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Juliana Andriotti
Maíra Sanhudo
Neida Alves
Simone Menegotto
Paulo Domingues
INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Pós-Guerra voltou para a Inglaterra e fun-
INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM dou uma escola de enfermeiras no Hospital São
Tomás, com ensino mais metódico, candida-
tas com inteligência, moral, físico e aptidão
A disciplina de Introdução será o início da profissional;
integração do aluno com o curso de Técnico em En-
fermagem, unindo a teoria com a prática através da ► No Brasil a Enfermagem foi exercida duran-
aprendizagem sobre os conceitos, terminologias que te muitos anos pelos religiosos da companhia
serão para sempre utilizados na vida profissional. Va- de Jesus;
mos ensinar a história da enfermagem, a compreensão ► Ana Nery, no século XIX foi nomeada “mãe
do cuidado humanizado, a importância da segurança dos brasileiros” devido ao seu trabalho junto
do paciente incluindo as metas de segurança, a rotina aos feridos na Guerra do Paraguai (1864-1870) cui-
hospitalar, as medidas antropométricas, via de admi- dando dos soldados feridos e improvisando hospitais.
nistração de medicamentos, sinais vitais, curativos,
entre outros assuntos.
Sejam Bem-vindos à Enfermagem, a dis- Fatores decisivos para o progresso da
ciplina de introdução será o seu portal para Enfermagem no Brasil
imersão no processo do cuidar ao cliente/
paciente como um todo, sabendo atuar na
prevenção e na promoção da saúde. ► Fundação da Escola Alfredo Pinto no Rio de Ja-
neiro em 1890;
► Programas de enfermeiras visitadoras, por Carlos
Conceitos de Enfermagem Chagas e Fundação Rockefeller;
► Fundação da Escola Ana Nery em 1923, sendo Ra-
“É a ciência e a arte de assistir ao ser huma- quel Lobo sua primeira diretora brasileira;
no, no atendimento de suas necessidades básicas; ► Determinação de requisitos e funções de enferma-
de torná-lo independente desta assistência, quan- gem através de regulamentação profissional.
do possível, pelo ensino do auto cuidado, de ► Proclamação da República (estado laico e criação
recuperar, manter e promover a sua saúde em colabo- da primeira escola de enfermagem)
ração com outros profissionais.”
“É fazer enfermagem, é fazer pelo ser humano tudo
que ele não pode fazer por si mesmo.” Principais atribuições COFEN/COREN
“Enfermagem é a ciência e a arte de assistir o ser hu-
mano (indivíduo, família e sociedade) no atendimento
► Dizer quais as pessoas que podem exercer a pro-
de suas necessidades básicas; de torná-lo independente
fissão;
desta assistência, quando possível, pelo ensino do auto
cuidado de recuperar, manter e promover a saúde em ► Impedir aquelas que a estiverem exercendo ilegal-
colaboração com outros profissionais.” mente;
► Verificar se as pessoas, que exercem legalmente a
profissão, estão cumprindo corretamente as obriga-
A Enfermagem preocupa-se com a care (cui-
ções;
dado), e a medicina preocupa-se com a cure (doença).
► Punir as pessoas que ferem a ética profissional com
uma das penalidades prevista;
História da Enfermagem ► Jurisdição em todo território nacional;
► Sede na capital da república;
► Inicialmente o cuidado era exercida por sacerdotes, ► TODOS COREN’S são subordinados ao COFEN;
mães, feiticeiros e religiosos. ► Todos os profissionais de enfermagem são obriga-
► Somente em 1854 surgiu a Enfermagem moderna dos a afiliação com o conselho regional.
com Florence Nightingale durante a Guerra da Cri-
méia;
► Mortalidade de 40% entre os hospitalizados – a
mesma caiu para 2% com atuação de Florence.
► Imortalizada pelos soldados como: “A Dama da
Lâmpada” – Símbolo da Enfermagem;
Módulo 1 3
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
2 Melhorar a comunicação
entre profissionais de Saúde.
Quarto – destinado a internação de 1 a 3 clientes
3 Melhorar a segurança na prescrição, no uso
e na administração de medicamentos. (privativo/individual, semi privativo/coletivo).
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Sala de prescrição – local onde a equipe maneja o
Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão. prontuário e prescreve.
Melhorar sua vida, nosso compromisso. Posto de enfermagem – preparo e estoque de medi-
Acesse o site: www.saude.gov.br/segurancadopaciente
cação e material.
Tipos
► Prevenir doenças ocupacionais;
► Utilizar uma boa mecânica corporal para execução
Voluntária → o próprio paciente solicita a sua inter-
das tarefas;
nação.
► Utilizar vestuário adequado.
Involuntária → quando o paciente não quer ou não
tem condições, e outra pessoa faz sua internação.
Compulsória → quando é determinada pelo poder
judiciário.
Módulo 1 6
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Desde a entrada no hospital temos que tirar dú-
Admissão Hospitalar vidas e criar um “vínculo” para tentar proporcionar
conforto emocional para o mesmo;
Regras gerais ► A admissão do paciente na unidade deve ser feita
pelo Enfermeiro;
► A maneira de receber um paciente depende da ro- ► Na ausência do mesmo o Técnico de Enfermagem
tina de cada hospital. O atendimento deve ser acolhe- deverá realizar a admissão do cliente conforme rotina
dor e gentil, sendo realizado por alguém que possa dar da unidade;
todas as informações necessárias. ► O leito do paciente deve ser previamente prepara-
► Deve-se mostrar as dependências do setor e apo- do para atender todas as necessidades e/ou cuidados
sento, explicando as normas e rotina sobre: para evitar intercorrências.
→ horários do banho; Avaliação e anotações de enfermagem na internação:
→ refeições; ► O exame físico completo deve ser feito pelo En-
→ visitas médicas; fermeiro;
→ repouso; ► O Técnico de Enfermagem DEVE registrar como
recebeu o cliente, Ex: Se veio deambulando, ou com
→ recreação; auxílio, se está acordado...;
→ serviços religiosos; ► Deve-se saber o motivo da internação (registrar na
→ pertences pessoais necessários. folha de SV);
► Relacionar e guardar roupas seguindo a rotina do ► Se realizará algum exame, o horário desse exame e
local; o preparo para a realização do exame;
► Entregar pertences de valores a família, anotando ► Informar sobre as rotinas da unidade;
no prontuário; ► Registrar todos os drenos, cateteres, curativos, he-
► Apresentá-lo a companheiros de quarto; matomas e outros;
► Se necessário, encaminhá-lo ao banho e vestir rou- ► Esse paciente muitas vezes pode ter sido transferi-
pas apropriadas; do de outra unidade como UTI por exemplo.
► Preparar o prontuário;
► Comunicar serviço de nutrição e demais serviços Todos os registros devem ter:
interessados; ► Dia /Mês /Ano /Turno/ Horário
► Verificar SV, peso, altura e anotar; ► Descrição
► Fazer anotações de enfermagem referentes a: ► Carimbado e assinado pelo profissional que reali-
→ hora de entrada; zou a atividade
→ condições de chegada (deambulando, de maca, ca-
deira de rodas, acompanhante); Orientações:
→ sinais e sintomas observados; Mostrar a unidade, explicar as rotinas, ho-
→ orientações dadas; rários de visitas e refeições, apoio religioso, local de
→ alergias e uso de medicamentos de rotina; recreação, se pode sair da unidade ou não ( leito de
isolamento), CAMPAINHA, como e onde guardar
→ se apresenta patologias (DM, HAS, ETC); os pertences, esclarecer todas as dúvidas possíveis do
→ se foi realizada cirurgias anteriores. cliente (não médicas), as visitas também devem ser
bem orientadas
ADMISSÃO NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO:
Transferências:
► Sempre devemos orientar o paciente ou responsá- ► Transferência interna: mudança de um paciente de
vel sobre a unidade e o hospital; uma unidade de internação para outra dentro do mes-
mo hospital. Ex: unidade de internação para UTI.
► O paciente nesse momento na maioria dos casos
sente-se ansioso, perdido, fora de seu ambiente fami- ► Transferência externa hospitalar: mudança de um
liar; paciente de um hospital para outro. Ex: HSL-PUC
para o Instituto de Cardiologia.
► Lembrar que: o desconhecido somado ao diagnós-
tico pode gerar medo/ansiedade/insegurança;
Módulo 1 7
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
A transferência hospitalar é um processo de Cuidados de Enfermagem:
alta do hospital de origem, onde é de inteira respon-
sabilidade do mesmo dar assistência no transporte
(ambulância) com um sumário de alta e internação no ► Lembrem-se assim como a baixa, a alta hospitalar
hospital de destino. Esta situação ocorre, somente, em é sempre realizada pelo médico;
casos de não haver tratamento adequado no hospital ► Preparo psicológico cliente/família;
de origem, onde tenha risco de vida ao paciente. ► Recolher todos os pertences;
► Todas as transferências devem ser previamente ► Entregar exames (deve ser protocolado), esclarecer
combinadas entre a unidade de que envia e a unidade dúvidas e possíveis retornos para controle/acompa-
que recebe o cliente. nhamento;
► Sempre fazer contato com o Enfermeiro da uni- ► Educação para a alta: cuidados no domicílio como
dade, se não for possível o Técnico de Enfermagem tomar as medicações;
deve se comunicar com o profissional que vai receber
o cliente na unidade. ► Encaminhamentos para Unidades Básicas de Saú-
de;
► Devem ser avisados também:
► Providenciar a higiene terminal do leito conforme
→ Serviço de Atendimento Médico e Estatística rotina;
(SAME) setor de informações
► O técnico de enfermagem deve acompanhar o pa-
→ Serviço de Nutrição e Dietética (SND) ciente até a saída do hospital.
→ Familiares (conforme rotina)
Óbito
► Deverá sempre ir junto com o paciente:
→ Prontuário
A morte é a fase final da vida. É uma certeza
→ Medicações para cada criatura viva, desde o momento da concep-
→ Exames ção, mas poucas pessoas aceitam e estão preparadas
para o momento. Devemos sempre respeitar os valo-
→ Pertences pessoais
res, religião, costumes, crenças e vontade do paciente/
► Transporte : deve ser realizado conforme o estado responsável sempre que possível. Sempre que acontece
do cliente deixa toda a equipe abalada. A idade do cliente pode
→ Deambulando influenciar. Por mais estranho que possa parecer, mui-
tas vezes é um alívio para o paciente e familiares.
→ Maca
→ Cadeira de rodas
Funções do Médico: Fornecer o atestado de óbito,
comunicar a família.
Em alguns casos o Enfermeiro ou o Médico
devem acompanhar no transporte.
Funções do Enfermeiro: É responsável pelas fun-
Não esquecer dos cuidados com drenos e ca-
ções burocráticas, presta auxílio a família , orienta e
teteres durante o transporte.
ajuda o Técnico de Enfermagem.
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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Utilização do prontuário do paciente:
Higiene do Ambiente Hospitalar
► Somente os profissionais que tiveram contato dire-
Tipos: to com o cliente.
► Limpeza diária ou corrente: realizada pelo pessoal
da higienização diariamente a cada turno; Cuidados com os registros:
► Limpeza terminal: realizada pelo pessoal da higie-
nização no final da internação do paciente. ► Utilizar letra legível;
► Escrever com caneta azul ou preta;
Responsabilidade do Técnico de Enfermagem: ► Registrar horários;
é responsável pela limpeza das bancadas, monitores,
► Anotar todos os procedimentos prestados;
posto de enfermagem e em algumas instituições a
cama do paciente. ► Ser claro, e objetivos;
► Se errar, não rasurar, utilizar (,) digo e reescrever
corretamente;
Responsabilidade do Serviço de Higienização: é
responsável pela limpeza do chão e banheiros, não de- ► Usar somente abreviaturas padronizadas;
vem encostar-se as camas, macas, monitores, etc. Sal- ► Não deixar espaços nem pular linhas;
vo quando estiverem realizando a limpeza terminal
► Identificar com nomes as pessoas que deram infor-
do leito.
mações. Ex: a mãe;
► Registrar medidas de segurança adotadas para pro-
Documentação teger o paciente;
► Fechar com um traço, espaço de linhas, assinar e
carimbar.
PRONTUÁRIO
Documentos que integram o prontuário:
► É um documento único, constituído de um con-
junto de informações sobre a SAÚDE do paciente e a
ASSISTÊNCIA a ele prestada. ► Ficha de admissão contendo dados de identifica-
ção, procedência, motivo da internação do paciente
► Possibilita comunicação entre os membros da equi- entre outros dados.
pe multiprofissional e a continuidade da assistência ao
paciente. ► Prescrição médica de enfermagem e nutrição.
► É um documento de caráter legal. ► Fluxo de exames.
► Os registros devem ser corretos, objetivos, atuali- ► Folha de sinais vitais.
zados e completos. ► Folha de evolução do paciente.
► As informações contidas no prontuário são SIGI- ► Folha de acompanhamento de procedimentos in-
LOSAS. vasivos conforme SCIH.
► Deve permanecer em local seguro conforme a ro-
tina.
COFEN 429/12 COFEN 514/16
► De acesso a todos profissionais.
► Deve acompanhar o paciente em exames e trans-
ferências.
Acesso ao prontuário:
► Próprio paciente;
► Seu responsável legal;
► Equipe médico assistencial do paciente;
► Auditor de convênio.
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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
colchão e os joelhos afastados um do outro. Utilizada
Medidas de conforto e segurança para sondagem vesical, exames vaginais e retal.
► Litotomina – decúbito dorsal, as coxas são bem
Estar atento ao bem estar: Psicológico, Físico e Es-
afastadas uma das outras e flexionadas sobre o abdô-
piritual.
men. Posição usada para parto, toque, curetagem.
PARA DIMINUIR DESCONFORTOS: diminuir
iluminação no quarto do paciente, travesseiros, col-
chão piramidal, luvas de procedimentos com água
morna, etc.
MEDIDAS DE SEGURANÇA: refere-se à segu-
rança do paciente, seguindo as metas de segurança,
são elas: Identificação correta dos pacientes, Comu-
nicação Efetiva, Melhorar a Segurança dos Medica-
mentos de Alta Vigilância, Cirurgia Segura, Higiene
de Mãos, Prevenção de danos decorrentes de quedas,
prevenção de Lesão por Pressão.
RESTRIÇÃO OU CONTENÇÃO:
► Indicação: evitar quedas, imobilizações, evitar reti-
rada de acessos,sondas, drenos, etc;
► Meios: lençol, ataduras, talas, compressas, etc. http://4.bp.blogspot.com/-oyQP3rs5ncs/Viw__WdhIKI/AAAAAAAA-
AOo/-L790ear1xc/s1600/ereta.jpg
POSIÇÕES:
► Ortostática ou ereta – paciente permanece em pé.
Utilizada para exames neurológicos e anormalidades
ortopédicas.
► Supina, horizontal ou dorsal – região frontal para https://cienciasmorfologicas.webnode.pt/_files/200000043-7fedd80e7d/De-
cima. c%C3%BAbito%20dorsal.jpg
Anotações de Enfermagem
Condições Físicas
PASSAGEM DE PLANTÃO
http://www.enfermagempiaui.com.br/imagens/litotomia.jpg
Assegurar o fluxo de informações entre equi-
pes que no período de 24 horas, afim de dar continui-
dade a assistência de enfermagem. Devem ser passa-
dos os problemas e os procedimentos executados ou
não com o paciente.
https://doulaketib.files.wordpress.com/2017/04/posturas_parto_litotomia-
-e1451532309185.jpg?w=652
Papel da enfermagem: explicar o procedimento ao
paciente, coletar o material solicitado (quantidade sa-
tisfatória e técnica correta), identificar o material, re-
gistrar em prontuário, e encaminhar ao laboratório a
amostra.
Coleta de Urina
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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
cal de demora, a mesma deve ser clampeada pelo me- Material e Técnica
nos 1 hora antes da coleta. A mesma deve ser realizada
com seringa e agulha. Mulheres menstruadas poderão Higienizar as mãos, reunir o material, luvas de
fazer a coleta com um absorvente íntimo. procedimento, seringa de 5 ou 10 ml, de acordo com
Urina 24 horas: análise quantitativa de ácido úrico, a quantidade de sangue necessária para os exames so-
cálcio, hormônios, potássio, glicose, proteínas entre licitados, frascos de coleta, garrote e agulha 25 x 7.
outros eletrólitos. A coleta inicia na segunda urina
da manhã e termina com a primeira do dia seguinte. ► Explicar o procedimento para o paciente, higieni-
Manter o frasco com a urina refrigerado durante o dia zar as mãos;
da coleta. Encaminhar os frascos de coleta ao labora- ► Calçar as luvas;
tório com identificação do paciente contendo: nome ► Colocar o garrote e realizar antissepsia no local da
completo, data de nascimento, data da amostra. punção (em forma de caracol);
► De preferência a fossa cubital;
Amostras de Fezes
► Introduzir a agulha com o bisel para cima;
Estudo das funções digestivas, identifica a ► Aspirar a quantidade necessária e colocar no frasco
gordura fecal, sangue oculto, os parasitas e germes referente ao exame solicitado;
através do parasitológico e da coprocultura. Devem ► Identificar os frascos com nome completo e data de
ser coletados no mínimo 10gr do material. nascimento do paciente e encaminhar ao laboratório;
EPF = exame parasitológico de fezes. ► Higienizar as mãos e registrar o procedimento.
