: decúbito lateral esquerdo;
► Abrir o clamp para preencher o equipe; → Tempo de recuperação: 40 minutos ou até acordar;
► Colocar na bandeja o soro pronto para levar ao → Após recomenda-se deambular para eliminação de
paciente; flatus.

Módulo 1 26
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Fibrobroncoscopia – exame realizado para visua- Observação: 6 horas sem se mover com compreensão
lizar o trato respiratório desde a cavidade nasal até os na artéria femural. Repouso absoluto após o exame.
brônquios.
→ Sedação: SN, geralmente anestesia local; ► Ressonância Magnética: Exame realizado para vi-
→ Tempo de exame: 10 minutos; sualizar a porção solicitada (crânio, abdômen, pelve).
→ Preparo: NPO 8 horas. → Sedação: SN (clautrofobia)
→ Tempo de exame: 30 a 40 minutos
Observações: pode ocorrer dispneia e cianose duran- → Preparo: contrate EV, se prescrição;
te a realização do exame.
Observação: retirar todos os objetos metálicos e ave-
► Cistoscopia – Exame realizado para visualizar ure- riguar o uso de implantes odontológicos, marcapasso,
tra, próstata e bexiga. DIU de cobre, ponte de safena, etc.
→ Sedação: SN geralmente anestesia local;
→ Tempo de exame: 20 minutos; ► Tomografia computadorizada: Exame realizado
→ Preparo: higiene perineal; para visualizar a porção solicitada (crânio, abdômen,
pelve).
→ Tempo de recuperação: se sedação 40 minutos.
→ Sedação: SN (claustrofobia)
→ Tempo de exame: 30 a 40 minutos
Observação: utilizado na remoção da cálculos renais.
→Preparo: contraste EV, se prescrição.
► EEG – Eletroencefalograma: Exame realizado
► Ecografia Abdominal – Exame realizado para vi- para avaliar a atividade cerebral (vigília ou ao sono);
sualizar órgãos abdominais.
→ Tempo do exame: 20 minutos
→ Tempo de exame: 15 a 20 minutos
→Preparo: cabeça limpa e seca. Lavar os cabelos 1 dia
→ Preparo: NPO 6 a 8 horas, 1 hora antes ingerir 4 antes do exame.
copos com água e não urinar (manter bexiga cheia).
► ECG – Eletrocardiograma: Exame realizado para
avaliar a atividade cardíaca.
► Ecografia Transvaginal – Exame realizado para vi- → Tempo do exame: 5 minutos
sualizar o aparelho reprodutor feminino.
→ Preparo: retirar metais do corpo (pulseiras, relógio,
→ Tempo do exame: 15 minutos sutiã, etc).
→ Preparo: urinar antes do exame (bexiga vazia), po-
sicionar o paciente em posição ginecológica com um
travesseiro ou almofada na região glútea, despida da
cintura para baixo.

► Cintilografia óssea: exame realizado para visualizar


os ossos.
→ Tempo do exame: 40 minutos
→ Preparo: observar prescrição de contraste EV (ge-
ralmente aplicado de 3 a 4 horas antes do exame).

Observações: ingerir líquidos e urinar bastante após


o exame para eliminar o contraste.

► Angiografia: Exame realizado para visualizar a


rede circulatória.
→ Preparo: NPO 8 horas
→ Tempo de recuperação: 6 a 12 horas.

Módulo 1 27
ANATOMIA HUMANA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O citoplasma é um líquido viscoso onde se en-
ANATOMIA HUMANA contram as organelas, que são estruturas responsáveis
pelas funções da célula.
Introdução ao estudo da Anatomia
As principais organelas que são encontradas na maio-
ria das células são:
Generalidades → Retículo endoplasmático
→ Retículo endoplasmático rugoso
Anatomia é a ciência que estuda a constituição → Ribossomos
e o desenvolvimento do corpo humano de forma ma- → Complexo Golgiense
croscópica e também microscopicamente.
→ Mitocôndrias
A definição de anatomia é o equivalente em
português à dissecção que significa cortar em partes, → Lisossomos
cortar separado sem destruir os elementos componen- → Centríolos
tes. → Peroxissomos
Na biologia, anatomia é a parte que estuda a → Cloroplastos
morfologia e a estrutura dos seres vivos e pode ser
subdividida em dois grandes grupos: → Vacúolo

Anatomia Microscópica: é o estudo das estruturas Histologia


observáveis ao olho nu, utilizando ou não recursos
tecnológicos. Esta se divide em Citologia (estudo da Estuda a estrutura, composição e a função
célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como es-
dos tecidos.
tes se organizam para a formação de órgãos).
Em organismos multicelulares, as células que
Essa disciplina vai estudar ossos, músculos,tem as mesmas características e exercem a mesma fun-
órgãos, sistemas entre outras definições. ção geral formam os tecidos.
Nos seres humanos os tecidos são classifica-
Citologia dos em quatro diferentes grupos tendo como critério
suas diferenças morfológicas e suas funções no orga-
nismo. Esses tecidos são: tecido epitelial, conjunti-
A  Citologia é chamada de Biologia Celular vo, muscular e nervoso.
e se dedica ao estudo das células e suas estruturas.

Tecido Conjuntivo: Os tecidos conjuntivos apresen-


E tem três pontos principais: tam elevada quantidade de substância intercelular. As
► Todos os organismos vivos são formados por uma células que constituem esses tecidos possuem formas
ou várias células; e funções bastante variadas. Trata-se, portanto, de um
► As células são as unidades funcionais dos seres vi- tecido com diversas especializações. Tem como prin-
vos; cipais funções: proteção, absorção, excreção, secreção
e sensorial.
► Uma célula somente se origina de outra existente.
Tecido Muscular: O tecido muscular é constituí-
do por células alongadas, altamente especializadas e
As células são formadas por três partes bási- dotadas de capacidade contrátil, denominadas fibras
cas: a membrana, o citoplasma e o núcleo. Porém musculares. A capacidade de contração das fibras é
nem todas as células possuam núcleo delimitado pela que proporciona os movimentos dos membros, das
membrana nuclear. As células que não possuem mem- vísceras e de outras estruturas do organismo. As cé-
brana nuclear são chamadas de procarióticas e as que lulas musculares têm nomes específicos para as suas
possuem são as eucarióticas, estas denominações vão estruturas: tecido muscular estriado esquelético, teci-
servir para entender os microrganismos que serão es- do muscular liso e tecido muscular estriado cardíaco.
tudados em microbiologia. Tecido Epitelial: Os epitélios são basicamente teci-
A membrana plasmática tem uma função dos de revestimento e proteção do organismo. Além
importante, pois é responsável por controlar tudo o de recobrirem todo o corpo, revestem internamente
que entra ou sai das células o que serve para entender órgãos, cavidades e canais, desempenhando inúmeras
como funciona a absorção celular. funções e tendo os mais variados aspectos.

Módulo 1 29
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Suas principais funções são: nutrir, ligar, de-
mão (parte livre)
fender, armazenar e sustentar os demais tecidos. Membro Inferior: Quadril (raiz), coxa, perna e pé
E tem diferentes tipos: tecido conjuntivo frou-
(parte livre)
xo, tecido conjuntivo elástico, tecido conjuntivo fibro-
Posição Anatômica: É a postura ereta do corpo (em
so, tecido conjuntivo cartilaginoso, tecido conjuntivo pé, posição ortostática ou bípede) com os membros
hematopoiético e tecido conjuntivo ósseo. superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas
das mãos voltadas para frente. A cabeça e pés também
Tecido Nervoso: O tecido nervoso responde a vários estão apontados para frente e o olhar para o horizonte
tipos de estímulos que se originam fora ou no interior
do organismo. Aos estímulos, esse tecido conduz os
impulsos nervosos de maneira rápida e, pode conduzir
por distâncias relativamente grandes. É considerado,
o tecido mais especializado do organismo humano.
Divide-se em sistema nervoso central e sistema ner-
voso periférico. E através da receptação, assimilação
e distribuição conduz todos os processos vitais do or-
ganismo.

ANATOMIA HUMANA

Classicamente o corpo humano é dividido em:


cabeça, pescoço, tronco e membros. Planos Anatômicos: Conceitos criados para melhor
Cada uma dessas partes se subdivide, confor- conhecimento do corpo humano e seus componen-
me quadro abaixo: tes. Com isso a localização e a situação dos diferentes
Cabeça: Crânio e face órgãos do corpo serão facilitadas. Existem os planos
que seccionam (cortam) e outros que apenas delimi-
Pescoço: Pescoço tam (tangenciam) o corpo.
Tronco: Tórax, abdome e pelve.
Membro Superior: Ombro (raiz), braço, antebraço e

Módulo 1 30
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Anterior/Ventral/Frontal: na frente do corpo.
Posterior/Dorsal: nas costas (traseiro).
Exemplo: O osso esterno e as cartilagens costais es-
tão na posição anterior ao coração. E os grandes vasos
e a coluna vertebral estão na posição posterior em re-
lação ao coração.
Superior / Cranial: na parte superior do corpo.
Inferior / Caudal: na parte inferior do corpo.
Exemplo: Os grandes vasos estão na parte superior
ao coração enquanto que o diafragma localiza-se na
parte inferior ao coração.
Plano Mediano: Divide o corpo nas metades direita Medial: quando o ponto está mais próximo do plano
e esquerda. É um plano vertical que passa longitudi- sagital mediano (linha mediana).
nalmente através do corpo.
Lateral: quando o ponto está mais afastado do plano
Planos Sagitais: São planos paralelos ao plano me- sagital mediano (linha mediana).
diano. São linhas imaginárias verticais que passam
através do corpo Exemplo: Se descrevermos os ligamentos colaterais
do joelho. O ligamento colateral fibular está localiza-
Planos Frontais: Passam através do corpo em ângu- do lateralmente e o ligamento colateral tibial está loca-
los retos com o plano mediano, dividindo o corpo em lizado medialmente, ou seja, quanto próximo ou mais
partes anterior (frente) e posterior (de trás). São planos afastado do plano sagital mediano
verticais.
Planos Transversais (Horizontais): Passam através
do corpo em ângulos retos com os planos coronal e
mediano. Divide o corpo em partes superior e infe-
rior.
Planos de delimitação: Em um indivíduo, em posi-
ção anatômica, dentro de um caixão. As paredes que
constituem o caixão, em número de seis, representa-
riam os planos de delimitação:
Plano Superior: a parede acima da cabeça do indiví-
duo.
Plano Inferior: a parede que passa por baixo dos pés. Proximal: quando o ponto está mais próximo da raiz
do membro usando como referência o tronco.
Plano Anterior: a parede passa na frente do corpo.
Distal: quando o ponto está mais afastado da raiz do
Plano Posterior: a parede que passa atrás do indiví- membro. Longe do tronco ou do ponto de inserção.
duo, nas costas. Exemplo: O braço é considerado proximal quando
Planos Laterais: são as paredes que passam dos lados comparado ao antebraço (distal), pois está próximo da
do corpo, que delimitam os membros em esquerdo e raiz de implantação do membro (cintura escapular).
direito. Superficial: quando está mais perto da superfície do
corpo.
Termos Anatômicos Profundo: quando está mais afastado da superfície do
corpo.
Exemplo: O peritônio esta mais superficial que os
Termos de posição e direção: rins, mais profundo.

Termos de movimento:

Flexão: diminuição do ângulo ou curvatura entre os


ossos ou partes do corpo.
Extensão: aumentar ou endireitar o ângulo entre os
ossos ou partes do corpo

Módulo 1 31
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Adução: movimento na direção do plano mediano.
Abdução: afastar-se do plano mediano. Sistema ósseo
Rotação Medial: traz a porção anterior de um mem-
bro para mais perto do plano mediano. O corpo humano é sustentado pelo esquele-
Rotação Lateral: leva a porção anterior para longe do to ósseo que além da sustentação tem ainda as fun-
plano mediano. ções de proteger os órgãos internos e fornecer pontos
de apoio para a fixação dos músculos, ligamentos e
Pronação: quando a palma da mão está virada para o tendões, fazer parte dos movimentos, formar células
plano posterior é o movimento de rotação medial do sanguíneas e ser fonte de reserva de minerais (espe-
antebraço e mão. cialmente cálcio e fósforo).
Supinação: quando a palma da mão está virada o O esqueleto humano adulto é formado por
plano anterior, como na posição anatômica é o movi- 208 ossos que tem articulações cartilaginosas que são
mento de rotação lateral do antebraço e mão. responsáveis pelos movimentos.
Inversão: é o movimento da sola do pé na direção ao É chamado de endoesqueleto, pois está reco-
plano mediano. berto por músculos, e é capaz de crescer, reparar as
Eversão: é o movimento da sola do pé se afastando suas estruturas e adaptar-se as a maioria das condições
do plano mediano. que possam acontecer.
Dorsiflexão (flexão dorsal): é quando se levantam os Está divido em:
dedos do solo ou quando se caminha morro acima. É Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, pela
o movimento de flexão na articulação do tornozelo. coluna vertebral e caixa torácica.
Plantiflexão (flexão plantar): é quando se fica em pé Esqueleto apendicular: formado pela cintura escapu-
na ponta dos dedos. É o movimento de dobrar o pé ou lar, cintura pélvica, membros superiores e membros
dedos em direção à face plantar. inferiores
Identifique as estruturas:
Cabeça ou caixa craniana

Ossos do crânio: occipital, esfenoide, etmoide, fron-


tal, parietal e temporal;
Ossos da face: palatino, lacrimal, vômer, concha na-
sal inferior,  zigomático, maxilar, nasal e mandíbula.

Ouvido
Ossos do ouvido: estribo, martelo e bigorna.

Módulo 1 32
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Pescoço Coluna vertebral
Osso do pescoço: hioide.

Tórax
Ossos do tórax: esterno e 24 costelas
Vértebras cervicais: 7 ossos;
Vértebras torácicas: 12 ossos
Vértebras lombares: 5 ossos;
Vértebras sacrais: 5 ossos;
Vértebras coccígeas: 4 ossos

Braço

Ossos do braço: rá-


Cintura escapular dio, úmero, carpo e
Ossos da cintura escapular: clavícula e escápula ulna.

Mão (palma e punho)

Módulo 1 33
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Ossos da mão: escafoide, pisiforme, trapézio, trape- Identifique as estruturas ósseas de acordo com os nú-
zoide, semilunar, piramidal, capitato, hamato e meta- meros.
carpos e falanges.
Sistema muscular
Cintura pélvica
O sistema muscular é o conjunto de órgãos
(músculos) que lhes permite moverem-se, tanto exter-
na, como internamente.
O sistema muscular dos vertebrados é forma-
do por três tipos de músculo:
Estriado: controlados pela vontade do homem, e por
serem ligados aos ossos permitem a movimentação do
corpo.
Liso: involuntários e trabalham para movimentar os
Ossos da cintura pélvica: o anel ósseo formado en- órgãos internos (exemplo: movimentos do esôfago).
tre o íleo, ísquio e púbis, além do sacro e cóccix (este Cardíaco: é um músculo estriado, que move o cora-
parte da coluna vertebral) compõem a pelve ou cintu- ção; no entanto, possui como característica não estar
ra pélvica. sob qualquer controle voluntário, sendo por isso colo-
cado a parte.
Perna Os movimentos dos músculos são controla-
dos pelo sistema nervoso.
Temos aproximadamente 212 músculos, sen-
do 112 na região frontal e 100 na região dorsal.
Cada músculo possui o seu nervo motor, o
qual se divide em muitos ramos para poder controlar
todas as células do músculo.
O sistema nervoso recebe as informações do
corpo e reage de acordo com elas. Facilmente se per-
cebe que qualquer problema ou alteração existente no
corpo afeta o sistema nervoso.
O sistema muscular é capaz de efetuar imensa
variedade de movimentos, onde todas essas contra-
Ossos da perna: fêmur, patela, tíbia e fíbula. ções musculares são controladas e coordenadas pelo
cérebro.

Constituição do músculo

Os tecidos musculares são responsáveis pelos


movimentos corporais e são constituídos por células
alongadas denominadas fibras musculares.
Apresentam-se ligados a ossos, ligamentos,
fáscias, cartilagens ou pele.

Módulo 1 34
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Os músculos são os órgãos ativos do movi-
mento.
São eles dotados da capacidade de contrair-se
e de relaxar-se, e, em consequência, transmitem os
seus movimentos aos ossos sobre os quais se inserem,
e formam o sistema passivo do aparelho locomotor.
A musculatura toda do corpo humano pode
ser dividida em duas categorias:
Esqueléticos: que se ligam ao esqueleto; estes mús-
culos se inserem sobre os ossos e sobre as cartilagens
e contribuem, com a pele e o esqueleto, para formar
o invólucro exterior do corpo. São chamados vulgar-
mente de “carne” e são comandados pela vontade.
Viscerais: os que entram na constituição dos órgãos
profundos, ou vísceras, para assegura-lhes determina-
dos movimentos. Estes músculos têm estrutura lisa e
funcionam independentemente da nossa vontade

O tônus é o estado de excitabilidade do siste-
ma nervoso que controla ou influencia os músculos
esqueléticos. A manutenção do tônus depende dos
impulsos que chegam ao encéfalo e medula espinhal,
a partir das terminações sensitivas nos músculos, ten-
dões e articulações.
Hipertrofia: A hipertrofia é o aumento do tamanho
da fibra muscular ou crescimento de uma célula ou
órgão ou tecido. Neste caso não há o aumento no nú-
mero de células. Há o aumento na secção transversa
do músculo, ou seja, aumento no tamanho.
Hiperplasia: A hiperplasia é o crescimento por au-
mento do número de células no músculo

Principais músculos:

Módulo 1 35
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
tipos: dentição de leite que inicia em torno dos sexto
mês e completa-se aos três anos e são 20 dentes e den-
tição permanente que inicia em torno 6 anos e deve
se completa aos 18 anos e deverá ficar por toda a vida
são 32 dentes

Identifique alguns dos músculos conforme os núme-


ros

Sistema digestivo

Conceitos:
Deglutição: ato de engolir os alimentos
Digestão: a digestão é o conjunto das transforma-
ções, mecânicas e químicas, que os alimentos orgâni- Faringe
cos sofrem ao longo de um sistema digestivo, para se
converterem em compostos menores hidrossolúveis e Situada no final da cavidade bucal é um canal comum
absorvíveis. aos Sistemas digestório e respiratório. Passam por ela
o alimento e o ar.

Funções:
Preensão, mastigação, deglutição, digestão,
absorção e expulsão dos resíduos. Esôfago
Também tem como função retirar dos alimen- Tubo de 20 a 25 cm que liga a faringe ao estô-
tos ingeridos os nutrientes necessários para o desen- mago, é dotado de movimentos peristálticos (empurra
volvimento e a manutenção do organismo, isto é , o os alimentos)
tubo digestivo tem a função de transformar alimento O alimento leva de 5 a 10 segundos para per-
em nutrientes e absorvê-los. correr o esôfago
Órgãos: E tem um esfíncter que se chama cárdia que
Boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado quando está relaxado permite a passagem do alimento
(duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (ceco, cólon para o estômago.
ascendente, cólon transverso, cólon descendente, có-
lon sigmoide e reto) Movimentos peristálticos:

Glândulas anexas:
Pâncreas, fígado, glândulas salivares
Boca
Possui: Língua e Dentes
Língua: Movimenta o alimento para que seja engoli-
do. E possui as papilas gustativas que percebem os 4
sabores: doce , salgado, azedo e amargo
Dentes: Cortam e trituram os alimentos. São de dois
Módulo 1 36
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Estômago Cárdia e Piloro

É uma bolsa de parede musculosa que está lo-


calizada ao lado esquerdo do abdome e liga o esôfa-
go ao intestino delgado. Comunica-se com o esôfago
através da válvula chamada cárdia que fica próxima ao
coração e com o intestino delgado através do piloro.
A mucosa do estomago está sempre sendo re-
generada, pois suas células são continuamente lesadas
pelo suco gástrico.
O alimento pode permanecer até 4 horas no
estômago e é a transformado em uma massa acidifica-
da e semilíquida chamada quimo.
Sua principal função é a digestão de alimentos Intestino delgado
proteicos através de glândulas que produzem o suco
gástrico que facilita a digestão.
É um tubo com 6 m de comprimento com 4
O revestimento produz o muco, que tem a cm de diâmetro, dividido em 3 regiões: o duodeno
função de proteção contra o suco gástrico (ácido clo- com 25cm, o jejuno com 5m e o íleo com 1,5m. A
rídrico). digestão do quimo ocorre no duodeno e no jejuno.
As células que revestem o estômago secretam O suco pancreático que contém diversas enzimas di-
três substâncias importantes: o muco, o ácido clorídri- gestivas atua no duodeno juntamente com a bile que
co e o precursor da pepsina (uma enzima que quebra é responsável por quebrar as moléculas de gordura.
as proteínas). O intestino delgado possui vilosidades intestinais que
tem a função de absorver os alimentos após a diges-
tão.

Esfíncter

Módulo 1 37
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Intestino grosso Pâncreas
Assim como o intestino delgado, o intestino Está situada atrás do estômago e produz o
grosso é um tubo com mais ou menos 1,5 m de com- suco pancreático que através dos ductos pancreático é
primento por de 6 a 7 cm de diâmetro, é no intestino despejado no duodeno e auxilia na absorção dos car-
grosso que é feita a absorção da água e de alguns nu- boidratos e proteínas.
trientes. Os restos das refeições podem permanecer
por até três dias. E na região final o bolo fecal se so-
lidifica e se transforma em fezes sendo expulsas pelo
reto.
O intestino grosso se divide em ceco, cólon
ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cur-
va sigmoide e reto.

Fígado

Situado à direita do estomago é a maior glân-


dula do corpo, pesando cerca de 1,5 kg e produz a
bile que é secretada no duodeno através do colédoco,
canal que liga a vesícula biliar ao sistema digestivo. A
vesícula fica sob o fígado.

Reto: Mucosa anal

Glândulas anexas

São estruturas que se comunicam através de


canais com o sistema digestivo e desempenham fun-
ções importantes no processo digestório mesmo não
fazendo parte do tubo digestivo. São elas: o pâncreas,
o fígado, e as glândulas salivares.

Glândulas salivares

São três pares que produzem saliva e são es-


timuladas pela visão e pelo cheiro dos alimentos. A
saliva serve para iniciar o processo digestivo e formar
o bolo alimentar.
Módulo 1 38
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Movimentos respiratórios:

Inspiração Expiração

Identifique as estruturas numeradas: Nariz

O nariz é uma protuberância situada no cen-


tro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz
externo e a escavação que apresenta interiormente co-
nhecida por cavidade nasal.
O nariz externo tem a forma de uma pirâmide
triangular de base inferior e cuja face posterior se ajus-
ta verticalmente no 1/3 médio da face.
As faces laterais do nariz apresentam uma sa-
liência semilunar que recebe o nome de asa do nariz.

Sistema respiratório

A função do sistema respiratório é facultar ao


organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, O ar entra no trato respiratório através de duas
assegurando permanente concentração de oxigênio aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pelas
no sangue, necessária para as reações metabólicas, e cavidades nasais direita e esquerda, que estão reves-
em contrapartida servindo como via de eliminação de tidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa
gases residuais, que resultam dessas reações e que são essas duas cavidades. Os pelos do interior das narinas
representadas pelo gás carbônico. filtram grandes partículas de poeira que podem ser
Este sistema é constituído pelos tratos (vias) inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células
respiratório superior e inferior. O trato respiratório receptoras para o olfato.
superior é formado por órgãos localizados fora da cai-
xa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, la-
ringe e parte superior da traqueia. O trato respiratório
inferior consiste em órgãos localizados na cavidade
torácica: parte inferior da traqueia, brônquios, bron-
quíolos, alvéolos e pulmões que se compõe de pulmão
direito com 3 lobos e pulmão esquerdo com 2 lobos.

Módulo 1 39
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

A cavidade nasal é a escavação que encontra-


mos no interior do nariz, ela é subdividida em dois
compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada
compartimento dispõe de um orifício anterior que é a
narina e um posterior denominado coana. As coanas
fazem a comunicação da cavidade nasal com a faringe.
É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado,
ou seja, é filtrado, umedecido e aquecido.
A cavidade nasal contêm várias aberturas de
drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é
drenado. Os seios paranasais compreendem os seios
maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal.
Laringe

A laringe é um órgão curto que conecta a fa-


ringe com a traqueia. Ela se situa na linha mediana
do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebras
cervicais.
A laringe tem três funções que são produzir o
som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa
de voz), atuar como passagem para o ar durante a res-
piração e impedir que o alimento e objetos estranhos
entrem nas estruturas respiratórias (como a traqueia).

A laringe desempenha função na produção de


som, que resulta na fonação. Na sua superfície interna,
encontramos uma fenda anteroposterior denominada
vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega
vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas
vocais verdadeiras).

Faringe

A faringe é um tubo que começa nas coanas


e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo
atrás das cavidades nasais e logo a frente as vértebras
cervicais. Sua parede é composta de músculos esque-
léticos e revestida de túnica mucosa. A faringe funcio-
na como uma passagem de ar e alimento.
A faringe é dividida em três regiões anatômi- Traqueia
cas: a nasofaringe, a orofaringe e a laringofaringe.
A traqueia é um tubo de 10 a 12,5cm de com-
primento e 2,5cm de diâmetro. Constitui um tubo que
faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina

Módulo 1 40
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa distribuindo-se a um segmento pulmonar.
medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua Os brônquios dividem-se respectivamente em
terminação, desvia-se ligeiramente para a direita. tubos cada vez menores denominados bronquíolos.
O arcabouço da traqueia é constituído aproximada- As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e
mente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para não possuem cartilagem.
trás, que são denominadas cartilagens traqueais.
Internamente a traqueia é forrada por mucosa, onde Os bronquíolos continuam a se ramificar, e
abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a dão origem a minúsculos túbulos denominados duc-
expulsão de mucosidades e corpos estranhos. tos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas
Inferiormente a traqueia se bifurca, dando origem aos microscópicas com forma de uva chamados alvéolos.
2 brônquios principais: direito e esquerdo. Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que
constituem o final das vias respiratórias. Um capilar
pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéo-
los é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da
membrana capilar alvéolo-pulmonar.

Brônquios Pulmões
Os pulmões são órgãos essenciais na respira-
ção. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no
Os brônquios principais fazem a ligação da interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmos-
traqueia com os pulmões, são considerados um direito férico com o sangue circulante, ocorrendo então, as
e outro esquerdo. A traqueia e
os brônquios extrapulmonares
são constituídos de anéis in-
completos de cartilagem hiali-
na, tecido fibroso, fibras mus-
culares, mucosa e glândulas.
O brônquio principal
direito é mais vertical, mais
curto e mais largo do que o
esquerdo. Como a traqueia, os
brônquios principais contêm
anéis de cartilagem incomple-
tos.
Os brônquios princi-
pais entram nos pulmões na
região chamada HILO. Ao
atingirem os pulmões corres-
pondentes, os brônquios prin-
cipais subdividem-se nos brô-
nquios lobares.
Os brônquios lobares
subdividem-se em brônquios
segmentares, cada um destes

Módulo 1 41
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
trocas gasosas (hema- A camada externa é aderida à parede da cavi-
tose). Eles estendem- dade torácica e ao diafragma, e é denominada Pleura
-se do diafragma até Parietal (reflete-se na região do hilo pulmonar para
um pouco acima das formar a pleura visceral). A camada interna, a Pleura
clavículas e estão jus- Visceral reveste os próprios pulmões (adere-se intima-
tapostos às costelas. mente à superfície do pulmão e penetra nas fissuras
O pulmão direito é o entre os lobos).
mais espesso e mais
largo que o esquerdo. Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se
Ele também é um pou- um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém
co mais curto, pois o pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado
diafragma é mais alto pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as tú-
no lado direito para nicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma
acomodar o fígado. sobre a outra, durante a respiração.
O pulmão esquerdo tem uma concavidade
que é a incisura cardíaca.
Cada pulmão tem uma forma que lembra uma
pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três
faces.

Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem


forma levemente arredondada. Apresenta um sulco
percorrido pela artéria subclávia, denominado sulco
da artéria subclávia. No corpo, o ápice do pulmão
atinge o nível da articulação esterno-clavicular.
Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma Hilo do Pulmão: A região do hilo localiza-se na face
forma côncava, apoiando-se sobre a face superior do mediastinal de cada pulmão sendo formado pelas
diafragma. A concavidade da base do pulmão direito estruturas que chegam e saem dele, onde temos: os
é mais profunda que a do esquerdo (devido à presença brônquios principais, artérias pulmonares, veias pul-
do fígado). monares, artérias e veias bronquiais e vasos linfáticos
Faces: O pulmão apresenta três faces:
Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e
convexa, voltada para a superfície interna da cavidade
torácica.
Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava
que assenta sobre a cúpula diafragmática.
Face Mediastínica (face medial): é a face que pos-
sui uma região côncava onde se acomoda o coração.
Dorsalmente encontra-se a região denominada hilo
ou raiz do pulmão.
Sistema cardiovascular
Divisão: Os pulmões apresentam características mor-
fológicas diferentes.
O pulmão direito apresenta-se constituído A função básica do sistema cardiovascular é
por três lobos divididos por duas fissuras. Uma fissura a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O
obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e sistema circulatório é um sistema fechado, sem comu-
superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo nicação com o exterior, constituído por tubos, que são
superior do lobo médio. chamados vasos, e por uma bomba percussora.
O pulmão esquerdo é dividido em um lobo
superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua.
Anteriormente e inferiormente o lobo superior do Fisiologia do Sistema Circulatório ou Cardiovascular
pulmão esquerdo apresenta uma estrutura que repre- Esse sistema é constituído por um fluido cir-
senta resquícios do desenvolvimento embrionário do culante (o sangue ou hemolinfa) que é transportado
lobo médio, a língula do pulmão. no interior de vasos, banhando todas as células do or-
Pleuras: É uma membrana serosa de dupla camada ganismo. Esse líquido é impulsionado por uma bom-
que envolve e protege cada pulmão. ba propulsora, o coração.

Módulo 1 42
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Funções do sistema cardiovascular: porção de vasos arteriais e venosos.

► Distribuição de nutrientes absorvidos no intestino


delgado e do gás oxigênio captado nos pulmões para
todas as células do corpo.
► Retirar das células as excretas e o gás carbônico
resultante do metabolismo.

O sistema cardiovascular consiste no sangue,


no coração e nos vasos sanguíneos.
O coração é a bomba que promove a circu-
lação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros de Diferenças anatômicas e fisiológicas entre artérias, ca-
vasos sanguíneos pilares e veias
Circulação Pulmonar ou Pequena Circulação:
leva sangue do ventrículo direito do coração para os
pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração.
Circulação Sistêmica ou Grande Circulação: é a
maior circulação; ela fornece o suprimento sanguíneo
para todo o organismo.