Coprocultura ou Cultura de Fezes = detecta in- Coleta de Escarro
fecções fecais (material estéril). Indicado com frequência para diagnóstico de
infecção de vias aéreas (estreptococos, penumococos,
PSOF = pesquisa de sangue oculto nas fezes (res- bacilos, BAAR).
tringir alimentos com ferro e perioxidose – rabanete,
nabo, couve-flor, brócolis – por 3 dias) – inclusive cal- Procedimento: orientar a higiene oral, bochechar so-
do e molho de carne vermelha, restrição de medica- mente com água antes de escarrar. Coletar preferen-
cialmente pela manhã, diretamente no recipiente, sem
mentos como aspirina, corticóide e álcool em excesso deixar escorrer pela borda externa. Rotular com os da-
e não escovar os dentes por 3 dias. dos de identificação do paciente e data e hora da coleta
Procedimento: higienizar as mãos, reunir o material e encaminhar ao laboratório. Evoluir no prontuário.
( fraldas, água e sabão neutro, saco plástico, frasco
coletor, espátula, rotulo de identificação do exame), Coleta de Exsudato
realizar a higiene da genitália do paciente co água e
sabão, secar bem e colocar fraldas limpas, observar Coleta de secreção: este tipo de coleta pode ser
frequentemente se há evacuação, quando ocorrer, re- de feridas ou cavidades naturais.
tirar as fraldas e colher as fezes com auxilio de uma
espátula e colocar no frasco coletor, se o paciente Material utilizado: Swab, cotonete ou escovinha.
estiver com fezes líquidas, a coleta deve ser em reci- Procedimento: passar o swab em cima da secreção,
piente (comadre), identificar o frasco com o material sem causar fricção na cavidade ou lesão. Colocar o
coletado, higienizar e acomodar o paciente, registrar o material utilizado para coleta de volta na sua proteção,
procedimento e encaminhar ao laboratório a amostra. identificar com os dados do paciente, data e local que
foi coletado a secreção. Encaminhar ao laboratório.
Amostra de Sangue
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
A coleta de sangue é indicada para a realização
da maioria dos exames de sangue como: hemograma,
eletrólitos e hemoculturas. Em geral este procedimen-
to é realizado pelos coletadores do laboratório. O pro-
cedimento deve ser realizado respeitando as técnicas
assépticas, e o profissional que realiza é o Técnico de
Enfermagem, o procedimento é feito através da pun-
ção venosa. Se o médico solicitar gasometria arterial
(punção da artéria) este somente poderá ser realizado https://horadotreino.com.br/wp-content/uploads/2014/09/avaliacao_corporal.jpg
pelo Enfermeiro. Observar o tempo de jejum do exa-
me solicitado.
É o ato de verificar peso, altura e perímetros.
Módulo 1 12
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Acompanhar o crescimento pondoestatural (neo-
natologia e pediatria); SINAIS VITAIS
► Detectar variações patológicas do equilíbrio entre
peso e altura; Sinais Vitais (SV) são indicativos do funciona-
► Cálculo de dose de medicamentos. mento do organismo.
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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Temperatura Corporal NOMENCLATURA DE TEMPERATURA
A temperatura corporal consiste na diferença AXILAR
entre a quantidade de calor produzida pelos processos ► Hipotermia/Hipopirexia: abaixo de 36ºC.
corporais e a quantidade perdida pelo ambiente exter- ► Normotermia/Afebril/Apirético: entre 36ºC e
no. É ou pode ser influenciada pelos meios químicos, 37ºC.
físicos e sistema nervoso (hipotálamo). Alguns fatores
modificam ou afetam a temperatura corpórea como: ► Febrícula/Pico febril: entre 37,1ºC e 37,5ºC.
idade, emoções, temperatura do ambiente, vestuário, ► Febre/Pirexia: entre 37,5ºC e 39,9ºC.
alimentação, exercícios físicos, ritmo cardíaco, tempo ► Hipertermia/Hiperpirexia: acima de 40ºC.
de verificação e características pessoais. A temperatu-
ra corporal pode ser mensurada em vários locais do
organismo como: boca, axila e reto mas a região axilar SINAIS DE FEBRE: Temperatura corporal eleva-
é a mais usada para mensuração, pois apresenta menor da, FC elevada, FR elevada, faces rubras, extremida-
risco de transmissão de micro-organismos sendo que des frias, tremores, prostração e olhos vermelhos.
a média esperada por esta via é de 36,4ºC. SINTOMAS DE FEBRE: Sensação de frio, sede,
Locais de verificação: boca, axila, reto e região in- cansaço, dor no corpo e dor de cabeça.
guinal.
Cuidados de Enfermagem ao paciente com Hi-
Padrões: pertermia:
► Axilar/Inguinal – 35,5ºC a 37,0ºC; ► Objetivo da assistência é a redução da temperatura
► Bucal – 36,0ºC a 37,4ºC; corporal;
► Retal – 36,0ºC a 37,5ºC; ► Promover repouso do paciente;
► Manter o cliente hidratado;
TEMPERATURA AXILAR CONTRA INDI- ► Alívio de roupas;
CADA ► Manter o ambiente arejado;
► Queimaduras de tórax; ► Aplicar compressas com água morna ou banho
► Furúnculos axilares; morno;
► Fraturas de membros superiores. ► Oferecer alimentação simples e eleve e/ou confor-
me prescrição médica.
TEMPERATURA ORAL CONTRA INDICADA HIPOTERMIA: é mais perigosa que a febre, pois
► Paciente inconsciente; pode causar diminuição da sensibilidade, fraqueza
► Desorientado ou propenso a convulsões; muscular, sonolência, inibição cardiorrespiratória e
óbito.
► RN, idosos e/ou pacientes graves;
► Pacientes submetidos a cirurgia de boca; Cuidados de Enfermagem ao paciente com Hi-
► Extrações dentárias; potermia:
► Inflamação orofaríngea. ► Objetivo da assistência é promover o aumento da
temperatura corporal;
TEMPERATURA RETAL CONTRA INDICADA ► Utilizar mantas térmicas, cobertores;
► Pacientes com diarreia; ► Oferecer alimentos, líquidos mornos (caldos,
chás...);
► Cirurgias e ferimentos retais;
► Administrar soro fisiológico aquecidos.
► Pacientes após infarto do miocárdio, pois estimula
o nervo vago;
► É considerada a temperatura mais precisa. RESPIRAÇÃO OU FREQUÊNCIA RESPI-
RATÓRIA
A respiração é o conjunto de 2 movimentos
normais dos pulmões e músculos do tórax: inspiração
e expiração. Fatores que alteram a respiração: exercí-
cios, hábito de fumar, medicamentos e fatores emo-
cionais.
Módulo 1 14
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Frequência – movimentos respiratórios por minu- ► Femurais (inguinal);
to; ► Tibial posterior (tornozelos);
► Caráter/amplitude – superficial ou profunda; ► Temporal (face – têmporas);
► Ritmo – regular ou irregular; ► Poplítea (joelhos);
► Sinais de comprometimento respiratório – cianose, ► Apical (auscula cardíaca).
inquietação, dispnéia, sons respiratórios anormais, ti-
ragens (furcular, subcostal e intercostal), batimento de
asa de nariz, etc. FATORES QUE INFLUENCIAM A FREQU-
ÊNCIA CARDÍACA
► Idade;
NOMENCLATURA DE FREQUÊNCIA RES-
PIRATÓRIA ► Ritmo cotidiano: manhã, final do dia;
► EUPNEIA: respiração normal; ► Gênero: mulheres 7 a 8 batimentos a mais por mi-
nuto;
► DISPNEIA: dificuldade para respirar;
► Composição física: pessoas altas apresentam frequ-
► ORTOPNEIA: respiração facilitada na posição ência mais lenta;
vertical;
► Exercício: exercícios de curta duração aumentam
► TAQUIPNEIA: respiração rápida; a frequência;
► BRADIPNEIA: respiração lenta; ► Febre, calor: aumentam frequência cardíaca devido
► APNEIA: ausência de respiração. ao ritmo metabólico;
► Dor: aumenta frequência cardíaca devido à estimu-
lação simpática,
Faixa etária Valores de Referência
► Drogas: podem acelerar ou desacelerar a taxa de
Idosos 14 a 18mrpm
contrações cardíacas.
Adultos 16 a 20 mrpm
Crianças 20 a 26 mrpm
ATENÇÃO: para encontrar o pulso utilize a ponta
Lactentes 30 a 60 mrpm
do dedo do indicador e o dedo médio – JAMAIS O
POLEGAR.
PULSO – AVALIAÇÃO = Número de batimentos
Pulso ou frequência cardíaca
por minuto
Padrão adulto = 60 a 80 bpm
Pulso: é o impulso exercido pela expansão e relaxa-
mento das artérias, resultantes dos batimentos cardí- Amplitude: normal/cheio (fácil palpação) ou fio/fili-
acos. forme (difícil palpação).
Frequência Cardíaca: é o número de batimentos Ritmo: os intervalos entre as batidas podem ser: RE-
cardíacos num espaço de tempo, medidas em bati- GULAR (rítmico) ou IRREGULAR (arrítmico).
mentos por minuto.
NOMENCLATURA E FREQUÊNCIA CAR-
PULSAÇÃO OU BATIDAS DO CORAÇÃO DÍACA:
Impulsionando o sangue pelas artérias, e que ► Normocardia: frequência normal;
podem ser sentidas ao posicionarmos as pontas dos
► Bradicardia: frequência abaixo do normal;
dedos em locai estratégicos do corpo. As pulsações
devem ser contadas durante 1 minuto, devemos EVI- ► Taquicardia: frequência acima do normal;
TAR multiplicar 15 segundos por 4 ou 30 segundos ► Rítmico: batidas compassadas;
por 2, para poder avaliar possíveis arritmias ou outras
► Arrítmico: batidas descompassadas;
alterações.
► Filiforme: pulso fraco e fino;
Artérias onde verificamos pulso: ► Cheio: normal.
► Artéria radial (pulso);
► Braquial (fossa cubital); HOMEM → 60 – 70 bpm
► Pediosas (pés); MULHER → 65 – 80 bpm
► Carótidas (pescoço); CRIANÇA → 110 – 125 bpm
Módulo 1 15
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
LACTANTE → 115 – 130 bpm
RECÉM NASCIDOS → 120 – 160 bpm
OBS.: _______________________________
Cuidados de Enfermagem na verificação da Sa-
turação:
► Locais de aferição: mãos, pés, dedos e lóbulo da
orelha (fique atento a remoção de esmaltes que impe- Data: __/__/__
dem a leitura do oxímetro);
► Observar a temperatura do local da aferição; Nome:________________________________
► Realizar a mudança do sensor 1x ao turno;
► Higienizar o aparelho com álcool 70%; Tax: _________________________________
► Ficar atento a parâmetros fora dos limites padrões.
FR:__________________________________
Verifique com seus colegas os sinais vitais e re-
gistre na planilha abaixo: FC:__________________________________
Nome:________________________________ DOR:_______________________________
Módulo 1 18
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
→ Ficar atento ao prazo de validade, ou mudança de
DOR:_______________________________ coloração da medicação (não administrar e comunicar
enfermeira e farmácia central)
→ Não administrar o medicamento sem rótulo
OBS.: _______________________________
→ Rotular a medicação preparada
Administração de medicamentos
► Dose
CUIDADOS GERAIS: → Conferir a dose com a prescrição médica
► Ler atentamente a prescrição médica (toda a pres- → Efetuar cálculos para a diluição do medicamento
crição de medicamentos deverá ser escrita no prontu- → Colocar rótulo no frasco da medicação diluída: vo-
ário do paciente, com data e assinatura do médico); lume da diluição, data, hora e nome do profissional
► Não administre medicação por ordem verbal, exce- que preparou
to em caso de urgência; → Questionar o aumento abrupto excessivo na dosa-
► Esclarecer dúvidas com o Enfermeiro; gem
► Observar integridade do medicamento e da emba- → Levar em consideração as observações ou dúvidas
lagem – validade; do paciente sobre o medicamento oferecido
► Nunca administrar medicamento sem rótulo;
► Nunca administrar medicações preparadas por ou- ► Via
tras pessoas, nem permitir que familiares façam; → Certificar-se da via de administração do medica-
► Conferir nome completo e data de nascimento ao mento, conferindo com a prescrição médica
administrar a medicação;
► Evitar atividades paralelas no preparo para dimi- ► Horário
nuir possibilidades de erro;
→ Seguir rigorosamente o horário prescrito do medi-
► Comprimidos – deverão estar embalados e só de- camento, a fim de manter os níveis sanguíneos tera-
vem ser abertos na frente do paciente. Exceto quando pêuticos
administrados por sonda;
→ Permanecer ao lado do paciente ate que ele tome o
► Higienizar a bandeja com álcool e colocar as medi- medicamento
cações rotuladas e em sequência de leitos;
► A equipe de enfermagem deve estar ciente da dosa-
► Registro – Documentação
gem segura das medicações que administram;
→ Realizar o registro e checagem das medicações no
► Estar ciente do estado do paciente e os efeitos ad-
prontuário do paciente, logo após administração
versos do medicamento;
→ Evolução no prontuário do paciente deve ser acom-
► Anotar e comunicar ao enfermeiro sobre intercor-
panhada de assinatura e carimbo com Coren
rências;
► Aprazar / Checar / Círculo (não dado)
Quando falamos em 9 certos de acordo com a
► Na evolução, registrar observações quanto à: não
ANVISA e COFEN (2013) acrescenta-se os itens
aceitação, intolerância, sinais de intoxicação ou rea-
a seguir:
ções alérgicas.
► Orientação correta – orientações ao cliente quanto
ao uso e possíveis efeitos
6 certos da Medicação: Paciente, Medicamento,
► Forma farmacêutica – apresentação: comprimi-
Dose, Via, Hora e Registro
dos/ xarope/ capsula/ ampola
► Paciente
► Resposta do medicamento – presença efeito dese-
→ Identificar o paciente correto, conferindo com sua jado
pulseira de identificação ou crachá seu nome comple-
to, data de nascimento e nome da mãe.
Cuidados no Preparo:
► Medicamento
► Embalagens íntegras (os comprimidos devem ser
→ Conferir o medicamento com a prescrição médica
abertos na frente do paciente sempre que possível);
→ Ler atentamente o rótulo dos frascos e embalagens
► Evitar atividades paralelas;
dos medicamentos
Módulo 1 19
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Higienizar a bandeja com álcool 70%; Via Oral – VO
► Rotular os medicamentos com nome completo do ► Via preferencial para administração de medicações
paciente, quarto, leito, medicação, dose, via e horário;
em pacientes com deglutição preservada;
► Conhecer medicamento a ser administrado; ► Preparar o medicamento sem tocá-lo;
► Deixar o posto de enfermagem limpo e em ordem. ► Não devem ser administrados com alimentos (lei-
te, suco) somente à critério médico;
Cuidados na administração: ► Administrar a medicação com paciente adequada-
mente posicionado (sentado ou Fowler);
► Não administrar medicamentos preparados com
por outras pessoas; ► Administração do medicamento direto na boca;
► Conferir nome completo e data de nascimento com ► SN – macerar o medicamento e diluir para admi-
pulseira de identificação; nistrar;
► Checar no prontuário somente após a administra- ► A via oral é contraindicada em pacientes incons-
ção do medicamento; cientes, incapazes de engolir e naqueles que apresen-
tam náuseas e vômitos;
► Registrar intercorrências;
► Permanecer ao lado do paciente até a deglutição da
► Aprazar, checar ou circular medicações na prescri- medicação.
ção médica.
Módulo 1 21
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Finalidades: administrar vacinas (BCG), realizar Procedimento:
testes de sensibilidade/diagnóstico, teste tuberculíni- ► Higienizar as mãos, calçar as luvas, posicionar o
co ou prova de Mantoux;
paciente, escolher o local da aplicação, se região pe-
► Doses iguais ou < que 0,5ml; riumbilical, medir dois dedos ao redor do umbigo, hi-
► Ângulo da agulha deve ser 15ºgraus; gienizar com algodão seco ou com sabão (se sujidade
► Para a aplicação correta o bisel deve estar SEM- presente), realizar a prega, ângulo de 45º da agulha
PRE voltado para cima; 13x4,5, introduzir toda a agulha e administrar toda a
► Formação da pápula indica a aplicação no local medicação, retirar a agulha e colocar o algodão seco
correto. Não deve-se massagear ou friccionar após a e firmar por 5 segundos o algodão seco sob a picada,
aplicação; retirar as luvas e higienizar as mãos.
https://slideplayer.com.br/slide/9521396/30/images/68/3.+Via+intramuscu-
lar+-Regi%C3%A3o+%C3%82ntero-lateral+da+Coxa.jpg
Desvantagens:
► Interação medicamentosa;
► Execução da técnica de instalação e manutenção de
acesso venoso;
► Extravasamento de drogas vesicantes;
► Flebites, infiltrações;
► Dificuldades de prevenir erros.
Face ântero-lateral da coxa – volume máximo 3ml.
Delimitação: adultos ângulo de 90º graus, crianças 45º
graus em direção ao joelho.
Observações importantes para a administração
► Músculo vastolateral (quadríceps femural); via EV:
► Facilidade de auto aplicação; ► Diluição mínima quando o paciente está em restri-
ção hídrica;
► Cuidade com o nervo fêmuro-cutâneo.
► Intervalo de tempo no qual a medicação pode ser
administrada com segurança;
► Tipo de solução na qual a substância pode ser di-
luída;
► Velocidade de infusão e os vasos que podem tole-
rar com segurança;
Módulo 1 23
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Compatibilidade entre as substâncias; ► Trocar o equipo de infusão usando técnica assépti-
► Hemoderivados devem ser administrados sozi- ca a cada 72 horas
nhos; Equipamentos que auxiliam a infusão endo-
venosa: equipo de macrogotas ou de microgotas (con-
► Administrar um antibiótico por vez; trole de infusão venosa), bureta (melhor controle da
► Não pode haver contaminação do sistema; infusão endovenosa), dânula (torneirinha multivias),
► Os materiais mais utilizados são: scalps e cateteres extensor de duas vias, bomba de infusão (controle ri-
periféricos (abocath); goroso da infusão endovenosa).
► O tamanho do abocath deve ser de acordo com o
Cateteres periféricos: são cateteres introduzidos em
local a ser inserido, tempo de permanência da terapia
veias periféricas de fácil palpação e visualização do
EV, e das condições da rede venosa periférica; profissional. São cateteres curtos podendo ser agulha-
dos ou flexíveis.
► Locais de preferência: veias superficiais dos mem-
bros superiores ou inferiores. ► Cateter agulhado: scalp (butterfly) – até 24 horas
► Cateter sobre a agulha (flexível) – abocath, jelco –
Material necessário para punção: até 96 horas
► Cateter venoso no tamanho e comprimento ade- A numeração dos cateteres são em numeração
quado; decrescente de acordo com seu calibre.
► Luvas de procedimento e garrote;
► Algodão com álcool 70% - antissepsia da pele mo-
vimento 360º, conforme ANVISA 2017;
► Equipo para infusão;
► Material para fixação: curativo transparente (AN-
VISA 2017), micropore (em técnica limpa), tala, gaze
solução para infusão;
► Iniciar o fluxo da solução pelo cateter e avaliar si-
nais de infiltração; http://2.bp.blogspot.com/-k-l2oJjJ24w/VL70KJ7-NqI/AAAAAAAAAhw/
TB9MTJCQhWs/s1600/SCALP.jpg
► Fixar o cateter e imobilizar a extremidade com
uma tala (se necessário), para evitar a remoção aciden-
tal do acesso;
► Identificar o local com data, hora, número do cate-
ter, e nome do profissional e Coren.
O local escolhido não deve interferir com a
mobilidade, portanto, a fossa cubital deve ser evitada
exceto como último recurso;
Uma veia deve ser examinada por inspeção e
palpação. Ela deve ser firme, elástica, cheia e arredon-
dada.
Cuidados importantes:
► Monitorar sinais flogísticos (dor, calor, rubor e ede- https://xtechfiles.s3.amazonaws.com/uploads/images/medium/38da97a2e-
ma); 49b81779e8afc276ea62e48.jpg
► Trocar de curativo sempre que necessário
Módulo 1 24
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Seringas de 1 ml graduadas em UI – cada 10 UI compartimento intravascular (ex: AD, que a osmolari-
correspondem a 0,1 ml. dade é zero, glicose a 2,5%, cloreto de sódio a 0,45%).
Seringas de 3 ml e algumas de 5 ml – são gradua- Soro Glicosado: composto por água e glicose. So-
das em 0,1ml. lução isotônica. Apresentação em frascos ou bolsas
Seringas de 5 ml e de 10 ml – graduadas em 0,2 ml flexíveis de 50ml, 100ml, 250ml, 500ml, ou 1000ml,
por marca. com concentrações de 5%, 10%, 15%, etc). O SG 5%
é o mais utilizado. Pode ser acrescido de eletrólitos ou
Seringas de 20 ml – graduadas em 1 ml por marca. como diluente para medicações. Atenção as incompa-
tibilidades (aparecimento de cristais ou interferência
na estabilidade). Contraindicação: infusão concomi-
tante com hemoderivados, pois causa hemólise.
Módulo 1 25
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
ma doado. Apresentações de 5%, 20% e 25%. Utili- ► Higienizar as mãos;
zada para tratar e prevenir choque hipovolêmico por ► Aprazar a prescrição;
perdas súbitas de sangue, fornecer proteínas em caso
de hipoproteinemia e eritroblastose fetal. Atentar para ► Ir ao paciente e explicar o procedimento;
reações de hipersensibilidades: alérgicas, urticárias, ► Higienizar as mãos calçar as luvas;
calafrios, hiperemia, febre e cefaleia, sobrecarga circu- ► Realizar desinfecção da dânula;
latória e edema pulmonar.
► Conectar o equipo no acesso venoso;
Manitol: encontrado em concentrações de 3%, 10%
e 20%. Estimula a diurese na IRA oligúrica, promo- ► Abrir o clamp e controlar o gotejo prescrito;
ve excreção de toxinas do organismo, reduz pressão ► Retirar as luvas e higienizar as mãos;
intraocular, trata HIC e edema cerebral. Atenção: em ► Deixar o paciente confortável;
caso de extravasamento pode causar irritação da pele
e necrose tecidual. ► Desprezar material no posto de enfermagem;
► Higienizar as mãos;
Soroterapia ► Realizar checagem e evolução no prontuário do
paciente.
Introduzir líquidos no organismo para corri-
gir ou prevenir os distúrbios eletrolíticos em pacien- Exames complementares
tes. É a introdução de líquidos através da via paren-
teral IV. A velocidade de infusão e o tipo de solução Os exames complementares tem por finalida-
dependem das necessidades hídricas de cada cliente de auxílio no diagnóstico de patologias, identificar ou
e são determinados pela prescrição médica. Os pro- remover corpos estranhos, ou até mesmo o tratamen-
cedimentos de enfermagem vão desde o preparo até to de alguma enfermidade. Alguns pode ser necessá-
o acompanhamento da aplicação do medicamento, rio anestesia ou sedação. Neste caso é recomendável a
sempre seguindo a prescrição e orientação da equipe monitorização dos sinais vitais.
médica responsável. ► EDA – Endoscopia Digestiva Alta: exame realiza-
do para visualizar o trato digestivo alto (desde o esô-
fago até o duodeno). Também chamada de endoscopia
Cuidados: superior.
► Verificar aspecto da solução (validade, partículas,
vazamento, rachaduras); → Sedação: EV;
► O equipo deverá ser datado com turno atrás da → Tempo do exame: 30 minutos;
roldana (validade do sistema 72hs – uso exclusivo para
mesmo medicamento); → Preparo: NPO de 8 a 12 horas;
► Após romper o lacre e somente fazer antissepsia se → Tempo de recuperação: 40 minutos ou até acordar
houver contaminação. da sedação;
→ Posição do exame: decúbito lateral esquerdo.
Procedimento:
► Higienizar as mãos; ► Colonoscopia – exame realizado para visualizar
o trato digestivo baixo (do reto até o ceco). Também
► Higienizar a bandeja; chamado de endoscopia inferior.
► Ler a prescrição; → Sedação: EV
► Separar o material para o preparo (soro, rótulo de → Tempo de exame: 45 minutos
soro, equipo e luvas);
→ Preparo: no domicílio – 24 horas antes: 2 cps laxa-
► Preencher o rótulo do soro e fiar na parte de trás tivos e dieta branda no hospital – no mínimo 4 horas
do mesmo; antes do exame, manitol 500 ml + suco e NPO 1 hora
► Abrir o pacote do equipo, colocar o controlador antes; Orientações: deambular e ingerir água após uso
próximo ao visualizador e clampear; do manitol. Em idoso observar: hipertensão, sudore-
► Quebrar o lacre do soro e perfurar a borracha; se, desmaio e calafrios.
► Preencher o controlador com soro; → Posição para exame: decúbito lateral esquerdo;
► Abrir o clamp para preencher o equipe; → Tempo de recuperação: 40 minutos ou até acordar;
► Colocar na bandeja o soro pronto para levar ao → Após recomenda-se deambular para eliminação de
paciente; flatus.
Módulo 1 26
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Fibrobroncoscopia – exame realizado para visua- Observação: 6 horas sem se mover com compreensão
lizar o trato respiratório desde a cavidade nasal até os na artéria femural. Repouso absoluto após o exame.
brônquios.
→ Sedação: SN, geralmente anestesia local; ► Ressonância Magnética: Exame realizado para vi-
→ Tempo de exame: 10 minutos; sualizar a porção solicitada (crânio, abdômen, pelve).
→ Preparo: NPO 8 horas. → Sedação: SN (clautrofobia)
→ Tempo de exame: 30 a 40 minutos
Observações: pode ocorrer dispneia e cianose duran- → Preparo: contrate EV, se prescrição;
te a realização do exame.
Observação: retirar todos os objetos metálicos e ave-
► Cistoscopia – Exame realizado para visualizar ure- riguar o uso de implantes odontológicos, marcapasso,
tra, próstata e bexiga. DIU de cobre, ponte de safena, etc.
→ Sedação: SN geralmente anestesia local;
→ Tempo de exame: 20 minutos; ► Tomografia computadorizada: Exame realizado
→ Preparo: higiene perineal; para visualizar a porção solicitada (crânio, abdômen,
pelve).
→ Tempo de recuperação: se sedação 40 minutos.
→ Sedação: SN (claustrofobia)
→ Tempo de exame: 30 a 40 minutos
Observação: utilizado na remoção da cálculos renais.
→Preparo: contraste EV, se prescrição.
► EEG – Eletroencefalograma: Exame realizado
► Ecografia Abdominal – Exame realizado para vi- para avaliar a atividade cerebral (vigília ou ao sono);
sualizar órgãos abdominais.
→ Tempo do exame: 20 minutos
→ Tempo de exame: 15 a 20 minutos
→Preparo: cabeça limpa e seca. Lavar os cabelos 1 dia
→ Preparo: NPO 6 a 8 horas, 1 hora antes ingerir 4 antes do exame.
copos com água e não urinar (manter bexiga cheia).
► ECG – Eletrocardiograma: Exame realizado para
avaliar a atividade cardíaca.
► Ecografia Transvaginal – Exame realizado para vi- → Tempo do exame: 5 minutos
sualizar o aparelho reprodutor feminino.
→ Preparo: retirar metais do corpo (pulseiras, relógio,
→ Tempo do exame: 15 minutos sutiã, etc).
→ Preparo: urinar antes do exame (bexiga vazia), po-
sicionar o paciente em posição ginecológica com um
travesseiro ou almofada na região glútea, despida da
cintura para baixo.
Módulo 1 27
ANATOMIA HUMANA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O citoplasma é um líquido viscoso onde se en-
ANATOMIA HUMANA contram as organelas, que são estruturas responsáveis
pelas funções da célula.
Introdução ao estudo da Anatomia
As principais organelas que são encontradas na maio-
ria das células são:
Generalidades → Retículo endoplasmático
→ Retículo endoplasmático rugoso
Anatomia é a ciência que estuda a constituição → Ribossomos
e o desenvolvimento do corpo humano de forma ma- → Complexo Golgiense
croscópica e também microscopicamente.
→ Mitocôndrias
A definição de anatomia é o equivalente em
português à dissecção que significa cortar em partes, → Lisossomos
cortar separado sem destruir os elementos componen- → Centríolos
tes. → Peroxissomos
Na biologia, anatomia é a parte que estuda a → Cloroplastos
morfologia e a estrutura dos seres vivos e pode ser
subdividida em dois grandes grupos: → Vacúolo
Módulo 1 29
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Suas principais funções são: nutrir, ligar, de-
mão (parte livre)
fender, armazenar e sustentar os demais tecidos. Membro Inferior: Quadril (raiz), coxa, perna e pé
E tem diferentes tipos: tecido conjuntivo frou-
(parte livre)
xo, tecido conjuntivo elástico, tecido conjuntivo fibro-
Posição Anatômica: É a postura ereta do corpo (em
so, tecido conjuntivo cartilaginoso, tecido conjuntivo pé, posição ortostática ou bípede) com os membros
hematopoiético e tecido conjuntivo ósseo. superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas
das mãos voltadas para frente. A cabeça e pés também
Tecido Nervoso: O tecido nervoso responde a vários estão apontados para frente e o olhar para o horizonte
tipos de estímulos que se originam fora ou no interior
do organismo. Aos estímulos, esse tecido conduz os
impulsos nervosos de maneira rápida e, pode conduzir
por distâncias relativamente grandes. É considerado,
o tecido mais especializado do organismo humano.
Divide-se em sistema nervoso central e sistema ner-
voso periférico. E através da receptação, assimilação
e distribuição conduz todos os processos vitais do or-
ganismo.
ANATOMIA HUMANA
Módulo 1 30
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Anterior/Ventral/Frontal: na frente do corpo.
Posterior/Dorsal: nas costas (traseiro).
Exemplo: O osso esterno e as cartilagens costais es-
tão na posição anterior ao coração. E os grandes vasos
e a coluna vertebral estão na posição posterior em re-
lação ao coração.
Superior / Cranial: na parte superior do corpo.
Inferior / Caudal: na parte inferior do corpo.
Exemplo: Os grandes vasos estão na parte superior
ao coração enquanto que o diafragma localiza-se na
parte inferior ao coração.
Plano Mediano: Divide o corpo nas metades direita Medial: quando o ponto está mais próximo do plano
e esquerda. É um plano vertical que passa longitudi- sagital mediano (linha mediana).
nalmente através do corpo.
Lateral: quando o ponto está mais afastado do plano
Planos Sagitais: São planos paralelos ao plano me- sagital mediano (linha mediana).
diano. São linhas imaginárias verticais que passam
através do corpo Exemplo: Se descrevermos os ligamentos colaterais
do joelho. O ligamento colateral fibular está localiza-
Planos Frontais: Passam através do corpo em ângu- do lateralmente e o ligamento colateral tibial está loca-
los retos com o plano mediano, dividindo o corpo em lizado medialmente, ou seja, quanto próximo ou mais
partes anterior (frente) e posterior (de trás). São planos afastado do plano sagital mediano
verticais.
Planos Transversais (Horizontais): Passam através
do corpo em ângulos retos com os planos coronal e
mediano. Divide o corpo em partes superior e infe-
rior.
Planos de delimitação: Em um indivíduo, em posi-
ção anatômica, dentro de um caixão. As paredes que
constituem o caixão, em número de seis, representa-
riam os planos de delimitação:
Plano Superior: a parede acima da cabeça do indiví-
duo.
Plano Inferior: a parede que passa por baixo dos pés. Proximal: quando o ponto está mais próximo da raiz
do membro usando como referência o tronco.
Plano Anterior: a parede passa na frente do corpo.
Distal: quando o ponto está mais afastado da raiz do
Plano Posterior: a parede que passa atrás do indiví- membro. Longe do tronco ou do ponto de inserção.
duo, nas costas. Exemplo: O braço é considerado proximal quando
Planos Laterais: são as paredes que passam dos lados comparado ao antebraço (distal), pois está próximo da
do corpo, que delimitam os membros em esquerdo e raiz de implantação do membro (cintura escapular).
direito. Superficial: quando está mais perto da superfície do
corpo.
Termos Anatômicos Profundo: quando está mais afastado da superfície do
corpo.
Exemplo: O peritônio esta mais superficial que os
Termos de posição e direção: rins, mais profundo.
Termos de movimento:
Módulo 1 31
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Adução: movimento na direção do plano mediano.
Abdução: afastar-se do plano mediano. Sistema ósseo
Rotação Medial: traz a porção anterior de um mem-
bro para mais perto do plano mediano. O corpo humano é sustentado pelo esquele-
Rotação Lateral: leva a porção anterior para longe do to ósseo que além da sustentação tem ainda as fun-
plano mediano. ções de proteger os órgãos internos e fornecer pontos
de apoio para a fixação dos músculos, ligamentos e
Pronação: quando a palma da mão está virada para o tendões, fazer parte dos movimentos, formar células
plano posterior é o movimento de rotação medial do sanguíneas e ser fonte de reserva de minerais (espe-
antebraço e mão. cialmente cálcio e fósforo).
Supinação: quando a palma da mão está virada o O esqueleto humano adulto é formado por
plano anterior, como na posição anatômica é o movi- 208 ossos que tem articulações cartilaginosas que são
mento de rotação lateral do antebraço e mão. responsáveis pelos movimentos.