O fluxo de sangue é mantido nas artérias por:


► Pressão gerada pelos batimentos cardíacos.
► A pressão é mantida pela resistência das paredes
arteriais.

O fluxo de sangue é mantido nas veias por:


► Pela contração da musculatura esquelética
► E o refluxo é impedido por valvas (ou válvulas)

Circulação
Fluxo sanguíneo nas veias

O sangue é impulsionado pelo coração e corre


o tempo todo no interior de um vaso (artéria, veia ou
capilar).
De forma geral, todo vaso que sai do coração,
conduzindo sangue deste para os tecidos, é uma arté-
ria; todo vaso que chega ao coração, trazendo sangue
dos tecidos, é uma veia.

Exceto na circulação pulmonar que as artérias


trazem sangue venoso e as veias levam o sangue arte-
rial pra o coração.
Os vasos sanguíneos se ramificam e formam
uma rede de capilares sanguíneos, a qual conecta a
Módulo 1 43
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Membranas cardíacas
Coração Pericárdio: a membrana que reveste e protege o co-
ração
Apesar de toda a sua potência, o coração, em Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do
forma de cone, é relativamente pequeno, aproximada- coração. É composto de músculo estriado cardíaco.
mente do tamanho do punho fechado. Endocárdio: é a camada mais interna do coração.
O coração fica apoiado sobre o diafragma,
perto da linha média da cavidade torácica, no medias-
tino, a massa de tecido que se estende do esterno à
coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras)
dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a
esquerda da linha média do corpo. A posição do cora-
ção, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo
exame de suas extremidades, superfícies e limites.
A extremidade pontuda do coração é o ápi-
ce, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda.
A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a
base, dirigida para trás, para cima e para a direita.

Limites do coração

A superfície anterior fica logo abaixo do es-


terno e das costelas. A superfície inferior é a parte do
coração que, em sua maior parte repousa sobre o dia-
fragma, correspondendo a região entre o ápice e abor-
da direita.

Anatomia do coração humano

Configuração Interna
A pulmão direito a borda esquerda, também
chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão
esquerdo. Posteriormente a traqueia, o esôfago e a ar- O coração possui quatro câmaras: dois átrios
téria aorta descendente. e dois ventrículos. Os átrios (as câmaras superiores)
recebem sangue; os ventrículos (câmaras inferiores)
bombeiam o sangue para fora do coração.

Módulo 1 44
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O átrio direito é separado do esquerdo por Válvulas Cardíacas
uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrí-
culo direito é separado do esquerdo pelo septo inter-
ventricular. São estruturas formadas basicamente por teci-
do conjuntivo que se encontram à saída de cada uma
das quatro câmaras do coração. Se interpõem átrios
e ventrículos bem como nas saídas das artérias aor-
ta e artéria pulmonar. Elas permitem o fluxo de san-
gue em um único sentido não permitindo que este
retorne fechando-se quando o gradiente pressórico
se inverte. O que regula a abertura e fechamento das
valvas são as pressões dentro das câmaras cardíacas.
Existem quatro válvulas no coração que são:

Mitral ou bicúspide: Possui dois folhetos. Permite o


fluxo sanguíneo entre o átrio esquerdo e o ventrículo
esquerdo.
Tricúspide: Possui três folhetos. Permite o fluxo san-
guíneo entre o átrio direito e o ventrículo direito.
Aórtica: Permite o fluxo sanguíneo de saída do ven-
trículo esquerdo em direção à aorta.
Pulmonar: Permite o fluxo sanguíneo de saída do
ventrículo direito em direção à artéria pulmonar.

Módulo 1 45
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Grandes Vasos Cardíacos

Sistema Arterial

Ciclo cardíaco

As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-


-se alternadamente 70 vezes por minuto, em média. O
processo de contração de cada câmara do miocárdio
(músculo cardíaco) denomina-se sístole. O relaxamen-
to, que acontece entre uma sístole e a seguinte, é a
diástole.
Marca passos do coração: automatismo cardíaco:
sistema de geração de impulsos elétricos que resultam
na contração rítmica da miocárdio.
Cada marca passo é formado por um conjunto
de células especializadas na produção e condução de
impulsos elétricos que fazem o miocárdio se contrair.

Módulo 1 46
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

A artéria aorta se encurva formando um arco


para a esquerda dando origem a três artérias (artérias
da curva da aorta) sendo elas:
1 - Tronco braquiocefálico arterial
2 - Artéria carótida comum esquerda
3 - Artéria subclávia esquerda
O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias:
4 - Artéria carótida comum direita
Algumas veias importantes do corpo humano:
5 - Artéria subclávia direita

Módulo 1 47
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Principais artérias de verificação de pulsos:

Módulo 1 48
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Módulo 1 49
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Identifique as estruturas numeradas:

Sangue
Grupos Sanguíneos e fator Rh
Para manter os seus processos vitais o orga-
nismo humano precisa de nutrientes que são transpor-
tados pelo sangue através das artérias e é também pelo
Conforme a presença de elementos chamados
sangue que são transportados os elementos indesejá- de antígenos no sangue, este, pode ser classificado em
veis, como o gás carbônico e a ureia entre outros queA+/-, B+/-, AB+/- e O+/- e de acordo com esta classifi-
é expelido pelo pulmão e eliminado pelos rins respec-cação podemos doar ou receber sangue. A presença
tivamente. destes fatores é hereditária sendo transmitida pelo pai
e pela mãe.
Formação do Sangue O grupo sanguíneo não é o único fator que
Durante a vida embrionária e fetal – ocorre identifica o tipo de sangue. Temos ainda o fator Rh,
em vários órgãos: fígado, baço, medula óssea verme- um antígeno que pode ou não estar presente na parede
lha, etc. dos glóbulos vermelhos. Quem tem é chamado de Rh
positivo (Rh+) e quem não tem de Rh negativo (Rh-)
Após o nascimento – ocorre apenas na medula óssea
vermelha. Abaixo uma tabela conforme o tipo de sangue
coo podem ser as doações

Estrutura e Funções:
Tipo de sangue Pode doar para Pode receber de
A+ A+ AB+ O+ O- A+ A-
O sangue é um tipo de tecido líquido cujas
A- A+ A- AB+ AB- O+ O-
células estão separadas por grande quantidade de plas-
ma. B+ B+ AB+ O O - B+ B-
+

B- B+ B- AB+ AB- O - B-
A porção celular do tecido sanguíneo, ou ele-
AB+ AB+ TODOS
mentos figurados do sangue, é composto por hemá-
cias, leucócitos e plaquetas. AB- AB+ AB- AB- O- A- B-
O+ A B AB+ O+
+ +
O+ O-
O sangue realiza o transporte de várias subs-
tâncias: gases, oxigênio e carbônico, nutrientes e hor- O- TODOS O-
mônios; também participa dos mecanismos de defesa
orgânica (sistema imunológico). Sistema linfático
Além de transporte de substâncias, o sangue
mantém a homeostase sistêmica por outros mecanis-
mos: regulação da temperatura, do pH e do volume de Conjunto de vasos cuja principal função é co-
água das células. letar a linfa, um líquido presente entre as células dos
tecidos, e levá-la de volta à circulação sanguínea.
Trata-se, portanto, de um sistema acessório ao siste-
ma circulatório sanguíneo.
Módulo 1 50
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
rins, por onde é eliminada. Além da ureia, os rins tam-
bém excretam excessos de sais, água e ácido úrico.

Componentes do Sistema Urinário

Os vasos linfáticos possuem paredes muito fi-


nas, assemelhando-se às dos capilares sanguíneos. → 2 rins
A linfa, substância que circula dentro destes → 2 ureteres
vasos, é um líquido de cor amarelada formada por → 1 bexiga urinária
plasma e leucócitos.
→ 1 uretra
Capilares linfáticos têm como um das funções
drenar o excesso de líquido tecidual
No percurso dos vasos linfáticos, estão os Rins
gânglios linfáticos, dilatações conhecidas como linfo-
nodos que tem no seu interior muitos leucócitos ou
glóbulos brancos que são células sanguíneas de defe- Órgãos de cor marrom-avermelhada, com
sa, formando uma tipo de “barreira” ao longo da rede cerca de 10 cm de comprimento, cujo formato lembra
linfática. um feijão.
A sua função é a detecção e o combate de Os rins estão localizados na parte posterior da
agentes potencialmente agressores, como vírus, bac- cavidade abdominal, abaixo do diafragma e ao lado da
térias, toxinas, células cancerosas, etc. coluna vertebral. É constituído pelos ductos coletores
A maior concentração está em certas regiões que formam as pirâmides renais, cujas extremidades
do corpo, como pescoço, axilas, virilhas, tórax e ab- desembocam nos cálices renais e, estes, convergem
dome. O aumento desses gânglios evidencia algum para a pelve renal (ou bacinete). Da pelve renal partem
tipo de alteração e podem ser percebidos por um exa- os ureteres.
me de palpação.

Sistema urinário

Esse sistema é responsável pela maior parte


da excreção. Este conceito define os processos pelos
quais o organismo se livra de substâncias tóxicas (ou
em excesso) resultantes do metabolismo celular, deno-
minadas excretas.
Ureia: a principal excreta eliminada pelo sistema uri-
nário.
Essa substância é produzida pelo fígado du-
rante o metabolismo dos compostos nitrogenados,
sobretudo dos aminoácidos.
Uma vez liberada no sangue, a ureia chega aos

Módulo 1 51
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
As unidades funcionais dos rins denominam- Diariamente passa nos glomérulos renais cer-
-se néfrons, os quais respondem pela filtração do san- ca de 2000L de sangue, resultando na produção de
gue. Cada rim pode ter de 1 a 4 milhões de néfrons. cerca de 160L de filtrado glomerular.
O néfron é uma estrutura tubular que possui, Normalmente, todas as substâncias úteis pre-
em uma das extremidades, uma dilatação chamada sentes no filtrado glomerular são reabsorvidas ao lon-
cápsula renal (ou de Bowman), no interior da qual está go dos túbulos renais, voltando para o sangue .
uma rede de capilares sanguíneos denominados glo- Entretanto, o excesso de substâncias não re-
mérulo renal (ou de Malpighi). Ao conjunto forma- torna e é eliminado na urina (ex.: glicose na urina de
do pela cápsula renal e pelo glomérulo renal dá-se o pessoas diabéticas).
nome de corpúsculo renal.
Ao final do processo, o filtrado glomerular
A cápsula renal comunica-se a um longo tubo, transformou-se em urina, um líquido contendo água,
o túbulo néfrico, que apresenta três regiões distintas: ureia, ácido úrico e sais. A cor amarelada deve-se a
o túbulo contorcido proximal, a alça néfrica (ou de presença de urobilina, excreta produzida pelo fígado
Henle) e o túbulo contorcido distal. Este último de- durante a degradação da hemoglobina das hemácias
semboca em um ducto coletor de urina. velhas.
Ureter, bexiga urinária e uretra.
O ureter é um tubo que interliga os rins e a
bexiga urinária.
A bexiga urinária localiza-se na cavidade pél-
vica. A função da bexiga é armazenar a urina que
vem continuamente dos ureteres até a sua eliminação.
Num adulto, pode armazenar um volume de 500ml a
800ml em média (em geral, os homens podem reter
um volume maior).

Produção da Urina nos Néfrons

O sangue a ser filtrado chega ao rim pela ar-


téria renal, que se ramifica em arteríolas aferentes no
interior do órgão.
A arteríola aferente, por sua vez, penetra no
interior da cápsula renal do néfron e se ramifica ainda
mais, formando o glomérulo renal (rede de capilares).
Esses capilares se fundem novamente originando a
arteríola eferente, que conduz o sangue para fora da
cápsula renal.

A uretra é um tubo que conecta a bexiga uri-


nária ao meio externo. Nos homens mede cerce da 18
cm e nas mulheres 3cm.

Módulo 1 52
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Internamente encontra-se o canal vaginal que
tem entre 8 a 10cm de comprimento, paredes elásticas
e liga o colo do útero a genitália externa. É o órgão
da cópula e por onde passa o fluxo menstrual e a saída
por onde passa o bebê no parto.
De cada lado da abertura do canal vaginal en-
contram-se as glândulas de Bartholin responsável por
secretar muco lubrificante.

Exercícios:
Identifique as estruturas
numeradas:

Internamente também temos o útero, órgão


oco situado anteriormente à bexiga e posteriormente
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ao reto na cavidade pélvica, tem a parede muscular es-
pessa chamada miométrio e o formato de pera inverti-
da. Internamente tem um revestimento muito vascula-
É constituído externamente pela vulva (ge- rizado chamado endométrio que é rico em glândulas.
nitália externa) e internamente pela vagina, o útero, Anatomicamente o útero é dividido em fundo, corpo,
duas trompas e dois ovários. Ainda temos as glândulas istmo e cérvix (o colo do útero). A abertura do útero
mamárias como integrantes do sistema reprodutor fe- na vagina chama-se óstio do útero.
minino
Fica no interior da cavidade pélvica.
A genitália externa também chamada de vulva
é delimitada pelos grandes lábios, duas pregas cutane-
omucosas intensamente inervadas e vascularizadas re-
cobertas por pelos pubianos que junto com os peque-
nos lábios, outra prega cutaneomucosa, tem a função
de proteger a abertura da uretra e o canal da vagina.
Na junção superior dos grandes lábios encon-
tra-se o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil
sendo homólogo ao pênis masculino.
Ainda fazem parte da genitália eterna o pre-
púcio do clitóris, dobra de pele que protege o clitóris.
O monte de vênus, pequena concentração de tecido
adiposo que tem a finalidade de diminuir o impacto
durante a relação sexual e fica acima do prepúcio do
clitóris e abertura da uretra. Na entrada do canal vagi-
nal encontra-se o hímen membrana circular que pro-
tege a entrada e se rompe na primeira relação sexual.

As tubas uterinas são dois ductos que tem


cerca de 10 cm e unem o útero aos ovários e são re-
vestidas por células ciliadas e executam movimentos
peristálticos.

Módulo 1 53
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
existem de quinze a vinte conjuntos glandulares em
cada seio. E tem a função de produzir o leite materno.

Os ovários são órgãos duplos que possuem


cerca de 3 cm de comprimento, 2 cm de largura e em
torno de 1,5 cm de espessura. Situa-se logo abaixo da
tuba uterina e são responsáveis pela gametogênese fe-
minina (óvulos) e produzem os hormônios estrógeno Exercícios:
e progesterona, que são junto com a hipófise respon-
sáveis pelas caraterísticas femininas e também regu-
lam a menstruação. Identifique as estrutu-
ras numeradas:

Sistema reprodutor masculino

O sistema reprodutor masculino é constituído


por:
Órgãos genitais externos:
As glândulas mamárias, em número de duas Pênis e escroto.
e são formadas por um conjunto de pequenas bolsas
de células secretoras conectadas entre si por ductos

Módulo 1 54
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Órgãos genitais internos: a barba masculina e os pelos púbicos.


→ Gônadas: testículos Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz.
→Vias genitais: epidídimos, canais deferentes e uretra. Produzem o aumento de massa muscular durante a
→Glândulas anexas: vesículas seminais e próstata puberdade.
→Testículos: O testículo é um órgão par, situado numa bolsa es-
croto, localizada atrás do pênis.
Órgãos ovoides localizados no exterior da cavidade
abdominal. São responsáveis pela produção de testos- Nos testículos encontramos grande quantidade de
terona (hormona masculina) que permite o desenvol- finos ductos, de calibre quase capilar, denominados
vimento dos órgãos genitais e dos caracteres sexuais túbulos seminíferos contorcidos. São nesses túbulos
secundários, como: contorcidos que se formam os espermatozoides.
Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer
→ Epidídimos: São dois tubos
enovelados que se situam no
bordo posterior dos testícu-
los. São órgãos onde se acu-
mulam os espermatozoides e
onde ocorre a sua maturação.
O ducto do epidídimo é tão
sinuoso que ocupa um espa-
ço de aproximadamente dois
centímetros de comprimento,
quando na realidade ele tem
seis metros de extensão e es-
tende-se longitudinalmente
na borda posterior do testícu-
lo.

Módulo 1 55
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
obliquamente acima da próstata, que elaboram um lí-
quido para ser adicionado na secreção dos testículos.
Secretam um líquido que contém frutose e
proteínas, vitamina C. A natureza alcalina do líquido
ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra mascu-
lina e trato genital feminino, que, de outra maneira,
tornaria inativos e mataria os espermatozoides.

→ Canais Deferentes: Canais com cerca de 40 cm de


comprimento, continuando os epidídimos. Cada um
deles penetra no abdômen e atravessa a próstata abre,
finalmente, na uretra. O ducto deferente é um longo
e fino tubo par. O funículo espermático esquerdo é
mais longo, o que significa que o testículo esquerdo
permanece em nível mais baixo que o direito.

Próstata: Glândula localizada abaixo da bexiga, cujos


→ Uretra: É comummente um canal destinado para canais excretores se abrem na uretra. Elabora o líqui-
a urina e para o esperma, ao qual se ligam os canais do prostático expulso na ejaculação.
deferentes. A próstata é mais uma glândula, cuja secreção
Atravessa o pênis, abrindo na extremidade é acrescentada ao líquido seminal.
deste órgão. Os músculos na entrada da bexiga con- Sua base está encostada no colo da bexiga e a
traem-se durante a ereção para que nenhuma urina primeira porção da uretra perfura-a longitudinalmen-
entre no esperma e nenhum esperma entre na bexiga. te pelo seu centro, da base ao ápice.

Glândulas Anexas
Órgãos Genitais Externos
Vesículas Seminais: Duas glândulas, sendo cada
uma delas constituída essencialmente por um tubo Pênis: O pênis o órgão erétil e copulador masculino.
enovelado intensamente enrolado sobre si mesmo. Se- Ele é representado por uma formação cilindroide que
gregam o líquido seminal (líquido que contém frutose se prende à região mais anterior do períneo. A extre-
e serve de nutriente aos espermatozoides), que é arma- midade mais saliente do pênis constitui a glande, que
zenado no seu interior, sendo eliminado na ejaculação. é recoberta por uma pele fina e deslizante, o prepúcio.
As vesículas seminais são duas bolsas membranosas
lobuladas, colocadas entre o fundo da bexiga e o reto, Principal órgão do aparelho sexual masculino,
sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos:
Módulo 1 56
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

na parte superior os corpos cavernosos e na inferior,


o corpo esponjoso do pênis (envolve e protege a ure-
tra).
No plano frontal em que os corpos cavernosos
terminam anteriormente, o corpo esponjoso apresen-
ta uma dilatação essa denominada glande. O rebordo
que contorna a base da glande recebe o nome de coroa
da glande.
No ápice da glande encontramos um orifício,
que é o óstio externo da uretra.

Escroto: Bolsa onde estão contidos os testículos. A


função do escroto ou bolsa escrotal é regular a tem-
peratura, afastando os testículos do corpo, de forma
a manter a temperatura mais baixa relativamente à
cavidade abdominal, imprescindível à formação dos
espermatozoides.

Módulo 1 57
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
AXÔNIO: é um único prolongamento, responsável
Exercícios: por conduzir os impulsos e pode medir vários metros
ou apenas alguns milímetros.
Identifique as es-
truturas numera- CORPO CELULAR: é o centro de transmissão de
das: onde partem todos os impulsos nervosos.

Sistema nervoso

O sistema nervoso é o principal sistema do


nosso organismo, ele é o responsável pelas nossas rea-
ções ao meio ambiente.
Tem três funções principais que são todas Impulsos nervosos são os estímulos conduzi-
sincronizadas uma as outras. A função sensitiva que dos através do organismo pelos neurônios (sinapses)
permite que sintamos os estímulos (alterações) do que se fazem partes das cadeias neuronais.
ambiente externo e também as alterações dentro do
corpo. A partir destes estímulos a função integrado-
ra analisa estas informações, toma as decisões neces- Sinapse é a ligação entre um axônio e um den-
sárias e armazena parte desta informação e a função drito.
motora que vai responder a estes estímulos iniciando
com as ações necessárias que podem ser através de Bainha de mielina é o envoltório formado por
contrações ou secreções hormonais. mielina que faz uma camada isolante no axônio.
O conjunto formado por axônios é chamado
de fibra nervosa.
A transmissão de uma alteração elétrica ao
longo da membrana do neurônio a partir do ponto
em que ele foi estimulado é o impulso nervoso.
Os neurônios que conduzem os estímulos aos
centros nervosos são chamados de neurônios sensiti-
vos, sensoriais ou aferentes e os que trazem as respos-
tas dos centros nervosos são os neurônios motores ou
eferentes.
O nosso organismo tem espalhado por todo o
corpo fibras nervosas que são chamadas de nervos.

E o sistema nervoso divide-se em:

A unidade Básica do sistema nervoso é a célu-


la nervosa, chamada de neurônio.
Os neurônios são responsáveis por conduzirem os es-
tímulos através do organismo pelas cadeias neuronais
sob a forma de impulsos nervosos.

Partes de um neurônio:
DENDRITOS: São prolongamentos curtos que re-
cebem os impulsos nervosos, sendo vários em um
mesmo neurônio.

Módulo 1 58
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

O cérebro divide-se em duas partes chamadas


hemisférios direito e esquerdo. E é constituído na sua
superfície por sulcos e fissuras. E pesa em torno de
1200 gramas. Cada hemisfério é dividido pelos sulcos
em lobos que tem funções e comandam áreas especí-
O sistema nervoso central ou SNC é formado ficas.
pelo encéfalo e medula espinhal (ME).

SNC- LOCALIZADO NA CAIXA CRANIANA


ME- LOCALIZADA NA COLUNA VERTEBRAL

O encéfalo é constituído pelo: cérebro, cere-


belo e tronco encefálico. E é protegido pelos ossos
cranianos, pelas meninges e pelo líquido cerebroespi-
nhal chamado de líquor.

O cerebelo é responsável pela manutenção do


equilíbrio e pelo controle dos movimentos.
O tronco encefálico ou tronco cerebral é a es-
trutura responsável por unir o encéfalo a medula es-
pinhal e desempenha a função de regular os centro
respiratório, cardiovascular e gastrointestinal isto é, as
principais atividades vitais.

Módulo 1 59
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

A medula espinhal mede entre 42 e 45 cm de


comprimento e está localizada no interior da coluna
vertebral e vai desde a base do crânio até a segunda
vértebra lombar. E é de onde se irradiam os 31 pares
de nervos espinhais. Tem como função conduzir os
estímulos da periferia até o encéfalo através dos im-
pulsos sensitivos e através dos impulsos motores, os As meninges são responsáveis pela proteção de todo o
estímulos do encéfalo para a periferia. E ainda tem a SNC e são três túnicas de tecido conjuntivo chamadas
função de centro reflexo que dá as respostas automáti- de dura-máter a mais externa e mais espessa, aracnoi-
cas aos estímulos. de constituída por tecido delicado e fino e a pia-máter
a mais interna e que recobre o encéfalo e a medula
espinhal.
A proteção da medula espinhal é feita pelos O espaço subaracnóideo é por onde circula o líquor
ossos da coluna vertebral, pelas meninges, pelo líqui- e localiza-se entre as membranas pia-máter e a arac-
do cefalorraquidiano e pelos ligamentos vertebrais. noide.
O líquor ou líquido cefalorraquidiano é transparente
e circula pelo encéfalo através dos 4 ventrículos e por
todo o SNC. Tem como função manter a pressão ce-
rebral e proteger de impactos o SNC

Módulo 1 60
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O sistema nervoso periférico (SNP) fisiologi-
camente se divide em sistema nervoso somático que
é o sistema voluntário que funciona de acordo com
nossa vontade. Um exemplo é o tecido muscular e o
sistema nervoso autônomo que é involuntário, isto é,
independe de nosso comando e é dividido em sistema
nervoso autônomo simpático (SNAS) e sistema ner-
voso autônomo parassimpático (SNAP) que são anta-
gônicos, um produz uma reação contraria ao outro.
O SNAS atua na liberação dos impulsos sob
situações de emergência quando há uma situação de
estresse físico ou psíquico e o SNAP nas situações não
estressantes como em repouso.
O sistema nervoso periférico (SNP) é compos-
to pelos nervos cranianos e pelos nervos espinhais. É
o que SNP conduz os impulsos nervosos ao SNC e
deste para os músculos e glândulas através das termi-
nações nervosas que se encontram em várias partes do
corpo.
Os nervos cranianos são em número de 12
pares e conectam o encéfalo aos órgãos dos sentidos
e músculos localizados na cabeça com diferentes fun-
ções.
Os nervos espinhais são os nervos da coluna
espinhal em número de 31 pares e são denominados
conforme a sua localização na coluna vertebral: 8 cer-
vicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccige-
no.

Identifique as estruturas numeradas:

Sistema endócrino
8 cervicais
12 torácicos
Função: produzir substâncias através das glân-
5 lombares dulas e juntamente com o sistema nervoso atuar na
5 sacras coordenação de todas as atividades do organismo.
1 coccígeno Glândula: é um órgão cuja função é produzir e secre-
tar algumas substâncias com uma função pré-deter-
minada. Esta substância pode ser secretada dentro do
Sistema Circulatório (hormônios) ou fora dele (outras
secreções).
Módulo 1 61
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Existem três tipos de glândulas: FSH (h. folículo estimulante) e LH ( luteinizante):
Atuam sobre os ovários e os testículos estimulando a
Glândulas exócrinas: possuem um canal secretor produção de gametas e hormônio sexuais.
que transporta suas secreções para fora do corpo ou TSH (tireotrófico): estimula a tireoide a secretar seus
para o interior de um órgão oco. Ex: glândulas saliva- hormônios.
res/sudoríparas.
Glândulas endócrinas: não apresentam um canal Hormônio da neuro-hipófise:
secretor; portanto as substâncias produzidas (hormô-
nios), são lançados diretamente na circulação sanguí- ADH (hormônio antidiurético): promove a reabsor-
nea. ção de água pelos rins.
Glândulas mistas (anfícrinas): funcionam como Ocitocina: estimula a contração dos músculos do úte-
exócrinas e endócrinas. Ex: Pâncreas ro e das glândulas mamárias.

Glândulas do Sistema Endócrino Tireoide

Localizada abaixo da laringe tem o formato de bor-


boleta.
Hipófise (glândula pituitária):
Hormônios da tireoide: Tiroxina (T3) e triiodotiro-
nina (T4): estimula e mantém o metabolismo. Regula
o hormônio tireotrófico.
Calcitocina: baixa o nível de cálcio no sangue e inibe
a liberação de cálcio nos ossos

Paratireoide

Pequena, está conectada com hipotálamo localizada


abaixo do encéfalo e divide-se:
► Adeno-hipófise na parte anterior
► Neuro-hipófise na parte posterior

Hormônios da adeno-hipófise:
São pequenas massas arredondadas de tecido glandu-
lar.
Hormônio do crescimento: estimula o crescimento.
Hormônio da paratireoide:
Prolactina: produção de leite.
Paratormônio: eleva o nível de cálcio no sangue e es-
timula a liberação de cálcio nos ossos.

Módulo 1 62
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Hormônios do pâncreas (função endócrina):
Suprarrenais Insulina: que é o hormônio responsável por aumen-
tar a capacidade de absorção da glicose, diminuindo
o açúcar do sangue, que é estocado como glicogênio.
Glucagon: é através de seus estímulos que o glico-
gênio que está estocado nas células se transforma em
glicose quando há baixa dos níveis de glicemia do san-
gue, fazendo o efeito contrário da insulina.

Timo

Localizam-se sobre os rins. Em número de duas. São


formadas por duas partes, a medula e o córtex. Tam-
bém conhecidas como adrenais.

Hormônios das suprarrenais:


Produzidos pela medula da suprarrenal:
Localizado no tórax entre os pulmões e na frente do
Epinefrina ou adrenalina: aumenta o açúcar no san-
coração.
gue; causa vaso constrição na pele, nas mucosas e nos
rins e eleva a pressão arterial. Tem como função regular as defesas imunológicas. E
muda conforme a idade tendo em torno de 40g do
Norepinefrina ou noradrenalina: acelera os bati-
nascimento até adolescência e diminuindo até a ve-
mentos cardíacos; causa vaso constrição em todo o
lhice.
corpo.
Mas mantém a sua função de garantir o correto fun-
cionamento do sistema imunológico
Produzidos pelo córtex da suprarrenal:
Glicocorticoide: afeta o metabolismo de carboidra-
tos; aumenta o açúcar no sangue. Testículos
Mineralocorticoide: promove a reabsorção de sódio
e a excreção de potássio nos rins.

Pâncreas

É um órgão par, de forma ovoide que também faz


Situa-se entre duodeno e o baço atrás do estômago. parte do sistema reprodutor masculino.
Possui glândulas mistas (exócrina e endócrina). São as glândulas sexuais masculinas responsáveis pela
A função exócrina produz o suco pancreático e na produção de espermatozoides e pelos caracteres mas-
função endócrina é feita através das ilhotas de Lan- culinos dos seres humanos.
gerhans.

Módulo 1 63
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Hormônio dos testículos:
Testosterona: É responsável pelo desenvolvimento Exercícios:
dos caracteres sexuais masculinos, pela diferenciação Identifique as estru-
do feto na gravidez e estimula o impulso sexual. E é turas
o hormônio luteinizante (LH) produzido na hipófise
que estimula produção e atuação.

Ovários

Sistema sensorial

A nossa interação com o meio ambiente se dá


através da percepção que temos das condições do am-
biente, e esta percepção é proporcionada pelo sistema
Faz parte do sistema reprodutor feminino. É em nú- sensorial.
mero par e está no interior da cavidade pélvica. Con- O sistema sensorial é composto pelos órgãos
tém os folículos ovarianos onde estão os ovócitos. dos sentidos que tem a função de transformar em
impulsos nervosos as alterações percebidas por eles
Hormônios dos ovários: e transmitir ao sistema nervoso central que vai deco-
dificar estes estímulos e transformá-los em diferentes
Estrógeno: responsável pelo desenvolvimento do en- reações.
dométrio (parede uterina) e das características sexuais
femininas além de proteger o organismo contra a os- O sistema sensorial é constituído pelos sen-
teoporose e aterosclerose. tidos da visão, audição, paladar, olfato e tato. E estes
são percebidos respectivamente pelos olhos, orelhas,
Progesterona: Além de inibir as contrações uterinas língua, nariz e pele.
modifica o útero para receber o óvulo na preparação
para a gravidez.

Módulo 1 64
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
ção ao centro do globo ocular. A camada mais interna
é à saída da retina, através do nervo óptico.
Os cones e os bastonetes são dois tipos de cé-
lulas fotossensíveis que se encontram na retina.
A imagem mais nítida e rica em detalhes é for-
necida pelos cones e os bastonetes, são mais sensíveis
à luz que os cones, mas não têm poder de resolução
visual tão bom. O ponto cego está no fundo do olho e
é insensível à luz. Nele não tem cones ou bastonetes e
é de onde saem o nervo óptico e os vasos sanguíneos
da retina.

Meios transparentes
Córnea: Circular no seu contorno e de espessura uni-
forme é porção transparente da esclerótica. A lágrima,
Visão que é responsável por sua lubrificação, é secretada pe-
las glândulas lacrimais e drenada através do orifício no
canto interno para a cavidade nasal.
A observação da luz, das formas e tamanhos
dos objetos, das cores é feita pelos olhos que são duas Humor aquoso:  Situa-se entre a córnea e o cristali-
bolsas membranosas que estão inseridas no crânio em no. É um fluido aquoso que, preenche a câmara ante-
cavidades ósseas e são formados pela parte periférica rior do olho.
que são os globos oculares e anexos, pela parte inter-
Humor vítreo: Situa-se entre o cristalino e a retina.
mediária constituída pelo nervo óptico e pela parte
central, o cérebro. É um fluido viscoso e gelatinoso e preenche a câmara
posterior do olho. O globo ocular é mantido esférico
Cada globo ocular compõe-se de três túnicas e de
quatro meios transparentes através de sua pressão.
Cristalino: lente coberta por uma membrana transpa-
Túnicas rente, biconvexa. Fica atrás da pupila e orienta a pas-
sagem da luz até a retina e divide o interior do olho
Túnica fibrosa externa: esclerótica (branco do olho). É
formada por tecido fibroso e elástico que envolve ex- em dois compartimentos com fluidos diferentes, na
ternamente o olho (globo ocular) A maior parte da câmara anterior tem o humor aquoso e na câmara pos-
esclerótica é opaca e chama-se esclera, onde estão terior, o humor vítreo.
inseridos os músculos extra-oculares que movem os
globos oculares, dirigindo-os a seu objetivo visual. A
parte anterior da esclerótica chama-se córnea. É trans- O globo ocular apresenta anexos: as pálpebras,
parente e atua como uma lente convergente. os cílios, as sobrancelhas ou supercílios, as glândulas
lacrimais e os músculos oculares.
Túnica intermédia vascular pigmentada:
úvea. Constituída pela coroide, o corpo ciliar e a íris. As pálpebras protegem os olhos e espalham
A coroide está situada abaixo da esclerótica e é inten-
samente pigmentada. São esses pigmentos que absor- sobre eles a lágrima e são duas dobras de pele reves-
vem a luz que chega à retina e evitam a reflexão. É tidas internamente pela membrana chamada conjun-
intensamente vascularizada e tem a função de nutrir tiva. Os cílios ou pestanas impedem a entrada de ex-
a retina. cesso de luz e de poeira nos olhos, e as sobrancelhas
A íris possui uma cor variável, e tem um orifí- tem por função impedir a entrada do suor da testa
cio central, a pupila, que varia de tamanho, de acordo nos olhos. As lágrimas são produzidas continuamente
com a iluminação do ambiente. A midríase é quando pelas glândulas lacrimais, que tem a função de lavar e
a pupila se dilata na claridade e miose é quando se lubrificar o olho.
contrai.
Túnica interna nervosa: retina. É a membrana que
está debaixo da coroide e é mais interna. É composta
por várias camadas celulares de acordo com sua rela-
Módulo 1 65
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Posição anatômica do olho orelha média e o meio externo. É revestido interna-
mente em toda sua extensão por pelos e glândulas, que
fabricam uma substância gordurosa e amarelada, de-
nominada cerume ou cera, que tem por função reter a
poeira e micróbios que normalmente existem no ar e
podem entram nos ouvidos. Ao final do canal auditi-
vo externo tem uma delicada membrana chamada de
tímpano ou membrana timpânica.

A orelha média inicia na membrana timpânica


e é um espaço aéreo, a cavidade timpânica, e está no
osso temporal. Nela estão três ossículos articulados
entre si, cujos nomes são martelo,  bigorna  e  estribo
que descrevem sua forma. Esses ossículos estão sus-
pensos, através de ligamentos, na orelha média.

Anatomia interna do olho


O martelo está apoiado no tímpano e o es-
tribo apoia-se na janela oval,  que é um dos orifícios 
membranosos da orelha interna que estabelecem co-
municação com a orelha média. O outro orifício é a ja-
nela redonda. Através de um canal denominado tuba
auditiva a orelha média comunica-se também com a
faringe, e ele permite que o ar penetre no ouvido mé-
dio, mantendo desta forma, de um lado e de outro do
tímpano, a pressão do ar atmosférico é igual.

A orelha interna é chamada de labirinto e é


formada por escavações no osso temporal, revestidas
por membrana e preenchidas por líquido. Comunica-
-se com a orelha média pelas janelas oval e a redon-
da. O labirinto apresenta uma  parte anterior, a  có-
Audição clea ou caracol  que está relacionada com a audição,
e uma parte posterior, relacionada com o equilíbrio e
constituída pelo vestíbulo e pelos canais semicircula-
O som tem, no ser humano, a capacidade de res.
afetá-lo sobre uma série aspectos psicológicos e fisio-
lógicos. O som pode nos acalmar, nos arrepiar, nos
impedir de dormir e nos assustar.
E o som é percebido pelo órgão responsável
pela audição, a orelha (antigamente denominado ou-
vido), também chamada órgão vestíbulo-coclear.

A orelha está dividida em três partes: orelha exter-


na, média e interna.
A orelha externa é formada pelo pavilhão au-
ditivo (antigamente denominado orelha) e pelo canal
auditivo externo ou meato auditivo.  O pavilhão audi-
tivo é constituído por tecido cartilaginoso recoberto
por pele, com a função de captar e canalizar (exceto o
lobo ou lóbulo) os sons para a orelha média.

O canal auditivo externo tem cerca de três


centímetros de comprimento e está escavado em nos-
so osso temporal e estabelece a comunicação entre a
Módulo 1 66
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

A= amargo
B= azedo ou ácido
C= salgado
D= doce

Olfato

O olfato é importante na relação do homem


com o meio ambiente na distinção dos alimentos, sen-
timos simultaneamente o paladar e o cheiro enquanto
mastigamos.
O olfato humano não é muito desenvolvido
Paladar se comparado ao de outros mamíferos. O epitélio ol-
fativo humano contém cerca de 20 milhões de células
sensoriais, cada qual com seis pelos. 
O sentido gustativo é chamado sentido quími- O olfato está na cavidade nasal, que começa
co, porque seus receptores são excitados por estimu- à partir das janelas do nariz, está situada em cima da
lantes químicos. Os receptores gustativos são excita- boca e debaixo da caixa craniana e contém os órgãos
dos por substâncias químicas existentes nos alimentos. do sentido do olfato. É forrada por um epitélio secre-
O receptor sensorial do paladar é a papila gustativa. É tor de muco. A mucosa que forra a parte superior das
constituída por células epiteliais localizadas em torno fossas nasais, chamada mucosa olfativa ou amarela é
de um poro central na membrana mucosa basal da lín- o órgão olfativo e é muito rica em terminações nervo-
gua. Na superfície de cada uma das células gustativas, sas do nervo olfativo. Os dendritos das células olfati-
projetando-se em direção da cavidade bucal, estão mi- vas possuem prolongamentos sensíveis (pelos olfati-
cro vilosidades que são as estruturas que fornecem a vos), que ficam mergulhados na camada de muco que
superfície receptora para o paladar. recobre as cavidades nasais.
O olfato possui uma enorme capacidade adap-
tativa. Inicialmente ao sermos expostos a um odor
Na superfície da língua existem dezenas de muito forte, a sensação olfativa pode ser bastante forte
papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem também mas, após um minuto, aproximadamente, o
os quatro sabores primários, amargo , azedo ou ácido odor será quase imperceptível. O sistema olfativo de-
, salgado e doce. De sua combinação resultam cente- tecta a sensação de um único odor de cada vez. Con-
nas de sabores distintos. A distribuição destes quatro tudo, um odor percebido pode ser a combinação de
tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, vários outros diferentes. 
não é homogênea.

Módulo 1 67
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Tato

A pele é o órgão responsável pelo sentido do


tato. É o maior órgão do corpo humano, chegando a
medir 2 m2 e pesar 4 Kg em um adulto.
A pele também é o maior órgão sensorial que
possuímos, pois toda a sua superfície cutânea é provi-
da de terminações nervosas capazes de captar estímu-
los térmicos, mecânicos ou dolorosos, sendo suficien-
temente sensível para perceber relevos com apenas
milímetros quando tateado com a ponta dos dedos.
Essas terminações nervosas ou receptores cutâneos Bibliografia dos sites:
são especializados na recepção de estímulos especí-
ficos. Não obstante, alguns podem captar estímulos
https://slideplayer.com.br/slide/7654584/
de natureza distinta. Cada receptor tem um axônio e,
https://afh.bio.br/sistemas/sensorial/9.php
com exceção das terminações nervosas livres, todos
https://bioloja.bio.br/
eles estão associados a tecidos não-neurais.
https://www.portalsaofrancisco.com.br/corpo-huma-
no/
ttps://www.infoescola.com/anatomia-humana
RECEPTORES DE https://slideplayer.com.br/slide/324814/
SENSAÇÃO PERCEBIDA
SUPERFÍCIE https://slideplayer.com.br/slide/7654584/
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/arti-
Discos de Merkel Tato e pressão gos/enfermagem/
http://projetomedicina.com.br/site/attachments/arti-
Receptores de Vater-Pacini Pressão cle/
https://www.outromundo.net/glandula-timo /
Receptores de Meissner Tato http://www.anatomiadocorpo.com
http://anatoinsitu.blogspot.com/
https://www.ebah.com.br/
Modalidade do estímulo → Tato https://www.auladeanatomia.com/
Estímulo → Pressão Enciclopédia multimídia do corpo humano
Tipo de receptor → Mecanorreceptor http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/
Receptor Sensorial → Corpúsculo de Vater Pacini, http://www.todabiologia.com/anatomia/
Meissner e Merkel http://www.brasilescola.com
http://www.webciencia.com/
http://www.pt.wikipedia.org/wiki/Esqueleto_huma-
no

Módulo 1 68
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Somente no século XIX, após muitas doenças
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA disseminadas sem conhecimento, as bactérias come-
çaram a ser profundamente estudadas. Entre os mais
importantes bacteriologistas, podemos citar os dessa
Esta disciplina tem por objetivo ensinar aos época, Robert Koch e Louis Pasteur, pois fizeram
alunos uma variedade de patologias, suas principais muitos estudos importantes para a medicina atual em
manifestações clínicas relacionadas a inúmeros micro- torno da ação nociva das bactérias e das formas de
-organismos, bem como, medidas de precauções ado- combate a elas.
tadas nas instituições de saúde.
Microbiologia é a área da Biologia que se de-
dica aos estudos dos microrganismos. Ela analisa suas Morfologia e estrutura das bactérias
funções, características, metabolizações, distribuições
e seus efeitos. A maioria das bactérias são monomórficas,
Ela também pode ser caracterizada como uma ou seja, mantém uma forma única que é determinada
especialidade da Biomedicina que estuda os microrga- pela hereditariedade; -Condições ambientais podem
nismos patogênicos, ou seja, aqueles que causam do- alterar a forma das bactérias -Algumas bactérias ain-
enças infecciosas, englobando assim a bacteriologia, a da podem ser pleomórficas, ou seja, apresentar várias
virologia e a micologia. formas.
Apesar da Microbiologia ser o estudo das for-
mas de vida que só podem ser vistas com a ajuda do Analisando a forma e o arranjo das bactérias,
microscópio, alguns grupos estudados podem ser vis- temos as seguintes classificações:
tos a olho nu, quando se encontram agrupados em ► Cocos:  Bactérias com formato esférico ou oval.
forma de colônias da mesma espécie, como o fungos Exemplo: Staphylococcus e Streptococcu.
e as bactérias.
→ Diplococos:  Duas bactérias em formato de cocos
Mas para que um grupo obtenha um cresci- unidas;
mento em colônias, é preciso que o meio em que o
microrganismo se encontre esteja com condições que → Tétrades: Quatro cocos agrupados;
propiciem este movimento, como temperatura e pH → Sarcina: Oito cocos unidos formando uma estrutu-
ótimos e presença ou ausência de oxigênio. ra semelhante a um cubo;
Dentro dos estudos da microbiologia são ana- → Estreptococos: Cocos unidos como uma cadeia;
lisadas as formas de vida que só poderiam ser vistas → Estafilococos: Cocos agrupados como um cacho de
com o auxílio do microscópio, sendo os principais uvas.
grupos os fungos, as bactérias, as algas microscópicas,
os protozoários e os vírus. ► Bacilos:  Bactérias com formato cilíndrico ou em
forma de bastão, que pode ser curto ou longo. Exem-
Além destes grupos, a microbiologia também plo: Escherichia, Bacillus e Clostridium.
realiza o estudo de parasitas e vermes, como os hel-
mintos. → Diplobacilos: Bacilos dispostos aos pares;
→ Estreptobacilos: Bacilos unidos formando uma ca-
deia.
Bacteriologia ► Espiraladas: Bactérias com formato espiral. Exem-
plo: Vibrio cholerae e Leptospira.
→ Espirilos: Bactérias em forma de espiral que apre-
Bacteriologia é o nome que recebe a parte da sentam corpo rígido e locomovem-se com a ajuda de
biologia e da ciência responsável por estudar, eluci- flagelos;
dar e documentar todas as informações em torno da
morfologia, bioquímica, genética, comportamento, ► Espiroquetas:  Bactérias em espiral que são mais
fisiologia, ecologia e muito mais sobre as bactérias. flexíveis e locomovem-se por contrações citoplasmá-
Esse segmento científico tem importância única para ticas;
o homem em seus envolvimentos médicos. O nome ► Vibriões:  Bactérias que apresentam corpo seme-
possui origem na língua grega, “bakteria” que signifi- lhante a uma vírgula.
ca “pequeno bastão” e “logos”, que significa estudo.
Os cientistas profissionais dessa área são cha-
mados de bacteriologistas, e são formados na área de
Biologia com especialização, por meio de cursos de
pós graduação, em bactérias.

Módulo 1 70
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
  Tratamento: deve ser administrado antibiótico, além
de repouso e hidratação.
Prevenção: usar luvas ou lavar as mãos após ter con-
tato com animais, comer carne bem passada, ferver o
leite antes de beber.

Cólera
A cólera é uma doença infectocontagiosa causada pela
bactéria Vibrio cholerae. Caso não seja tratada, pode le-
var o paciente à morte por conta da intensa desidrata-
ção que ela causa.
Transmissão: ingestão de água ou alimentos conta-
minados.
Sintomas: diarreia, desidratação, vômitos, fraqueza,
perda de peso e cólicas abdominais.
Tratamento: hidratação e uso de antibióticos.
Observe os diferentes formatos e arranjos das bacté-
rias. Prevenção: lavar muito bem frutas e legumes antes
de consumi-los, bem como lavar muito bem as mãos
Existem ainda bactérias que se apresentam antes das refeições e melhoria do saneamento básico.
como um bacilo extremamente pequeno. Elas são
consideradas uma forma de transição entre cocos e
bacilos e recebem a denominação de cocobacilo. Coqueluche
A coqueluche é uma doença respiratória infectoconta-
giosa causada pela bactéria Bordetella pertussis.
Doenças causadas por bactérias Transmissão: através de espirro, saliva e tosse de pes-
soas infectadas.
Sintomas: febre, espirro, mal-estar, tosse seca prolon-
Botulismo gada e falta de ar.
O botulismo é causado pela bactéria Clostridium botu- Tratamento: além de beber muitos líquidos, devem
linum. Os primeiros casos da doença foram registrados ser administrados analgésicos e anti-inflamatórios aos
pelo consumo de salsichas contaminadas e outros de- doentes, que devem ser isolados para que não transmi-
rivados da carne enlatados. tam a doença para outras pessoas.
Transmissão: ingestão de alimentos contaminados. Prevenção: vacinação infantil.
Sintomas: prisão de ventre, tontura, visão distorcida
e dificuldade de abrir os olhos na claridade. O agra-
vamento da doença pode levar o doente à morte na Difteria
sequência da paralisia dos músculos respiratórios. A difteria é uma doença infectocontagiosa causada
Tratamento: o doente deve ser internado para que pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. Sua principal
seja ministrado o tratamento para eliminação da bac- característica é a inflamação da garganta, o que causa
téria. um inchaço na região do pescoço.
Prevenção: cuidado na escolha de alimentos enlata- Transmissão: contato com pessoas infectadas, atra-
dos, atentando para que a lata não tenha ferrugem ou vés da saliva ou lesões da pele.
esteja estufada. Sintomas: dor de garganta, aparecimento de placas
nas amígdalas, febre e mal-estar, tosse, febre, calafrios
e coriza nasal. O agravamento da doença pode levar à
Brucelose morte por asfixia.
A brucelose é uma infecção causada por bactérias do Tratamento: os doentes devem ser isolados e o con-
gênero Brucella. trole da doença pode ser feito através de antibióticos.
Transmissão: contato com animais infectados ou Prevenção: vacinação infantil.
ingestão de alimentos de origem animal que estejam
contaminados.
Sintomas: calafrio, dor de cabeça, cansaço, febre.

Módulo 1 71
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Escarlatina Prevenção: ir ao médico para fazer diagnóstico quan-
A escarlatina é uma doença infectocontagiosa causada do houver contato com pessoas doentes.
pela bactéria Streptococcus pyogenes. É característica pelo
surgimento de erupções vermelho-escarlate na pele. Impetigo
Transmissão: contato com pessoas infectadas, atra- Impetigo é uma infecção da camada mais superficial
vés da saliva ou da secreção nasal. da pele que atinge sobretudo crianças, causada por
Sintomas: manchas vermelhas na pele, febre alta, dor bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus do grupo A.
de garganta, dores musculares, coceira no corpo, náu- Apresenta duas formas: impetigo bolhoso e impetigo
seas e vômitos. comum.
Tratamento: deve ser administrada a penicilina, ex- Transmissão: contato com feridas, através da secre-
ceto aos alérgicos, para os quais é dado outro tipo deção nasal ou utensílios utilizados dos doentes.
antibiótico. Sintomas: No caso do impetigo bolhoso: bolhas nos
Prevenção: evitar contato com outros doentes e boa braços, no peito e nas nádegas, febre e coceira. No
higienização. impetigo não bolhoso: dor em decorrência do apareci-
mento de úlceras com pus, principalmente nas pernas.
Febre Tifoide Tratamento: deve ser administrado antibiótico aos
A febre tifoide é uma doença bacteriana aguda causa- doentes e pomadas nas feridas.
da pela bactéria Salmonella  Typhi. Prevenção: lavar muito bem as mãos quando estiver
Ela é associada a baixos níveis socioeconômicos e más próximo ao doente e evitar pegar em utensílios usados
condições de saneamento básico, higiene ambiental e pelo mesmo. Isso porque essa doença tem um nível de
pessoal. contágio bastante elevado.
Transmissão: ingestão de água ou alimentos conta-
minados. Leptospirose
Sintomas: febre alta prolongada, dor de cabeça, náu- A leptospirose é uma doença bacteriana que
seas, falta de apetite, mal-estar geral e vômitos. Em afeta seres humanos e animais. É causada por bacté-
rias do gênero Leptospira.
alguns casos, prisão de ventre, enquanto em outros,
diarreia. Com o agravamento da doença, há risco de Existe risco de morte em 40% dos casos, caso
hemorragias abdominais e infecção generalizada, po- não seja tratada adequadamente. Isso porque pode
dendo resultar na morte. causar danos aos rins, inflamação na membrana que
envolve o cérebro, insuficiência hepática e insuficiên-
Tratamento: repouso e alimentação à base de líqui- cia respiratória.
dos, principalmente. Além desses cuidados, devem ser Transmissão: contato com água ou objetos que te-
administrados antibióticos aos doentes. nham urina de animais infectados.
Prevenção: manter hábitos de higiene, lavar e cozi- Sintomas: febre alta, dor muscular, mal-estar, tosse,
nhar bem os alimentos antes do seu consumo, evitar olhos vermelhos e manchas vermelhas pelo corpo.
ou prevenir-se em viagens para locais propensos à do- Tratamento: os doentes devem ser hidratados e to-
ença. mar antibióticos.
Prevenção: lavar bem os alimentos antes de consumi-
Hanseníase -los, fechar caixas d’água, vacinar os animais.
A hanseníase é uma doença crônica, conhecida anti-
gamente como lepra. É causada pela bactéria Mycobac- Meningite
terium leprae, também conhecido como bacilo de Han-
A meningite é uma inflamação das meninges,
sen.
as membranas que envolvem e protegem o encéfalo e
Transmissão: através de espirro, saliva e tosse de pes- a medula espinhal. Ela pode ser provocada por bacté-
soas infectadas. rias, vírus ou fungos.
Sintomas: manchas na pele, no local das manchas a A meningite bacteriana pode levar à morte se
temperatura aumenta mais do que no restante do cor- não for diagnosticada a tempo. Os 3 tipos de menin-
po. Surgem também caroços nos cotovelos, nas mãos gites bacterianas mais comuns são causadas pelas bac-
e nas orelhas. Inchaço nas mãos e pés. Perda de força térias: meningococos, pneumococos e Haemophylus.
muscular e dor nas articulações. Transmissão: através de espirro, saliva e tosse.
Tratamento: deve ser administrado antibiótico aos Sintomas: dor de cabeça e no pescoço, rigidez na
doentes, cuja duração pode variar entre 6 meses a 1 nuca, febre alta e manchas vermelhas.
ano, conforme o tipo de lepra.
Módulo 1 72
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Tratamento: deve ser administrado antibiótico aos Gangrena gasosa
doentes, na veia, o mais rápido possível. Isso porque a Doença semelhante ao Tétano, não contagiosa, cuja
doença pode resultar em surdez ou até na morte. toxemia precede o aparecimento de gases nos tecidos
Prevenção: vacinação e evitar contato com doentes. circundantes.
Transmissão: Contato direto com objetos ou solos
contaminados.
Salmonelose
Sintomas: Palidez, prostração e necrose tecidual.
A salmonelose é uma infecção gastrointestinal provo-
cada por bactérias do gênero Salmonella e família En- Tratamento: Remoção dos tecidos afetados e ampu-
tação.
terobacteriaceae.
Transmissão: ingestão de alimentos contaminados,
especialmente carnes de aves mal-passadas, ovos e
Virologia
água. É o ramo da Microbiologia que estuda os ví-
Sintomas: cólica, diarreia, dor de cabeça e abdominal, rus e suas propriedades.
febre e vômito.
Tratamento: hidratação do doente e, no seu agrava- Principais Doenças Causadas por Vírus
mento, administração de antibiótico.
Prevenção: consumir alimentos bem lavados e cozi-
Gripe
dos, beber leite fervido, lavar bem as mãos antes das
refeições. A  gripe é uma infecção viral muito comum,
especialmente, durante determinadas épocas do ano,
que são na realidade denominadas temporada de gri-
Tétano pe.
O tétano é uma doença infecciosa causada pela bacté- Há vacinas contra gripe disponíveis que de-
ria Clostridium tetani. Ataca o sistema nervoso central. vem ser atualizadas todos os anos. Os médicos su-
Se não for tratada, pode levar a pessoa à morte. gerem que os  indivíduos de risco sejam vacinados:
crianças, portadores de doenças crônicas, gestantes e
Transmissão: através de pequenos cortes ou feridas idosos.
que entrem em contato com fezes, plantas, objetos en-
O problema é que a vacina da gripe protege
ferrujados e que podem ter a bactéria.
contra um número pequeno de estirpes, e quando a
Sintomas: rigidez dos músculos, febre, dor de cabeça, temporada de gripe atinge estas estirpes pode não ser
espasmos musculares e dificuldade para abrir a boca. as mais comuns que seguem ao redor.
Tratamento: administração de relaxante muscular e
antibiótico. Resfriado Comum
Prevenção: vacinação, limpeza cuidadosa de feridas. O resfriado comum é um dos mais abundan-
tes quando se trata de infecções virais. Este é um gru-
Tuberculose po de vírus que não há vacina que possa prevenir a
pessoa de pegar um resfriado.
A tuberculose ou tísica pulmonar é uma doença in-
fectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium Lavar as mãos frequentemente e evitar aqueles
tuberculosis, também chamada de Bacilo de Koch (BK). que estão doentes são as melhores formas de evitar
pegar um resfriado. O vírus é transportado por via
Transmissão: aproximação com pessoas doentes que
aérea, então, até respirar o mesmo ar que uma pessoa
se encontram em ambientes fechados.
infectada pode fazer adoecer.
Sintomas: fadiga, febre, tosse, emagrecimento, falta
de apetite, sudorese, rouquidão e expectoração com
sangue, nos casos mais graves. COVID-19
Tratamento: administração de três tipos de medica-
mentos, num tratamento que leva meses. Os coronavírus são uma grande família de ví-
Prevenção: vacinação infantil, alimentação adequada, rus comuns em muitas espécies diferentes de animais,
cuidados de higiene rigorosos no contato com pessoas incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramen-
doentes. te, os coronavírus que infectam animais podem infec-
tar pessoas, como exemplo do MERS-CoV e SARS-
-CoV. Recentemente, em dezembro de 2019, houve a
transmissão de um novo coronavírus (SARS-CoV-2),
o qual foi identificado em Wuhan na China e causou a

Módulo 1 73
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
COVID-19, sendo em seguida disseminada e transmi-
tida pessoa a pessoa. ► Lave com frequência as mãos até a altura dos pu-
A COVID-19 é uma doença causada pelo co- nhos, com água e sabão, ou então higienize com ál-
ronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta cool em gel 70%. Essa frequência deve ser ampliada
um espectro clínico variando de infecções assintomá- quando estiver em algum ambiente público (ambien-
ticas a quadros graves. De acordo com a Organização tes de trabalho, prédios e instalações comerciais, etc),
Mundial de Saúde, a maioria (cerca de 80%) dos pa- quando utilizar estrutura de transporte público ou to-
cientes com COVID-19 podem ser assintomáticos ou car superfícies e objetos de uso compartilhado.
oligossintomáticos (poucos sintomas), e aproximada- ► Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço
mente 20% dos casos detectados requer atendimento ou com a parte interna do cotovelo.
hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória, Não tocar olhos, nariz, boca ou a máscara de proteção
dos quais aproximadamente 5% podem necessitar de fácil com as mãos não higienizadas.
suporte ventilatório. Se tocar olhos, nariz, boca ou a máscara, higienize
sempre as mãos como já indicado.
SINTOMAS: ► Mantenha distância mínima de 1 (um) metro entre
pessoas em lugares públicos e de convívio social. Evi-
Os sintomas da COVID-19 podem variar de um res- te abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um com-
friado, a uma Síndrome Gripal-SG (presença de um portamento amigável sem contato físico, mas sempre
quadro respiratório agudo, caracterizado por, pelo com um sorriso no rosto.
menos dois dos seguintes sintomas: sensação febril ou ► Higienize com frequência o celular, brinquedos
febre associada a dor de garganta, dor de cabeça, tosse, das crianças e outro objetos que são utilizados com
coriza) até uma pneumonia severa. Sendo os sintomas frequência.
mais comuns: ► Não compartilhe objetos de uso pessoal como ta-
lheres, toalhas, pratos e copos.
► Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
→ Tosse ► Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios,
→ Febre teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas.
→ Coriza ► Se estiver doente, evite contato próximo com ou-
→ Dor de garganta tras pessoas, principalmente idosos e doentes crôni-
→ Dificuldade para respirar cos, busque orientação pelos canais on-line disponi-
→ Perda de olfato (anosmia) bilizados pelo SUS ou atendimento nos serviços de
→ Alteração do paladar (ageusia) saúde e siga as recomendações do profissional de saú-
→ Distúrbios gastrintestinais (náuseas/vômitos/diar- de.
reia) ► Durma bem e tenha uma alimentação saudável.
→ Cansaço (astenia) ► Recomenda-se a utilização de máscaras em todos
→ Diminuição do apetite (hiporexia) os ambientes. As máscaras de tecido (caseiras/artesa-
→ Dispnéia ( falta de ar) nais), não são Equipamentos de Proteção Individual
(EPI), mas podem funcionar como uma barreira físi-
TRANSMISSÃO: ca, em especial contra a saída de gotículas potencial-
mente contaminadas.
A transmissão acontece de uma pessoa doente
para outra ou por contato próximo por meio de: HIV e AIDS
O  vírus HIV é um dos mais graves, porque
→ Toque do aperto de mão contaminadas; leva a AIDS, que pode causar morte. A infecção pode
→ Gotículas de saliva; acontecer através do contato de alguns fluidos corpo-
→ Espirro; rais com uma pessoa infectada, como, por exemplo,
→ Tosse; sêmen, sangue, secreções vaginais e o leite materno.
→ Catarro; Não há cura ou vacina para este vírus, afeta muito o
→ Objetos ou superfícies contaminadas, como celula- sistema imunológico.
res, mesas, talheres, maçanetas, brinquedos, teclados
de computador etc.

Varicela/Catapora e Herpes-Zoster
PREVENÇÃO:
As duas doenças são causadas pelo vírus her-
As recomendações de prevenção à COVID-19 pes zoster. Ela acontece mais tarde depois que o vírus
são as seguintes: se torna reativado no corpo por alguma razão.