Inversão: é o movimento da sola do pé na direção ao É chamado de endoesqueleto, pois está reco-
plano mediano. berto por músculos, e é capaz de crescer, reparar as
Eversão: é o movimento da sola do pé se afastando suas estruturas e adaptar-se as a maioria das condições
do plano mediano. que possam acontecer.
Dorsiflexão (flexão dorsal): é quando se levantam os Está divido em:
dedos do solo ou quando se caminha morro acima. É Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, pela
o movimento de flexão na articulação do tornozelo. coluna vertebral e caixa torácica.
Plantiflexão (flexão plantar): é quando se fica em pé Esqueleto apendicular: formado pela cintura escapu-
na ponta dos dedos. É o movimento de dobrar o pé ou lar, cintura pélvica, membros superiores e membros
dedos em direção à face plantar. inferiores
Identifique as estruturas:
Cabeça ou caixa craniana
Ouvido
Ossos do ouvido: estribo, martelo e bigorna.
Módulo 1 32
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Pescoço Coluna vertebral
Osso do pescoço: hioide.
Tórax
Ossos do tórax: esterno e 24 costelas
Vértebras cervicais: 7 ossos;
Vértebras torácicas: 12 ossos
Vértebras lombares: 5 ossos;
Vértebras sacrais: 5 ossos;
Vértebras coccígeas: 4 ossos
Braço
Módulo 1 33
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Ossos da mão: escafoide, pisiforme, trapézio, trape- Identifique as estruturas ósseas de acordo com os nú-
zoide, semilunar, piramidal, capitato, hamato e meta- meros.
carpos e falanges.
Sistema muscular
Cintura pélvica
O sistema muscular é o conjunto de órgãos
(músculos) que lhes permite moverem-se, tanto exter-
na, como internamente.
O sistema muscular dos vertebrados é forma-
do por três tipos de músculo:
Estriado: controlados pela vontade do homem, e por
serem ligados aos ossos permitem a movimentação do
corpo.
Liso: involuntários e trabalham para movimentar os
Ossos da cintura pélvica: o anel ósseo formado en- órgãos internos (exemplo: movimentos do esôfago).
tre o íleo, ísquio e púbis, além do sacro e cóccix (este Cardíaco: é um músculo estriado, que move o cora-
parte da coluna vertebral) compõem a pelve ou cintu- ção; no entanto, possui como característica não estar
ra pélvica. sob qualquer controle voluntário, sendo por isso colo-
cado a parte.
Perna Os movimentos dos músculos são controla-
dos pelo sistema nervoso.
Temos aproximadamente 212 músculos, sen-
do 112 na região frontal e 100 na região dorsal.
Cada músculo possui o seu nervo motor, o
qual se divide em muitos ramos para poder controlar
todas as células do músculo.
O sistema nervoso recebe as informações do
corpo e reage de acordo com elas. Facilmente se per-
cebe que qualquer problema ou alteração existente no
corpo afeta o sistema nervoso.
O sistema muscular é capaz de efetuar imensa
variedade de movimentos, onde todas essas contra-
Ossos da perna: fêmur, patela, tíbia e fíbula. ções musculares são controladas e coordenadas pelo
cérebro.
Constituição do músculo
Módulo 1 34
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Os músculos são os órgãos ativos do movi-
mento.
São eles dotados da capacidade de contrair-se
e de relaxar-se, e, em consequência, transmitem os
seus movimentos aos ossos sobre os quais se inserem,
e formam o sistema passivo do aparelho locomotor.
A musculatura toda do corpo humano pode
ser dividida em duas categorias:
Esqueléticos: que se ligam ao esqueleto; estes mús-
culos se inserem sobre os ossos e sobre as cartilagens
e contribuem, com a pele e o esqueleto, para formar
o invólucro exterior do corpo. São chamados vulgar-
mente de “carne” e são comandados pela vontade.
Viscerais: os que entram na constituição dos órgãos
profundos, ou vísceras, para assegura-lhes determina-
dos movimentos. Estes músculos têm estrutura lisa e
funcionam independentemente da nossa vontade
O tônus é o estado de excitabilidade do siste-
ma nervoso que controla ou influencia os músculos
esqueléticos. A manutenção do tônus depende dos
impulsos que chegam ao encéfalo e medula espinhal,
a partir das terminações sensitivas nos músculos, ten-
dões e articulações.
Hipertrofia: A hipertrofia é o aumento do tamanho
da fibra muscular ou crescimento de uma célula ou
órgão ou tecido. Neste caso não há o aumento no nú-
mero de células. Há o aumento na secção transversa
do músculo, ou seja, aumento no tamanho.
Hiperplasia: A hiperplasia é o crescimento por au-
mento do número de células no músculo
Principais músculos:
Módulo 1 35
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
tipos: dentição de leite que inicia em torno dos sexto
mês e completa-se aos três anos e são 20 dentes e den-
tição permanente que inicia em torno 6 anos e deve
se completa aos 18 anos e deverá ficar por toda a vida
são 32 dentes
Sistema digestivo
Conceitos:
Deglutição: ato de engolir os alimentos
Digestão: a digestão é o conjunto das transforma-
ções, mecânicas e químicas, que os alimentos orgâni- Faringe
cos sofrem ao longo de um sistema digestivo, para se
converterem em compostos menores hidrossolúveis e Situada no final da cavidade bucal é um canal comum
absorvíveis. aos Sistemas digestório e respiratório. Passam por ela
o alimento e o ar.
Funções:
Preensão, mastigação, deglutição, digestão,
absorção e expulsão dos resíduos. Esôfago
Também tem como função retirar dos alimen- Tubo de 20 a 25 cm que liga a faringe ao estô-
tos ingeridos os nutrientes necessários para o desen- mago, é dotado de movimentos peristálticos (empurra
volvimento e a manutenção do organismo, isto é , o os alimentos)
tubo digestivo tem a função de transformar alimento O alimento leva de 5 a 10 segundos para per-
em nutrientes e absorvê-los. correr o esôfago
Órgãos: E tem um esfíncter que se chama cárdia que
Boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado quando está relaxado permite a passagem do alimento
(duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (ceco, cólon para o estômago.
ascendente, cólon transverso, cólon descendente, có-
lon sigmoide e reto) Movimentos peristálticos:
Glândulas anexas:
Pâncreas, fígado, glândulas salivares
Boca
Possui: Língua e Dentes
Língua: Movimenta o alimento para que seja engoli-
do. E possui as papilas gustativas que percebem os 4
sabores: doce , salgado, azedo e amargo
Dentes: Cortam e trituram os alimentos. São de dois
Módulo 1 36
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Estômago Cárdia e Piloro
Esfíncter
Módulo 1 37
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Intestino grosso Pâncreas
Assim como o intestino delgado, o intestino Está situada atrás do estômago e produz o
grosso é um tubo com mais ou menos 1,5 m de com- suco pancreático que através dos ductos pancreático é
primento por de 6 a 7 cm de diâmetro, é no intestino despejado no duodeno e auxilia na absorção dos car-
grosso que é feita a absorção da água e de alguns nu- boidratos e proteínas.
trientes. Os restos das refeições podem permanecer
por até três dias. E na região final o bolo fecal se so-
lidifica e se transforma em fezes sendo expulsas pelo
reto.
O intestino grosso se divide em ceco, cólon
ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cur-
va sigmoide e reto.
Fígado
Glândulas anexas
Glândulas salivares
Inspiração Expiração
Sistema respiratório
Módulo 1 39
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Faringe
Módulo 1 40
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa distribuindo-se a um segmento pulmonar.
medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua Os brônquios dividem-se respectivamente em
terminação, desvia-se ligeiramente para a direita. tubos cada vez menores denominados bronquíolos.
O arcabouço da traqueia é constituído aproximada- As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e
mente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para não possuem cartilagem.
trás, que são denominadas cartilagens traqueais.
Internamente a traqueia é forrada por mucosa, onde Os bronquíolos continuam a se ramificar, e
abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a dão origem a minúsculos túbulos denominados duc-
expulsão de mucosidades e corpos estranhos. tos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas
Inferiormente a traqueia se bifurca, dando origem aos microscópicas com forma de uva chamados alvéolos.
2 brônquios principais: direito e esquerdo. Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que
constituem o final das vias respiratórias. Um capilar
pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéo-
los é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da
membrana capilar alvéolo-pulmonar.
Brônquios Pulmões
Os pulmões são órgãos essenciais na respira-
ção. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no
Os brônquios principais fazem a ligação da interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmos-
traqueia com os pulmões, são considerados um direito férico com o sangue circulante, ocorrendo então, as
e outro esquerdo. A traqueia e
os brônquios extrapulmonares
são constituídos de anéis in-
completos de cartilagem hiali-
na, tecido fibroso, fibras mus-
culares, mucosa e glândulas.
O brônquio principal
direito é mais vertical, mais
curto e mais largo do que o
esquerdo. Como a traqueia, os
brônquios principais contêm
anéis de cartilagem incomple-
tos.
Os brônquios princi-
pais entram nos pulmões na
região chamada HILO. Ao
atingirem os pulmões corres-
pondentes, os brônquios prin-
cipais subdividem-se nos brô-
nquios lobares.
Os brônquios lobares
subdividem-se em brônquios
segmentares, cada um destes
Módulo 1 41
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
trocas gasosas (hema- A camada externa é aderida à parede da cavi-
tose). Eles estendem- dade torácica e ao diafragma, e é denominada Pleura
-se do diafragma até Parietal (reflete-se na região do hilo pulmonar para
um pouco acima das formar a pleura visceral). A camada interna, a Pleura
clavículas e estão jus- Visceral reveste os próprios pulmões (adere-se intima-
tapostos às costelas. mente à superfície do pulmão e penetra nas fissuras
O pulmão direito é o entre os lobos).
mais espesso e mais
largo que o esquerdo. Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se
Ele também é um pou- um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém
co mais curto, pois o pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado
diafragma é mais alto pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as tú-
no lado direito para nicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma
acomodar o fígado. sobre a outra, durante a respiração.
O pulmão esquerdo tem uma concavidade
que é a incisura cardíaca.
Cada pulmão tem uma forma que lembra uma
pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três
faces.
Módulo 1 42
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Funções do sistema cardiovascular: porção de vasos arteriais e venosos.
Circulação
Fluxo sanguíneo nas veias
Limites do coração
Configuração Interna
A pulmão direito a borda esquerda, também
chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão
esquerdo. Posteriormente a traqueia, o esôfago e a ar- O coração possui quatro câmaras: dois átrios
téria aorta descendente. e dois ventrículos. Os átrios (as câmaras superiores)
recebem sangue; os ventrículos (câmaras inferiores)
bombeiam o sangue para fora do coração.
Módulo 1 44
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O átrio direito é separado do esquerdo por Válvulas Cardíacas
uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrí-
culo direito é separado do esquerdo pelo septo inter-
ventricular. São estruturas formadas basicamente por teci-
do conjuntivo que se encontram à saída de cada uma
das quatro câmaras do coração. Se interpõem átrios
e ventrículos bem como nas saídas das artérias aor-
ta e artéria pulmonar. Elas permitem o fluxo de san-
gue em um único sentido não permitindo que este
retorne fechando-se quando o gradiente pressórico
se inverte. O que regula a abertura e fechamento das
valvas são as pressões dentro das câmaras cardíacas.
Existem quatro válvulas no coração que são:
Módulo 1 45
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Grandes Vasos Cardíacos
Sistema Arterial
Ciclo cardíaco
Módulo 1 46
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Módulo 1 47
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Módulo 1 48
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Módulo 1 49
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Identifique as estruturas numeradas:
Sangue
Grupos Sanguíneos e fator Rh
Para manter os seus processos vitais o orga-
nismo humano precisa de nutrientes que são transpor-
tados pelo sangue através das artérias e é também pelo
Conforme a presença de elementos chamados
sangue que são transportados os elementos indesejá- de antígenos no sangue, este, pode ser classificado em
veis, como o gás carbônico e a ureia entre outros queA+/-, B+/-, AB+/- e O+/- e de acordo com esta classifi-
é expelido pelo pulmão e eliminado pelos rins respec-cação podemos doar ou receber sangue. A presença
tivamente. destes fatores é hereditária sendo transmitida pelo pai
e pela mãe.
Formação do Sangue O grupo sanguíneo não é o único fator que
Durante a vida embrionária e fetal – ocorre identifica o tipo de sangue. Temos ainda o fator Rh,
em vários órgãos: fígado, baço, medula óssea verme- um antígeno que pode ou não estar presente na parede
lha, etc. dos glóbulos vermelhos. Quem tem é chamado de Rh
positivo (Rh+) e quem não tem de Rh negativo (Rh-)
Após o nascimento – ocorre apenas na medula óssea
vermelha. Abaixo uma tabela conforme o tipo de sangue
coo podem ser as doações
Estrutura e Funções:
Tipo de sangue Pode doar para Pode receber de
A+ A+ AB+ O+ O- A+ A-
O sangue é um tipo de tecido líquido cujas
A- A+ A- AB+ AB- O+ O-
células estão separadas por grande quantidade de plas-
ma. B+ B+ AB+ O O - B+ B-
+
B- B+ B- AB+ AB- O - B-
A porção celular do tecido sanguíneo, ou ele-
AB+ AB+ TODOS
mentos figurados do sangue, é composto por hemá-
cias, leucócitos e plaquetas. AB- AB+ AB- AB- O- A- B-
O+ A B AB+ O+
+ +
O+ O-
O sangue realiza o transporte de várias subs-
tâncias: gases, oxigênio e carbônico, nutrientes e hor- O- TODOS O-
mônios; também participa dos mecanismos de defesa
orgânica (sistema imunológico). Sistema linfático
Além de transporte de substâncias, o sangue
mantém a homeostase sistêmica por outros mecanis-
mos: regulação da temperatura, do pH e do volume de Conjunto de vasos cuja principal função é co-
água das células. letar a linfa, um líquido presente entre as células dos
tecidos, e levá-la de volta à circulação sanguínea.
Trata-se, portanto, de um sistema acessório ao siste-
ma circulatório sanguíneo.
Módulo 1 50
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
rins, por onde é eliminada. Além da ureia, os rins tam-
bém excretam excessos de sais, água e ácido úrico.
Sistema urinário
Módulo 1 51
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
As unidades funcionais dos rins denominam- Diariamente passa nos glomérulos renais cer-
-se néfrons, os quais respondem pela filtração do san- ca de 2000L de sangue, resultando na produção de
gue. Cada rim pode ter de 1 a 4 milhões de néfrons. cerca de 160L de filtrado glomerular.
O néfron é uma estrutura tubular que possui, Normalmente, todas as substâncias úteis pre-
em uma das extremidades, uma dilatação chamada sentes no filtrado glomerular são reabsorvidas ao lon-
cápsula renal (ou de Bowman), no interior da qual está go dos túbulos renais, voltando para o sangue .
uma rede de capilares sanguíneos denominados glo- Entretanto, o excesso de substâncias não re-
mérulo renal (ou de Malpighi). Ao conjunto forma- torna e é eliminado na urina (ex.: glicose na urina de
do pela cápsula renal e pelo glomérulo renal dá-se o pessoas diabéticas).
nome de corpúsculo renal.
Ao final do processo, o filtrado glomerular
A cápsula renal comunica-se a um longo tubo, transformou-se em urina, um líquido contendo água,
o túbulo néfrico, que apresenta três regiões distintas: ureia, ácido úrico e sais. A cor amarelada deve-se a
o túbulo contorcido proximal, a alça néfrica (ou de presença de urobilina, excreta produzida pelo fígado
Henle) e o túbulo contorcido distal. Este último de- durante a degradação da hemoglobina das hemácias
semboca em um ducto coletor de urina. velhas.
Ureter, bexiga urinária e uretra.
O ureter é um tubo que interliga os rins e a
bexiga urinária.
A bexiga urinária localiza-se na cavidade pél-
vica. A função da bexiga é armazenar a urina que
vem continuamente dos ureteres até a sua eliminação.
Num adulto, pode armazenar um volume de 500ml a
800ml em média (em geral, os homens podem reter
um volume maior).
Módulo 1 52
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Internamente encontra-se o canal vaginal que
tem entre 8 a 10cm de comprimento, paredes elásticas
e liga o colo do útero a genitália externa. É o órgão
da cópula e por onde passa o fluxo menstrual e a saída
por onde passa o bebê no parto.
De cada lado da abertura do canal vaginal en-
contram-se as glândulas de Bartholin responsável por
secretar muco lubrificante.
Exercícios:
Identifique as estruturas
numeradas:
Módulo 1 53
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
existem de quinze a vinte conjuntos glandulares em
cada seio. E tem a função de produzir o leite materno.
Módulo 1 54
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Módulo 1 55
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
obliquamente acima da próstata, que elaboram um lí-
quido para ser adicionado na secreção dos testículos.
Secretam um líquido que contém frutose e
proteínas, vitamina C. A natureza alcalina do líquido
ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra mascu-
lina e trato genital feminino, que, de outra maneira,
tornaria inativos e mataria os espermatozoides.