Módulo 1 74
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
A  catapora costumava ser uma doença comum Sintomas: Cefaleia, febre, coriza, mal estar, edema
na infância, mas com uma vacina disponível, esta in- de linfonodos, pequenas manchas rosadas que iniciam
fecção não acontece tão frequentemente em crianças na face e se estendem para o tronco e membros.
ou adultos. Não há vacina para herpes-zoster. Complicações: Malformações fetais ( deficiências
auditivas, visuais, cardíacas e retardo mental).
Sarampo
O  sarampo não é tão comum como costuma- Hepatite
va ser, graças a uma vacina que é dada para crianças Infecção sistêmica aguda que afeta principal-
como parte de suas doses de imunização regulares. mente o fígado. Pode ser ocasionada principalmente
Esta infecção viral é caracterizada por peque- por vírus e drogas. As mais comuns são do Tipo A e
nas saliências vermelhas que aparecem no tronco, e do Tipo B.
algumas vezes no rosto. Este vírus é mais comum em Hepatite A ou Infecciosa: É transmitida através
países, onde a vacina não é rotineiramente dada. da água ou alimentos contaminados por fezes, pelo
contato das fezes com a boca e por via sanguínea.
Raiva Hepatite B ou Sérica: É transmitida através da via
Infelizmente, a raiva está se tornando mais sanguínea, placentária ou através contato sexual sem
comum pelo mundo, à medida que mais morcegos e o uso de preservativos.
animais selvagens seguem em contato com pessoas e Os sintomas são os mesmos nos dois tipos: Ano-
animais domésticos. rexia, febre alta, fadiga, mal estar, perturbação diges-
Há uma vacina para este vírus, mas isso pode tiva, icterícia, fezes claras e urina escura.
ser caro, então não é comumente dada, exceto para
riscos específicos ou para fazer mais anticorpos. Esta Febre Amarela
infecção viral é normalmente transmitida através de
uma mordida de um animal infectado e, geralmente, Esta enfermidade ocorre principalmente no
não é contagiosa. norte do país devido ao habitat quente do seu trans-
missor, o mosquito Aedes aegypti.
Os sintomas: Febre, prostração, cefaleia, insônia.
Vírus do Papiloma Humano Pode evoluir e comprometer os rins e o fígado.
A infecção com o vírus do papiloma humano,
chamado HPV, afeta milhões de brasileiros e pessoas
em outros países. É uma doença sexualmente trans- Mononucleose infecciosa
missível viral muito comum. A mononucleose infecciosa é causada pelo ví-
Este vírus pode causar câncer cervical em mu- rus Epstein-Barr (herpes-vírus humano tipo 4) e ca-
racteriza-se por fadiga, febre, faringite e linfadenopa-
lheres que são infectadas no início da vida, há centenas tia. A fadiga pode persistir durante semanas ou meses.
de estirpes e uma vacina recente tem sido recomenda- Complicações graves, incluindo obstrução das vias
da para todas as adolescentes, pois protegerá contra as respiratórias, ruptura esplênica e síndromes neuroló-
estripes mais comuns e mais perigosas do HPV. gicas, ocorrem de maneira ocasional. O diagnóstico é
clínico ou feito por testes de anticorpos heterófilos. O
tratamento é de suporte.
Caxumba
Transmissão: pode ocorrer por transfusão de deri-
Doença viral também conhecida como Paro- vados de sangue, mas mais frequentemente por meio
tidite. O vírus ataca as glândulas parótidas causando do beijo entre uma pessoa não infectada e uma pessoa
inflamação, edema e dor. O período de incubação é de EBV-soropositiva assintomaticamente transmissora
2 a 4 semanas e o período de transmissão é de aproxi- do vírus. Somente cerca de 5% dos pacientes adqui-
madamente 4 dias após o início dos sintomas. rem EBV de alguém com infecção aguda.
Os principais sintomas: Febre alta, prostração, A transmissão na infância ocorre com mais
cefaleia, anorexia e parotidite uni ou bilateral. O trata- frequência entre grupos socioeconômicos inferiores e
mento é baseado no repouso, isolamento respiratório em condições de aglomerações.
e uma boa nutrição e hidratação.
Sinais e sintomas:
Rubéola
Na maioria das crianças pequenas, a infecção
Doença altamente contagiosa que traz pro- primária por EBV é assintomática. Os sintomas da
blemas durante a gestação. O modo de transmissão é mononucleose infecciosa desenvolvem-se com mais
pelo trato respiratório superior. frequência em crianças maiores e adultos.

Módulo 1 75
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O período de incubação é de aproximadamen- ► Menos frequentemente erupções maculopapulares
te 30 a 50 dias. A fadiga pode durar meses, mas é ge- ► Raramente icterícia
ralmente máxima nas primeiras 2 a 3 semanas.
A maioria das pacientes tem a tríade de:
Complicações:
► Febre;
Embora a recuperação geralmente seja com-
► Faringite; pleta, podem ocorrer complicações neurológicas
► Adenopatia. (encefalite, meningite, psicose entre outros), compli-
A febre normalmente tem pico à tarde ou à cações hematológicas (granulocitopenia, trombocito-
noite, com uma temperatura por volta de 39,5°C, em- penia, anemia hemolítica), complicações respiratórias
bora possa alcançar 40,5°C. (obstrução de vias respiratórias, infiltrados pulmona-
res), complicações hepáticas incluem icterícia ou ele-
A faringite pode ser intensa, dolorosa e exsu- vações de enzimas mais graves.
dativa e ser semelhante à faringite por estreptococos.
Tratamentos e Prevenção para estas
Doenças
O tratamento de infecções virais varia segun-
do o vírus específico e outros fatores. As medidas de
tratamento geral são destinadas a aliviar os sintomas
para que seja possível descansar o necessário para
manter a força e se recuperar sem desenvolver com-
plicações. Tratamentos genéricos para infecções virais
incluem paracetamol ou ibuprofeno para febre e dores
no corpo.

Fungos

Mononucleose infecciosa (faringite) Na natureza há diferentes tipos de fungos. Po-


Pode envolver qualquer grupo de linfonodos, demos dizer que eles são uma forma de vida bastante
em particular as cadeias cervicais anteriores e poste- simples. Com relação às diferenças, existem aqueles
riores. A adenopatia pode ser a única manifestação. que são extremamente prejudicais para a saúde do ho-
mem, causando inúmeras enfermidades e até intoxi-
Outros sintomas incluem cação. Encontramos também os que parasitam vege-
tais mortos e cadáveres de animais em decomposição.
Temos também os que são utilizados para alimento e
até aqueles dos quais se pode extrair substâncias para
a elaboração de medicamentos, como, por exemplo, a
penicilina.  
Durante muitos anos, os fungos foram con-
siderados como vegetais, porém, a partir de 1969,
passaram a ser classificados em um reino à parte. Por
apresentarem características próprias, tais como: não
sintetizar clorofila, não possuir celulose na sua parede
celular (exceto alguns fungos aquáticos), e não arma-
zenar amido como substância de reserva,  eles foram
diferenciados das plantas.
Mononucleose infecciosa (erupção cutânea)
Os diversos tipos de micoses que conhecemos
► Esplenomegalia são originadas por microfungos, atingindo os seres
humanos com maior frequência nos países tropicais
► Hepatomegalia discreta e sensibilidade à percussão
(clima úmido e quente), como no Brasil, por exem-
hepática
plo. Na maior parte das vezes, o tratamento para este
► Edema periorbitário e exantema do palato mal é complicado por tratar-se de uma forma de vida
daninha e oportunista. Mas há pesquisas avançadas e

Módulo 1 76
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
trabalhos importantes a respeito deste assunto. Muitos Malária
medicamentos estão sendo desenvolvidos com o obje-
tivo de livrar o ser humano desta companhia desagra-
dável e prejudicial.

Doenças causadas por fungos


Frieiras
Um tipo de infecção comum entre os dedos
dos pés. Ocorre quando eles ficam úmidos e abafados,
devido ao uso prolongado de calçados fechados. Elas
causam vermelhidão, coceira e rachaduras.
Plasmódio (amarelo) infectando células sanguíneas
Candidíase Causada por diferentes espécies de protozoá-
Causada por fungos do gênero Candida. É rios do tipo plasmódio, sendo mais comum no Brasil
caracterizada pelo aparecimento de pequenas bolas o Plasmodium vivax.
brancas que formam placas, principalmente na língua. A malária é transmitida ao homem através
Neste caso, também é chamada de sapinho. É comum
em crianças. da picada do mosquito do gênero Anopheles. Também
pode ser transmitida por transfusão de sangue.
Também pode se manifestar na região vagi-
nal, provocando coceiras, sensação de ardência e se- A malária ainda hoje mata centenas de milha-
creção de corrimento de cor esbranquiçada como leite res de pessoas no mundo. Especialmente em países
talhado. pobres, onde há menos investimentos em pesquisas
para erradicar a doença.
Protozoários
Amebíase
Os protozoários, em sua grande maioria, apre- A transmissão da doença ocorre principal-
sentam vida livre e são encontrados em diferentes mente por meio da ingestão da água ou dos alimentos
ambientes aquáticos e úmidos. Existem, no entanto, contaminados pelas fezes contendo cistos de amebas.
espécies que  vivem em associação com outros orga- Também pode ser via sexual, através do contato oral-
nismos, como é o caso dos parasitas. -anal, mas isso é mais raro.
Entre as doenças humanas causadas por proto- A  amebíase ou disenteria amebiana é provoca-
zoários, podemos citar a amebíase, tricomoníase, to- da pela forma patogênica da ameba, chamada Entamo-
xoplasmose, leishmaniose, doença de Chagas e malá- eba histolytica.
ria.
Giardíase
Doenças causadas por protozoários A infecção se dá tanto pela ingestão de água
e alimentos contaminados, como pelo contato direto
Doença de Chagas das mãos com objetos contaminados pelos cistos.
A contaminação ocorre principalmente por O agente causador da giardíase é o protozoá-
ingestão de alimentos contaminados com as fezes do rio flagelado Giardia lamblia, cujos cistos são elimina-
inseto. dos nas fezes das pessoas contaminadas.
Também pode ser por meio de transfusão de
sangue, transplante de órgãos contaminados ou ain- Toxoplasmose
da ser transmitida da mãe ao bebê durante a gestação A  toxoplasmose é uma doença causada pelo
(congênita). protozoário Toxoplasma gondii encontrado nas fezes de
Doença causada pelo Trypanossoma cruzi, que é gatos.
um protozoário flagelado que parasita animais selva- O ser humano é contaminado ao consumir
gens como o tatu. carne de aves e mamíferos mal passadas e com os cis-
tos dos parasitas.
A doença pode ainda ser congênita, resultado
da infecção da mãe durante a gestação.

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Para diagnóstico, é necessário que se faça exames
Helmintos de fezes, onde podem ser encontrados os ovos des-
te animal. Existe tratamento, que é feito com uso
A  Helmintologia é o ramo da zoologia que de fármacos e adotando medidas de higiene básica. 
estuda os vermes, muitos dos quais são parasitos que Quanto a  prevenção, ingerir somente água trata-
vivem em um organismo vivo ou são de vida livre. da, lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-los,
O campo da helmintologia engloba todas as formas lavar sempre as mãos, não defecar em locais ina-
de helmintos parasitos de humanos, animais e plantas propriados, dente outras, fazem parte desta lista. 
e todos os aspectos da interação entre os helmintos
e seus hospedeiros. Portanto, a helmintologia é tan-
to uma ciência ecológica zoológica como uma ciência
veterinária biomédica.  Os helmintos têm importância
tanto na saúde pública quanto na produção e saúde
animal.
O termo “helminto” deriva das palavras gre-
gas: helmins e helminthos que significa verme. O termo
verme é empregado tanto para os vermes planos como
para os cilíndricos lisos ou cilíndricos segmentados.
Diferem entre si por numerosas características estru-
turais e biológicas de modo que pertencem a diferen-
tes ramos ou filos.
Ciclo da Ascaridíase
Doenças causadas por Helmintos

Ascaridíase

A ascaridíase é o resultado da infestação do


helminto Ascaris lumbricoides no organismo, sen-
do mais frequentemente encontrado no intestino.
Aproximadamente 25% da população mundial pos-
sui estes parasitas, sendo tais ocorrências típicas de
regiões nas quais o saneamento básico é precário. 
Este patógeno, conhecido popularmente como lom-
briga, tem corpo cilíndrico e alongado e pode che-
gar até 40 centímetros de comprimento. Fêmeas são
maiores e mais robustas que os machos; e estes apre- Lombriga (verme) Ascaridíase
sentam a cauda enrolada. A contaminação por ele se
dá pela ingestão de seus ovos, geralmente encontra- Teníase
dos no solo, água, alimentos e mãos que tiveram um
contato anterior com fezes humanas contaminadas.  A teníase é uma infecção intestinal causada pela fase
No intestino delgado, liberam larvas que atravessam as adulta da Taenia solium e da Taenia saginata. Estes são
paredes deste órgão e se direcionam aos vasos sanguí- parasitas hermafroditas da classe dos cestódeos, da fa-
neos e linfáticos; se espalhando pelo organismo. Atin- mília Taenidae, também conhecido como “solitária”.
gindo a faringe, estas podem ser liberadas juntamente São seres extremamente competitivos pelo seu habi-
com a tosse ou muco; ou, ainda, serem deglutidas, al- tat, não precisando nem de parceiro para a cópula, já
cançando novamente o intestino. Lá, reproduzem-se que são seres monoicos com estruturas fisiológicas
sexuadamente, permitindo a liberação de alguns dos para auto fecundação. O complexo teníase-cisticerco-
seus aproximados 200 mil ovos diários, pelas fezes, se constitui-se de duas entidades distintas, porém cau-
propiciando a contaminação de outras pessoas.  sadas pelo mesmo parasita, sendo um sério problema
para a saúde pública.
Devido ao espalhamento das larvas, febre, dor de
barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia,
convulsões e esgotamento físico e mental são al- A teníase e a cisticercose são causadas pelo mesmo
guns sintomas que podem se apresentar; dependen- parasita, só  que em fases distintas de vida. A teníase
do do órgão que foi afetado. Entretanto, em mui- é causada pela Taenia solium ou Taenia saginata quando
tos casos a verminose se apresenta assintomática.  presente no intestino delgado dos humanos (hospe-

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
deiros definitivos), já a cisticercose, causada devido à manipular alimentos, beber água mineral ou fervida,
presença da larva, pode estar presente em hospdeiros lavar e retirar a casca das frutas antes de consumi-las,
intermediáriaos, sendo que o cisticerco da T. solium é evitar alimentos que possam estar contaminados com
encontrada na musculatura dos suínos e da T. sagina- fezes, evitar o consumo de carnes cruas ou mal passadas.
ta é encontrada na dos bovinos. A teníase causada Diagnóstico através de radiografias, tomografias
pela T. solium não é considerada fatal, enquanto que a computadorizadas, exame do líquido cefalorraqui-
cisticercose causada por ela pode levar à morte. diano, provas sorológicas, biópsia da área afetada.

A infecção pela larva se dá pela ingestão da


carne bovina e suína, respectivamente, contaminada
preparada de forma inadequada. Muitas vezes esta
doença é assintomática, mas quando apresenta sinais
clínicos, na maioria das vezes, estão relacionados a
problemas gastrointestinais como dor abdominal,
anorexia, diarreia, enjoo, podendo também apresentar
irritação, fadiga e fraqueza.

O diagnóstico através de exames cropoparasi-


tológicos, testes de hemoaglutinação e imunofluores-
cência indireta.

O tratamento da teníase é feito com o uso de


drogas antiparasitárias, como mebendazol, nitazoxa-
nida, praziquantel ou albendazol.

Taenia 

Cisticercose
A cisticercose é uma doença parasitária ad-
quirida através da ingestão de alimentos con-
taminados (com ovos de Taenia solium), princi-
palmente carne de porco crua ou mal passada. Ciclo da Cisticercose

Os sintomas desta doença podem ocorrer me-


ses ou até mesmo anos depois de ter consumido tais Esquistossomose
alimentos. Dentre eles podemos citar: dores de cabeça A esquistossomose é causada por platelmintos da
frequentes, convulsões, transtornos de visão,amaurose, classe Trematoda. Estes ocorrem em diversas re-
alterações psiquiátricas, vômitos,dores abdominais,in- giões do mundo sendo que, no Brasil, o respon-
suficiência cardíaca, infecções na coluna, demência sável pela doença é o Schistossoma mansoni. Este
e perda da consciência podendo levar a morte, mas tem a espécie humana como  hospedeiro definiti-
a maioria das pessoas infectadas são assintomáticas. vo, e caramujos de água doce do gênero Biom-
Pode-se suspeitar de neurocisticercose em ca- phalaria, como hospedeiros intermediários. 
sos de epilepsia tardia, ou seja, em pessoas com
mais de doze anos, especialmente em países la- Pessoas contaminadas liberara ovos do parasita em suas
tino-americanos. Os fatores de risco incluem o fezes e urina, que chegam em rios, córregos e outros.
consumo da carne de porco crua ou mal passa- Na água, a larvas, denominadas miracídios, são libera-
da, frutas e verduras contaminadas com o parasita, das e só continuam seus ciclos de vida se alojarem-se
contato com pessoas infectadas ou material fecal. em caramujos do gênero Biomphalaria. As larvas,
Prevenção: lavar as mãos depois de defecar e antes de agora denominadas cercárias, se desenvolvem e são
Módulo 1 79
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
liberadas na água. Em contato com a pele e muco-
sa humanas, penetram no organismo e podem cau- Ancilostomose
sar inflamação, coceira e vermelhidão nessas regiões. É causada por três tipos de vermes: o  Necator ameri-
Lá, se desenvolvem, reproduzem e eliminam ovos a canus, o A. duodenalis e o A. ceylanicum
partir de veias do fígado e intestino, obstruindo-as. 
As espécies se diferenciam pelas estruturas
Os sintomas, quando aparecem, surgem aproxi- formadas por quitina (mesma substância das conchas
madamente cinco semanas após o contato com as larvas.  dos caracóis), semelhantes a dentes. A fêmea, de acor-
do com a espécie, põe entre quatro e 30 mil ovos por
Na  fase aguda  (a mais comum), a doen- dia. Esses ovos são liberados nas fezes, eclodem e en-
ça se manifesta por meio de vermelhidão e co- tre cinco e dez dias tornam-se larvas infectantes que
ceira cutâneas, febre, fraqueza, náusea e vômi- atravessam a pele do indivíduo através do conato com
to. O indivíduo pode, também, ter diarreias, o solo contaminado. Através dessa infecção, migra ao
alternadas ou não por constipações intestinais.  intestino delgado onde prende seus dentes na parede
intestinal e suga o sangue do indivíduo. Outras for-
Na  fase crônica, fígado e baço podem au- mas de contaminações através da água e alimentos
mentar de tamanho. Hemorragias, com liberação de contaminados.
sangue em vômitos e fezes, e aumento do abdome
(barriga d’água) são outras manifestações possíveis.  Sintomas: palidez, desânimo, dificuldade de raciocí-
nio, cansaço, fraqueza, dores musculares, abdominais
O diagnóstico é feito via exames de fezes em e de cabeça, hipertensão, sopro cardíaco, tonturas e
três coletas, onde se verifica a presença de ovos do ausência das menstruações nas mulheres. A ancilos-
verme ou por biópsia da mucosa do final do intestino. tomose é particularmente perigosa para as gestantes,
Há também como diagnosticar verificando, em amos- pois pode afetar o desenvolvimento do feto, e para as
tra sanguínea, a presença de anticorpos específicos.  crianças, retardando (por vezes de modo irreversível)
seu desenvolvimento mental e físico.
O tratamento é feito com antiparasitários, ge-
ralmente em dose única. Tratamento: administração de medicamentos o que
não traz imunidade, pode voltar a infectar-se.
A  prevenção  consiste em identificação e tra- Prevenção: através de medidas sanitárias e de edu-
tamento das pessoas adoecidas, saneamento básico, cação. Saneamento básico, evitar contato com solo
combate aos caramujos e informação à população de contaminado, lavar adequadamente frutas e verduras,
risco. Evitar contato com água represada ou de en- entre outras.
xurrada e usar roupas adequadas ao entrar em contato
com água suspeita de estar infectada são medidas in-
dividuais necessárias.

Módulo 1 80
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Hidatidose
Doença relacionada ao gado ovino, hospedeiro inter-
mediário, junto com o homem.
Agente causador: Echinococos granulosos
Hospedeiro definitivo: Cão
Modo de transmissão: Ingestão dos cistos ou ovos e
pela carne ovina contaminada.

Artrópodes
Os Artrópodes são animais invertebrados que pos-
suem partes do corpo articuladas e rígidas. Encon-
tramos na natureza mais de um milhão de espécies de
artrópodes, podendo ser aquáticos ou terrestres. 

DOENÇAS CAUSADAS POR ARTRÓPODES

Pediculose
A pediculose é uma infestação de piolhos, que são in-
setos ectoparasitas da ordem Phthiraptera que se ali-
mentam de sangue. Pode ocorrer em qualquer espé-
cie de animais de sangue quente, incluindo humanos,
sendo a forma mais comum é a Humanus capitis, que é
a infestação da cabeça das pessoas.
A infestação (pediculosis Humanus capitis) é
mais frequente em crianças de 3 a 10 anos e suas fa-
mílias. Mulheres tendem a ter piolhos mais frequen-
temente do que homens. Os piolhos são transmitidos
através do contato direto com uma pessoa infectada.
O sintoma mais característico é a coceira na cabeça
que vai intensificando e causando mais lesões na pele
e reinfecções.

Para diagnosticar a infestação de piolhos, todo


o couro cabeludo deve ser avaliado bem como o cabe-
lo, pentear cuidadosamente com um pente-fino para
piolhos, avaliando o pente durante o pentear. O uso
de pente-fino é a forma mais eficiente de detectar pio-
lho vivo.

Prevenção: examinação da cabeça da criança em in-


tervalos regulares usando um pente-fino o que per-
mite identificar a infestação em um estágio precoce
possibilitando um tratamento mais fácil e reduzindo a
possibilidade de maiores infestações.

Módulo 1 81
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Piolho do Púbis HPV


Piolho-da-púbis também conhecido como chato, inse- O que é: HPV é a sigla para papiloma vírus humano,
to parasita Phthirus pubis, . Responsável pela pediculose pode causar lesões benignas, como as verrugas geni-
pubiana, um parasita que infesta os pelos humanos e tais, e malignas como alguns tipos de câncer, sendo
se alimenta exclusivamente de sangue, praticamente o câncer de colo de útero e o câncer de anus os mais
invisível ao olho nu. comuns. Existem mais de cem tipos de HPV e a gran-
Transmissão: através do contato entre pelos pubia- de maioria não causa câncer ou grandes complicações,
nos durante as relações sexuais, toalhas, lençóis e rou- uma vez que são combatidos pelo próprio organismo
pas íntimas contaminadas. podendo regredir em seis meses ou dois anos.
Sintomas: o sintoma mais comum é coceira na região Formas de contágio:  O HPV é transmitido pelo
dos pelos pubianos e outras regiões do corpo que pos- contato direto com a pele ou mucosa infectada pelo
suem pelos (barba, peito, pernas e axilas) vírus, sendo que a principal forma é a sexual, seja
oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital.
Por isso não é preciso ter penetração para se contrair o
vírus. Também é possível que seja transmitida durante
o parto.
Como prevenir: O uso de preservativos é sempre in-
dicado, mas não previne totalmente contra a transmis-
são do HPV, uma vez que este pode ser transmitido
pelo contato mais superficial durante as preliminares.
Daí a importância da vacina como estratégia preventi-
va. Existem dois tipos de vacinas disponíveis, e ambas
devem ser aplicadas em três doses. A idade preferen-
cial para o uso da vacina é a pré-puberal, ou seja, logo
antes da idade sexualmente ativa, tanto em meninas
quanto em meninos. O Papanicolau também é impor-
Tratamento: inseticidas para a pele humana, como a tante para detectar a doença precocemente.
Permetrina ou a Piretrina.

Infecções sexualmente transmissíveis –


ISTs

As infecções sexualmente transmissíveis (IST)


são doenças causadas por vírus, bactérias ou outros
micróbios que se transmitem, principalmente, através
das relações sexuais sem o uso de preservativo com
uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se ma-
nifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou
verrugas. O uso do preservativo em todas as relações
sexuais é fundamental para que não ocorra a contami-
nação.
Algumas IST podem não apresentar sintomas,
tanto no homem quanto na mulher. E isso requer que,
se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço
de saúde para consultas com um profissional de saúde Cancro mole
periodicamente. Essas doenças quando não diagnos-
ticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para com- O que é:  Cancro mole é uma doença sexualmente
plicações graves, como infertilidades, câncer e até a transmissível causada por uma bactéria chamada Hae-
morte. mophylus ducrey. Se caracteriza por lesões genitais múlti-
plas e ulceradas, dolorosas e que apresentam secreção
O tratamento das IST melhora a qualidade de purulenta. É muito mais comum nos homens do que
vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão nas mulheres. Nos homens as feridas aparecem na
dessas doenças. glande (cabeça do pênis) e nas mulheres ficam na va-
gina e/ou no ânus e nem sempre elas são visíveis, mas
provocam dor durante o sexo ou ao evacuar.

Módulo 1 82
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Formas de contágio e prevenção: Segundo o espe-
cialista, a única via de transmissão é a sexual. A forma IST Bacteriana causada por
de se prevenir a doença é usando preservativo em to-
das as relações sexuais. Mycoplasma genitalium
Tratamento e complicações: O tratamento é feito
com antibióticos. Quando não tratada ocasiona infec- O que é: Mycoplasma genitalium é uma bactéria de trans-
ções secundárias da região genital. Essas complica- missão sexual que causa uma doença semelhante a
ções são raras porque os pacientes apresentam muita clamídia e a gonorreia, mas com uma secreção mais
dor e então procuram tratamento médico. transparente. Os especialistas acreditam que muitas
pessoas podem ter a doença e não saber, uma vez que
ela raramente apresenta sintomas além da secreção.
Para as mulheres é ainda mais difícil que ela seja no-
tada, pois muitas têm uma secreção normal, então o
sintoma passa despercebido.
Complicações: Dentre as complicações, homens e
mulheres podem ter dor, inflamação de ovário, lesões
nas trompas, assim como ter uma infecção no epidídi-
mo ou na próstata, e uretrite.

Gonorreia
HIV/AIDS

O que é: HIV é a sigla em inglês do vírus da imuno-


deficiência humana, que é o causador da aids.

A AIDS é uma doença crônica potencialmen-


te fatal que acontece quando a pessoa infectada pelo
HIV tem o seu sistema imunológico danificado pelo
vírus, interferindo na habilidade do organismo de
lutar contra os invasores que causam a doença, além
de deixá-la mais suscetível a infecções oportunistas, O que é: a gonorreia é a mais comum das Infecções
como a tuberculose. Hoje a pessoa com HIV conse- sexualmente transmissíveis. Ela afeta tanto homens
gue viver melhor do que antigamente, mas é necessá- quanto mulheres e pode ser transmitida pelo contato
rio que ela faça uso de medicamentos por toda vida, sexual vaginal, oral ou anal. A bactéria Neisseria gonor-
ou seja, até hoje não há cura ou vacina contra o HIV. rhoeae, que causa a doença, pode infectar a região geni-
tal masculina e feminina, além do reto, olhos garganta
Formas de contágio: HIV é transmitido principal- e articulações.
mente por relações sexuais sem o uso do preservativo,
compartilhamento de seringas e agulhas contami- Forma de contágio e prevenção: é transmitida em
nadas com sangue, o que é frequente entre usuários qualquer contato sexual desprotegido com a pessoa
de drogas ilícitas. Outras vias de transmissão são porinfectada. Também pode ser transmitida de mãe para
transfusão de sangue, porém é muito raro, uma vez filho no momento do nascimento ou ainda dentro
que a testagem do banco de sangue é muito eficiente, do útero. Nas mulheres os sintomas demoram mais
e a vertical, que é a transmissão do vírus da mãe paraa aparecer que nos homens e para ambos pode haver
o filho na gestação e principalmente no momento do consequências graves como infertilidade, infecções e
parto, o que pode ser prevenido com o tratamento maior risco de contrair HIV. Para se prevenir, sempre
adequado da gestante e do recém-nascido. faça sexo com preservativos.
Tratamento e perspectivas: Por ser uma infecção
bacteriana, a gonorreia é tratada com antibióticos e
Como prevenir: A melhor forma de se prevenir con- evitando-se relações sexuais neste período. O médico,
tra a infecção do HIV é usando o preservativo em depois de fazer o diagnóstico, indicará qual o melhor
todas as relações sexuais (vaginais, orais ou anais), antibiótico para cada caso. A gonorreia tem cura e não
não compartilhando agulhas e seringas e fazendo o oferece grandes complicações quando o tratamento é
pré-natal corretamente, uma vez que serão solicitados realizado precocemente e de forma adequada.
exames para verificar a presença ou não do vírus.

Módulo 1 83
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Clamídia Ebola

O que é: Também é uma IST causada por bactéria,


a Chlamydia trachomatis, que é transmitida por via
sexual vaginal, anal ou oral e de mãe para filho. A
doença costuma ser assintomática (não apresentar sin-
tomas) e pode afetar tanto homens quanto mulheres.

Tratamento: A clamídia é tratada com antibióticos,


de acordo com o quadro e história do paciente. Por
ser assintomática é necessário procurar ajuda médica,
para evitar complicações.
Complicações e perspectivas: A clamídia pode O que é: É uma doença ocasionada por um vírus
causar uma série de complicações, como DIP (do- de mesmo nome que é altamente infeccioso e pode
ença inflamatória pélvica), Epididimite, inflamação atingir uma taxa de letalidade de até 90%. O vírus é
na próstata e artrite reativa, nas trompas pode causar original da África, que de tempos em tempos sofre
infertilidade, gravidez ectópica ou simplesmente não com surtos da doença. O seu principal sintoma é fe-
deixar o espermatozoide subir. bre hemorrágica, que causa sangramento dos órgãos
internos.
Sífilis Formas de contágio: As formas de contagio mais
comuns do vírus ebola são por meio de contato direto
O que é: A sífilis é causada pela bactéria Treponema com os fluidos de um humano ou animal infectado, o
pallidum, e pode se manifestar em três estágios, sendo que inclui o sangue, saliva, sêmen, vômito, urina ou
que nos dois primeiros acontecem os sintomas e ela é fezes.
mais contagiosa e no terceiro não há sintomas, o que Prevenção: A melhor forma de se prevenir o ebola é
faz parecer que a pessoa está curada. não ir aos locais com surto da doença, evitar o conta-
Formas de contágio: A sífilis, além de ser transmiti- to com pessoas infectadas, ou com o corpo daquelas
da pela relação sexual desprotegida e pela transfusão que não resistiram, sem a devida proteção. Além dis-
com sangue contaminado, também pode ser passada so, segundo o especialista, após a cura do ebola era
através do beijo na boca quando há feridas nas muco- dada a orientação de não fazer sexo sem preservativo
sas, apesar de ser uma forma mais rara. Além disso, pelos próximos três meses, que era um tempo razoá-
ela pode ser transmitidas da mãe para o filho, por isso vel, mas com a descoberta da presença do vírus tanto
é importante fazer o pré-natal corretamente, em que tempo depois, ainda não há um consenso do tempo
a gestante será testada para a doença na primeira con- recomendado.
sulta, no terceiro trimestre e no momento do parto.
Prevenção e complicações: A melhor forma de se Herpes
prevenir a sífilis é através do uso de preservativos em
todas as relações sexuais, inclusive a oral. A transmis-
são através do beijo na boca é bastante rara, mas pode
acontecer quando há feridas, que não precisam estar
do lado de fora, visíveis, para ocasionar o problema.
Por esta razão é bom sempre ter acompanhamento
médico e realização periódica de exames para verifi-
car esta condição. A sífilis é muito perigosa quando
não tratada, podendo evoluir se espalhando pelo cor-
po inteiro e ocasionando, por exemplo, AVC (acidente
vascular cerebral) , meningite, surdez, problemas de
visão, demência, aneurisma, aumentar os riscos de in-
fecção pelo HIV e aborto ou morte do bebê durante a
gestação ou nos primeiros dias de vida. O que é: Herpes simples é uma infecção viral que se
manifesta através do surgimento de pequenas bolhas
frequentemente ao redor dos lábios ou genitais, mas
que também podem surgir em qualquer região do cor-
po. Normalmente o herpes labial é causado pelo vírus
Módulo 1 84
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
da herpes simples tipo 1, o HSV1, e o herpes genital Transmissão: Os tipos B e C são transmitidos prin-
pelo HSV2, contudo, ambos os tipos podem provocar cipalmente pelo sangue, sendo comum em usuários
tanto o herpes labial quanto o genital. de drogas injetáveis e pacientes submetidos a material
Formas de contágio: genital ou labial podem ser cirúrgico contaminado. A hepatite B também é fre-
transmitidas mesmo nos períodos entre as crises, não quentemente transmitida por via sexual. Os tipos B e
apenas quando os sintomas estão visíveis, quando há C de hepatite usualmente não apresentam sintomas, o
lesão. Em todos os tipos de relação é possível trans- que torna comum que as pessoas só saibam que têm
mitir o vírus, só mudando a região que a outra pessoa a doença quando fazem, por acaso, algum teste para
irá contraí-lo. A transmissão por objetos infectados, estes vírus. No caso da hepatite A, a transmissão se dá
como toalhas e talheres também pode ocorrer, mas é através de água e alimentos contaminados com mate-
bastante rara. rial fecal, solo contaminado.
Prevenção: Ainda não há vacina para a herpes, por- Prevenção: Além de apenas fazer sexo com camisi-
tanto a única forma de realmente prevenir a infecção nha, se pode prevenir a infecção pelas hepatites B e
é não tendo nenhum tipo de contato sexual desprote- C não compartilhando alicates de unha, lâminas de
gido. barbear, escovas de dente, equipamentos para uso de
drogas, abstinência ou diminuição do uso de álcool,
Donovanose além de todo o controle efetivo dos bancos de sangue,
órgãos e sêmen. Também há vacina disponível para
O que é: A donovanose é uma infecção que afeta a a prevenção da hepatite B, mas não para o tipo C da
pele e mucosas da região genital, da virilha e do ânus, doença.
causando úlceras e destruindo a pele infectada. A in-
fecção é causada pela bactéria Klebsiella granulomatis.
Ela é caracterizada por nódulos e feridas vermelhas Linfogranuloma venéreo
que sangram fácil e não causam dor, fazendo com que
o paciente só procure ajuda quando o caso já está mais O que é:  Linfogranuloma venéreo é uma infecção
crônica que se caracteriza pelo aparecimento de uma
avançado.
ferida ou elevação da pele na região genital, ou gân-
glios da virilha genital, que dura de três a cinco dias e
Prevenção: uso do preservativo em todas as relações não é facilmente identificada pelos pacientes.
sexuais, sejam vaginais, orais ou anais, é importante
para prevenir a doença. Contudo, só será eficaz se a Formas de contágio e prevenção: A forma de con-
área infectada estiver coberta pela camisinha, uma vez tágio se dá por relação sexual vaginal, anal ou oral
que se houver contato com uma ferida aberta a dono- com a pessoa infectada. A forma mais certeira de se
prevenir a doença é utilizando o preservativo em to-
vanose pode ser transmitida.
das as relações e fazendo a higiene correta da área.
Tratamento: São utilizados antibióticos, por ser diag-
Hepatites nóstico tardio, é comum haver sequelas como estrei-
tamento do reto e elefantíase dos órgãos sexuais. O
parceiro da pessoa infectada também deve ser tratado.

Tricomoníase

O que é: É uma infecção causada pelo protozoá-


rio Trichomonas vaginalis que afeta mais comumente as
mulheres. Nela ele ataca o colo de útero, a vagina e a
uretra. Já nos homens a tricomoníase ataca o pênis.
Formas de contágio: A transmissão da tricomoní-
ase se dá por meio do contato sexual ou íntimo com
as secreções de uma pessoa contaminada nas relações
Foto: GettyImages entre homem e mulher e mulher/mulher. Ela causa
micro lesões e dores e pode favorecer a infecção por
O que são: Hepatite é qualquer degeneração do fí- outras IST.
gado por causas diversas, as mais comuns são as in- Prevenção: A forma mais eficaz de se prevenir contra
fecções pelos vírus do tipo A, B ou C e o abuso do a tricomoníase é o uso de preservativos em todas as
consumo de álcool. relações sexuais, o tratamento deverá ser para o casal.

Módulo 1 85
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
GLOSSÁRIO: Profilaxia – Medidas preventivas para a preservação
Abscesso – Coleção circunscrita de pus. da saúde da população.
Agente Etiológico – Ser vivo causador de infecção. Sepse – Conjunto de manifestações graves em todo o
organismo produzidas por uma infecção.
Agente Transmissor – Ser que passa a infecção para
outro. Verminose – Infecção intestinal provocada por agen-
tes específicos, conhecidos como parasitas.
Anaeróbio – Organismo que cresce na ausência de
oxigênio livre. Vetor – É todo o ser vivo capaz de transmitir um
agente infectante de maneira ativa ou passiva.
Anticorpo – Classe de substância produzida por um
animal, em resposta a introdução de um antígeno
Antígeno – Substância que quando introduzida em
um organismo animal estimula a formação de defesas LINK
orgânicas, os anticorpos. HTTPS//WWW.significados.com.br
Bactericida – Agente que destrói bactérias. WWW.ibb.Unesp.br/home/departamento/microbio-
Bacteriostático – Agente que imobiliza bactérias, evi- logiaeimunologia/aula_mor_e_estru.pdf
tando a reprodução e multiplicação. HTTPS://todamateria.com.br/doenças-causadas-
Ectoparasita – Tipo de parasita que se instala na parte -por-bactérias
externa do corpo do hospedeiro. https://WWW.todabiologia.com/microbiologia/fun-
Edema – Acúmulo excessivo de líquidos nos tecidos gos.htm
corporais. HTTPS://WWW.infoescola.com/biologia/helminto-
Endógeno – Produzido ou originado no interior. logia
Endotoxina – Substância eliminada quando uma cé-
1. HTTPS://escolaKids.com.br/pediculose.htm
lula se desintegra.
Entérico – Referente aos intestinos ou descargas in- 2. Giv.org/DST/O-Que-são-DST/índex.html
testinais.
Esporo – Célula com cápsula de repouso, altamente
resistente. Serve de proteção e reservatório de nutrien-
tes para as células que resistem por muito tempo no
ambiente.
Estéril – Isento de organismos vivos.
Etiologia – Causas de uma doença.
Exógeno – Produzido ou originado no exterior.
Exotoxina – Substância eliminada pela célula repro-
dutora para o meio em que se desenvolve a bactéria.
Exsudato – Material líquido encontrado em tecidos
inflamados.
Fômites – Objetos inanimados que transportam mi-
cro-organismos vivos.
Habitat – Local onde um determinado agente, espécie
ou população vive.
Hematofagia – Hábito de se alimentar com sangue.
Heterófilos – Anticorpo humano que reage com pro-
teínas de outra espécie.
Hospedeiro – Ser que aloja o agente.
Imunidade – Conjunto de defesas específicas contra
um determinado agente.
Linfonodos – São pequenos órgãos que atuam na de-
fesa do organismo humano e produzem anticorpos.
Parasitas – Seres que vivem às custas de outro orga-
nismo causando ou não algum prejuízo.
Módulo 1 86
NUTRIÇÃO
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Caloria: Quantidade de energia necessária para ele-
INTRODUÇÃO var 1ºC a temperatura de 1g de água.
► Valor Calórico Total (VCT) ou Valor Energético
A disciplina de nutrição e dietética tem como Total (VET): É a quantidade de energia que cada or-
objetivo dar noções ao aluno do Curso Técnico em ganismo necessita, dependerá do sexo, da idade, da al-
Enfermagem, sobre a importância da alimentação na tura, dos tipos de atividades, das patologias.
recuperação e prevenção da Saúde do nosso cliente/ ► Metabolismo: É o conjunto de transformações que
paciente. O aluno precisa ter o conhecimento básico as substâncias químicas sofrem no interior dos orga-
de algumas definições que norteiam a nutrição, bem nismos vivos. O termo “metabolismo celular” é usado
como, compreender as diversas formas de administra-
ção das dietas e os cuidados necessários durante este em referência ao conjunto de todas as reações quími-
procedimento. cas que ocorrem nas células.
► Metabolismo Basal: É a quantidade calórica ou
energética que o corpo utiliza durante o repouso, para
o funcionamento de todos os órgãos por exemplo, o
DEFINIÇÕES coração, o cérebro, os pulmões, o intestino.
► Excreção: Compreende a eliminação do que não é
mais necessário para o organismo. É eliminado pelo
► Alimento: “Toda substância que, ingerida por um intestino, pelos pulmões, pelos rins, pela pele.
ser vivo, o alimenta ou nutre”. “Substância que, intro-
duzida no organismo (por via oral, enteral ou parente- ► Dieta: Conjunto de alimentos que uma pessoa con-
ral), preenche a função de Nutrição”. some diariamente com as substâncias nutritivas (nu-
► Nutrição: “É a ciência que estuda os alimentos, trientes).
seus nutrientes, bem como sua ação, interação e ba- ► Documentário Recomendado :Muito Além do
lanço em relação à saúde e doença, além dos proces- peso (Documentário resumido) You Tube.
sos pelos quais o organismo ingere, absorve, trans-
porta, utiliza e excreta os nutrientes”. “É o conjunto
de processos por meio dos quais o organismo capta e CARBOIDRATOS
transforma os alimentos de que precisa para assegurar
sua manutenção, desenvolvimento orgânico normal e
produção de energia”.
Também conhecidos por hidratos de carbono,
► Dietética: É a ciência e a arte de alimentar, correta- açúcares ou glicídios. São classificados de acordo com
mente pessoas e coletividades sadias.
o número de carbonos. São eles: monossacarídeos,
► Dietoterapia ou Terapia Nutricional: É a ciência de dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Mo-
alimentar, corretamente pessoas e coletividades enfer- nossacarídeos
mas. É o tratamento de doenças através da nutrição.
Os monossacarídeos são açúcares simples, po-
► Técnica Dietética: É o método que se baseia em dem ter 5 ou 6 átomos de carbono.
dados científicos para estudar os processamentos que
serão submetidos os alimentos após criteriosa seleção.
Envolve as transformações químicas, físicas, senso- ► Glicose É o monossacarídeo predominante no me-
riais e microbiológicas sofridas pelos alimentos duran- tabolismo, é a principal fonte de energia para o orga-
te os processos culinários. nismo. A glicose, existente em grande quantidade em
► Alimentação: É o ato de alimentar-se. Processo frutas, sucos de frutas, cana-de-açúcar, melado, gara-
pelo qual os seres vivos adquirem do mundo exterior pa e rapadura, tem a função de combustível celular e
os alimentos que compõem a dieta. é o açúcar normalmente encontrado na corrente san-
guínea (glicemia). Sempre que ingerirmos carboidra-
► Nutrientes: “São substâncias que estão inseridas tos o produto final, que será utilizado, será a glicose.
nos alimentos e têm funções variadas no organismo. Não armazenamos glicose, ela será estocada na forma
Exemplos de nutrientes: carboidratos, proteínas, lipí- de glicogênio (no fígado e no músculo).
deos, vitaminas, minerais, fibras e água. Existem dis-
cordâncias entre autores em considerar fibras e água ► Frutose Monossacarídeo também conhecido por
como nutrientes”. “É qualquer elemento ou composto levulose ou açúcar das frutas. É encontrado nas fru-
químico necessário para o metabolismo de um orga- tas, mel. A frutose é três vezes mais doce que a saca-
nismo vivo”. rose e tem sido utilizada como adoçante.
► Absorção: É a passagem das substâncias dos com- ► Galactose Não é encontrada na forma livre na na-
partimentos corporais para o sangue, através de mem- tureza. Produzida a partir da quebra da lactose (açúcar
branas. do leite), é encontrada no leite e produtos lácteos.

Módulo 1 88
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Dissacarídeos são carboidratos compostos por
dois monossacarídeos. Funções dos carboidratos
São fonte de energia (4Kcal/g); reserva ener-
► Sacarose → Glicose + Frutose. Carboidrato que gética.
provém dos vegetais, é encontrado no açúcar da cana,
beterraba e no mel. É o açúcar comum de mesa e o
mais prevalente dissacarídeo da alimentação. Digestão, absorção e metabolismo
► Lactose → Glicose + Galactose. É o açúcar do
leite, tendo maior concentração no leite humano em
relação ao leite de vaca. É a fonte de energia para o A digestão dos carboidratos começa na boca,
recém-nascido. É o dissacarídeo menos doce. É en- a primeira enzima a agir sobre eles é a amilase sali-
contrada no leite e seus derivados. var ou pitialina. Após a formação do bolo alimentar
este vai para o estômago, onde a enzima é inativada
► Maltose → Glicose + Glicose. É o açúcar do malte, pelo ácido clorídrico. Quando o bolo alimentar chega
pouco encontrado na forma natural. A maior fonte de ao intestino delgado, local onde ocorre, praticamente,
maltose são os grãos em germinação, malte da cevada. toda a digestão, são liberadas outras enzimas, são elas:
amilase pancreática, sacarase, lactase e maltase, for-
Oligossacarídeos são carboidratos contendo mando os monossacarídeos (glicose, galactose e fruto-
de três a dez monossacarídeos. se). Esses são absorvidos e levados, pela corrente san-
guínea, até o fígado. No fígado a galactose e a frutose
são transformadas em glicose e a glicose distribuída
► Rafinose → Sacarose + Glicose + Frutose. É en- para os órgãos e tecidos.
contrada no açúcar da cana, no melaço e no açúcar
mascavo.
► Estaquiose → Galactose + Galactose + Glicose + PROTEÍNAS
Frutose. É encontrada em cereais e leguminosas.

As proteínas são macromoléculas, são forma-


Polissacarídeos são também chamados de carboidra-
das por vários aminoácidos. Não há reserva de amino-
tos complexos, podem chegar a mais de 3.000 unida-
ácidos livres no organismo nem estoque de proteína.
des de monossacarídeos.

► Amido Aminoácidos essenciais


Polissacarídeo mais encontrado na natureza.
É encontrado em pães, massas, batata, aipim.
São aqueles que o organismo não conse-
► Glicogênio
gue sintetizar devendo ser ingeridos na alimentação.
Polissacarídeo de reserva dos seres humanos. Exemplos: valina, leucina, isoleucina.
Quando necessário o glicogênio vira glicose para ser
utilizada como fonte de energia. Não possui alimento
fonte, pois serve de estoque. Aminoácidos não-essenciais
► Celulose
Constitui a estrutura celular dos vegetais. É
chamada de fibra alimentar e não é digerida pelo or- São aqueles que o organismo é capaz de sinte-
ganismo. É encontrada em frutas e vegetais, talos, fo- tizar. Exemplos: alanina, arginina, ácido glutâmico.
lhas, cobertura externa de grãos, leguminosas, semen-
tes.
► Pectina Proteína de Alto Valor Biológico (PAVB)
Presente nas paredes celulares de vegetais.
Utilizada para confecção de geleias.
Contém todos os aminoácidos essenciais e
não essenciais. Encontrada em alimentos de origem
animal (carnes, leite e ovos).

Módulo 1 89
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Proteína de Baixo Valor Biológico LIPÍDEOS


(PBVB) São gorduras, insolúveis em água.

Deficiente em alguns aminoácidos. Encontra- É um grupo heterogêneo de compostos que


da em alimentos de origem vegetal (cereais, legumino- incluem óleos, gorduras e ceras.
sas). Após serem degradados originam ácido gra-
xos e álcoois.
Seu armazenamento é na forma de triglicerí-
Proteínas/Fontes: deos.

As proteínas estão amplamente distribuídas na


natureza, tanto em produtos de origem animal como
Classificação do Lipídeos
vegetal. Os alimentos mais ricos em proteínas são os
de origem animal: carnes em geral, leite e derivados ► Ácidos Graxos Saturados
(exceto manteiga) e ovos.
► Ácidos Graxos Insaturados
Dentre os produtos vegetais, as leguminosas
(feijões, lentilha, grão-de-bico, soja, ervilha), cereais
(arroz, trigo, milho), castanhas e nozes são particular- Ácidos Graxos Saturados:
mente ricas em proteínas. É uma gordura dura em temperatura ambien-
te, exceto o óleo de coco que tem consistência líquida.
Seu consumo excessivo aumenta o colesterol
Funções das proteínas total e LDL e diminui HDL.
É encontrado em produtos de origem animal
como carnes, manteiga.
► Estrutural;
► regeneração de órgãos e tecidos;
Ácidos Graxos Insaturados:
► produção de enzimas; transporte;
São ácidos que possuem uma ou mais ligações
► imunológica; duplas.
► energética (4Kcal/g). Divididos:
Monoinsaturados;
Digestão, absorção e metabolismo das Poliinsaturados
proteínas

A digestão das proteínas não começa na boca, Colesterol /HDL/LDL:


neste local só há a formação do bolo alimentar. Após
a formação do bolo alimentar, este chega ao estômago
onde temos a liberação da enzima pepsina dando iní- HDL e LDL são complexos lipoproteicos co-
cio ao processo de digestão. nhecidos por ‘colesteróis’. A diferença entre as duas
moléculas é que o LDL é um composto de baixa den-
Logo o bolo alimentar passa para o intestino sidade e o HDL, de alta densidade. O colesterol não é
delgado onde enzimas pancreáticas e entéricas são solúvel no sangue, e no caso das moléculas mais leves
liberadas, formando os aminoácidos, terminando o (LDL), ele pode se acumular nos vasos sanguíneos
processo de digestão. Os aminoácidos são absorvidos trazendo diversos problemas à saúde, como a ateros-
e levados, pela corrente sanguínea, até o fígado que clerose (deposição de placas de colesterol que enrije-
distribui para os órgãos e tecidos. cem e entopem os vasos sanguíneos).
As lipoproteínas de alta densidade (HDL) são
capazes de transportar o excesso ou o colesterol que
não foi usado dos tecidos de volta para o fígado, onde
ele é quebrado e excretado. Dessa forma, o colesterol
ligado à LDL é o que pode provocar os depósitos de

Módulo 1 90
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
gordura e, por isso, é chamado de mau colesterol. O Os ácidos graxos e o glicerol são absorvidos e levados,
que é ligado à HDL, por outro lado, retarda ou reduz pela corrente sanguínea, até o fígado que distribui
o crescimento das placas de gordura nas artérias e é para os órgãos e tecidos.
chamado de bom colesterol.

Monoinsaturados: MINERAIS:
Contêm apenas uma ligação dupla.
Encontrado no azeite de oliva, óleo de canola, óleo de São substâncias de origem inorgânica que fa-
açafrão, azeitona, abacate, castanhas, nozes, amêndo- zem parte dos tecidos duros do organismo, como os-
as. sos e dentes.
A gordura Trans. é uma gordura ruim, é o processo Também encontrados nos tecidos moles como
de transformar gordura líquida em gordura sólida ou músculos, células sanguíneas e sistema nervoso.
cremosa. Encontrada na margarina, gordura vegetal,
cookies, biscoitos, sorvetes, chocolates, pães, molhos
para saladas/maionese, cremes, sobremesas aeradas. Funções dos Minerais:

Poliinsaturados: Construtora (Ex.: Cálcio – Ossos) e reguladora (Ex.:


Contêm duas ou mais ligações duplas. Sódio – Hipertensão).
São ácidos graxos essenciais, não produzidos pelo or-
ganismo (ômega 6 e ômega 3).
O ômega 6 é encontrado em óleos vegetais e o ômega
3 em óleos de peixe, anchova, sardinha, salmão, atum, Doenças causadas por distúrbios de
linhaça (semente, farinha), espinafre. minerais:

► Hipertensão (Pressão Alta): Causada, também,


Funções dos lipídeos pelo excesso de sódio;
► Bócio: Causado pela deficiência de iodo;
► Osteoporose: Causada pela deficiência de cálcio;
► Fornece ácidos graxos essenciais;
► Anemia: Causada pela deficiência de ferro.
► Fornece calorias (9Kcal/g);
► Transporta vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K);
► Melhora a palatabilidade (agradável ao paladar) dos
alimentos;
► Regula a temperatura corporal;
► Proteção dos órgãos.

Digestão, absorção e metabolismo dos


lipídeos

A digestão dos lipídeos não começa na boca,


neste local só há a formação do bolo alimentar.
Após a formação do bolo alimentar, esta pas-
sa para o estômago, onde é liberada a enzima lipase Miriamfono.blogspot.com
gástrica e a bile (liberada pela vesícula biliar), dando
início ao processo de digestão.
Logo o bolo alimentar passa para o intestino
delgado onde é liberada a enzima lipase pancreática e
entérica, formando ácidos graxos e glicerol, terminan-
do o processo de digestão.

Módulo 1 91
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Funções das Vitaminas:

Regulação, Crescimento, Desenvolvimento e Repro-


dução;

► Hipovitaminose: deficiência de vitaminas;


► Hipervitaminose: excesso de vitaminas;
► Avitaminose: ausência de vitaminas.
www.dicionariosaude.com
São divididas em dois grupos:

► Lipossolúveis: Solúveis em gordura (A, D, E e K);


► Hidrossolúveis: Solúveis em água (Vitamina C e
vitaminas do Complexo B).

www.diariodamanhapelotas.com.br

www.biologia100sacional.wordpress.com

Fontes de vitamina C

www.pt.depositphotos.com

VITAMINAS:

► São frágeis;
► Para o organismo são necessárias em pequenas
quantidades;
► Não são produzidas pelo organismo;

Módulo 1 92
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

www.biologia100sacional.wordpress.com
www.biologia100sacional.wordpress.com

Doenças causadas por distúrbios de


vitaminas:

► Escorbuto: Causado pela deficiência de vitamina C;


► Cegueira Noturna: Causada pela deficiência de vi-
tamina A.

ESCORBUTO:

www.nutricaoolistica.blogspot.com

www.teaoheroliva.blogspot.com

www.biologia100sacional.wordpress.com

ESCORBUTO
www.saudedica.com.br

Módulo 1 93
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
→ Realização de exames;
ÁGUA → Confirmação de diagnóstico.

É a substância mais abundante do organismo ► Hídrica


humano, indispensável à vida, constituindo um nu-
triente essencial. Cerca de 60 a 70% do peso corporal → Hidratação no pós-operatório;
do adulto é água. Uma perda de 10% de água corpórea → Testar VO;
causa distúrbios graves e de 20% ou mais pode levar à → Comprometimento do TGI.
morte. A ingestão de água é controlada pela sensação
de sede. A média diária de ingestão oral de água pelo Características: Insuficiente em todos os nutrientes.
homem é de 1.500 a 3.000 ml. A perda de água se dá Alimentos proibidos: Todos, exceto água, suco de
pela urina, fezes e transpiração. maçã coado e chás claros.

Funções da Água: ► Líquida restrita


→ Hidratação no pós-operatório;
Manutenção da homeostasia, transporte de → Comprometimento do TGI;
gases, lubrificação dos tecidos, fundamental para a → Preparação para exames.
homeotermia (manutenção da temperatura), proteção Características: Insuficiente em todos os nutrientes.
ao feto na gestação.
Alimentos permitidos :Caldo de carne, suco de maçã
coado, gelatina, chás claros, caldo de sopa, água.
Quando ingerir mais água: Alimentos proibidos: Todos os outros, principal-
mente leite e derivados.
► Nos períodos mais quentes do ano;
► Durante a prática de exercícios físicos; ► Líquida completa
► Em períodos de febre, resfriados; → Facilitar a mastigação, a deglutição e a digestão;
► Durante a gravidez e, principalmente, lactação; → Pré e pós-operatório;
► Em casos de constipação intestinal. → Comprometimento do TGI.
Características: Mais nutritiva.
Alimentos permitidos: Todos desde que liquidifica-
DIETOTERAPIA dos. Leite, iogurte, sorvete, sucos, sopas, flan, gelati-
na, café, mingau, vitaminas
É o tratamento feito a través da dieta, de acor-
do com cada caso. ► Líquida pastosa
→ Facilitar a mastigação, a deglutição e a digestão;
As finalidades são: → Indicada no caso de disfagia.
► Curar o doente; Características: Consistência de mingau e alimentos
► Prevenir as alterações da nutrição; espessados.
► Restabelecer as condições de nutrição; Alimentos permitidos: Sopas, flan, sorvete, vitami-
nas, caldo de feijão, purê, polenta
► Manter um bom controle de doenças crônicas

► Pastosa
Evolução das Dietas:
→ Facilitar a mastigação e a deglutição;
► NPO
→ Indicada no caso de disfagia.
→ Nada por via oral;
Características: Consistência de purê.
→ Por tempo determinado ou não;
Alimentos permitidos: Massa, carne moída, frango
→ O paciente não recebe nenhum tipo de alimentação; liquidificado, café, leite, pão de forma, papa de fruta,
→ Pré e pós-cirúrgico; sucos, vitaminas, polenta, purê, flan.

Módulo 1 94
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Branda Alimentos permitidos: Todos, principalmente os ri-
→ Melhorar a digestibilidade; cos em cálcio (leite e derivados, brócolis).
→ Diminuir a flatulência;
→ Doenças do TGI. ► Hipossódica
Características: Consistência normal. → Indicada para pacientes hipertensos, cardiopatas e
renais.
Alimentos proibidos: Molhos, condimentos, fritu-
ras, ricos em fibras, saladas e frutas cruas, alimentos Características: Pobre em sal.
flatulentos (grão do feijão, brócolis, repolho, couve, Alimentos proibidos: Salame, presunto, embutidos,
batata-doce), alimentos cítricos e ácidos. conservas, enlatados, bacon, toucinho, linguiça cala-
bresa.
Dietas Especiais:
► Hipocalêmica (Pobre em Potássio-K)
► Normal → Indicada para pacientes renais.
→ Fornecer todos os nutrientes; Características: Pobre em potássio.
→ Indicada para pacientes sem restrições alimentares. Alimentos proibidos: Feijão, laranja, banana, batata,
cenoura, couve, melão.
Características: Rica em todos os nutrientes.
Alimentos permitidos: Todos.
► Hipocalórica
→ Indicada no caso de obesidade.
► Sem Resíduos
Características: Pobre em calorias.
→ Indicada no caso de diarreia;
Alimentos proibidos: Frituras, gorduras, doces, re-
→ Irritação intestinal; frigerantes, chocolate.
→ Preparação de exames.
Alimentos permitidos: Arroz, massa, frango, bola- ► Hipolipídica
cha água e sal, gelatina, chá claro, batata, pão, banana,
maçã, pera. → Indicada no caso de dislipidemia e cardiopatias.
Alimentos proibidos: Leite, iogurte, frituras repo- Características: Pobre em gordura.
lho, mamão, ameixa, laranja, alimentos integrais, ali- Alimentos proibidos: Leite integral, frituras, embuti-
mentos ricos em fibras. dos, abacate, carnes gordas, banha, óleos

► Rica em Fibras ► Hipercalórica e Hiperproteica


→ Indicada no caso de constipação. → Indicada no caso de desnutrição, HIV e câncer.
Alimentos permitidos: Todos, principalmente os ri- Características: Rica em proteína e caloria.
cos em fibras (frutas, verduras, alimentos integrais. Alimentos permitidos: Todos
**Ingestão de 2L de água por dia!
► Hipoglicídica (Para DM)
► Rica em Ferro → Indicada para pacientes com diabetes mellitus.
→ Indicada no caso de anemia; Características: Pobre em açúcar.
→ Gestantes, Lactantes. Alimentos permitidos: Pão de centeio, saladas cruas,
Alimentos permitidos: Todos, principalmente os ri- adoçante, chocolate diet, gelatina diet.
cos em ferro (feijão, fígado, folhosos verdes escuro) Alimentos proibidos: Açúcar, chocolate, bala, gelati-
**Ingestão de vitamina C!!! na, refrigerante, torta.

► Rica em Cálcio ► Hipoprotéica


→ Indicada no caso de osteoporose; → Indicada para pacientes com doenças renais e he-
→ Gestante, Lactantes. páticas.

Módulo 1 95
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Características: Restrição parcial de proteínas. ALIMENTAÇÃO POR SONDA
Alimentos permitidos: Todos, porém haverá restri-
ção dos alimentos fonte de proteínas como: feijão, car- INDICAÇÕES
ne, leite e derivados, ovos,
► Ingestão oral insuficiente, o paciente ingeri menos
de 60% do VET;
► Aprotéica ► Trato gastrointestinal funcionante.
→Indicada para pacientes com doenças renais e hepá-
ticas.
Outras indicações:
Características: Restrição total de proteínas.
► Pacientes que não podem se alimentar: Inconsciên-
Alimentos permitidos: Todos, exceto os alimentos cia, Anorexia Nervosa, Lesões orais, AVC;
fontes de proteínas como: carne, leite e derivados,
ovo, feijão, lentilha, soja ► Pacientes com ingestão oral insuficiente: Trauma,
Septicemia, Alcoolismo crônico;
► Pacientes nos quais a alimentação comum produz
► Sem Lactose dor e/ou desconforto: Pancreatite, Quimioterapia, Ra-
→ Indicada para pacientes com Intolerância à Lactose. dioterapia, Carcinoma de TGI;
Características: Sem leite. ► Pacientes com disfunção do TGI: Fístula, Síndro-
Alimentos permitidos: Carnes, feijão, arroz, batata, me do Intestino Curto.
lentilha, leite de soja, tofu, alimentos sem lactose.
Alimentos proibidos: Leite, creme de leite, iogurte, CONTRA-INDICAÇÕES
queijo, Leite condensado, alimentos com lactose. ► Obstrução mecânica do TGI;
► Refluxo gastroesofágico intenso;
► Sem Glúten ► Íleo paralítico;
→ Indicada para pacientes com Doença Celíaca. ► Vômitos e Diarreia severos;
Características: Sem glúten. ► Hemorragia GI severa.
Alimentos permitidos: Arroz, farinha de arroz, fei-
jão, farinha de milho, farinha de polvilho, batata.
VIAS DE ACESSO
Alimentos proibidos: Trigo, cevada, aveia, centeio,
pão, massa, pizza, cerveja, achocolatado, bolo. A sonda pode estar posicionada no estômago,
duodeno ou jejuno.
Sonda Nasogástrica: posicionada no estômago; tole-
NUTRIÇÃO ENTERAL ra grandes volumes e dieta polimérica; maior risco de
aspiração; indicada por até 4 semanas;
Sonda Nasoduodenal: posicionada no duodeno; to-
Terapia de Nutrição Enteral é um conjunto de lera menores volumes e dieta semi-elementar; menor
procedimentos terapêuticos empregados para a manu- risco de aspiração; indicada por até 4 semanas;
tenção ou recuperação do estado nutricional por meio Sonda Nasojejunal: posicionada no jejuno; tolera
de nutrição enteral. menores volumes e dieta elementar; menor risco de
aspiração; indicada por até 4 semanas;
Gastrostomia: posicionada, diretamente, no estôma-
go através de procedimento cirúrgico; indicada acima
de 4 semanas;
Jejunostomia: posicionada, diretamente, no jejuno
através de procedimento cirúrgico; indicada acima de
4 semanas.