Glândulas Anexas
Órgãos Genitais Externos
Vesículas Seminais: Duas glândulas, sendo cada
uma delas constituída essencialmente por um tubo Pênis: O pênis o órgão erétil e copulador masculino.
enovelado intensamente enrolado sobre si mesmo. Se- Ele é representado por uma formação cilindroide que
gregam o líquido seminal (líquido que contém frutose se prende à região mais anterior do períneo. A extre-
e serve de nutriente aos espermatozoides), que é arma- midade mais saliente do pênis constitui a glande, que
zenado no seu interior, sendo eliminado na ejaculação. é recoberta por uma pele fina e deslizante, o prepúcio.
As vesículas seminais são duas bolsas membranosas
lobuladas, colocadas entre o fundo da bexiga e o reto, Principal órgão do aparelho sexual masculino,
sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos:
Módulo 1 56
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Módulo 1 57
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
AXÔNIO: é um único prolongamento, responsável
Exercícios: por conduzir os impulsos e pode medir vários metros
ou apenas alguns milímetros.
Identifique as es-
truturas numera- CORPO CELULAR: é o centro de transmissão de
das: onde partem todos os impulsos nervosos.
Sistema nervoso
Partes de um neurônio:
DENDRITOS: São prolongamentos curtos que re-
cebem os impulsos nervosos, sendo vários em um
mesmo neurônio.
Módulo 1 58
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Módulo 1 59
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Módulo 1 60
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O sistema nervoso periférico (SNP) fisiologi-
camente se divide em sistema nervoso somático que
é o sistema voluntário que funciona de acordo com
nossa vontade. Um exemplo é o tecido muscular e o
sistema nervoso autônomo que é involuntário, isto é,
independe de nosso comando e é dividido em sistema
nervoso autônomo simpático (SNAS) e sistema ner-
voso autônomo parassimpático (SNAP) que são anta-
gônicos, um produz uma reação contraria ao outro.
O SNAS atua na liberação dos impulsos sob
situações de emergência quando há uma situação de
estresse físico ou psíquico e o SNAP nas situações não
estressantes como em repouso.
O sistema nervoso periférico (SNP) é compos-
to pelos nervos cranianos e pelos nervos espinhais. É
o que SNP conduz os impulsos nervosos ao SNC e
deste para os músculos e glândulas através das termi-
nações nervosas que se encontram em várias partes do
corpo.
Os nervos cranianos são em número de 12
pares e conectam o encéfalo aos órgãos dos sentidos
e músculos localizados na cabeça com diferentes fun-
ções.
Os nervos espinhais são os nervos da coluna
espinhal em número de 31 pares e são denominados
conforme a sua localização na coluna vertebral: 8 cer-
vicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccige-
no.
Sistema endócrino
8 cervicais
12 torácicos
Função: produzir substâncias através das glân-
5 lombares dulas e juntamente com o sistema nervoso atuar na
5 sacras coordenação de todas as atividades do organismo.
1 coccígeno Glândula: é um órgão cuja função é produzir e secre-
tar algumas substâncias com uma função pré-deter-
minada. Esta substância pode ser secretada dentro do
Sistema Circulatório (hormônios) ou fora dele (outras
secreções).
Módulo 1 61
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Existem três tipos de glândulas: FSH (h. folículo estimulante) e LH ( luteinizante):
Atuam sobre os ovários e os testículos estimulando a
Glândulas exócrinas: possuem um canal secretor produção de gametas e hormônio sexuais.
que transporta suas secreções para fora do corpo ou TSH (tireotrófico): estimula a tireoide a secretar seus
para o interior de um órgão oco. Ex: glândulas saliva- hormônios.
res/sudoríparas.
Glândulas endócrinas: não apresentam um canal Hormônio da neuro-hipófise:
secretor; portanto as substâncias produzidas (hormô-
nios), são lançados diretamente na circulação sanguí- ADH (hormônio antidiurético): promove a reabsor-
nea. ção de água pelos rins.
Glândulas mistas (anfícrinas): funcionam como Ocitocina: estimula a contração dos músculos do úte-
exócrinas e endócrinas. Ex: Pâncreas ro e das glândulas mamárias.
Paratireoide
Módulo 1 62
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Hormônios do pâncreas (função endócrina):
Suprarrenais Insulina: que é o hormônio responsável por aumen-
tar a capacidade de absorção da glicose, diminuindo
o açúcar do sangue, que é estocado como glicogênio.
Glucagon: é através de seus estímulos que o glico-
gênio que está estocado nas células se transforma em
glicose quando há baixa dos níveis de glicemia do san-
gue, fazendo o efeito contrário da insulina.
Timo
Pâncreas
Módulo 1 63
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Hormônio dos testículos:
Testosterona: É responsável pelo desenvolvimento Exercícios:
dos caracteres sexuais masculinos, pela diferenciação Identifique as estru-
do feto na gravidez e estimula o impulso sexual. E é turas
o hormônio luteinizante (LH) produzido na hipófise
que estimula produção e atuação.
Ovários
Sistema sensorial
Módulo 1 64
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
ção ao centro do globo ocular. A camada mais interna
é à saída da retina, através do nervo óptico.
Os cones e os bastonetes são dois tipos de cé-
lulas fotossensíveis que se encontram na retina.
A imagem mais nítida e rica em detalhes é for-
necida pelos cones e os bastonetes, são mais sensíveis
à luz que os cones, mas não têm poder de resolução
visual tão bom. O ponto cego está no fundo do olho e
é insensível à luz. Nele não tem cones ou bastonetes e
é de onde saem o nervo óptico e os vasos sanguíneos
da retina.
Meios transparentes
Córnea: Circular no seu contorno e de espessura uni-
forme é porção transparente da esclerótica. A lágrima,
Visão que é responsável por sua lubrificação, é secretada pe-
las glândulas lacrimais e drenada através do orifício no
canto interno para a cavidade nasal.
A observação da luz, das formas e tamanhos
dos objetos, das cores é feita pelos olhos que são duas Humor aquoso: Situa-se entre a córnea e o cristali-
bolsas membranosas que estão inseridas no crânio em no. É um fluido aquoso que, preenche a câmara ante-
cavidades ósseas e são formados pela parte periférica rior do olho.
que são os globos oculares e anexos, pela parte inter-
Humor vítreo: Situa-se entre o cristalino e a retina.
mediária constituída pelo nervo óptico e pela parte
central, o cérebro. É um fluido viscoso e gelatinoso e preenche a câmara
posterior do olho. O globo ocular é mantido esférico
Cada globo ocular compõe-se de três túnicas e de
quatro meios transparentes através de sua pressão.
Cristalino: lente coberta por uma membrana transpa-
Túnicas rente, biconvexa. Fica atrás da pupila e orienta a pas-
sagem da luz até a retina e divide o interior do olho
Túnica fibrosa externa: esclerótica (branco do olho). É
formada por tecido fibroso e elástico que envolve ex- em dois compartimentos com fluidos diferentes, na
ternamente o olho (globo ocular) A maior parte da câmara anterior tem o humor aquoso e na câmara pos-
esclerótica é opaca e chama-se esclera, onde estão terior, o humor vítreo.
inseridos os músculos extra-oculares que movem os
globos oculares, dirigindo-os a seu objetivo visual. A
parte anterior da esclerótica chama-se córnea. É trans- O globo ocular apresenta anexos: as pálpebras,
parente e atua como uma lente convergente. os cílios, as sobrancelhas ou supercílios, as glândulas
lacrimais e os músculos oculares.
Túnica intermédia vascular pigmentada:
úvea. Constituída pela coroide, o corpo ciliar e a íris. As pálpebras protegem os olhos e espalham
A coroide está situada abaixo da esclerótica e é inten-
samente pigmentada. São esses pigmentos que absor- sobre eles a lágrima e são duas dobras de pele reves-
vem a luz que chega à retina e evitam a reflexão. É tidas internamente pela membrana chamada conjun-
intensamente vascularizada e tem a função de nutrir tiva. Os cílios ou pestanas impedem a entrada de ex-
a retina. cesso de luz e de poeira nos olhos, e as sobrancelhas
A íris possui uma cor variável, e tem um orifí- tem por função impedir a entrada do suor da testa
cio central, a pupila, que varia de tamanho, de acordo nos olhos. As lágrimas são produzidas continuamente
com a iluminação do ambiente. A midríase é quando pelas glândulas lacrimais, que tem a função de lavar e
a pupila se dilata na claridade e miose é quando se lubrificar o olho.
contrai.
Túnica interna nervosa: retina. É a membrana que
está debaixo da coroide e é mais interna. É composta
por várias camadas celulares de acordo com sua rela-
Módulo 1 65
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Posição anatômica do olho orelha média e o meio externo. É revestido interna-
mente em toda sua extensão por pelos e glândulas, que
fabricam uma substância gordurosa e amarelada, de-
nominada cerume ou cera, que tem por função reter a
poeira e micróbios que normalmente existem no ar e
podem entram nos ouvidos. Ao final do canal auditi-
vo externo tem uma delicada membrana chamada de
tímpano ou membrana timpânica.
A= amargo
B= azedo ou ácido
C= salgado
D= doce
Olfato
Módulo 1 67
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Tato
Módulo 1 68
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Somente no século XIX, após muitas doenças
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA disseminadas sem conhecimento, as bactérias come-
çaram a ser profundamente estudadas. Entre os mais
importantes bacteriologistas, podemos citar os dessa
Esta disciplina tem por objetivo ensinar aos época, Robert Koch e Louis Pasteur, pois fizeram
alunos uma variedade de patologias, suas principais muitos estudos importantes para a medicina atual em
manifestações clínicas relacionadas a inúmeros micro- torno da ação nociva das bactérias e das formas de
-organismos, bem como, medidas de precauções ado- combate a elas.
tadas nas instituições de saúde.
Microbiologia é a área da Biologia que se de-
dica aos estudos dos microrganismos. Ela analisa suas Morfologia e estrutura das bactérias
funções, características, metabolizações, distribuições
e seus efeitos. A maioria das bactérias são monomórficas,
Ela também pode ser caracterizada como uma ou seja, mantém uma forma única que é determinada
especialidade da Biomedicina que estuda os microrga- pela hereditariedade; -Condições ambientais podem
nismos patogênicos, ou seja, aqueles que causam do- alterar a forma das bactérias -Algumas bactérias ain-
enças infecciosas, englobando assim a bacteriologia, a da podem ser pleomórficas, ou seja, apresentar várias
virologia e a micologia. formas.
Apesar da Microbiologia ser o estudo das for-
mas de vida que só podem ser vistas com a ajuda do Analisando a forma e o arranjo das bactérias,
microscópio, alguns grupos estudados podem ser vis- temos as seguintes classificações:
tos a olho nu, quando se encontram agrupados em ► Cocos: Bactérias com formato esférico ou oval.
forma de colônias da mesma espécie, como o fungos Exemplo: Staphylococcus e Streptococcu.
e as bactérias.
→ Diplococos: Duas bactérias em formato de cocos
Mas para que um grupo obtenha um cresci- unidas;
mento em colônias, é preciso que o meio em que o
microrganismo se encontre esteja com condições que → Tétrades: Quatro cocos agrupados;
propiciem este movimento, como temperatura e pH → Sarcina: Oito cocos unidos formando uma estrutu-
ótimos e presença ou ausência de oxigênio. ra semelhante a um cubo;
Dentro dos estudos da microbiologia são ana- → Estreptococos: Cocos unidos como uma cadeia;
lisadas as formas de vida que só poderiam ser vistas → Estafilococos: Cocos agrupados como um cacho de
com o auxílio do microscópio, sendo os principais uvas.
grupos os fungos, as bactérias, as algas microscópicas,
os protozoários e os vírus. ► Bacilos: Bactérias com formato cilíndrico ou em
forma de bastão, que pode ser curto ou longo. Exem-
Além destes grupos, a microbiologia também plo: Escherichia, Bacillus e Clostridium.
realiza o estudo de parasitas e vermes, como os hel-
mintos. → Diplobacilos: Bacilos dispostos aos pares;
→ Estreptobacilos: Bacilos unidos formando uma ca-
deia.
Bacteriologia ► Espiraladas: Bactérias com formato espiral. Exem-
plo: Vibrio cholerae e Leptospira.
→ Espirilos: Bactérias em forma de espiral que apre-
Bacteriologia é o nome que recebe a parte da sentam corpo rígido e locomovem-se com a ajuda de
biologia e da ciência responsável por estudar, eluci- flagelos;
dar e documentar todas as informações em torno da
morfologia, bioquímica, genética, comportamento, ► Espiroquetas: Bactérias em espiral que são mais
fisiologia, ecologia e muito mais sobre as bactérias. flexíveis e locomovem-se por contrações citoplasmá-
Esse segmento científico tem importância única para ticas;
o homem em seus envolvimentos médicos. O nome ► Vibriões: Bactérias que apresentam corpo seme-
possui origem na língua grega, “bakteria” que signifi- lhante a uma vírgula.
ca “pequeno bastão” e “logos”, que significa estudo.
Os cientistas profissionais dessa área são cha-
mados de bacteriologistas, e são formados na área de
Biologia com especialização, por meio de cursos de
pós graduação, em bactérias.
Módulo 1 70
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Tratamento: deve ser administrado antibiótico, além
de repouso e hidratação.
Prevenção: usar luvas ou lavar as mãos após ter con-
tato com animais, comer carne bem passada, ferver o
leite antes de beber.
Cólera
A cólera é uma doença infectocontagiosa causada pela
bactéria Vibrio cholerae. Caso não seja tratada, pode le-
var o paciente à morte por conta da intensa desidrata-
ção que ela causa.
Transmissão: ingestão de água ou alimentos conta-
minados.
Sintomas: diarreia, desidratação, vômitos, fraqueza,
perda de peso e cólicas abdominais.
Tratamento: hidratação e uso de antibióticos.
Observe os diferentes formatos e arranjos das bacté-
rias. Prevenção: lavar muito bem frutas e legumes antes
de consumi-los, bem como lavar muito bem as mãos
Existem ainda bactérias que se apresentam antes das refeições e melhoria do saneamento básico.
como um bacilo extremamente pequeno. Elas são
consideradas uma forma de transição entre cocos e
bacilos e recebem a denominação de cocobacilo. Coqueluche
A coqueluche é uma doença respiratória infectoconta-
giosa causada pela bactéria Bordetella pertussis.
Doenças causadas por bactérias Transmissão: através de espirro, saliva e tosse de pes-
soas infectadas.
Sintomas: febre, espirro, mal-estar, tosse seca prolon-
Botulismo gada e falta de ar.
O botulismo é causado pela bactéria Clostridium botu- Tratamento: além de beber muitos líquidos, devem
linum. Os primeiros casos da doença foram registrados ser administrados analgésicos e anti-inflamatórios aos
pelo consumo de salsichas contaminadas e outros de- doentes, que devem ser isolados para que não transmi-
rivados da carne enlatados. tam a doença para outras pessoas.
Transmissão: ingestão de alimentos contaminados. Prevenção: vacinação infantil.
Sintomas: prisão de ventre, tontura, visão distorcida
e dificuldade de abrir os olhos na claridade. O agra-
vamento da doença pode levar o doente à morte na Difteria
sequência da paralisia dos músculos respiratórios. A difteria é uma doença infectocontagiosa causada
Tratamento: o doente deve ser internado para que pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. Sua principal
seja ministrado o tratamento para eliminação da bac- característica é a inflamação da garganta, o que causa
téria. um inchaço na região do pescoço.
Prevenção: cuidado na escolha de alimentos enlata- Transmissão: contato com pessoas infectadas, atra-
dos, atentando para que a lata não tenha ferrugem ou vés da saliva ou lesões da pele.
esteja estufada. Sintomas: dor de garganta, aparecimento de placas
nas amígdalas, febre e mal-estar, tosse, febre, calafrios
e coriza nasal. O agravamento da doença pode levar à
Brucelose morte por asfixia.
A brucelose é uma infecção causada por bactérias do Tratamento: os doentes devem ser isolados e o con-
gênero Brucella. trole da doença pode ser feito através de antibióticos.
Transmissão: contato com animais infectados ou Prevenção: vacinação infantil.
ingestão de alimentos de origem animal que estejam
contaminados.
Sintomas: calafrio, dor de cabeça, cansaço, febre.
Módulo 1 71
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Escarlatina Prevenção: ir ao médico para fazer diagnóstico quan-
A escarlatina é uma doença infectocontagiosa causada do houver contato com pessoas doentes.
pela bactéria Streptococcus pyogenes. É característica pelo
surgimento de erupções vermelho-escarlate na pele. Impetigo
Transmissão: contato com pessoas infectadas, atra- Impetigo é uma infecção da camada mais superficial
vés da saliva ou da secreção nasal. da pele que atinge sobretudo crianças, causada por
Sintomas: manchas vermelhas na pele, febre alta, dor bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus do grupo A.
de garganta, dores musculares, coceira no corpo, náu- Apresenta duas formas: impetigo bolhoso e impetigo
seas e vômitos. comum.