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Módulo 1 96
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Contínua: administração durante 24 horas, pausa
somente para o banho e a fisioterapia;
► Cíclica: administração durante à noite e com pau-
sa durante o dia.
► Sempre ao administrar a dieta o paciente deverá
estar em um ângulo de no mínimo 45°;
► Lavar a sonda com 30 ml de água após a oferta da
dieta.

DOSE E VELOCIDADE DE ADMINISTRAÇÃO


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► Estômago: tolera grandes volumes em pouco tem-
po. Iniciar a dieta com volume médio;
CARACTERÍSTICAS DA SONDA ENTERAL ► Intestino: tolera pequenos volumes em pouco tem-
► Silicone; po. Iniciar a dieta com volume pequeno.
► Flexível;
► Presença de demarcação; FÓRMULAS ENTERAIS
► Presença de fio-guia; Grande parte das dietas utilizadas, hoje, são
► Radiopaca. industrializadas, tendo uma maior garantia de higiene
e equilíbrio de nutrientes;

As dietas podem apresentar-se de três formas:


► Pó para reconstituição: a dieta apresenta-se em pó
e deve ser reconstituída em água ou outro líquido.
Exemplo: Nan, Fibermais, Nestogeno, Sustagem;
► Líquidas semi-prontas: a dieta está pronta para uso,
porém deve ser colocada no frasco. Exemplo: Isosour-
ce em embalagem tetra pack;
► Prontas: a dieta está pronta para uso e na embala-
gem adequada. Exemplo: Isosource, Nutrison, Cubi-
son.

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Sonda Nasogástrica
Tipos de sistema
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► Sistema aberto: dietas que necessitam de mani-
pulação;
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO ► Sistema fechado: dietas que não são manipuladas.
Em bolo: administração com seringa, ingestão de um Tipos de dietas;
volume considerável de dieta em um curto espaço de
► Dieta polimérica: nutrientes intactos. Utilizada
tempo (gavagem);
no estômago;
Intermitente: administração com pausas, com bom-
► Dieta semi-elementar: nutrientes, previamente,
ba de infusão ou pela força gravitacional (gotejamento
digeridos. Utilizada no intestino.
– 60 gotas/minuto);

Módulo 1 97
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Dieta elementar: nutrientes digeridos. Utilizada no in- ► Metabólicas: desidratação, hipoglicemia, hipergli-
testino. cemia;
► Mecânicas: erosão nasal, otite, esofagite, obstrução
DIETAS CASEIRAS da sonda;
► São as dietas preparadas com módulos de nutrien- ► Infecciosas: gastroenterocolites;
tes (carboidratos, proteínas e lipídeos); ► Respiratórias: aspiração pulmonar;
► Maior risco de contaminação, pela manipulação; ► Psicológicas: ansiedade, depressão, monotonia ali-
► NÃO USAR ALIMENTOS IN NATURA! mentar, insociabilidade.
► No hospital são preparadas no lactário e em casa
na cozinha; NUTRIÇÃO PARENTERAL
► Produzir a dieta conforme orientação da nutricio- Em nutrição parenteral, uma solução estéril de
nista; nutrientes é infundida por via intravenosa por meio de
► Produzir no primeiro horário da manhã para todo um acesso venoso periférico ou central, de forma que
o dia; o trato digestivo é completamente excluído no proces-
so.
► NÃO utilizar os utensílios (liquidificador, potes,
facas, colheres, etc.) selecionados para a produção da
dieta em outras preparações;
► Ao preparar a dieta, sempre utilizar touca, lavar as
mãos, não falar, não tossir, não espirrar, não fumar;
► Colocar a quantidade indicada no frasco e o res-
tante armazenar em um pote de vidro fechado na ge-
ladeira;
► Ofertar a dieta, em temperatura corporal, nunca
quente ou fria, para o paciente. Este deve estar num
ângulo de, no mínimo, 45°, o gotejamento é gravita-
cional (60 gotas/minuto). Após o término da dieta la-
var a sonda com 30 ml de água destilada, filtrada ou
fervida em temperatura corporal;
► No próximo horário de administrar a dieta, colocar
no frasco e aquecer em banho maria, até a temperatu-
ra corporal. A sobra guardar na geladeira novamente;
NUNCA esquecer de homogeneizar a dieta antes de
ofertá-la!
► Ao terminar a dieta o paciente deve ficar na mesma
posição por pelo menos 30 minutos;
► Após o uso do equipo e do frasco lavar com água
morna (não deixar nenhum resíduo), secar bem e www.lojaespaçosaude.com.br
guardar em local seco e livre de insetos;
► O equipo e o frasco devem ser trocados a cada 2 INDICAÇÕES
dias ou conforme necessidade;
Em geral, a nutrição parenteral é indicada se
► A dieta tem validade de 24 horas, caso sobre deve o trato digestivo não funciona, está obstruído ou ina-
ser desprezada; cessível (por pelo menos 7 dias).
► O volume pleno deve ser atingido em 72 horas,
caso não haja nenhuma intercorrência.
Outras indicações:
► Vômitos intratáveis: pancreatite aguda, quimiote-
COMPLICAÇÕES rapia;
► Gastrointestinais: náuseas, vômitos, refluxo gas- ► Diarreia grave: doença inflamatória intestinal, sín-
troesofágico, distensão abdominal, cólicas, diarreia, drome do intestino curto;
obstipação;
► Mucosite/esofagite: quimioterapia;

Módulo 1 98
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Íleo: grandes cirurgias abdominais, trauma grave; COMPLICAÇÕES
► Obstrução: neoplasias; ► Mecânicas: pneumotórax, lesão vascular;
► Repouso intestinal; ► Infecciosas: sepses relacionadas ao cateter;
► Pré-operatório: desnutrição grave. ► Metabólicas: hiperglicemia, disfunção hepática.

CONTRA-INDICAÇÕES No quadro abaixo, descreva cuidados de En-


► Pacientes hemodinamicamente instáveis; fermagem, específicos na Administração de Dietas
Enterais e Parenterais:
► Pacientes com hipovolemia;
Dietas Enterais Dietas Parenterais
► Pacientes com choque cardiogênico ou séptico;
► Pacientes com edema agudo de pulmão;
► Pacientes com anúria sem diálise.

TIPOS DE NUTRIÇÃO PARENTERAL


Nutrição Parenteral Periférica:
► Administrada, diretamente, em uma veia periféri-
ca;
► Indicada para períodos curtos (7-10 dias);
► Não atinge as necessidades nutricionais do pacien-
te (volumes pequenos).
Nutrição Parenteral Total:
► Administrada, diretamente, em uma veia central Bibliografia
(em geral a veia cava superior); CUPPARI,L .Guia de nutrição: nutrição clínica o
► Indicada para períodos longos (acima de 7-10 dias); adulto. Barueri, Manole,2002.406p.
► Atinge todas as necessidades nutricionais do pa-WAITZBERG,D.L.Nutrição oral,enteral e parenteral
ciente (grandes volumes). na Prática Clínica.3ed.
São Paulo:Editora Atheneu.2000,1858p.
CATETERES Frota-pessoa,o.os caminhos da vida-estrutura e ação.
► Veia subclávia; São
► Veia jugular interna; Paulo:Scipione,2001
► Veia axilar (pediatria); Links Sugeridos:
► Veia femural. www.clinnutr.org (Americam Society of Parenteral
an Enteral Nutrition)
A POSIÇÃO DO CATETER SOMENTE PODE- Erro! A referência de hyperlink não é válida.(Socieda-
RÁ SER CONFIRMADA PELO RAIO X! de Brasileira de Alimentação e Nutrição)
www.sabran.org.br(Associação Brasileira de Nutrição)
COMPONENTES DA SOLUÇÃO www.nutricaoempauta.com.br (Nutrição em Pauta)
► Glicose; www.diabetes.org.br (Sociedade Brasileira de Diabe-
tes)
► Aminoácidos;
www.espen.org (Nutrition na Metabolism)
► Emulsão lipídica;
www.sbnc.ntr.br (sociedade Brasileira de Nutrição
► Vitaminas; Clínica)
► Água destilada;
► Deve haver um rigoroso controle microbiológico.

Módulo 1 99
PSICOLOGIA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

PSICOLOGIA Neurologia
Introdução
Especialização da medicina que estuda o Sis-
Para ser um indivíduo trabalhador na área da tema Nervoso.
saúde requer muita empatia. Todas as equipes mul-
tidisciplinares interagem em prol da assistência ao
cliente/paciente. Neuropsiquiatria

A disciplina de Psicologia e Ética visa dar uma Estuda a Neurologia e a Psiquiatria.


base na formação do profissional Técnico em Enfer-
magem, citando algumas das principais definições da
psicologia, da ética e algumas funções do profissional
Técnico, buscando a reflexão de temas que possam Ética
contribuir de maneira clara com muita sensibilidade
e responsabilidade, pois temos a vida em nossas mãos
desde o primeiro minuto até o apagar da chama. O termo ética vem do grego Ethos que sig-
nifica modo de ser, conduta de vida e se baseia em
princípios, valores, sentimentos, emoções que traze-
mos dentro de nós. É uma ciência que nasce da neces-
DEFINIÇÕES sidade de fazer o bem.

Para que possamos entender um pouco mais O DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO


sobre a disciplina, vamos definir algumas expressões
que serão mencionadas ao longo de nossas aulas.
Vida intra uterina e Aproximadamente 40
nascimento semanas
Psicologia Lactação e idade pré-escolar 0 a 6 anos
Etapa escolar e adolescência 7 a 18 anos
Adulto jovem 22 a 45 anos
Ciência que estuda os processos mentais e o Adulto maduro 46 a 65 anos
comportamento humano, buscando um entendimen- Senilidade Acima de 65 anos
to biopsicossocial e tratamento. A psicologia pode se
dividir em diversas áreas: clínica, hospitalar, escolar,
organizacional entre outras. Segundo Sigmund Freud, neurologista, consi-
derado o pai da Psicanálise, temos o desenvolvimento
de fases durante nossa vida: fase oral, anal, fálica, la-
Psiquiatria tência, adolescência, maturidade, senilidade.

Vamos falar um pouco de cada fase da vida


Ciência eu trata as doenças mentais. Área do humana.
conhecimento médico que se ocupa do estudo dos
transtornos mentais nos seus diferentes aspectos: clí-
nico, diagnóstico, prognóstico, prevenção, tratamento O ser humano possui um ciclo vital, nasce-
entre outros. mos, crescemos, desenvolvemos, nos tornando adul-
tos e seguimos envelhecendo até a chegada de nossa
morte. Devemos enxergar como um ciclo, um proces-
Psicopatologia so contínuo, onde todas as nossas vivências formarão
uma história.

É o estudo científico e sistemático das patolo- A vida se inicia com um espermatozoide fe-
gias ou doenças psíquicas. Inclui classificação e descri- cundando e fertilizando um óvulo e após alguns dias
ção de sintomatologia. vamos ter um embrião fixado no útero que irá passar

Módulo 1 101
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
por muitas transformações e mudanças, até que chega Agora complete o quadro com características das fases
ao amadurecimento final do feto e nascimento de um
bebê que ao longo de sua vida enfrentará as fases que
Freud definiu.
Vida intra uterina
Fase Oral: Do nascimento aos 18 meses, a fonte de e nascimento
maior prazer é a boca. A percepção ocorre através da
boca, o prazer que a boca traz, sendo o maior contato
com a realidade, incluindo alimentação e afetividade.
Lactação e idade
Fase dividida em duas etapas, a sucção ainda intra úte- pré-escolar
ro e a oral propriamente dita voltada a mastigação que
vai até o final do segundo ano de vida.

Fase Anal: De 01 ano a 3anos, onde o prazer volta-se


ao ânus, zona de maior interesse nessa fase. Controle Etapa escolar e
adolescência
de esfíncter poderá iniciar, criança percebe que pode
oferecer algo seu ao meio, produção própria, suas fe-
zes. Duas etapas anal/expulsão e anal/retenção, na
primeira ela retém e expulsa e na segunda o prazer de
reter apenas, acumular fezes.
Adulto jovem

Fase Fálica: de 3 a 6 anos, fase onde o clitóris e o


pênis são as zonas erógenas. Percepção de meninas
e meninos que são diferentes, diferenciação sexual,
onde iniciam os questionamentos. Adulto maduro
A Menina vai direcionar-se ao pai e o menino
a mãe, agressividade com o mesmo sexo, o que carac-
teriza o Complexo de Édipo.

Fase Latência: de 6 a 9 anos, a imaginação da criança Senilidade


vai reduzir e a compreensão se eleva, mais limites e
normas. Vai ocorrer nessa fase o voltar-se ao exterior,
escola, amizades, aprendizado e outros.
PERSONALIDADE
Fase Adolescência: de 10 a 21 anos aproximadamen-
te. A despedida do mundo lúdico, do corpo de crian-
ça e inicia a puberdade. Vai ocorrer o aumento dos A palavra personalidade vem do grego “PER-
hormônios, crescimento de pêlos pubianos, mamas, SONA”que significa máscara. Personalidade refere-se
barba, contornos corpóreos, menarca, ejaculação e ao modo de agir, pensar, perceber, sentir, incluindo
também o afastamento dos pais, flutuações de humor habilidades, atitudes, emoções entre outros, levando
entre outros. em consideração como tudo isso se integra e dá ori-
gem ao singular de cada indivíduo.
Personalidade é um conjunto de qualidades
Fase Maturidade: de 21 aos 65 anos com a maturi- que define uma pessoa e expressa através de compor-
dade corporal, estabilização do que se encontrava em tamento, formada durante as fases do desenvolvimen-
agitação, paciência, calma, deixar para depois, benefí- to.
cio em longo prazo. A pessoa ama, trabalha, produz e
resolve situações sem violência.
Confundimos personalidade com caráter, mas
este está voltado aos valores de cada pessoa, reações e
Fase Senilidade: Inicia após os 65 anos, sem qual- hábitos de comportamento, modo individual de cada
quer distúrbios de conduta, perda de controle, uma pessoa agir e reagir. Podemos dizer um perfil bom
velhice sadia, processo natural de envelhecimento. ou mau que é adquirido através da educação recebida.
Caráter compõem a personalidade.
Módulo 1 102
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Ego → Obtém energia do Id, mas controla através do
Desenvolvimento da personalidade contato com a realidade. Possui como tarefa garantir
a segurança, a sanidade da personalidade, por vezes
consciente e por vezes inconsciente. Sua função é re-
Desenvolvimento da personalidade é um con- guladora, controladora.
junto progressivo de mudanças, devido a maturação Superego → Se desenvolve a partir do Ego, através
e experiências, que mudam com o passar dos anos, do contato com os pais, com a sociedade, família en-
comprovando que o ser humano dede seu nascimento tre outros, atuando como um juiz. Surgem os senti-
até sua senilidade passa por mudanças físicas, psicoló- mentos de culpa, vergonha e repugnância, sempre em
gicas e cognitivas. oposição ao Id.

Dentro desse desenvolvimento temos o cres- Id, Ego e Superego estão em constante con-
cimento de nossas células e tecidos, maturação de ór- flito e acordos, o Ego controla as exigências do Id e o
gãos e membros para que se tornem funcionais até Superego controla o comportamento do Ego.
que chega a aprendizagem que modifica o compor-
tamento do individuo. Para explicar esse desenvolvi- O comportamento normal do indivíduo adul-
mento temos as to é o resultado da interação do aparelho psíquico,
para que tenhamos equilíbrio no organismo.
Teorias do desenvolvimento da personalidade,
entre elas a Psicanalítica, Psicossocial, Cognitiva entre
outras. Mecanismos de defesa

Teorias do desenvolvimento da personalidade A mente deve enfrentar as ansiedades, tensões


e desprazer sendo que o indivíduo poderá agir de duas
maneiras: lidando diretamente com a situação, resol-
Existem vários tipos de personalidade e assim vendo ou negando.
várias teorias que explicam, umas mais voltadas ao in-
terno do ser humano, outras ao meio externo e tam- O Ego protege nossa personalidade criando
bém as que enfatizam a experiência pessoal. mecanismos de defesa que servem para diminuir a
tensão e evitar sofrimento, entre eles a transferência,
Freud desenvolveu a teoria da personalidade negação, compensação, projeção, sublimação.
centrada no crescimento interno, Eric Erickson afir-
mou que a personalidade se desenvolve durante todo Falamos de cada um:
o ciclo vital, Piaget referiu que cada indivíduo solucio-
na seus problemas, enfrenta seus desafios dependendo
como pensa e assim outras teorias sobre condiciona- ► Transferência – É a válvula de escape, descarre-
mento, escolhas, buscando desenvolvimento. gamos sentimentos reprimidos nas pessoas menos
perigosas do que aquela provocadora da situação de
fato. Como exemplo, meu chefe provoca raiva por sua
Em suma, para Freud, Pai da Psicanálise, a conduta e eu descarrego brigando com outra pessoa
personalidade é centrada no crescimento interno, in- que nada tem a ver com a situação.
fluenciada por medos, desejos, motivações e outros,
referindo na sua Teoria Freudiana os três elementos
que constituem a base de todo o estudo da persona- ► Negação – Negar a realidade, me recuso a acredi-
lidade: Id, Ego e Superego , chamados de aparelho tar que algo desagradável esteja acontecendo. Como
psíquico. exemplo a morte de alguém, a perda.

► Compensação – Substituir, esforçar-se para com-


Aparelho psíquico pensar. Como exemplo uma mãe que superprotege o
filho, mas no fundo o rejeita.
Id → É o irracional do indivíduo, onde não há pre-
ocupação e nem compromisso com a realidade, total ► Projeção – Ato de projetar, atribuir ao outro o meu
inconsciente. Instintivo e exerce uma força contínua sentimento. Como exemplo, fingir que outra pessoa
sobre a mente, gera muitos impulsos e quando bloque- cometeu meu erro.
ado gera ansiedade e mal estar.

Módulo 1 103
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Introjeção – É a identificação, considero como
meu o que é externo. Como exemplo, a seleção brasi- Ética profissional da enfermagem
leira ganha e os brasileiros ficam orgulhosos.
A ética na enfermagem deve estar presente
► Racionalização – Quando não podemos aceitar os diariamente, o profissional da enfermagem, nas suas
verdadeiros motivos de uma ação, auto justificativa atribuições, deverá avaliar o valor de cada ação, levan-
falsa. Como exemplo bater no filho e dizer que é o do sempre em conta a si próprio e ao outro indivíduo,
melhor para ele. respeitando sua raça e credo indiscutivelmente.

► Repressão – É o afastamento de uma ideia do cons- A formação de Técnico em Enfermagem, o


ciente. Como exemplo, esquecer de fazer um exame, aprendizado de suas técnicas, habilidades e competên-
de ir ao médico. cia, deverá ser arraigado à reflexão, para todas as suas
atividades deverá levar em consideração o Código de
ética do Profissionais da Enfermagem.
► Regressão – Indivíduo agindo de modo imaturo,
retornar a uma fase de desenvolvimento anterior a sua
idade. Como exemplo, criança mais velha que volta a O código de ética, Resolução Cofen n º
chupar o dedo devido nascimento do irmão. 0564/2017 contém conjunto de direitos, deveres e
proibições que regulamentam a profissão e seu exer-
cício, incluindo aplicação de penalidades como adver-
► Sublimação – O indivíduo direciona desejos inacei- tência verbal, multa, censura, suspensão e cassação do
táveis ao que é aceitável, a um comportamento acei- direito ao exercício profissional quando infringir de-
tável. Como exemplo, uma pessoa com vida sexual terminados artigos do código.
frustrada que se volta aos estudos.

Ver: www.cofen.gov.br/ www.portalcoren-rs.gov.br


A personalidade e o técnico em enfermagem
IMPERÍCIA, NEGLIGÊNCIA E IMPRUDÊNCIA
O bom entendimento da personalidade e do
aparelho psíquico é que irá ajudar o Técnico em En- NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
fermagem, onde ele poderá prever o seu comporta-
mento e o dos pacientes.
No exercício de nossa profissão devemos como
obrigação prestar um atendimento livre de qualquer
A personalidade do Técnico deverá ser agra- dano ao cliente/paciente. Assim temos direitos, como
dável, gentil, educado, equilibrado, seguro, além de exemplo o de ter acesso ao estudo, temos o dever e a
muitas outras qualidades como ser compreensivo, cor- obrigação de prestar um atendimento livre de erros
dial, bem humorado, não deixando de lembrar que a que possam colocar em risco a vida do indivíduo.
boa relação interpessoal é indispensável.
Frente ao código de ética prestar um atendi-
Lembre que todo o paciente gosta de um pro- mento sem imperícia, imprudência e negligência sig-
fissional que ofereça conforto físico, mental e que en- nifica atender de maneira prudente, com cuidado, não
tenda as suas dificuldades, inclusive as emocionais, expondo o paciente cliente a riscos e sabendo o que
que a doença pode causar. estou fazendo.
O técnico em enfermagem deverá compreen- Podemos definir da seguinte maneira:
der os mecanismos de defesa, pois assim quando se
apresentarem ele poderá direcionar a ajuda necessária
ao seu cliente/paciente com relação as suas necessida- ► Imperícia: Falta de conhecimento e habilidade para
des. realizar determinada ação, realizar algo sem saber fa-
zer, imperito, inexperiente.

► Negligência: Deixar de realizar alguma ação que


deveria ser realizada, não fazer o que deveria ter feito,
negligente.

Módulo 1 104
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Imprudência: Realizar alguma ação sem cuidado, trado o medicamento, proceder o registro adequado
sem cautela, imprudente. na pasta do paciente através da evolução e checagem,
orientar o paciente quanto a administração e sinto-
mas, sua resposta a administração realizada.
As três expressões se completam, no exercício
de nossas atividades. Quando é realizado um cuidado
sem as devidas ações de zelo, vamos ter consequên-
cias agora ou mais tarde, podendo gerar uma iatroge- SEGREDO PROFISSIONAL
nia, doença causada por uma atividade mal realizada,
um erro de enfermagem que gera uma patologia, um
Segredo profissional é um dever ético. Somos
dano.
proibidos de divulgar, revelar dados confidenciais, se-
jam diagnósticos, sintomatologia ou outros.
Exemplifique
Nós no exercício profissional devemos saber
que o paciente tem direito aos seus segredos. Leve em
Imperícia Negligência Imprudência
consideração a ética, o juramento e o respeito.

Por outro lado um segredo deve ser revelado quando:


► o dono consentir;
► quando poderá trazer danos a terceiros.

ERRO NA ENFERMAGEM E deverá ser revelado de imediato quando:


► doença contagiosa que precisa ser notificada à se-
cretaria de saúde;
O erro na enfermagem está sendo a cada dia
mais divulgado em todas as redes de informação. Se ► periciais policiais e judiciais;
estivermos atentos às notícias, podemos observar que ► para evitar dano ao próprio portador do segredo;
erros são mais comuns do que pensamos, envolvem ► em atestados de óbito e outros.
sim as três expressões imperícia, negligência e impru-
dência, levando o profissional a ser investigado após
uma denúncia e até mesmo à cassação do exercício
profissional, ao fato de nunca mais poder exercer a ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL
enfermagem.
A organização institucional seja ela um hospi-
Erro na enfermagem, erro profissional, en- tal, uma clínica ou home care possui equipes.
gano ou equívoco ao realizar uma determinada ação
um cuidado, mesmo que esse profissional seja perito e As equipes que realizam os atendimentos po-
prudente na realização da atividade. dem ser multiprofissionais, diversos departamentos de
profissões que devem interagir para o atendimento e
Posso dizer ainda que errar é humano, mas bem estar do cliente/paciente.
insistir no erro é falta de conhecimento, imperícia,
imprudência e negligência podendo levar frente ao Instituições humanas que realizam trabalho
código de ética a um processo e a uma penalização. com mãos humanas e por um objetivo único, atendi-
No exercício profissional o erro pode ser sim mento ao ser humano.
evitado e podemos fazer uso dos tradicionais cinco
certos da enfermagem que atualmente são nove cer-
tos (Paciente, medicamento, dose, via, hora, registro,
HIERARQUIA NA ENFERMAGEM
orientação, forma e resposta).
Temos o dever e a obrigação de conferir o
nome por completo do paciente, o medicamento, No trabalho diário para que as atividades se-
nome de marca ou genérico, a quantidade de dose a jam organizadas e totalmente realizadas, precisamos
ser administrada e em qual via que também se direcio- seguir uma hierarquia, considerando a equipe de en-
na para a forma certa, a hora que deverá ser adminis- fermagem, sua formação, sua competência legal.

Módulo 1 105
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Ela se apresenta da seguinte maneira: Assim sendo, a comunicação ocorre através da
► Enfermeiro; conversação com o cliente/paciente, familiar, equipe e
também através da leitura e preenchimento do pron-
► Técnico em Enfermagem; tuário, facilitando o atendimento, o acompanhamento
► Auxiliar em Enfermagem. à resolução dos problemas que foram levantados.

Enfermeira é o chefe da equipe, formado em


nível superior e o Técnico e Auxiliar em Enferma- O PERFIL DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
gem, formados em nível médio e fundamental respec-
tivamente. O Técnico em Enfermagem deve apresentar-
-se com um perfil diferenciado, podemos dizer que
Cabe ao técnico e ao auxiliar realizarem as deve ser educado, gentil, mostrar-se seguro e ter di-
atividades delegadas pelo enfermeiro que irá orientar, versas habilidades.
auxiliar e supervisionar incansavelmente em busca de
um atendimento holístico. Segui abaixo algumas condições que normal-
mente são exigidas pelas instituições contratantes:
TRABALHO EM EQUIPE
► saúde física, mental, emocional sem demonstrar
tensão constante, com capacidade de despertar con-
O trabalho direcionado ao cliente/paciente é fiança e simpatia;
realizado por diversos profissionais, cada um na sua
categoria, no seu conhecimento, na sua atividade le-
gal. ► conhecimentos técnicos adequados relacionados à
população que irá atender e as tarefas que irá realizar;
O atendimento pode ser realizado por um
único profissional ou não, o que denominamos de ► apresentação pessoal harmoniosa, discreta com
equipe multiprofissional interdisciplinar, onde vários vestuário adequado ao trabalho;
profissionais trabalham conjuntamente no atendimen-
to solucionando as necessidades do cliente/paciente.
► capacidade de trabalhar em equipe com boa comu-
nicação, atitude ética, empatia, ser seguro e leal.
A COMUNICAÇÃO NO EXERCÍCIO
PSICOLOGIA E ENFERMAGEM
PROFISSIONAL
A psicologia atualmente está inserida em to-
Quando falamos em organização de trabalho, das as áreas profissionais, entre elas a da saúde, educa-
grupos e equipes, falamos em pessoas que estão in- ção, lazer, segurança entre outras.
teragindo na realização de atividades. Essas pessoas
precisam se comunicar e devemos lembrar que comu-
nicação não é realizada somente de maneira escrita e É uma ciência biopsicossocial, estuda os com-
falada. portamentos, tendo por objetivo o conhecimento do
ser humano, corpo, mente e ambiente.

Podemos nos comunicar de maneira não-ver-


bal. Na enfermagem, na execução de nossas ativi-
dades, seja na saúde ou doença, na vida como um todo
até a morte, precisamos compreender as necessidades
A comunicação se dá em todos os momentos, do indivíduo, suas reações psicológicas estando saudá-
na realização de atividades como arrumação do leito e vel ou não, por isso,devem ter empatia, saber colocar-
pertences pessoais do paciente, no momento do cura- -se no lugar do outro, pois muitas vezes a vontade não
tivo, da higiene e conforto, conversa com familiar en- é de estar em um leito hospitalar, o cliente/paciente
tre outros. Podemos sim colher inúmeras informações está por necessidade e não por vontade.
e realizar um feedback, ato de ouvir e transcrever, res-
posta ou reação, de extrema valia ao trabalho diário.

Módulo 1 106
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Por sua vez a equipe de enfermagem deverá
POSTURA EMOCIONAL E REAÇÕES tratá-lo com zelo, cuidado, chamando-o pelo nome, se
apresentando e explicando o que será realizado em to-
DO HOJE E AO LONGO DOS ANOS DE dos os momentos de contato. Também devemos apre-
sentar a unidade, algumas rotinas, regras que devem
EXERCÍCIO PROFISSIONAL ser cumpridas bem como os demais clientes/pacientes
se a internação for em quarto semiprivativo. Todas es-
Da empatia a calosidade profissional sas ações tornam a adaptação à instituição mais fácil,
mais tolerável.

O exercício profissional exige todos os dias


que a equipe esteja em contato com pessoas em estado Em suma, realizar orientações quanto direi-
hígido ou não, sendo que podem estar lesionados de tos, deveres e proibições dentro da instituição:
maneira leve até a extrema necessitando de cuidados
para atingir a cura ou partir para um cuidado paliati- ► direito a um tratamento respeitoso;
vo.

► direito de saber seu diagnóstico, tratamento e prog-


O Técnico em Enfermagem deve, assim, su- nóstico através do médico responsável;
portar a carga emocional que seu cliente/paciente de-
posita, por vezes calmo e por outras ansioso, agitado e
agressivo, com medo e desagradado de sua patologia. ► direito ao sigilo profissional;
O fato de realizar as atividades diárias com toda a de-
dicação e perceber a desesperança do paciente, a não
aceitação da doença nos exige um suporte psicológico ► direito de ter seus pertences pessoais junto ao leito;
para prestar assistência. Passamos por ansiedade fren-
te ao cliente e aos familiares, que nos observam aten- ► direito de guardar os pertences em local seguro;
tamente inclusive aos nossos olhares e reações, mas
esperam o oferecimento de soluções.
► direito de ter objetos mais íntimos o que torna o
quarto mais familiar, para clientes/pacientes que fica-
Com o tempo o profissional maneja melhor rão mais tempo internados;
com relação a esses sofrimentos, não vira pedra, não
apresenta a calosidade ocupacional, mas poderá.
A escolha poderá ser de usar as suas ferramen- ► direito de saber sobre os medicamento e cuidados
tas para o cuidado conforto e bem estar, podendo ser que serão administrados;
empático ou então visar à sintomatologia, sem impor-
tar-se com a dor e o sofrimento, sendo indiferente. ► direito de ter suas necessidades religiosas atendi-
das;
O paciente e a internação
► dever de entregar aos familiares os objetos de valor
e quando necessário colocar no cofre da instituição;
O cliente/paciente chegou na instituição, será
recebido na internação pelo setor administrativo e
logo estará na unidade, ele poderá estar tranquilo ou ► dever de entregar prótese dentária, à equipe de en-
não e isso irá depender de suas condições de saúde. fermagem no caso de procedimentos, que deverá ro-
Assim deverá ser recebido de maneira cordial e com tular e guardar em segurança;
muita atenção. Devemos entender que o cliente/pa-
ciente desligou-se de sua família, amigos e demais ro-
► dever de respeitar os horários de atividades frente
tinas e irá entrar em um mundo completamente des-
ao cuidado;
conhecido.

► proibido de se ausentar do quarto ou unidade de


Nesse meio ele estará inseguro, amedrontado
internação sem antes comunicar a equipe.
o que pode causar um sofrimento psicológico.

Módulo 1 107
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Cliente/paciente grave Cliente/paciente com bom prognóstico

A enfermagem faz o atendimento de todo e Aquele que internou, realizou exames e então
qualquer cliente/paciente que esteja internado ou que obteve alta hospitalar, possui um bom prognóstico.
solicite atendimento à unidade, seja hospitalar ou mó-
vel.
Poderá retornar para outras avaliações ou
nova consulta em três meses ou mais, ser acompanha-
Lidamos com a vida até o apagar da chama, o do fora da internação hospitalar, pois não possui uma
que a sociedade possui dificuldade em falar e esclare- doença grave.
cer.
Cliente/paciente em óbito
Nós da enfermagem proporcionamos confor-
to no leito de morte, o que chamamos de cuidados pa-
liativos. O atendimento do cliente/paciente grave ou Mesmo eu estejamos prestando a melhor e
gravíssimo é prestado de maneira diferenciada, a ele, mais correta assistência temos o percentual de cliente-
aos seus familiares e próximos, atividades que podem la que está no seu estágio final onde seus órgãos vitais
gerar angústias, momentos mais difíceis. não são mais capazes de manter a vida, cumprir com
as funções.

Apresento então os cinco estágios da morte


que nos ensinam como lidar melhor com nossas rea- Estágio que poderá ocorrer longe do ambiente
ções e com as do cliente /paciente e familiares porque familiar, tornando-se ainda mais difícil.
devemos prestar um boa assistência com apoio, discri- Prestamos a assistência após a morte, ao cor-
ção e empatia: po, realizando com respeito e sigilo.

► Negação: quer saber e faz questionamentos, pode Cabe ao profissional médico a documentação
mostrar-se otimista até o leito de morte, observe que e a nós Técnicos em Enfermagem, os cuidados finais.
cabe ao médico e enfermeiro as respostas;

MASLOW E A PSICOLOGIA HUMANISTA


► Raiva: ataca as pessoas a sua volta, critica todos e
o atendimento que recebe, devemos compreender que
ele está com raiva e sua família também poderá agir Maslow explorava as motivações internas das
assim; pessoas, seus desejos inatos e o significado das nossas
vidas. A abordagem humanista se foca em desenvol-
ver o potencial das pessoas e as qualidades que nos
► Barganha: é a troca, faz promessas e pode realizar distinguem como seres empáticos, racionais e, como
algumas ações para ser recompensado, viver mais um o próprio nome indica, humanos.
pouco;
Para o psicólogo Abraham Maslow, define-se
como o impulso do ser humano satisfazer suas ne-
► Depressão: nessa fase ocorre a contemplação de cessidades. Estas precisavam de uma classificação ou
tudo e a lamentação da perda, fica preocupado com hierarquia, já que algumas são mais importantes para
seus familiares e torna-se emotivo; a sobrevivência humana que outras.
Nesse contexto, Maslow propôs uma teoria da
► Aceitação: aceita que seu fim está chegando e pre- motivação na qual afirma que existe uma hierarquia
para-se para isso. das necessidades humanas e que, em primeiro lugar,
devem ser satisfeitas as consideradas mais básicas.
De acordo com a pirâmide de Maslow, a cada
necessidade “alcançada”, o ser humano avança na hie-
rarquia até saciar seus desejos mais elevados. Por ser
uma organização hierárquica, esse modelo tem forma
de pirâmide e conta com cinco níveis:

Módulo 1 108
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Fisiologia
► Segurança Afiliação
► Afiliação
► Reconhecimento A necessidade de afiliação corresponde à das
relações sociais, da participação em eventos e reuni-
► Autorrealização ões e da aceitação dos demais. O ser humano é um ser
social por natureza, em menor ou maior grau, e, por
isso, necessitamos manter uma rede de relações sociais
para obter uma estabilidade mental correta.
Exemplo: uma vez que temos um prato de comida na
mesa e um teto acima de nossas cabeças, começamos
a nos preocupar com as nossas amizades e demais re-
lações. O companheirismo, o afeto entre as pessoas e
a intimidade sexual são exemplos claros desse nível da
pirâmide de Maslow.

Reconhecimento

Quando falamos em reconhecimento, nos re-


Fisiologia ferimos à necessidade de estima e apreço, tanto pe-
los demais como para fomentar a nossa autoestima.
Os complexos de inferioridade, por exemplo, nascem
A base da pirâmide de Maslow compreende as quando esse nível da pirâmide de Maslow não tiver
necessidades do nosso organismo. O corpo humano sido alcançado.
deve manter um certo equilíbrio para poder funcionar
corretamente e esse equilíbrio se consegue com uma Exemplo: para o ser humano, é praticamente impres-
boa alimentação, descanso, hidratação, entre outros cindível o fato de que alguém aprecie e valorize nos-
fatores. sa personalidade, qualidades, pensamentos e ações.
Além disso, fortalecer as bases da autoestima é essen-
Nesse nível da pirâmide, das necessidades fi- cial para conseguir um bom equilíbrio mental.
siológicas, Maslow também coloca o sexo. Apesar de
ser um elemento discutível a nível individual, é certo
que as relações sexuais são indispensáveis para a so- Autorrealização
brevivência da espécie.
Exemplo: o primeiro que precisamos enquanto seres Segundo Maslow, esse último nível da pirâmi-
humanos é o básico, como respirar, comer, beber e de não deixa de ser considerado também como uma
dormir. Enquanto essas necessidades não forem atin- necessidade importante. No entanto, só podemos fo-
gidas, não conseguimos nos focar em outras preocu- car a nossa atenção a nossa autorrealização quando
pações. conseguimos satisfazer por completo as outras neces-
sidades humanas.
Segurança Esse nível da hierarquia das necessidades de
Maslow compreende os nossos objetivos emocionais,
como a moralidade, a criatividade e a aceitação dos
Uma vez atingidas as necessidades fisiológicas fatos.
básicas, começamos a nos preocupar pela nossa segu- Exemplo: quando finalmente nos sentimos em equi-
rança. Esse nível da pirâmide de Maslow compreende líbrio física e mentalmente, somos capazes de nos di-
a estabilidade laboral e a certeza de que temos um lu- rigir aos nossos esforços e metas mais elevadas. O de-
gar para viver e recursos disponíveis suficientes. senvolvimento pessoal e humano se completa quando
A sensação de segurança reduz os nossos sis- satisfazemos esse nível. Uma pessoa que chegou ao
temas de alerta e permite avançar na hierarquia. Esse topo da pirâmide de Maslow é aquela que tem todas
nível também envolve as necessidades relacionadas à as suas necessidades realizadas e que dedica, por isso,
estabilidade do círculo familiar. grande parte do seu tempo a causas altruístas, aos tra-
Exemplo: uma necessidade de segurança é saber que balhos sociais e ao crescimento espiritual.
temos um lugar para morar. Ela é desejada por nós de-
pois que nosso estado orgânico estiver em equilíbrio.
Módulo 1 109
HIGIENE E PROFILAXIA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Artigo 4º da resolução nº 248/2001 do CONAMA.
HIGIENE E PROFILAXIA O estabelecimento gerador de resíduos sólidos
é responsável pelo gerenciamento até a disposição fi-
Introdução nal deste.
A disciplina de Higiene e Profilaxia tem como Elaborar Plano de Gerenciamento de Resídu-
objetivo, orientar o aluno do Curso Técnico em En- os Sólidos:
fermagem, nos cuidados básicos, dentro e fora do am- ► programa interno de gerenciamento;
biente hospitalar em relação as técnicas de profilaxia ► programa permanente de treinamento;
necessárias para um atendimento qualificado ao clien-
te/paciente. A importância do controle dos resíduos ► controle interno de gerenciamento.
hospitalares e as implicações para a Saúde individual e
da coletividade é fundamental. Objetivos:
Maximizar a proteção ambiental e a saúde dos traba-
lhadores;
Definições Minimizar os custos econômicos do sistema.
Todo hospital deve ter uma comissão responsável pela
gestão destes resíduos, encarregada de definir e fazer
Higiene: é o conjunto de conhecimentos e téc- aplicar a política de resíduos da instituição.
nicas que visam a promover a saúde e evitar as do-
enças. Entre as doenças que a higiene procura evitar,
estão as doenças infecciosas, contra as quais ela se uti- Classificação dos Resíduos:
liza da desinfecção, esterilização e outros métodos de
limpeza. Resíduos de serviço de saúde são os produtos residuais
não reutilizáveis.
Pode determinar perigo à saúde ou ao meio ambiente,
Profilaxia: (do grego prophylaxis,” cautela”) é a apli- quando forem maltratados, armazenados, transporta-
cação a evitar a propagação de doenças. dos e destinados.
Saneamento Básico: atividade relacionada à água
potável, coleta e tratamento de esgoto, limpeza urba-
na, controle de pragas visando a saúde da população. Azul: papel, papelão;
Aterro Sanitário: local destinado à decomposição fi- Vermelho: plástico;
nal de resíduos sólidos gerados pela atividade humana.
Nele são dispostos resíduos domésticos, comerciais, Verde: vidro;
da indústria da construção e os sólidos retirados do Preto: madeira;
esgoto. Amarelo: Metal;
Laranja: resíduos perigosos;
Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
Marrom: resíduos orgânicos;
Cinza: resíduo geral não reciclável, ou misturado, ou
contaminado não passível de separação;
Roxo: resíduos radioativos.
(CONAMA 275/01)

www.grupoescolar.com.br
Classificação dos Resíduos dos Servi-
ços de Saúde:
Resíduos
Grupo A → resíduos biológicos ou com presença des-
É qualquer material considerado inútil, supér- tes que podem apresentar risco de infecção;
fluo ou sem valor, gerado pela atividade humana, e a
qual precisa ser eliminada. É qualquer material cujo Grupo B → resíduos de natureza química com risco
proprietário elimina, deseja eliminar ou necessita eli- de contaminação ao ambiente ou impacto à saúde pú-
minar. blica;

Módulo 1 111
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Grupo C → rejeitos radioativos;
Grupo D → resíduos comuns que não apresentam Alguns Conceitos:
risco ao ser humano ou impacto associado;
Grupo E → resíduos perfurocortantes ou escarifican- Unidades de reciclagem: local onde é feita a triagem
tes. do resíduo seco.
Catação: seleção criteriosa dos diversos materiais que
serão vendidos.
Classificação dos Resíduos dos Servi-
ços de Saúde -Quem são eles? Ex.: Papel, plástico, vidro.
Compactar: diminuir o volume dos materiais.
► Infectantes: resíduos com material biológico (san- Resíduo orgânico: restos de comida, cascas de fru-
gue, fezes, urina, secreções); tas, folhas, plantas mortas, papel higiênico.
► Químicos: resíduos de produtos químicos; Esgoto: escoamento dos dejetos humanos.
► Radioativos: resíduos de radiação;
► Comuns: resíduos semelhantes aos domiciliares;
Infecção Hospitalar
► Perfurocortantes: resíduos de matérias cortantes
ou perfurantes (agulhas e seringas).
É qualquer infecção adquirida após a interna-
ção ou mesmo após a alta (7 dias).
Por que Separar os Resíduos:
Definições:
► Aproveitar o material reciclável;
► Diminuir áreas utilizadas para aterros; ► Abcesso: Coleção circunscrita de pus;
► Evitar lixo a céu aberto; ► Agente Etiológico: Ser vivo causador da infecção;
► Evitar acidentes com os responsáveis pelo recolhi- ► Assepsia: É o conjunto de medidas que utilizamos
mento dos resíduos; para impedir a penetração de micro-organismos num
► Preservação da natureza e do meio ambiente. ambiente;
► Antiassepsia: É o conjunto de medidas propostas
para inibir o crescimento de micro-organismos ou re-
Destino Final dos Resíduos: movê-los de um determinado ambiente;
► Agente Transmissor: ser que “passa” a infecção
para outro;
► Aterro sanitário;
► Anaeróbio: organismo que cresce na ausência de
► Unidades de reciclagem; oxigênio livre;
► Suinocultura. ► Anticorpo: classe de substância produzida por um
organismo animal, em resposta à introdução de um
antígeno;
Reciclagem:
► Antisséptico: É toda substância capaz de impedir a
proliferação das bactérias, inativando-as ou destruin-
do-as;
Processo que torna viável a reutilização de um
material cuja matéria-prima é retirada da natureza. ► Bactericidas: Agentes que matam as bactérias;
► Bacteriostático: Agente que imobiliza bactérias,e-
vitando a reprodução e multiplicação;
► Árvore – Papel
► Bolha: Elevação da pele cheia de líquido limpo;
► Areia – Vidro
► Desinfecção: É o processo de destruição de todos
► Minério – Metal os organismos patogênicos, exceto os esporulados
► Petróleo – Plástico ► Desinfetante: É uma substância química utilizada
para fazer a desinfecção;

Módulo 1 112
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Esterilização: É o processo de destruição de to- ► Micro-organismo: São organismos vivos, invisíveis
dos os organismos, patogênicos e não patogênicos, a olho nu;
incluindo os esporos; ► Micro-organismo patogênico: São micro-organis-
► Esporos: São formas inativas de bactérias; mos que causam doenças infecciosas;
► Edema: Acúmulo excessivo de líquidos nos tecidos ► Precaução Protetora: aplicado quando o doente
corporais; tem um risco maior de contrair infecções. Ex.: Pre-
maturos e aqueles com leucemia, diminuição dos gló-
► Endógeno: Produzido ou originado no interior; bulos brancos, em tratamento para câncer ou HIV,
► Endotoxina: substância eliminada quando uma cé- queimaduras extensas e os submetidos as transplantes
lula se desintegra; de órgãos;
► Endemia: doença que existe constantemente em ► Precaução Restrita: tipo de isolamento para evitar
determinada região com um grau de ocorrências; a disseminação das doenças virulentas, que são trans-
mitidas por contato direto ou pelo ar, nas gotículas
► Entérico: referente aos intestinos ou descargas in- (pequenas gotas) provenientes da respiração e da boca;
testinais; ► Precaução Respiratória: tem por objetivo prevenir
► Epidemia: elevação brusca,temporária e significa- a contaminação por germes que se transmitem pelo ar
tiva na incidência de uma moléstia numa determinada e pelas gotículas da respiração;
região; ► Precaução Entérica: emprega-se para prevenir o
► Estéril: isento de organismos vivos; contágio de germes que se encontram nas fezes e cujo
contágio se dá por via digestiva.
► Etiologia: causas das doenças;
► Exógeno: produzido ou originado no interior;
► Exotoxina: Substância eliminada pela célula pro- Áreas Hospitalares
dutora, para o meio em que se desenvolve a bactéria;
► Exsudato: material líquido encontrado em tecidos
do organismo animal; Podemos dividir o hospital em dois tipos de
áreas, dependendo do risco de transmitir infecções:
► Fômites: objetos inanimados que transportam mi-
cro-organismos vivos;
Área crítica: local destinado ao cuidado de pacientes
► Fungicida: agente que destrói fungos; altamente suscetíveis à infecção. São as áreas que apre-
► Higienização: é todo processo de limpeza que visa sentam maior risco de transmitir infecção.
remover resíduos e reduzir micro-organismos a níveis Ex.: centro cirúrgico, centro obstétrico, sala de recu-
recomendados pelos códigos sanitários; peração, UTI, lactário, cozinha, laboratório.
► Hospedeiro: ser que aloja o agente;
► Hospedeiro Definitivo: ser que apresenta o agente
em fase de maturidade ou atividade sexual; Área semicrítica: todas as áreas ocupadas por pa-
► Hospedeiro Intermediário: ser que apresenta o cientes não portadores de doenças infecciosas e que
agente em fase larval e/ou na forma assexuada; não sejam altamente suscetíveis à infecção.
► Imunidade: conjunto de defesas específicas contra Ex.: unidade de internação, RX, almoxarifado,
um determinado agente; contabilidade, farmácia, tesouraria, administração.
► Imunidade Ativa: resulta de uma reação elaborada
pelo próprio organismo, formando anticorpos espe-
Precaução Padrão
cíficos. Ocorrer pela própria doença ou por vacinas;
► Infecção: quando um microrganismo penetra no
organismo e se desenvolve. A infecção pode ser loca- Todos aqueles que trabalham direta ou indi-
lizada ou generalizada; retamente com o paciente devem fazer uso dos EPI’s
sempre que estiverem em contato direto ou indireto
► Infecção Hospitalar: é a infecção adquirida no hos-
com este paciente, pois devemos considerar todos os
pital;
pacientes possíveis portadores de doenças.
► Infecção cruzada: é a infecção transmitida entre
pacientes;

Módulo 1 113
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

www.anvisa.com.br

Lavagem de mãos

Antes e após contato com o paciente;


Após a retirada das luvas;
Entre o contato com um e outro paciente;
Após contato com sangue, líquidos corpóreos, secre-
ções, excreções e artigos contaminados.

Cinco Momentos da Lavagem das Mãos:

OPAS/OMS BRASIL

Luvas

► Usar luvas limpas, não estéreis, quando houver
possibilidade de contato com sangue ou outros fluidos
corporais ou artigos contaminados;
► Retirar as luvas após o uso, antes de tocar em su-
perfícies ambientais ou entrar em contato com outro
paciente;
► Lavar as mãos, imediatamente, após a retirada das
luvas;
► Trocar de luvas entre um paciente e outro e entre
um procedimento e outro.

Módulo 1 114
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Máscara e óculos de proteção Transmissão por gotículas



Devem ser utilizados para proteção individual ► Contato próximo ao paciente (até 1m);
de mucosas como olhos, nariz e boca, durante a reali- ► Fonte de transmissão: fala, tosse, espirro, aspiração
zação de procedimentos, sempre que houver risco de de vias áereas;
respingo com sangue ou fluidos corporais.
► EPI: Máscara comum /mascara cirúrgica;
Indicações: Difteria, Coqueluche, Gripe, Caxumba,
Avental Rubéola.

► Usar avental limpo, não estéril, para
proteção individual, sempre que houver
risco de sujar a roupa com sangue ou flui-
dos corporais;
► Retirar o avental o mais rápido possí-
vel e lavar as mãos.

Artigos e equipamentos de
assistência ao paciente
www.anvisa.com.br
► Utilizar EPI’s na manipulação de artigos contami-
nados com sangue ou fluidos corporais;
► Limpar, desinfetar ou esterelizar equipamentos en- Transmissão aérea
tre pacientes.
► As partículas permanecem suspensas no ar e po-
dem ser dispersadas a longas distâncias;
Roupas ► Fonte de transmissão: pessoas (secreções oral e na-
sal), corrente de ar;
► Manipular e transportar as roupas usadas de for- ► EPI: Máscara bico de pato/N95;
ma a prevenir a exposição da pele, mucosas e roupas Indicações: Varicela, Hepes Zoster, Tuberculose, Sa-
pessoais; rampo.
► Utilizar sacos impermeáveis.

Ambiente

A limpeza do ambiente é padroniza-
da pelo hospital. Temos a limpeza diária e a
terminal.

PRECAUÇÃO ESPECÍFICA
www.anvisa.com.br

Todos aqueles que trabalham com o paciente Transmissão por contato


devem fazer uso dos EPI’s quando este paciente es-
tiver com suspeita ou for diagnosticado com alguma ► Contato direto ou indireto;
doença altamente transmissível para evitarmos a pro-
pagação desta. ► Fonte de transmissão: pessoas, superfícies ambien-
tais, artigos e equipamentos;

Módulo 1 115
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► EPI: Luva e Avental;
Indicações: Bactérias multiresistentes, Escabiose, Pe-
diculose, Diarreia, Hepatite A.

(www.anvisa.com.br)
BIBLIOGRAFIA
CARRERA,Gabriela e REASCOS,Nancy Játiva.Ma-
COLOCAÇÃO E RETIRADA DE EPIS nual de Enfermagem.Enfermagem Básica.Cotia,Edi-
tora Vergara,2006.
Sequência de Colocação dos EPIS: FIGUEIREDO,Nébia Maria Almeida de. Ensinando
► Higienizar as mãos; a Cuidar em Saúde Pública.São Caetano do Sul-S-
P,Yendis Editora,2007.
► Vestir Avental;
www.anvisa.com.br
► Máscara;
www.ministeriodasaude.gov.br
► Óculos;
► Luvas.

Sequência de Retirada dos EPIS:


► Luvas (Com técnica adequada);
► Avental;
► Higienizar as mãos;
► Óculos;
► Máscara;
► Lavagem das mãos.

Módulo 1 116
MATEMÁTICA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

APRESENTAÇÃO FRAÇÕES

► CONCEITO - SIGNIFICADO
Olá estudante do curso Técnico em Enferma-
gem,Este material foi cuidadosamente elaborado para ► FRAÇÕES DECIMAIS E NÚMEROS DECI-
complementar os teus estudos referentes a tópicos ma- MAIS
temáticos relacionados ao teu curso. ► OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
► FRAÇÕES DO DESCONTÍNUO (DE QUAN-
Sabe-se que a matemática se integra a todas as TIDADES)
atividades e aspectos dos nossos momentos diários e
durante os afazeres próprios de um técnico de enfer- Conceito
magem também se observa a sua utilização em muitos
dos procedimentos.
Antes de refutar a importância da matemáti-
ca para uma excelência profissional e para o melhor
desempenho junto ao paciente, deve-se encarar essa
disciplina como um conhecimento realmente necessá-
rio que torna o técnico em enfermagem seguro e con-
fortável na execução das suas atribuições que exijam
cálculo de alguma natureza. Representação (Fração do Contínuo)
Frações impróprias
Pode-se evidenciar alguns processos realiza-
dos pelo técnico em enfermagem que são efetuados
segundo um alicerce matemático:
→ Fracionamento de medicamentos;
→ Cálculo de doses medicamentosas;
→ Elaboração de doses a partir do peso do paciente;
→ Determinação do tempo necessário em soroterapia;
→ Determinação do volume em administração endo-
venosa;
→ Conversão de taxas em gotas ou micro gotas por
minuto para ml por hora e vice-versa. (necessária em
bombas de infusão)
→ Obtenção da taxa da administração em gotas ou
micro gotas;
→ Cálculos insulínicos; Frações próprias
→ Diluição de medicamentos;
→ Rediluição de medicamentos.

Além do emprego direto da matemática nos


procedimentos inerentes ao trabalho do técnico em
enfermagem, é necessário salientar a sua contribuição
como componente nos programas da grande maioria
dos concursos para o cargo ou nas provas aplicadas
como seletivas para escolha dos profissionais.
Assim, espera-se que os tópicos desenvolvidos
nesse trabalho se cumpram como elementos contribu-
tivos na tua formação mais sólida como técnico em
enfermagem e que tornem tua atividade profissional
mais plena e com resultados de sucesso.

Prof. Jairo Luis da Silva

Módulo 1 118
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Frações decimais e números decimais Multiplicação:


Na busca do número decimal correspondente 8 3 24 2 7 28 7
à fração decimal e vice-versa, deve-se observar que o    4  
15 4 60 5 12 12 3
número de zeros no denominador (acompanhando o
“1”) seja igual ao número de casas decimais.
Exemplos: 4 20 4 5 4 20 2
5     
15 15 3 6 15 90 9
74 f) 4,57 =
a) =
10
9 4 3 12 1
b) = g) 73,8   
10 9 8 72 6
7 h) 0,34 =
c) =
100
Divisão:
724 i) 0,08 =
d) = 8 6 8 5 40 4
10     
15 j) 3,875 = 15 5 15 6 90 9
e) =
1000
9 3 9 5 45 3
    
10 5 10 3 30 2
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
8 8 1 8 2
4    
Adição e Subtração: 9 9 4 36 9

Denominadores iguais: Conserva-se o denomina- 6 4 6 7 42 1


dor e opera-se os numeradores.     
21 7 21 4 84 2
1 4 5 3 2 1 3 6 2 7
       3 8 120
9 9 9 5 5 5 10 10 10 10
15   15    40
8 3 3
Denominadores diferentes: faz-se a redução ao me-
nor denominador comum com o uso do MMC e de- Exemplos de Aplicações
pois opera-se os numeradores.

1 5 2  5 17
  
9 6 18 18

3 1 1 9  2  6 13
    a) Observou-se que na UPA (Unidade de Pronto
4 6 2 12 12
3
Atendimento) do bairro das crianças do bairro fo-
8 1
5 1 15  4 19 ram vacinadas pela manhã e à tarde. Qual a fração
   6
8 6 24 24 que corresponde ao número de crianças vacinadas
nesse dia?

b) Ao cliente Maurício foi recomenda a redução de


peso como condição favorável à sua cirurgia. No pri-
meiro mês Maurício reduziu seu peso do dia da con-
2 1
sulta em e no mês seguinte a redução foi de do
9 5

Módulo 1 119
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

peso, também em relação ao dia da consulta. Qual a Exemplo de estudo


fração que representa a perda de peso realizado por
Maurício em relação ao seu peso do dia da consulta? A administração hospitalar verificou que 2 dos 70
7
c) Um levantamento nas fichas de atendimento da Clí- leitos do andar estão desocupados. Quantos pacientes
5
nica Boa Saúde constatou que dos atendimentos estão internados nesse andar?
8
1 corresponde
foram particulares, aos atendimentos
4 Exemplos:
de convênio SUS e os demais de outros convênios.
Qual a fração que corresponde à 7
a) O técnico Gabriel observou que dos 500 ml de
diferença entre os atendimentos soro já foram administrados. Qual 10 o volume de soro
particulares e os realizados pelo recebido pelo paciente?
SUS?
5
b) Segundo a escala de trabalho, dos 42 técnicos
d) O soro do cliente Leandro já cor-
7
em enfermagem da unidade estarão trabalhando nes-
2 se domingo. Quantos técnicos estarão de folga nesse
reu e o soro da paciente Rober-
9 5 domingo?
ta já correu . Qual a diferença, em
6
forma de fração, entre os volumes já
administrados? c) Na reunião entre os funcionários de uma clínica,
5
foi constatado que dos presentes eram técnicos em
9
e) Foi observado que 3 das internações realizadas dia enfermagem. Quantos técnicos estavam na reunião?
5 10
5 de abril foram crianças e dessas apresentavam
13
quadros infecto-respiratórios. Qual a fração, em rela- d) Seu Júlio já tomou 3 dos 60 comprimidos pres-
ção ao total das internações, que representa as crian- critos no seu tratamento.5
Sabendo que ele toma essa
ças com infecções respiratórias? medicação de 8 em 8 horas, determine o número de
dias que faltam para o término desse tratamento.
f) A secretaria de saúde do município deseja distribuir
7
dos panfletos da Campanha de Prevenção do Cân- e) A administração hospitalar publicou uma nota onde
9 2
cer de Mama para as suas unidades básicas de saúde é informado que apenas dos quartos estão equipa-
3 9
(UBS) de forma que desse material será destinado dos com uma bomba de infusão correspondendo a
5
ao Posto Central. Qual a fração que representa a quan- 10 aparelhos. Qual o total de quartos desse hospital?
tidade recebida pelo Posto Central?
7
f) A cliente Adriana já cumpriu do seu tratamento
10
significando 28 dias. Quantos dias tem o tratamento
Frações do descontínuo
completo de Adriana?
As frações do descontínuo são aquelas que
representam uma parte de uma certa quantidade de
elementos e por isso também podem ser chamadas de g) O técnico em enfermagem Marcelo verificou que
frações de quantidades. 13
do volume de soro prescrito ao cliente Vinícius
20
já foi administrado, restando 175 ml no frasco. Qual o
volume de soro da prescrição para Vinícius?

Módulo 1 120
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

h) Um levantamento dos leitos no d) 4 – 2,745 =


quarto andar do hospital consta- d )
3
tou que deles estão desocupa- 4,000
7
dos enquanto que o número de in- - 2, 745
ternações nesse andar é de 48. Quantos leitos existem 1, 255
nesse andar?
Multiplicação
NÚMEROS DECIMAIS
Opera-se a multiplicação desconsiderando-se
a vírgula dos fatores. Soma-se o número de casas dos
OPERAÇÕES fatores e transfere-se essa quantidade para o produto
obtido.
Exemplos:
Adição e Subtração
Faz-se a “armação” colocando vírgula abaixo a) 4,37 . 5,2 =
de vírgula, executa-se a operação e transfere-se a vír-
gula para o resultado verticalmente. (pode-se comple- a ) 437
tar com zeros nas parcelas para facilitar). x 52
Exemplos: 874
a) 4,52 + 17,5 + 0,742 = + 2185

a) 22724
4 , 520
b) 7,3 . 0,09 =
17, 500
+ 0, 742 b) 73
x9
22, 762
657
b) 0,031 + 7 + 34,9 =
c) 25,83 . 0,64 =
b)
c) 2583
0, 031
x 64
7,000
10332
+34 , 900
+ 15498
41, 931
165312

c) 85,3 – 57,92 =
Divisão
c )
85, 30 Caso o dividendo e o divisor possuam o mes-
mo número de casas decimais, despreza-se as vírgulas
- 57, 92 e divide-se normalmente. Quando o número de casas
27,38 forem diferentes, completa-se com zeros (no menor
número), despreza-se a vírgula e divide-se normal-
mente.