Tratamento: deve ser administrada a penicilina, ex- Transmissão: contato com feridas, através da secre-
ceto aos alérgicos, para os quais é dado outro tipo deção nasal ou utensílios utilizados dos doentes.
antibiótico. Sintomas: No caso do impetigo bolhoso: bolhas nos
Prevenção: evitar contato com outros doentes e boa braços, no peito e nas nádegas, febre e coceira. No
higienização. impetigo não bolhoso: dor em decorrência do apareci-
mento de úlceras com pus, principalmente nas pernas.
Febre Tifoide Tratamento: deve ser administrado antibiótico aos
A febre tifoide é uma doença bacteriana aguda causa- doentes e pomadas nas feridas.
da pela bactéria Salmonella Typhi. Prevenção: lavar muito bem as mãos quando estiver
Ela é associada a baixos níveis socioeconômicos e más próximo ao doente e evitar pegar em utensílios usados
condições de saneamento básico, higiene ambiental e pelo mesmo. Isso porque essa doença tem um nível de
pessoal. contágio bastante elevado.
Transmissão: ingestão de água ou alimentos conta-
minados. Leptospirose
Sintomas: febre alta prolongada, dor de cabeça, náu- A leptospirose é uma doença bacteriana que
seas, falta de apetite, mal-estar geral e vômitos. Em afeta seres humanos e animais. É causada por bacté-
rias do gênero Leptospira.
alguns casos, prisão de ventre, enquanto em outros,
diarreia. Com o agravamento da doença, há risco de Existe risco de morte em 40% dos casos, caso
hemorragias abdominais e infecção generalizada, po- não seja tratada adequadamente. Isso porque pode
dendo resultar na morte. causar danos aos rins, inflamação na membrana que
envolve o cérebro, insuficiência hepática e insuficiên-
Tratamento: repouso e alimentação à base de líqui- cia respiratória.
dos, principalmente. Além desses cuidados, devem ser Transmissão: contato com água ou objetos que te-
administrados antibióticos aos doentes. nham urina de animais infectados.
Prevenção: manter hábitos de higiene, lavar e cozi- Sintomas: febre alta, dor muscular, mal-estar, tosse,
nhar bem os alimentos antes do seu consumo, evitar olhos vermelhos e manchas vermelhas pelo corpo.
ou prevenir-se em viagens para locais propensos à do- Tratamento: os doentes devem ser hidratados e to-
ença. mar antibióticos.
Prevenção: lavar bem os alimentos antes de consumi-
Hanseníase -los, fechar caixas d’água, vacinar os animais.
A hanseníase é uma doença crônica, conhecida anti-
gamente como lepra. É causada pela bactéria Mycobac- Meningite
terium leprae, também conhecido como bacilo de Han-
A meningite é uma inflamação das meninges,
sen.
as membranas que envolvem e protegem o encéfalo e
Transmissão: através de espirro, saliva e tosse de pes- a medula espinhal. Ela pode ser provocada por bacté-
soas infectadas. rias, vírus ou fungos.
Sintomas: manchas na pele, no local das manchas a A meningite bacteriana pode levar à morte se
temperatura aumenta mais do que no restante do cor- não for diagnosticada a tempo. Os 3 tipos de menin-
po. Surgem também caroços nos cotovelos, nas mãos gites bacterianas mais comuns são causadas pelas bac-
e nas orelhas. Inchaço nas mãos e pés. Perda de força térias: meningococos, pneumococos e Haemophylus.
muscular e dor nas articulações. Transmissão: através de espirro, saliva e tosse.
Tratamento: deve ser administrado antibiótico aos Sintomas: dor de cabeça e no pescoço, rigidez na
doentes, cuja duração pode variar entre 6 meses a 1 nuca, febre alta e manchas vermelhas.
ano, conforme o tipo de lepra.
Módulo 1 72
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Tratamento: deve ser administrado antibiótico aos Gangrena gasosa
doentes, na veia, o mais rápido possível. Isso porque a Doença semelhante ao Tétano, não contagiosa, cuja
doença pode resultar em surdez ou até na morte. toxemia precede o aparecimento de gases nos tecidos
Prevenção: vacinação e evitar contato com doentes. circundantes.
Transmissão: Contato direto com objetos ou solos
contaminados.
Salmonelose
Sintomas: Palidez, prostração e necrose tecidual.
A salmonelose é uma infecção gastrointestinal provo-
cada por bactérias do gênero Salmonella e família En- Tratamento: Remoção dos tecidos afetados e ampu-
tação.
terobacteriaceae.
Transmissão: ingestão de alimentos contaminados,
especialmente carnes de aves mal-passadas, ovos e
Virologia
água. É o ramo da Microbiologia que estuda os ví-
Sintomas: cólica, diarreia, dor de cabeça e abdominal, rus e suas propriedades.
febre e vômito.
Tratamento: hidratação do doente e, no seu agrava- Principais Doenças Causadas por Vírus
mento, administração de antibiótico.
Prevenção: consumir alimentos bem lavados e cozi-
Gripe
dos, beber leite fervido, lavar bem as mãos antes das
refeições. A gripe é uma infecção viral muito comum,
especialmente, durante determinadas épocas do ano,
que são na realidade denominadas temporada de gri-
Tétano pe.
O tétano é uma doença infecciosa causada pela bacté- Há vacinas contra gripe disponíveis que de-
ria Clostridium tetani. Ataca o sistema nervoso central. vem ser atualizadas todos os anos. Os médicos su-
Se não for tratada, pode levar a pessoa à morte. gerem que os indivíduos de risco sejam vacinados:
crianças, portadores de doenças crônicas, gestantes e
Transmissão: através de pequenos cortes ou feridas idosos.
que entrem em contato com fezes, plantas, objetos en-
O problema é que a vacina da gripe protege
ferrujados e que podem ter a bactéria.
contra um número pequeno de estirpes, e quando a
Sintomas: rigidez dos músculos, febre, dor de cabeça, temporada de gripe atinge estas estirpes pode não ser
espasmos musculares e dificuldade para abrir a boca. as mais comuns que seguem ao redor.
Tratamento: administração de relaxante muscular e
antibiótico. Resfriado Comum
Prevenção: vacinação, limpeza cuidadosa de feridas. O resfriado comum é um dos mais abundan-
tes quando se trata de infecções virais. Este é um gru-
Tuberculose po de vírus que não há vacina que possa prevenir a
pessoa de pegar um resfriado.
A tuberculose ou tísica pulmonar é uma doença in-
fectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium Lavar as mãos frequentemente e evitar aqueles
tuberculosis, também chamada de Bacilo de Koch (BK). que estão doentes são as melhores formas de evitar
pegar um resfriado. O vírus é transportado por via
Transmissão: aproximação com pessoas doentes que
aérea, então, até respirar o mesmo ar que uma pessoa
se encontram em ambientes fechados.
infectada pode fazer adoecer.
Sintomas: fadiga, febre, tosse, emagrecimento, falta
de apetite, sudorese, rouquidão e expectoração com
sangue, nos casos mais graves. COVID-19
Tratamento: administração de três tipos de medica-
mentos, num tratamento que leva meses. Os coronavírus são uma grande família de ví-
Prevenção: vacinação infantil, alimentação adequada, rus comuns em muitas espécies diferentes de animais,
cuidados de higiene rigorosos no contato com pessoas incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramen-
doentes. te, os coronavírus que infectam animais podem infec-
tar pessoas, como exemplo do MERS-CoV e SARS-
-CoV. Recentemente, em dezembro de 2019, houve a
transmissão de um novo coronavírus (SARS-CoV-2),
o qual foi identificado em Wuhan na China e causou a
Módulo 1 73
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
COVID-19, sendo em seguida disseminada e transmi-
tida pessoa a pessoa. ► Lave com frequência as mãos até a altura dos pu-
A COVID-19 é uma doença causada pelo co- nhos, com água e sabão, ou então higienize com ál-
ronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta cool em gel 70%. Essa frequência deve ser ampliada
um espectro clínico variando de infecções assintomá- quando estiver em algum ambiente público (ambien-
ticas a quadros graves. De acordo com a Organização tes de trabalho, prédios e instalações comerciais, etc),
Mundial de Saúde, a maioria (cerca de 80%) dos pa- quando utilizar estrutura de transporte público ou to-
cientes com COVID-19 podem ser assintomáticos ou car superfícies e objetos de uso compartilhado.
oligossintomáticos (poucos sintomas), e aproximada- ► Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço
mente 20% dos casos detectados requer atendimento ou com a parte interna do cotovelo.
hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória, Não tocar olhos, nariz, boca ou a máscara de proteção
dos quais aproximadamente 5% podem necessitar de fácil com as mãos não higienizadas.
suporte ventilatório. Se tocar olhos, nariz, boca ou a máscara, higienize
sempre as mãos como já indicado.
SINTOMAS: ► Mantenha distância mínima de 1 (um) metro entre
pessoas em lugares públicos e de convívio social. Evi-
Os sintomas da COVID-19 podem variar de um res- te abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um com-
friado, a uma Síndrome Gripal-SG (presença de um portamento amigável sem contato físico, mas sempre
quadro respiratório agudo, caracterizado por, pelo com um sorriso no rosto.
menos dois dos seguintes sintomas: sensação febril ou ► Higienize com frequência o celular, brinquedos
febre associada a dor de garganta, dor de cabeça, tosse, das crianças e outro objetos que são utilizados com
coriza) até uma pneumonia severa. Sendo os sintomas frequência.
mais comuns: ► Não compartilhe objetos de uso pessoal como ta-
lheres, toalhas, pratos e copos.
► Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
→ Tosse ► Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios,
→ Febre teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas.
→ Coriza ► Se estiver doente, evite contato próximo com ou-
→ Dor de garganta tras pessoas, principalmente idosos e doentes crôni-
→ Dificuldade para respirar cos, busque orientação pelos canais on-line disponi-
→ Perda de olfato (anosmia) bilizados pelo SUS ou atendimento nos serviços de
→ Alteração do paladar (ageusia) saúde e siga as recomendações do profissional de saú-
→ Distúrbios gastrintestinais (náuseas/vômitos/diar- de.
reia) ► Durma bem e tenha uma alimentação saudável.
→ Cansaço (astenia) ► Recomenda-se a utilização de máscaras em todos
→ Diminuição do apetite (hiporexia) os ambientes. As máscaras de tecido (caseiras/artesa-
→ Dispnéia ( falta de ar) nais), não são Equipamentos de Proteção Individual
(EPI), mas podem funcionar como uma barreira físi-
TRANSMISSÃO: ca, em especial contra a saída de gotículas potencial-
mente contaminadas.
A transmissão acontece de uma pessoa doente
para outra ou por contato próximo por meio de: HIV e AIDS
O vírus HIV é um dos mais graves, porque
→ Toque do aperto de mão contaminadas; leva a AIDS, que pode causar morte. A infecção pode
→ Gotículas de saliva; acontecer através do contato de alguns fluidos corpo-
→ Espirro; rais com uma pessoa infectada, como, por exemplo,
→ Tosse; sêmen, sangue, secreções vaginais e o leite materno.
→ Catarro; Não há cura ou vacina para este vírus, afeta muito o
→ Objetos ou superfícies contaminadas, como celula- sistema imunológico.
res, mesas, talheres, maçanetas, brinquedos, teclados
de computador etc.
Varicela/Catapora e Herpes-Zoster
PREVENÇÃO:
As duas doenças são causadas pelo vírus her-
As recomendações de prevenção à COVID-19 pes zoster. Ela acontece mais tarde depois que o vírus
são as seguintes: se torna reativado no corpo por alguma razão.
Módulo 1 74
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
A catapora costumava ser uma doença comum Sintomas: Cefaleia, febre, coriza, mal estar, edema
na infância, mas com uma vacina disponível, esta in- de linfonodos, pequenas manchas rosadas que iniciam
fecção não acontece tão frequentemente em crianças na face e se estendem para o tronco e membros.
ou adultos. Não há vacina para herpes-zoster. Complicações: Malformações fetais ( deficiências
auditivas, visuais, cardíacas e retardo mental).
Sarampo
O sarampo não é tão comum como costuma- Hepatite
va ser, graças a uma vacina que é dada para crianças Infecção sistêmica aguda que afeta principal-
como parte de suas doses de imunização regulares. mente o fígado. Pode ser ocasionada principalmente
Esta infecção viral é caracterizada por peque- por vírus e drogas. As mais comuns são do Tipo A e
nas saliências vermelhas que aparecem no tronco, e do Tipo B.
algumas vezes no rosto. Este vírus é mais comum em Hepatite A ou Infecciosa: É transmitida através
países, onde a vacina não é rotineiramente dada. da água ou alimentos contaminados por fezes, pelo
contato das fezes com a boca e por via sanguínea.
Raiva Hepatite B ou Sérica: É transmitida através da via
Infelizmente, a raiva está se tornando mais sanguínea, placentária ou através contato sexual sem
comum pelo mundo, à medida que mais morcegos e o uso de preservativos.
animais selvagens seguem em contato com pessoas e Os sintomas são os mesmos nos dois tipos: Ano-
animais domésticos. rexia, febre alta, fadiga, mal estar, perturbação diges-
Há uma vacina para este vírus, mas isso pode tiva, icterícia, fezes claras e urina escura.
ser caro, então não é comumente dada, exceto para
riscos específicos ou para fazer mais anticorpos. Esta Febre Amarela
infecção viral é normalmente transmitida através de
uma mordida de um animal infectado e, geralmente, Esta enfermidade ocorre principalmente no
não é contagiosa. norte do país devido ao habitat quente do seu trans-
missor, o mosquito Aedes aegypti.
Os sintomas: Febre, prostração, cefaleia, insônia.
Vírus do Papiloma Humano Pode evoluir e comprometer os rins e o fígado.
A infecção com o vírus do papiloma humano,
chamado HPV, afeta milhões de brasileiros e pessoas
em outros países. É uma doença sexualmente trans- Mononucleose infecciosa
missível viral muito comum. A mononucleose infecciosa é causada pelo ví-
Este vírus pode causar câncer cervical em mu- rus Epstein-Barr (herpes-vírus humano tipo 4) e ca-
racteriza-se por fadiga, febre, faringite e linfadenopa-
lheres que são infectadas no início da vida, há centenas tia. A fadiga pode persistir durante semanas ou meses.
de estirpes e uma vacina recente tem sido recomenda- Complicações graves, incluindo obstrução das vias
da para todas as adolescentes, pois protegerá contra as respiratórias, ruptura esplênica e síndromes neuroló-
estripes mais comuns e mais perigosas do HPV. gicas, ocorrem de maneira ocasional. O diagnóstico é
clínico ou feito por testes de anticorpos heterófilos. O
tratamento é de suporte.
Caxumba
Transmissão: pode ocorrer por transfusão de deri-
Doença viral também conhecida como Paro- vados de sangue, mas mais frequentemente por meio
tidite. O vírus ataca as glândulas parótidas causando do beijo entre uma pessoa não infectada e uma pessoa
inflamação, edema e dor. O período de incubação é de EBV-soropositiva assintomaticamente transmissora
2 a 4 semanas e o período de transmissão é de aproxi- do vírus. Somente cerca de 5% dos pacientes adqui-
madamente 4 dias após o início dos sintomas. rem EBV de alguém com infecção aguda.
Os principais sintomas: Febre alta, prostração, A transmissão na infância ocorre com mais
cefaleia, anorexia e parotidite uni ou bilateral. O trata- frequência entre grupos socioeconômicos inferiores e
mento é baseado no repouso, isolamento respiratório em condições de aglomerações.
e uma boa nutrição e hidratação.
Sinais e sintomas:
Rubéola
Na maioria das crianças pequenas, a infecção
Doença altamente contagiosa que traz pro- primária por EBV é assintomática. Os sintomas da
blemas durante a gestação. O modo de transmissão é mononucleose infecciosa desenvolvem-se com mais
pelo trato respiratório superior. frequência em crianças maiores e adultos.
Módulo 1 75
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O período de incubação é de aproximadamen- ► Menos frequentemente erupções maculopapulares
te 30 a 50 dias. A fadiga pode durar meses, mas é ge- ► Raramente icterícia
ralmente máxima nas primeiras 2 a 3 semanas.
A maioria das pacientes tem a tríade de:
Complicações:
► Febre;
Embora a recuperação geralmente seja com-
► Faringite; pleta, podem ocorrer complicações neurológicas
► Adenopatia. (encefalite, meningite, psicose entre outros), compli-
A febre normalmente tem pico à tarde ou à cações hematológicas (granulocitopenia, trombocito-
noite, com uma temperatura por volta de 39,5°C, em- penia, anemia hemolítica), complicações respiratórias
bora possa alcançar 40,5°C. (obstrução de vias respiratórias, infiltrados pulmona-
res), complicações hepáticas incluem icterícia ou ele-
A faringite pode ser intensa, dolorosa e exsu- vações de enzimas mais graves.
dativa e ser semelhante à faringite por estreptococos.
Tratamentos e Prevenção para estas
Doenças
O tratamento de infecções virais varia segun-
do o vírus específico e outros fatores. As medidas de
tratamento geral são destinadas a aliviar os sintomas
para que seja possível descansar o necessário para
manter a força e se recuperar sem desenvolver com-
plicações. Tratamentos genéricos para infecções virais
incluem paracetamol ou ibuprofeno para febre e dores
no corpo.
Fungos
Módulo 1 76
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
trabalhos importantes a respeito deste assunto. Muitos Malária
medicamentos estão sendo desenvolvidos com o obje-
tivo de livrar o ser humano desta companhia desagra-
dável e prejudicial.
Módulo 1 77
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Para diagnóstico, é necessário que se faça exames
Helmintos de fezes, onde podem ser encontrados os ovos des-
te animal. Existe tratamento, que é feito com uso
A Helmintologia é o ramo da zoologia que de fármacos e adotando medidas de higiene básica.
estuda os vermes, muitos dos quais são parasitos que Quanto a prevenção, ingerir somente água trata-
vivem em um organismo vivo ou são de vida livre. da, lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-los,
O campo da helmintologia engloba todas as formas lavar sempre as mãos, não defecar em locais ina-
de helmintos parasitos de humanos, animais e plantas propriados, dente outras, fazem parte desta lista.
e todos os aspectos da interação entre os helmintos
e seus hospedeiros. Portanto, a helmintologia é tan-
to uma ciência ecológica zoológica como uma ciência
veterinária biomédica. Os helmintos têm importância
tanto na saúde pública quanto na produção e saúde
animal.
O termo “helminto” deriva das palavras gre-
gas: helmins e helminthos que significa verme. O termo
verme é empregado tanto para os vermes planos como
para os cilíndricos lisos ou cilíndricos segmentados.
Diferem entre si por numerosas características estru-
turais e biológicas de modo que pertencem a diferen-
tes ramos ou filos.
Ciclo da Ascaridíase
Doenças causadas por Helmintos
Ascaridíase
Módulo 1 78
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
deiros definitivos), já a cisticercose, causada devido à manipular alimentos, beber água mineral ou fervida,
presença da larva, pode estar presente em hospdeiros lavar e retirar a casca das frutas antes de consumi-las,
intermediáriaos, sendo que o cisticerco da T. solium é evitar alimentos que possam estar contaminados com
encontrada na musculatura dos suínos e da T. sagina- fezes, evitar o consumo de carnes cruas ou mal passadas.
ta é encontrada na dos bovinos. A teníase causada Diagnóstico através de radiografias, tomografias
pela T. solium não é considerada fatal, enquanto que a computadorizadas, exame do líquido cefalorraqui-
cisticercose causada por ela pode levar à morte. diano, provas sorológicas, biópsia da área afetada.
Taenia
Cisticercose
A cisticercose é uma doença parasitária ad-
quirida através da ingestão de alimentos con-
taminados (com ovos de Taenia solium), princi-
palmente carne de porco crua ou mal passada. Ciclo da Cisticercose
Módulo 1 80
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Hidatidose
Doença relacionada ao gado ovino, hospedeiro inter-
mediário, junto com o homem.
Agente causador: Echinococos granulosos
Hospedeiro definitivo: Cão
Modo de transmissão: Ingestão dos cistos ou ovos e
pela carne ovina contaminada.
Artrópodes
Os Artrópodes são animais invertebrados que pos-
suem partes do corpo articuladas e rígidas. Encon-
tramos na natureza mais de um milhão de espécies de
artrópodes, podendo ser aquáticos ou terrestres.
Pediculose
A pediculose é uma infestação de piolhos, que são in-
setos ectoparasitas da ordem Phthiraptera que se ali-
mentam de sangue. Pode ocorrer em qualquer espé-
cie de animais de sangue quente, incluindo humanos,
sendo a forma mais comum é a Humanus capitis, que é
a infestação da cabeça das pessoas.
A infestação (pediculosis Humanus capitis) é
mais frequente em crianças de 3 a 10 anos e suas fa-
mílias. Mulheres tendem a ter piolhos mais frequen-
temente do que homens. Os piolhos são transmitidos
através do contato direto com uma pessoa infectada.
O sintoma mais característico é a coceira na cabeça
que vai intensificando e causando mais lesões na pele
e reinfecções.
Módulo 1 81
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Módulo 1 82
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Formas de contágio e prevenção: Segundo o espe-
cialista, a única via de transmissão é a sexual. A forma IST Bacteriana causada por
de se prevenir a doença é usando preservativo em to-
das as relações sexuais. Mycoplasma genitalium
Tratamento e complicações: O tratamento é feito
com antibióticos. Quando não tratada ocasiona infec- O que é: Mycoplasma genitalium é uma bactéria de trans-
ções secundárias da região genital. Essas complica- missão sexual que causa uma doença semelhante a
ções são raras porque os pacientes apresentam muita clamídia e a gonorreia, mas com uma secreção mais
dor e então procuram tratamento médico. transparente. Os especialistas acreditam que muitas
pessoas podem ter a doença e não saber, uma vez que
ela raramente apresenta sintomas além da secreção.
Para as mulheres é ainda mais difícil que ela seja no-
tada, pois muitas têm uma secreção normal, então o
sintoma passa despercebido.
Complicações: Dentre as complicações, homens e
mulheres podem ter dor, inflamação de ovário, lesões
nas trompas, assim como ter uma infecção no epidídi-
mo ou na próstata, e uretrite.
Gonorreia
HIV/AIDS
Módulo 1 83
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Clamídia Ebola
Tricomoníase
Módulo 1 85
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
GLOSSÁRIO: Profilaxia – Medidas preventivas para a preservação
Abscesso – Coleção circunscrita de pus. da saúde da população.
Agente Etiológico – Ser vivo causador de infecção. Sepse – Conjunto de manifestações graves em todo o
organismo produzidas por uma infecção.
Agente Transmissor – Ser que passa a infecção para
outro. Verminose – Infecção intestinal provocada por agen-
tes específicos, conhecidos como parasitas.
Anaeróbio – Organismo que cresce na ausência de
oxigênio livre. Vetor – É todo o ser vivo capaz de transmitir um
agente infectante de maneira ativa ou passiva.
Anticorpo – Classe de substância produzida por um
animal, em resposta a introdução de um antígeno
Antígeno – Substância que quando introduzida em
um organismo animal estimula a formação de defesas LINK
orgânicas, os anticorpos. HTTPS//WWW.significados.com.br
Bactericida – Agente que destrói bactérias. WWW.ibb.Unesp.br/home/departamento/microbio-
Bacteriostático – Agente que imobiliza bactérias, evi- logiaeimunologia/aula_mor_e_estru.pdf
tando a reprodução e multiplicação. HTTPS://todamateria.com.br/doenças-causadas-
Ectoparasita – Tipo de parasita que se instala na parte -por-bactérias
externa do corpo do hospedeiro. https://WWW.todabiologia.com/microbiologia/fun-
Edema – Acúmulo excessivo de líquidos nos tecidos gos.htm
corporais. HTTPS://WWW.infoescola.com/biologia/helminto-
Endógeno – Produzido ou originado no interior. logia
Endotoxina – Substância eliminada quando uma cé-
1. HTTPS://escolaKids.com.br/pediculose.htm
lula se desintegra.
Entérico – Referente aos intestinos ou descargas in- 2. Giv.org/DST/O-Que-são-DST/índex.html
testinais.
Esporo – Célula com cápsula de repouso, altamente
resistente. Serve de proteção e reservatório de nutrien-
tes para as células que resistem por muito tempo no
ambiente.
Estéril – Isento de organismos vivos.
Etiologia – Causas de uma doença.
Exógeno – Produzido ou originado no exterior.
Exotoxina – Substância eliminada pela célula repro-
dutora para o meio em que se desenvolve a bactéria.
Exsudato – Material líquido encontrado em tecidos
inflamados.
Fômites – Objetos inanimados que transportam mi-
cro-organismos vivos.
Habitat – Local onde um determinado agente, espécie
ou população vive.
Hematofagia – Hábito de se alimentar com sangue.
Heterófilos – Anticorpo humano que reage com pro-
teínas de outra espécie.
Hospedeiro – Ser que aloja o agente.
Imunidade – Conjunto de defesas específicas contra
um determinado agente.
Linfonodos – São pequenos órgãos que atuam na de-
fesa do organismo humano e produzem anticorpos.
Parasitas – Seres que vivem às custas de outro orga-
nismo causando ou não algum prejuízo.
Módulo 1 86
NUTRIÇÃO
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Caloria: Quantidade de energia necessária para ele-
INTRODUÇÃO var 1ºC a temperatura de 1g de água.
► Valor Calórico Total (VCT) ou Valor Energético
A disciplina de nutrição e dietética tem como Total (VET): É a quantidade de energia que cada or-
objetivo dar noções ao aluno do Curso Técnico em ganismo necessita, dependerá do sexo, da idade, da al-
Enfermagem, sobre a importância da alimentação na tura, dos tipos de atividades, das patologias.
recuperação e prevenção da Saúde do nosso cliente/ ► Metabolismo: É o conjunto de transformações que
paciente. O aluno precisa ter o conhecimento básico as substâncias químicas sofrem no interior dos orga-
de algumas definições que norteiam a nutrição, bem nismos vivos. O termo “metabolismo celular” é usado
como, compreender as diversas formas de administra-
ção das dietas e os cuidados necessários durante este em referência ao conjunto de todas as reações quími-
procedimento. cas que ocorrem nas células.
► Metabolismo Basal: É a quantidade calórica ou
energética que o corpo utiliza durante o repouso, para
o funcionamento de todos os órgãos por exemplo, o
DEFINIÇÕES coração, o cérebro, os pulmões, o intestino.
► Excreção: Compreende a eliminação do que não é
mais necessário para o organismo. É eliminado pelo
► Alimento: “Toda substância que, ingerida por um intestino, pelos pulmões, pelos rins, pela pele.
ser vivo, o alimenta ou nutre”. “Substância que, intro-
duzida no organismo (por via oral, enteral ou parente- ► Dieta: Conjunto de alimentos que uma pessoa con-
ral), preenche a função de Nutrição”. some diariamente com as substâncias nutritivas (nu-
► Nutrição: “É a ciência que estuda os alimentos, trientes).
seus nutrientes, bem como sua ação, interação e ba- ► Documentário Recomendado :Muito Além do
lanço em relação à saúde e doença, além dos proces- peso (Documentário resumido) You Tube.
sos pelos quais o organismo ingere, absorve, trans-
porta, utiliza e excreta os nutrientes”. “É o conjunto
de processos por meio dos quais o organismo capta e CARBOIDRATOS
transforma os alimentos de que precisa para assegurar
sua manutenção, desenvolvimento orgânico normal e
produção de energia”.
Também conhecidos por hidratos de carbono,
► Dietética: É a ciência e a arte de alimentar, correta- açúcares ou glicídios. São classificados de acordo com
mente pessoas e coletividades sadias.
o número de carbonos. São eles: monossacarídeos,
► Dietoterapia ou Terapia Nutricional: É a ciência de dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Mo-
alimentar, corretamente pessoas e coletividades enfer- nossacarídeos
mas. É o tratamento de doenças através da nutrição.
Os monossacarídeos são açúcares simples, po-
► Técnica Dietética: É o método que se baseia em dem ter 5 ou 6 átomos de carbono.
dados científicos para estudar os processamentos que
serão submetidos os alimentos após criteriosa seleção.
Envolve as transformações químicas, físicas, senso- ► Glicose É o monossacarídeo predominante no me-
riais e microbiológicas sofridas pelos alimentos duran- tabolismo, é a principal fonte de energia para o orga-
te os processos culinários. nismo. A glicose, existente em grande quantidade em
► Alimentação: É o ato de alimentar-se. Processo frutas, sucos de frutas, cana-de-açúcar, melado, gara-
pelo qual os seres vivos adquirem do mundo exterior pa e rapadura, tem a função de combustível celular e
os alimentos que compõem a dieta. é o açúcar normalmente encontrado na corrente san-
guínea (glicemia). Sempre que ingerirmos carboidra-
► Nutrientes: “São substâncias que estão inseridas tos o produto final, que será utilizado, será a glicose.
nos alimentos e têm funções variadas no organismo. Não armazenamos glicose, ela será estocada na forma
Exemplos de nutrientes: carboidratos, proteínas, lipí- de glicogênio (no fígado e no músculo).
deos, vitaminas, minerais, fibras e água. Existem dis-
cordâncias entre autores em considerar fibras e água ► Frutose Monossacarídeo também conhecido por
como nutrientes”. “É qualquer elemento ou composto levulose ou açúcar das frutas. É encontrado nas fru-
químico necessário para o metabolismo de um orga- tas, mel. A frutose é três vezes mais doce que a saca-
nismo vivo”. rose e tem sido utilizada como adoçante.
► Absorção: É a passagem das substâncias dos com- ► Galactose Não é encontrada na forma livre na na-
partimentos corporais para o sangue, através de mem- tureza. Produzida a partir da quebra da lactose (açúcar
branas. do leite), é encontrada no leite e produtos lácteos.
Módulo 1 88
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Dissacarídeos são carboidratos compostos por
dois monossacarídeos. Funções dos carboidratos
São fonte de energia (4Kcal/g); reserva ener-
► Sacarose → Glicose + Frutose. Carboidrato que gética.
provém dos vegetais, é encontrado no açúcar da cana,
beterraba e no mel. É o açúcar comum de mesa e o
mais prevalente dissacarídeo da alimentação. Digestão, absorção e metabolismo
► Lactose → Glicose + Galactose. É o açúcar do
leite, tendo maior concentração no leite humano em
relação ao leite de vaca. É a fonte de energia para o A digestão dos carboidratos começa na boca,
recém-nascido. É o dissacarídeo menos doce. É en- a primeira enzima a agir sobre eles é a amilase sali-
contrada no leite e seus derivados. var ou pitialina. Após a formação do bolo alimentar
este vai para o estômago, onde a enzima é inativada
► Maltose → Glicose + Glicose. É o açúcar do malte, pelo ácido clorídrico. Quando o bolo alimentar chega
pouco encontrado na forma natural. A maior fonte de ao intestino delgado, local onde ocorre, praticamente,
maltose são os grãos em germinação, malte da cevada. toda a digestão, são liberadas outras enzimas, são elas:
amilase pancreática, sacarase, lactase e maltase, for-
Oligossacarídeos são carboidratos contendo mando os monossacarídeos (glicose, galactose e fruto-
de três a dez monossacarídeos. se). Esses são absorvidos e levados, pela corrente san-
guínea, até o fígado. No fígado a galactose e a frutose
são transformadas em glicose e a glicose distribuída
► Rafinose → Sacarose + Glicose + Frutose. É en- para os órgãos e tecidos.
contrada no açúcar da cana, no melaço e no açúcar
mascavo.
► Estaquiose → Galactose + Galactose + Glicose + PROTEÍNAS
Frutose. É encontrada em cereais e leguminosas.
Módulo 1 89
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Módulo 1 90
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
gordura e, por isso, é chamado de mau colesterol. O Os ácidos graxos e o glicerol são absorvidos e levados,
que é ligado à HDL, por outro lado, retarda ou reduz pela corrente sanguínea, até o fígado que distribui
o crescimento das placas de gordura nas artérias e é para os órgãos e tecidos.
chamado de bom colesterol.
Monoinsaturados: MINERAIS:
Contêm apenas uma ligação dupla.
Encontrado no azeite de oliva, óleo de canola, óleo de São substâncias de origem inorgânica que fa-
açafrão, azeitona, abacate, castanhas, nozes, amêndo- zem parte dos tecidos duros do organismo, como os-
as. sos e dentes.
A gordura Trans. é uma gordura ruim, é o processo Também encontrados nos tecidos moles como
de transformar gordura líquida em gordura sólida ou músculos, células sanguíneas e sistema nervoso.
cremosa. Encontrada na margarina, gordura vegetal,
cookies, biscoitos, sorvetes, chocolates, pães, molhos
para saladas/maionese, cremes, sobremesas aeradas. Funções dos Minerais:
Módulo 1 91
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
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Fontes de vitamina C
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VITAMINAS:
► São frágeis;
► Para o organismo são necessárias em pequenas
quantidades;
► Não são produzidas pelo organismo;
Módulo 1 92
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
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ESCORBUTO:
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ESCORBUTO
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Módulo 1 93
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
→ Realização de exames;
ÁGUA → Confirmação de diagnóstico.
► Pastosa
Evolução das Dietas:
→ Facilitar a mastigação e a deglutição;
► NPO
→ Indicada no caso de disfagia.
→ Nada por via oral;
Características: Consistência de purê.
→ Por tempo determinado ou não;
Alimentos permitidos: Massa, carne moída, frango
→ O paciente não recebe nenhum tipo de alimentação; liquidificado, café, leite, pão de forma, papa de fruta,
→ Pré e pós-cirúrgico; sucos, vitaminas, polenta, purê, flan.
Módulo 1 94
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Branda Alimentos permitidos: Todos, principalmente os ri-
→ Melhorar a digestibilidade; cos em cálcio (leite e derivados, brócolis).
→ Diminuir a flatulência;
→ Doenças do TGI. ► Hipossódica
Características: Consistência normal. → Indicada para pacientes hipertensos, cardiopatas e
renais.