Módulo 1 121
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Exemplos: d) 4,92 – 0,48 =

a) 5,48 ÷ 2,32 = 548 ÷ 232 =


e) 5 – 0,74 =

f) 5,7 . 1,4 =

g) 0,42 . 0,3 =

h) 7,14 . 3,2 =
b) 0,23 ÷ 0,9 = 23 ÷ 90 =

i) 7,04 . 5 =

j) 2,14 . 0,008 =

l) 10,8 ÷ 3,6 =
c) 16,4 ÷ 5,24 = 1640 ÷ 524 =

m) 13 ÷ 3,25 =

n) 3,15 ÷ 2,1 =

o) 181,12 ÷ 6,4 =

Exercícios

Resolva as operações com números decimais:

a) 3,5 + 0,12 =

b) 5,3 + 8,26 + 0,048 =

c) 12,3 + 6,1 – 10,44 =

Módulo 1 122
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

RAZÃO E PROPORÇÃO - REGRA DE TRÊS I Problemas de Aplicação

RAZÃO - PROPORÇÃO - REGRA DE TRÊS a) A razão entre o número de leitos vazios


3
e leitos ocupados é de . Sabendo que o
10
Razão número de internações é de 70, determine
quantos leitos estão desocupados.
É a um formato matemático que estabelece a
comparação entre quantidades de duas grandezas de
mesma natureza ou de naturezas diferentes. Pode ser b) A razão entre a quantidade de clientes atendidos na
representada nos seguintes modelos: unidade básica e o número de minutos decorridos é
4
de . Foram contados 32 atendimentos.
17
a Então, mantendo-se a proporção, deter-
a:b a/b → a está para b
3 b mine o tempo necessário nesses atendi-
se lê: três está para sete. mentos.
7

Exemplos:
c) Verificou-se que a razão entre o número de atendi-
a) A razão entre o número de médicos
3 e o número de
técnicos em enfermagem é de . mentos pediátricos e o número de atendi-
7 5
mentos de adultos é de e contabilizou-
8
b) A razão entre o número de doadores -se 45 crianças atendidas. Qual o número
2 de sangue e o
número de clientes internados é de . de adultos atendidos?
15
c) A razão entre o número de gotas7do medicamento e
da massa, em kg, da criança é de . REGRA DE TRÊS
10

Proporção

É uma igualdade entre duas razões, ou seja,


a proporção se manifesta na equivalência de duas ra-
zões.
Regra de três simples direta
Exemplos:
1) A cliente Beatriz utilizou 32 cápsulas do seu medi-
camento em 4 dias seguindo a prescrição
a) A razão entre o número de técnicos em enferma- correta. Sabendo que ainda faltam 6 dias
1
gem e de clientes no 3o andar é de e no quarto para o término desse tratamento, deter-
5 6 mine quantas cápsulas ainda serão toma-
andar essa razão é de . das por Beatriz.
30

b) Na unidade básica de saúde do bairro Felicidade 2) No dia 23, observou-se que 5 técnicos
a razão entre o número de vacinações em crianças e em enfermagem atenderam 40 clientes.
9 Mantendo-se a mesma proporção, deter-
adultos é de e no bairro Estrela a razão é de 63 . mine quantos técnicos são necessários
5 35
para o atendimento de 72 clientes.

3) As quarenta caixas de um medicamento


da farmácia atenderão somente 10 clien-
tes. Qual o número de caixas necessárias
para que 108 clientes sejam atendidos?

Módulo 1 123
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

4) Uma drágea de um certo remédio apre- CONVERSÕES DE MEDIDAS - REGRA


senta 80mg do princípio ativo. Qual a
quantidade desse princípio ativo contida DE TRÊS II
em 6 drágeas, em mg?

5) Observou-se que um soro com volume CONVERSÕES IMPORTANTES DE MEDI-


de 500 ml durou 8 horas. Qual o tempo DAS (TEMPO - MASSA - CAPACIDADE/
necessário para a administração de 125 ml VOLUME)
de soro utilizando o mesmo controle?
PROBLEMAS DE APLICAÇÃO COM RE-
6) Foi verificado que em 2 horas 50 crian- GRA DE TRÊS
ças foram vacinadas na unidade básica de
saúde (UBS) do bairro. Quantas vacina-
ções serão realizadas num período de 7
horas? Medidas de tempo

7) Um certo medicamento pediátrico tem 1 hora = 60 minutos


como recomendação posológica 5 gotas 1 minuto = 60 segundos
a cada 8 kg. Uma criança com 24 kg vai 1 hora = 3600 segundos
receber esse medicamento. Quantas gotas
deverão ser administradas? 1 dia = 24 horas

8) O cliente Edmilson é submetido à Exemplos:


hemodiálise regularmente. Foi observa-
do que em 4 semanas foram 12 sessões. 1) Complete:
Quantas vezes o cliente fará esse procedi-
mento em 10 semanas?
a) 3 h = _________ min
9) Um soro correndo a 20 gotas por minuto faz com
que o número de minutos decorridos na administra- b) 8 h = _________ min
ção seja equivalente ao número de ml rece-
bido pelo paciente. Dessa forma em 1 hora
(60 min) são administrados 60 ml. Se au- c) 4,5 h = ____ h e _____ min
mentarmos para 25 gotas por minuto, qual
o volume de soro em 4 horas?
d) 2,3 h = ____ h e _____ min

10) Numa verificação de rotina foram encontrados 18


frascos com data de validade vencida num e) 5 h e 40 min = ________ min
total de 90 frascos armazenados. Obede-
cendo essa proporção, determine a quan- f) 3 h e 20 min = ________ min
tidade de frascos vencidos em 150 verifi-
cados.
g) 240 min = ___________ h

h) 375 min = ___________ h

Módulo 1 124
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

2) Um soro inicia às 20h e 42min e terá uma duração d) 6,2 kg = _____________ g


de 2 horas e 10 minutos. Qual o horário de término?
e) 4500 g = ____________ kg

f) 3670 g = ____________ kg

3) A que horas finaliza um soro com duração de 5 ho- g) 800 g = ____________ kg


ras e 20 minutos, se instalado às 21h e 30min?

h) 0,3 kg = ____________ g

4) Qual o horário da substituição de um soro com du-


ração de 4 horas e 35 minutos que foi instalado às 22h
e 42min?

2) Complete:

a) 2 g = _____________ mg
5) A cliente Sônia inicia um procedimento às 14h e
50min e a duração prevista para esse procedimento é b) 7,4 g = _____________ mg
de 1 hora e 30 minutos. Qual o horário previsto para
o término?
Resoluções: 2, 3, 4 e 5 c) 1,5 g = _____________ mg

d) 0,2 g = _____________ mg

e) 0,8 g = ____________ mg

f) 0,05 g = ____________ mg
Medidas de massa
g) 1400 mg = ____________ g
1 kg = 1000g
1 g = 1000 mg h) 4600 mg = ____________ g
1 mg = 1000 mcg
i) 700 mg = ____________ g
Exemplos:
j) 10 mg = ____________ g
1) Complete:

a) 4 kg = _____________ g

b) 7 kg = _____________ g

c) 3,5 kg = _____________ g

Módulo 1 125
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Medidas de capacidade/volume g) 3600 cm3 = __________ ml = ________ l

1 l = 1000 ml h) 2300 cm3 = __________ ml = ________ l


1 ml = 1 cm3 (cc)
i) 400 cm3 = __________ ml = ________ l
Exemplos:
j) 20 cm3 = __________ ml = ________ l
1) Complete:

a) 2 l = _____________ ml

b) 6 l = _____________ ml REGRA DE TRÊS II


c) 8,5 l = _____________ ml 1) Observa-se no rótulo de um certo medicamento que
há 10 mg da droga em um frasco com 2 ml. Quantas
miligramas (mg) dessa droga serão administradas com
d) 3,6 l = _____________ ml 5 ml de prescrição?

e) 3500 ml = ____________ l

f) 2480 ml = ____________ l 2) Em uma ampola de Dipirona tem-se 2 ml de solu-


ção. Qual o volume obtido em 3 ampolas?
g) 800 ml = ____________ l

h) 0,3 l = ____________ ml

3) Em uma ampola de Dipirona tem-se 2 ml de solu-


ção. Qual a quantidade de ampolas para o volume de
7 ml?

2) Complete:
4) Sabe-se que 1 ml corresponde a 20 gotas. Qual o
número de gotas contidas em um frasco de S.F. 0,9%
a) 3 l = _____________ cm3 de 250 ml?

b) 5,2 l = _____________ cm3

c) 4,5 l = _____________ cm3


5) Foi prescrito ao cliente Eduardo 1 g de Clorafenicol
d) 0,7 l = _____________ cm3 V.O. Constata-se que só estão disponíveis comprimi-
dos de 250 mg. Quantos comprimidos serão adminis-
trados?
e) 0,3 l = ____________ cm3

f) 0,08 l = ____________ cm3

Módulo 1 126
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

6) Foram prescritos 2 mg de Dexametasona. Tenho


FA (frasco-ampola) com 4 mg/ml. Qual o volume que RESOLUÇÕES EM VÍDEO:
devo aspirar?

7) A prescrição foi de 100 mg de Aminofillina. Tenho


ampolas de 250 mg/ml. Quanto devo aplicar?
PORCENTAGEM

Conceito
8) Prescrita Cefalotina 1,5 g EV. Tem-se FA com 1 g/
ml. De quanto será a aplicação? Porcentagem é uma medida relativa que esta-
belece a comparação de uma quantidade em relação
ao valor cem.

► 40% dos técnicos em enfermagem da unidade es-


tão de plantão. Significa que a cada grupo de 100 téc-
nicos, 40 deles estão de plantão. (Na hipótese de ser
50 técnicos ao todo, tem-se 20 deles de plantão)
9) A prescrição feita foi Garamicina 25 mg IM. Estão
disponíveis ampolas de 2 ml com 40 mg. Qual o volu- ► O cliente Gilberto já recebeu 80% do volume pres-
me a ser administrados? crito de soro. Significa que a cada 100 ml da prescri-
ção, Gilberto já recebeu 80 ml. (Na hipótese de ser
400 ml de prescrição, Gilberto recebeu 320 ml)

► Um levantamento constatou que 67% dos pacientes


internados a mais de 30 dias recebem visitas regulares.
10) A prescrição é Sulfato de Amicacina 150 mg. Dis- Significa que a cada grupo de 100 pacientes, 67 deles
põe-se de FA de 500 mg/2ml.Qual deve ser a aplica- recebem visitas regulares. (Na hipótese de 200 pacien-
ção? tes, 134 deles recebem visitas regulares enquanto que
66 não recebem visitas)

Relação entre fração, número decimal


e porcentagem
11) Numa prescrição de 20 gotas de Dipirona de 6 em
6 horas. Qual o volume administrado em 24 horas? Fração Nº decimal Porcentagem

3
5
75%
1
12) Aplicar 500 mg de Clorafenicol de 1 g diluído em
5 ml. Quantos ml serão necessários? 4
0,2
40%
0,7

Módulo 1 127
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

CÁLCULO DE PORCENTAGEM Um levantamento com as 380 crianças do bairro Pe-


dra Azul constatou que 95 delas ainda não tomaram
a vacina indicada na campanha. Qual a porcentagem
Regra do produto das crianças não vacinadas?

Multiplica-se a porcentagem na forma de fra-


ção decimal pelo valor total.

Exemplos:
No mês de maio deram entrada 300 casos com pro-
70 blemas respiratórios. Com o aumento do frio, no mês
70% de 340 =  340  7  34  238 de junho foram registrados 360 casos desses sintomas.
100 Qual a porcentagem do aumento nos casos respirató-
20 rios?
20% de 90 =  90  2  9  18
100
86
86% de 700 =  700  86  7  602
100
32 32  24 768 Uma empresa realizou uma pesquisa sobre a saúde dos
32% de 240 =  240    76, 8 seus funcionários e foi observado que apenas 30% das
100 10 10 mulheres que trabalham nessa empresa têm o hábito
40 4 185 740 do autoexame preventivo ao câncer de mama corres-
40% de 185 =  185    74
100 10 10 pondendo a 21 funcionárias. Quantas mulheres traba-
lham nessa empresa?

Regra do 10% (deslocamento da vírgula)

Uso do deslocamento da vírgula para determi- A emergência de um pronto socorro constatou que
nar 10%, 1%, 0,1% e assim sucessivamente. 70% dos feridos em acidentes de trânsito eram moto-
ciclistas e representou 56 casos. Qual o total de feridos
em acidentes de trânsito nesse período?
a) 26% de 700

b) 64,3% de 420

c) 37% de 954 Exercícios


01. O salário da técnica Helena em abril era de
d) 58% de 48,3 R$ 1800,00. Qual o salário de Helena após rece-
ber um aumento de 15% em maio?
e) 45,2% de 64,8

Uso da regra de três


Muito útil quando o objetivo é a determinação do va-
lor total ou do percentual aplicado. 02. O cliente Maurício ingeriu 70% das kcal re-
comendadas pela nutricionista, corresponden-
do a 1680 kcal. Qual o total de kcal da dieta de
Exemplos: Maurício?

Verificou-se que 65% dos exames de sangue realiza-


dos já foram entregues aos clientes. Quantos exames
ainda deverão ser entregues?

Módulo 1 128
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

03. A cliente Dilma recebeu 20% dos 300 ml de 10. Numa UBS (Unidade Básica de Saúde) foram
soro prescritos. Qual o volume que ainda resta perdidas 20% das doses de uma vacina devido
no frasco? a falta de cuidado na sua conservação. Um le-
vantamento concluiu que 640 doses ainda es-
tão em condições de uso. Qual era o total de
vacinas?

04. O número de casos de fraturas ligadas a aci-


dentes de trabalho caiu de 130 para 90. Qual a
porcentagem de queda? SOROTERAPIA

Cálculo do tempo
05. Um hospital está com ocupação de 85% os ml  20 / 60
seus 240 leitos. Quantos pacientes podem ser Tempo (min) 
internados? taxa
Exemplos:

1) Qual o tempo necessário para administrar


06. Verificou-se que 70% dos idosos foram vaci-
nados contra a gripe e que 81 ainda não toma- a) 300 ml a 30 gts/min?
ram a vacina. Qual o total de idosos nesse caso?
b) 180 ml a 25 gts/min?

c) 240 ml a 40 mcgts/min?

07. Uma clínica está com 90% dos seus leitos


ocupados com 135 clientes. Quantos leitos essa d) 350 ml a 28 mcgts/min?
clínica possui?
2) A técnica Giovana instalou 310 ml de soro correndo
40 mcgts/min às 8h e 10min. A que horas finalizará
esse volume?

08. A técnica Fernanda já digitou 80% dos seu


relatório e ainda faltam 12 páginas. Quantas pá- 3) A que horas termina um soro de 351 ml instalado às
ginas já foram digitadas? 14h e 54min e que corre a 26 gts/min?

4) O técnico Alexandre inicia o seu turno de 8 horas


às 10h e 30min e às 13h e 20miin instala um soro com
volume de 230 ml correndo 40 mcgts/min. Alexandre
09. As fichas dos clientes da clínica Boa Saúde trocará esse soro no seu turno?
mostram que 70% dos seus 80 internados são A que horas será feira essa troca?
fumantes. Qual a diferença entre o número de
fumantes e não fumantes nessas internações?

5) foi instalado um soro com 400 ml às 15h e 10min.


A que horas será verificado o volume de 250 ml no
frasco?

Módulo 1 129
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

6) A cliente Eduarda teve um soro com volume de 500 Cálculo da taxa (controle)
ml instalado às 16h e 30min.
Qual o volume que deve ser observado no frasco às ml  20 / 60
Taxa 
18h e 10min? min

Cálculo do volume 1) Qual deve ser a taxa (controle) empregada em cada


caso?
min  taxa
Volume ( ml ) 
20 / 60 a) 315 ml correndo em 3 horas e 30 minutos. (gts/min)
1) Qual o volume administrado

b) 408 ml durante 5 horas e 40 minutos. (gts/min)


a) em 3 horas e 20 minutos correndo 30 gts/min?

c) 203 ml com duração de 4 horas e 50 minutos. (mc-


b) durante 2 horas e 10 minutos num controle de 24 gts/min)
gts/min?

d) 340 ml durante 6 horas e 40 minutos. (mcgtsmin)


c) no intervalo de 4 horas e 15 minutos com taxa de
40 mcgts/min?

2) A cliente Irene recebeu a instalação de um soro com


400 ml que deve finalizar em 4 horas e 10 minutos.
d) em 1 hora e 30 minutos correndo 38 mcgts/min? Qual deve ser a taxa empregada em gotas por minuto?

2) Um soro correu durante 5 horas e 50 minutos num


controle de 32 gts/min. Qual o volume administrado?

3) A cliente Débora ficou em soro de 35 gts/min du-


rante 2 horas e 40 minutos. Qual o volume recebido 3) Um soro com 300 ml foi instalado às 6h e 05min e
por Débora nesse intervalo? a previsão do seu término é para as 9h e 55min. Qual
a melhor aproximação para o número de gotas por
minuto que deve ser empregado?

4) O cliente Gilmar recebeu a instalação de um frasco


de soro com 500 ml correndo 40 mcgts/min. Qual o
volume observado no frasco após decorrido o tempo
de 2 horas e 30 minutos?

5) A cliente Eduarda teve um soro com volume de 500 4) O cliente iniciou um soro de 250 ml com previsão
ml instalado às 16h e 30min. Qual o volume que deve de término em 5 horas. Qual a taxa utilizada nessa
ser observado no frasco às 18h e 10min? administração? (mcgts/min)

6) O início do soro do cliente Vitor, correndo 36 mc-


gts/min se deu às 13h e 40min e o término foi às 18h.
Qual o volume instalado?

Módulo 1 130
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

5) O início de um soro com 270 ml aconteceu às 15h ml gts ml mcgts


e 35min e terminou ás 21h e 35min. Qual o controle,  
em mcgts/min, aplicado nessa administração? h min h min

ml ml  20 gts ml ml ml  60 mcgts
    ml
h 60 min 3 h 600 min

gts ml

min h

6) Qual o número de gotas por minuto que deve ser gts


empregado para que 480 ml finalizem em 6 horas e gts gts  60
40 minutos?  20  60   gts  3
min min 20

mcgts ml

min h

mcgts
mcgts mcgts  60
7) Em uma Unidade de Pronto Atendimento, uma  60  60   mcgts
criança de 1 ano e 6 meses apresenta quadro clínico min min 60
compatível com sinais e sintomas de desidratação por
quadro diarreico, sendo necessária a administração de
uma solução de reposição hídrica e de eletrólitos com Exemplos:
volume total de 250 ml, que deverá ser infundido em
3h. Para a administração da solução, o cálculo para o
gotejamento em microgotas é 1) Transforme de ml/h para gts/min:

a) 90 ml/h _________ gts/min

b) 54 ml/h _________ gts/min

8) A senhora M.O.S, 70 anos, deu entrada em uma c) 84 ml/h _________ gts/min


unidade de pronto atendimento com quadro sugestivo
de hipoglicemia. Entre os procedimentos adotados,
foi prescrita a administração de 500 ml de soro gli- 2) Transforme de ml/h para mcgts/min:
cosado para ser infundido em 6h. Quantas gotas por
minuto são necessárias para essa infusão?
a) 40 mL/h __________ mcgts/min

b) 38 mL/h __________ mcgts/min
Transformação de ml/hora para gotas/
microgotas e vice-versa c) 52 mL/h __________ mcgts/min

Essas conversões são úteis quando existe a ne-


cessidade de dar prosseguimento a uma administração
feita por infusão trocando-se para o uso de equipo 3) Transforme de gts/min para ml/h:
(bureta). As bombas de infusão utilizam ml por hora
como referência de controle enquanto que os equipos
seguem em gotas/min ou mcgts/min. a) 32 gts/min _________ ml/h

Módulo 1 131
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

b) 26 gts/min _________ ml/h 5 ml, onde estarão 500 mg de Ampicilina.


Qual o volume aplicado para a administração de 300
c) 35 gts/min _________ ml/h mg?

4) Transforme de mcgts/min para ml/h: 5 ml ___________ 500 mg


X _____________ 300mg
a) 42 mcgts/min __________ ml/h 5 ml  300 mg
x  3 ml
500 mg
b) 50 mcgts/min __________ ml/h

c) 35 mcgts/min __________ ml/h
Exercícios

01. Foi prescrito Cloridrato de Vancomicina 90


5) Foi prescrito uma solução de Dopamina para uma mg. Disponho de FA de 500 mg e diluente de 5
adolescente internada em uma UTI, a ser administra- ml. Quanto será administrado?
da 60ml/h entretanto a bomba de infusão não está
disponível e deveremos infundir em equipo gotas.
Qual será o gotejamento? 02. Prescitos 2.000.000 UI de Penicilina G Potás-
sica. Dispõe-se de FA de 5.000.000 UI. Quantos
ml deve-se aplica? (Diluir FA + 8 ml = 10 ml)

PREPARO – DOSES COM DILUIÇÃO E 03. Prescrita Heparina EV 10.000 UI. Estão dispo-
níveis ampolas de Heparina com 5.000 UI/0,25
REDILUIÇÃO ml. Quantos ml serão aplicados?

04. Prescritos 800 UI de Heparina EV, tendo fras-


Resolução de problemas co-ampola (FA) com 25000 UI em 5 ml. Como
proceder? (Apirar 1 ml de Heparina + 9 ml de
Exemplos: AD).

1) Diluição 05. A prescrição médica é: Penicilina G Cristalina


1.000.000 UI EV 8/8 h.
Frasco ampola de Keflin de 1g (Cefalotina Sódica) Apresentação: Penicilina G Cristalina 5.000.000
UI.
Deve-se diluir de preferência por um volume de 5 ml
de solvente, assim obtém-se uma solução total de 5 ml. (Diluir: Penicilina + 8 ml AD = 10 ml)
Para saber quanto de Keflin existe em cada ml, faz-se:
06. Aplicar 1.500.000 UI, EV de Penicilina G. Cris-
5 ml _________ 1 g talina de 5.000.000 UI, diluída em 5 ml. Quantos
ml serão administrados?
1 ml _________ x g

1 ml  1 g 1 07. Aplicar 1.000.000 d Benzetacil IM. Estão dis-


x  ml  0, 2 ml poníveis frascos de Benzetacil de 6000.000 UI
5 ml 5
em 2 ml de líquido. Qual o volume a ser apli-
cado?
2) Diluição
08. Administrar 6.000.000 UI de Penicilina G
Procaína de 10.000.000 UI diluído em 10 ml.
Frasco-ampola de Ampicilina de 500 mg. Quantos ml serão aplicados?
Deve-se diluir, de preferência, com 5 ml de solvente e
assim, obtém-se uma solução medicamentosa total de

Módulo 1 132
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

09. Administrar 960.000 ml, IM de Benzetacil de 10 ml  3 mg 3


1.200.000 UI diluída em 2 ml. Quantos ml deve- x   0, 125 ml
rão ser aplicados? 240 mg 24

10. Aplicar 500.000 UI de Penicilina de 5.000.000. Para rediluir:


Diluir para 5 ml.
(2 ml de cristais + 3 ml AD = 5 ml) 10 ml ___________ 240 mg
1 ml ____________ X mg
Exemplos:
1 ml  240 mg
x  24 mg / ml
1) Rediluição 10 ml

Diluindo a Penicilina Cristalina em 8 ml de água des- Aspirando-se 1 ml e rediluindo em 9 ml AD, tem-se


tilada, quantos ml devo administrar, se foram prescri- 24 mg em 10 ml.
tas 35.000 UI de 4 em 4 horas?
Apresentação: Frasco-ampola (pó) com 5.000.000 UI. 10 ml ___________ 24 mg
X ml ___________ 3 mg
10 ml __________ 5.000.000 UI
X ____________ 35.000 UI 10 ml  3 mg 30
x   1, 25 ml
24 mg 24
10 ml  35.000 UI 350
x   0, 07 ml
5.000.000 UI 500

Para rediluir:
Exercícios
10 ml ____________ 5.000.000 UI
1 ml ____________ X UI 01. Prescrição Médica: Administrar 7,5 mcg de
Fentanil (EV) durante 10 minutos.
1 ml  5.000.000 UI 5.000.000 Disponível na unidade: Ampolas de 5 ml (0,05
x   500.000 UI / ml mg/ml)
10 ml 10

Aspirando-se 1 ml e rediluindo em 9 ml AD, tem-se


500.000 UI em 10 ml

10 ml ___________ 500.000 UI
X ml ___________ 35.000 UI
10 ml  35.000 UI 35 02. Prescrição Médica: Administrar 50.000 UI de
x   0, 7 ml Penicilina G Cristalina (EV).
500.000 UI 50
Disponível na unidade: frasco/ampola 5.000.000
UI.
2) Rediluição

Foi prescrito Aminofilina 3 mg IV. Tem-se na unida-


de, ampolas de 240 mg/10 ml. Como proceder?

10 ml _______________ 240 mg
X __________________ 3 mg

Módulo 1 133
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

CÁLCULOS COM INSULINA Exemplo:

Utilizando o mesmo exemplo de uma prescrição de


RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COM 20 UI de insulina NPH, tendo o frasco de 100 UI/ml,
CÁLCULOS DIRETOS mas com seringas de 3 ml.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COM 100 ml __________ 1 ml


TRANSFORMAÇÕES (SERINGAS) 20 UI ___________ X
1 ml  20 UI 20
Tipos de insulina x   0, 2 ml
100 ml 100
► REGULAR (simples ou composta) ação rápida ou
média - aspecto límpida
Exercícios
► NPH – ação lenta – aspecto leitoso
01. A prescrição médica é de 12 U de insulina
por via subcutânea. O frasco encontrado no de-
► Insulina Glargina (Lantus) – ação contínua (uma pósito do setor é de 80 U e a seringa é de 1 ml.
única dose a cada 24 h) – aspecto incolor O auxiliar deverá aplicar, em ml, o volume de:

A insulina é sempre medida em unidades in-


ternacionais(UI) ou (U). a) 0,08
Atualmente existem no mercado frascos de in- b) 0,10
sulina graduada em 100 UI/ml e seringas de insulina c) 0,12
graduadas também em 100 UI/ml. d) 0,14
e) 0,15
Exemplo:

Prescrição Médica 20 UI de insulina NPH rotula- 02. Foi prescrito 50 UI de insulina NPH SC. Dis-
do 100 UI/ml e seringa de insulina graduada 100 pomos na unidade de frascos com 100UI/ml e
UI/ml. seringa de 3ml.
Deve-se aspirar na seringa de insulina até a
demarcação de 20 UI.
Neste caso é muito tranquilo, pois tanto o
frasco quanto a seringa tem a mesma relação unida- Nas prescrições abaixo, para administração de
des/ml; isto significa que o frasco tem a apre- Insulina NPH tendo disponível frascos contendo
sentação 100 UI/ml e a seringa também tem esta 100UI/ml e seringa de 3ml, responda: Quantos
apresentação. ml devo administrar?
Quando se tem frascos com apresentação di-
ferente da graduação da seringa ou ainda quando não 03. Insulina NPH 30UI SC 1 vez ao dia.
existir seringa de insulina na unidade, utiliza-se uma
“fórmula”. Será necessário o uso de seringas hipodér-
micas de 3 ou 5 ml.

04. Insulina NPH 50UI SC 1 vez ao dia.

05. Insulina NPH 60UI SC 1 vez ao dia.

Módulo 1 134
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

06. Insulina NPH 40UI SC 1 vez ao dia. 3) Preparar 1 litro de KMnO4 a 1:30.000, usando
comprimidos de 100 mg. Diluir o comprimido em 10
ml de AD.

1 g __________ 30.000 ml
07. Insulina NPH 10UI SC 1 vez ao dia.
X __________ 1.000 ml

1.000 mg __________ 30.000 ml


X _______________ 1.000 ml
1.000 mg  1000 ml 1000
x   33, 3 mg
30.000 ml 30
PREPARO DE SOLUÇÕES
100 mg ________ 10 ml
USO DE REGRAS DE TRÊS EM PROPOR- 33,3 mg ________ X
ÇÕES
Cálculos com glicose 33, 3 mg  10 ml
x  3, 3 ml
100 mg
Exercícios resolvidos:
→ Deve-se utilizar 3,3 ml da solução com 10 ml e
acrescentar 96,7 ml de AD como solvente.
1) Preparar 2 litros de KMnO4 a 1:20.000, usando
comprimidos de 50 mg.

1 g ____________ 20.000 ml A partir de soluto sólido (pó)


X _____________ 2.000 ml
Quantidade concentração desejada Volume
 
1.000 mg ________ 20.000 ml de soluto 100 desejado (ml)
X _____________ 2.000 ml
1.000 mg  2000 ml
x  100 mg Exercícios Resolvidos:
20.000 ml
→ Deve-se utilizar 2 comprimidos de 50 mg e 2 litros 1) Para produzir 500 ml de água boricada a 2%, quan-
de AD como solvente. tos gramas de ácido bórico é preciso?

2) Preparar 2 litros de KMnO4 a 1:20.000, usando


comprimidos de 200 mg.
2) Deve-se preparar 500 ml de bicarbonato de sódio a
3%. Está disponível água destilada e bicarbonato em
1 g __________ 20.000 ml pó (saquinho com 1 g). Como proceder?
X ___________ 2.000 ml

1.000 mg _____ 20.000 ml 3) Preparar um litro de solução de permanganato de


X __________ 2.000 ml potássio 1:40.000 utilizando comprimidos de 100mg.
1.000 mg  2000 ml
x  100 mg
20.000 ml
→ Deve-se utilizar meio comprimido de 200 mg e 2 4) Preparar 4.000 ml de KMnO4 a 1:50.000, usando
litros de AD como solvente. comprimidos de 50mg

Módulo 1 135
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

A partir de uma solução concentrada 1) A prescrição médica pede SG 15% - 500 ml. Dis-
põe-se de SG 5% - 500 ml e ampolas de Glicose a
50% - 20 ml. Como proceder?
Quantidade concentração desejada Volume
 
de soluto concentração disponível desejado (ml)

Exercícios Resolvidos:

2) A prescrição médica pede SGF - 1000 ml. Tem-se


1) O formaldeído (formol) é comercializado em uma disponível SG 5% - 1.000 ml e ampolas de NaCl 30%
solução a 37%. Quantos mililitros (ml) desta solução - 20 ml. Como proceder?
serão necessários para produzir 500 ml de formol a
7%

2) Como obter 500 ml de uma solução a 4% a partir 3) A prescrição médica pede SGF - 1000 ml. Tem-se
de uma solução concentrada a 30% ? disponível SG 5% - 500 ml e ampolas de NaCl 20% -
10 ml. Como proceder?

3) Que quantidade de água deve ser misturado a


5.000 ml de álcool 85 % (v /v) para preparar álcool
50 % (v/v) ? 4) Uma prescrição indica SGF 700ml de 8/8h. Na clí-
nica há SG5% -1000ml e ampolas de NaCl de 20ml a
30%. Como proceder?

4) Se 500 ml de uma solução 15% (v/v) forem diluí-


dos em 1.500 ml , qual ser á a concentração percentual
(v/v) ?

Cálculos com glicose


Cf . Vf = C1 . V1 + C2 . V2

Vf = V1 + V2

Módulo 1 136

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