Alimentos proibidos: Molhos, condimentos, fritu-
ras, ricos em fibras, saladas e frutas cruas, alimentos Características: Pobre em sal.
flatulentos (grão do feijão, brócolis, repolho, couve, Alimentos proibidos: Salame, presunto, embutidos,
batata-doce), alimentos cítricos e ácidos. conservas, enlatados, bacon, toucinho, linguiça cala-
bresa.
Dietas Especiais:
► Hipocalêmica (Pobre em Potássio-K)
► Normal → Indicada para pacientes renais.
→ Fornecer todos os nutrientes; Características: Pobre em potássio.
→ Indicada para pacientes sem restrições alimentares. Alimentos proibidos: Feijão, laranja, banana, batata,
cenoura, couve, melão.
Características: Rica em todos os nutrientes.
Alimentos permitidos: Todos.
► Hipocalórica
→ Indicada no caso de obesidade.
► Sem Resíduos
Características: Pobre em calorias.
→ Indicada no caso de diarreia;
Alimentos proibidos: Frituras, gorduras, doces, re-
→ Irritação intestinal; frigerantes, chocolate.
→ Preparação de exames.
Alimentos permitidos: Arroz, massa, frango, bola- ► Hipolipídica
cha água e sal, gelatina, chá claro, batata, pão, banana,
maçã, pera. → Indicada no caso de dislipidemia e cardiopatias.
Alimentos proibidos: Leite, iogurte, frituras repo- Características: Pobre em gordura.
lho, mamão, ameixa, laranja, alimentos integrais, ali- Alimentos proibidos: Leite integral, frituras, embuti-
mentos ricos em fibras. dos, abacate, carnes gordas, banha, óleos
Módulo 1 95
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Características: Restrição parcial de proteínas. ALIMENTAÇÃO POR SONDA
Alimentos permitidos: Todos, porém haverá restri-
ção dos alimentos fonte de proteínas como: feijão, car- INDICAÇÕES
ne, leite e derivados, ovos,
► Ingestão oral insuficiente, o paciente ingeri menos
de 60% do VET;
► Aprotéica ► Trato gastrointestinal funcionante.
→Indicada para pacientes com doenças renais e hepá-
ticas.
Outras indicações:
Características: Restrição total de proteínas.
► Pacientes que não podem se alimentar: Inconsciên-
Alimentos permitidos: Todos, exceto os alimentos cia, Anorexia Nervosa, Lesões orais, AVC;
fontes de proteínas como: carne, leite e derivados,
ovo, feijão, lentilha, soja ► Pacientes com ingestão oral insuficiente: Trauma,
Septicemia, Alcoolismo crônico;
► Pacientes nos quais a alimentação comum produz
► Sem Lactose dor e/ou desconforto: Pancreatite, Quimioterapia, Ra-
→ Indicada para pacientes com Intolerância à Lactose. dioterapia, Carcinoma de TGI;
Características: Sem leite. ► Pacientes com disfunção do TGI: Fístula, Síndro-
Alimentos permitidos: Carnes, feijão, arroz, batata, me do Intestino Curto.
lentilha, leite de soja, tofu, alimentos sem lactose.
Alimentos proibidos: Leite, creme de leite, iogurte, CONTRA-INDICAÇÕES
queijo, Leite condensado, alimentos com lactose. ► Obstrução mecânica do TGI;
► Refluxo gastroesofágico intenso;
► Sem Glúten ► Íleo paralítico;
→ Indicada para pacientes com Doença Celíaca. ► Vômitos e Diarreia severos;
Características: Sem glúten. ► Hemorragia GI severa.
Alimentos permitidos: Arroz, farinha de arroz, fei-
jão, farinha de milho, farinha de polvilho, batata.
VIAS DE ACESSO
Alimentos proibidos: Trigo, cevada, aveia, centeio,
pão, massa, pizza, cerveja, achocolatado, bolo. A sonda pode estar posicionada no estômago,
duodeno ou jejuno.
Sonda Nasogástrica: posicionada no estômago; tole-
NUTRIÇÃO ENTERAL ra grandes volumes e dieta polimérica; maior risco de
aspiração; indicada por até 4 semanas;
Sonda Nasoduodenal: posicionada no duodeno; to-
Terapia de Nutrição Enteral é um conjunto de lera menores volumes e dieta semi-elementar; menor
procedimentos terapêuticos empregados para a manu- risco de aspiração; indicada por até 4 semanas;
tenção ou recuperação do estado nutricional por meio Sonda Nasojejunal: posicionada no jejuno; tolera
de nutrição enteral. menores volumes e dieta elementar; menor risco de
aspiração; indicada por até 4 semanas;
Gastrostomia: posicionada, diretamente, no estôma-
go através de procedimento cirúrgico; indicada acima
de 4 semanas;
Jejunostomia: posicionada, diretamente, no jejuno
através de procedimento cirúrgico; indicada acima de
4 semanas.
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Módulo 1 96
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Contínua: administração durante 24 horas, pausa
somente para o banho e a fisioterapia;
► Cíclica: administração durante à noite e com pau-
sa durante o dia.
► Sempre ao administrar a dieta o paciente deverá
estar em um ângulo de no mínimo 45°;
► Lavar a sonda com 30 ml de água após a oferta da
dieta.
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Sonda Nasogástrica
Tipos de sistema
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► Sistema aberto: dietas que necessitam de mani-
pulação;
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO ► Sistema fechado: dietas que não são manipuladas.
Em bolo: administração com seringa, ingestão de um Tipos de dietas;
volume considerável de dieta em um curto espaço de
► Dieta polimérica: nutrientes intactos. Utilizada
tempo (gavagem);
no estômago;
Intermitente: administração com pausas, com bom-
► Dieta semi-elementar: nutrientes, previamente,
ba de infusão ou pela força gravitacional (gotejamento
digeridos. Utilizada no intestino.
– 60 gotas/minuto);
Módulo 1 97
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Dieta elementar: nutrientes digeridos. Utilizada no in- ► Metabólicas: desidratação, hipoglicemia, hipergli-
testino. cemia;
► Mecânicas: erosão nasal, otite, esofagite, obstrução
DIETAS CASEIRAS da sonda;
► São as dietas preparadas com módulos de nutrien- ► Infecciosas: gastroenterocolites;
tes (carboidratos, proteínas e lipídeos); ► Respiratórias: aspiração pulmonar;
► Maior risco de contaminação, pela manipulação; ► Psicológicas: ansiedade, depressão, monotonia ali-
► NÃO USAR ALIMENTOS IN NATURA! mentar, insociabilidade.
► No hospital são preparadas no lactário e em casa
na cozinha; NUTRIÇÃO PARENTERAL
► Produzir a dieta conforme orientação da nutricio- Em nutrição parenteral, uma solução estéril de
nista; nutrientes é infundida por via intravenosa por meio de
► Produzir no primeiro horário da manhã para todo um acesso venoso periférico ou central, de forma que
o dia; o trato digestivo é completamente excluído no proces-
so.
► NÃO utilizar os utensílios (liquidificador, potes,
facas, colheres, etc.) selecionados para a produção da
dieta em outras preparações;
► Ao preparar a dieta, sempre utilizar touca, lavar as
mãos, não falar, não tossir, não espirrar, não fumar;
► Colocar a quantidade indicada no frasco e o res-
tante armazenar em um pote de vidro fechado na ge-
ladeira;
► Ofertar a dieta, em temperatura corporal, nunca
quente ou fria, para o paciente. Este deve estar num
ângulo de, no mínimo, 45°, o gotejamento é gravita-
cional (60 gotas/minuto). Após o término da dieta la-
var a sonda com 30 ml de água destilada, filtrada ou
fervida em temperatura corporal;
► No próximo horário de administrar a dieta, colocar
no frasco e aquecer em banho maria, até a temperatu-
ra corporal. A sobra guardar na geladeira novamente;
NUNCA esquecer de homogeneizar a dieta antes de
ofertá-la!
► Ao terminar a dieta o paciente deve ficar na mesma
posição por pelo menos 30 minutos;
► Após o uso do equipo e do frasco lavar com água
morna (não deixar nenhum resíduo), secar bem e www.lojaespaçosaude.com.br
guardar em local seco e livre de insetos;
► O equipo e o frasco devem ser trocados a cada 2 INDICAÇÕES
dias ou conforme necessidade;
Em geral, a nutrição parenteral é indicada se
► A dieta tem validade de 24 horas, caso sobre deve o trato digestivo não funciona, está obstruído ou ina-
ser desprezada; cessível (por pelo menos 7 dias).
► O volume pleno deve ser atingido em 72 horas,
caso não haja nenhuma intercorrência.
Outras indicações:
► Vômitos intratáveis: pancreatite aguda, quimiote-
COMPLICAÇÕES rapia;
► Gastrointestinais: náuseas, vômitos, refluxo gas- ► Diarreia grave: doença inflamatória intestinal, sín-
troesofágico, distensão abdominal, cólicas, diarreia, drome do intestino curto;
obstipação;
► Mucosite/esofagite: quimioterapia;
Módulo 1 98
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Íleo: grandes cirurgias abdominais, trauma grave; COMPLICAÇÕES
► Obstrução: neoplasias; ► Mecânicas: pneumotórax, lesão vascular;
► Repouso intestinal; ► Infecciosas: sepses relacionadas ao cateter;
► Pré-operatório: desnutrição grave. ► Metabólicas: hiperglicemia, disfunção hepática.
Módulo 1 99
PSICOLOGIA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
PSICOLOGIA Neurologia
Introdução
Especialização da medicina que estuda o Sis-
Para ser um indivíduo trabalhador na área da tema Nervoso.
saúde requer muita empatia. Todas as equipes mul-
tidisciplinares interagem em prol da assistência ao
cliente/paciente. Neuropsiquiatria
É o estudo científico e sistemático das patolo- A vida se inicia com um espermatozoide fe-
gias ou doenças psíquicas. Inclui classificação e descri- cundando e fertilizando um óvulo e após alguns dias
ção de sintomatologia. vamos ter um embrião fixado no útero que irá passar
Módulo 1 101
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
por muitas transformações e mudanças, até que chega Agora complete o quadro com características das fases
ao amadurecimento final do feto e nascimento de um
bebê que ao longo de sua vida enfrentará as fases que
Freud definiu.
Vida intra uterina
Fase Oral: Do nascimento aos 18 meses, a fonte de e nascimento
maior prazer é a boca. A percepção ocorre através da
boca, o prazer que a boca traz, sendo o maior contato
com a realidade, incluindo alimentação e afetividade.
Lactação e idade
Fase dividida em duas etapas, a sucção ainda intra úte- pré-escolar
ro e a oral propriamente dita voltada a mastigação que
vai até o final do segundo ano de vida.
Dentro desse desenvolvimento temos o cres- Id, Ego e Superego estão em constante con-
cimento de nossas células e tecidos, maturação de ór- flito e acordos, o Ego controla as exigências do Id e o
gãos e membros para que se tornem funcionais até Superego controla o comportamento do Ego.
que chega a aprendizagem que modifica o compor-
tamento do individuo. Para explicar esse desenvolvi- O comportamento normal do indivíduo adul-
mento temos as to é o resultado da interação do aparelho psíquico,
para que tenhamos equilíbrio no organismo.
Teorias do desenvolvimento da personalidade,
entre elas a Psicanalítica, Psicossocial, Cognitiva entre
outras. Mecanismos de defesa
Módulo 1 103
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Introjeção – É a identificação, considero como
meu o que é externo. Como exemplo, a seleção brasi- Ética profissional da enfermagem
leira ganha e os brasileiros ficam orgulhosos.
A ética na enfermagem deve estar presente
► Racionalização – Quando não podemos aceitar os diariamente, o profissional da enfermagem, nas suas
verdadeiros motivos de uma ação, auto justificativa atribuições, deverá avaliar o valor de cada ação, levan-
falsa. Como exemplo bater no filho e dizer que é o do sempre em conta a si próprio e ao outro indivíduo,
melhor para ele. respeitando sua raça e credo indiscutivelmente.
Módulo 1 104
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Imprudência: Realizar alguma ação sem cuidado, trado o medicamento, proceder o registro adequado
sem cautela, imprudente. na pasta do paciente através da evolução e checagem,
orientar o paciente quanto a administração e sinto-
mas, sua resposta a administração realizada.
As três expressões se completam, no exercício
de nossas atividades. Quando é realizado um cuidado
sem as devidas ações de zelo, vamos ter consequên-
cias agora ou mais tarde, podendo gerar uma iatroge- SEGREDO PROFISSIONAL
nia, doença causada por uma atividade mal realizada,
um erro de enfermagem que gera uma patologia, um
Segredo profissional é um dever ético. Somos
dano.
proibidos de divulgar, revelar dados confidenciais, se-
jam diagnósticos, sintomatologia ou outros.
Exemplifique
Nós no exercício profissional devemos saber
que o paciente tem direito aos seus segredos. Leve em
Imperícia Negligência Imprudência
consideração a ética, o juramento e o respeito.
Módulo 1 105
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Ela se apresenta da seguinte maneira: Assim sendo, a comunicação ocorre através da
► Enfermeiro; conversação com o cliente/paciente, familiar, equipe e
também através da leitura e preenchimento do pron-
► Técnico em Enfermagem; tuário, facilitando o atendimento, o acompanhamento
► Auxiliar em Enfermagem. à resolução dos problemas que foram levantados.
Módulo 1 106
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Por sua vez a equipe de enfermagem deverá
POSTURA EMOCIONAL E REAÇÕES tratá-lo com zelo, cuidado, chamando-o pelo nome, se
apresentando e explicando o que será realizado em to-
DO HOJE E AO LONGO DOS ANOS DE dos os momentos de contato. Também devemos apre-
sentar a unidade, algumas rotinas, regras que devem
EXERCÍCIO PROFISSIONAL ser cumpridas bem como os demais clientes/pacientes
se a internação for em quarto semiprivativo. Todas es-
Da empatia a calosidade profissional sas ações tornam a adaptação à instituição mais fácil,
mais tolerável.
Módulo 1 107
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
A enfermagem faz o atendimento de todo e Aquele que internou, realizou exames e então
qualquer cliente/paciente que esteja internado ou que obteve alta hospitalar, possui um bom prognóstico.
solicite atendimento à unidade, seja hospitalar ou mó-
vel.
Poderá retornar para outras avaliações ou
nova consulta em três meses ou mais, ser acompanha-
Lidamos com a vida até o apagar da chama, o do fora da internação hospitalar, pois não possui uma
que a sociedade possui dificuldade em falar e esclare- doença grave.
cer.
Cliente/paciente em óbito
Nós da enfermagem proporcionamos confor-
to no leito de morte, o que chamamos de cuidados pa-
liativos. O atendimento do cliente/paciente grave ou Mesmo eu estejamos prestando a melhor e
gravíssimo é prestado de maneira diferenciada, a ele, mais correta assistência temos o percentual de cliente-
aos seus familiares e próximos, atividades que podem la que está no seu estágio final onde seus órgãos vitais
gerar angústias, momentos mais difíceis. não são mais capazes de manter a vida, cumprir com
as funções.
► Negação: quer saber e faz questionamentos, pode Cabe ao profissional médico a documentação
mostrar-se otimista até o leito de morte, observe que e a nós Técnicos em Enfermagem, os cuidados finais.
cabe ao médico e enfermeiro as respostas;
Módulo 1 108
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Fisiologia
► Segurança Afiliação
► Afiliação
► Reconhecimento A necessidade de afiliação corresponde à das
relações sociais, da participação em eventos e reuni-
► Autorrealização ões e da aceitação dos demais. O ser humano é um ser
social por natureza, em menor ou maior grau, e, por
isso, necessitamos manter uma rede de relações sociais
para obter uma estabilidade mental correta.
Exemplo: uma vez que temos um prato de comida na
mesa e um teto acima de nossas cabeças, começamos
a nos preocupar com as nossas amizades e demais re-
lações. O companheirismo, o afeto entre as pessoas e
a intimidade sexual são exemplos claros desse nível da
pirâmide de Maslow.
Reconhecimento
www.grupoescolar.com.br
Classificação dos Resíduos dos Servi-
ços de Saúde:
Resíduos
Grupo A → resíduos biológicos ou com presença des-
É qualquer material considerado inútil, supér- tes que podem apresentar risco de infecção;
fluo ou sem valor, gerado pela atividade humana, e a
qual precisa ser eliminada. É qualquer material cujo Grupo B → resíduos de natureza química com risco
proprietário elimina, deseja eliminar ou necessita eli- de contaminação ao ambiente ou impacto à saúde pú-
minar. blica;
Módulo 1 111
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Grupo C → rejeitos radioativos;
Grupo D → resíduos comuns que não apresentam Alguns Conceitos:
risco ao ser humano ou impacto associado;
Grupo E → resíduos perfurocortantes ou escarifican- Unidades de reciclagem: local onde é feita a triagem
tes. do resíduo seco.
Catação: seleção criteriosa dos diversos materiais que
serão vendidos.
Classificação dos Resíduos dos Servi-
ços de Saúde -Quem são eles? Ex.: Papel, plástico, vidro.
Compactar: diminuir o volume dos materiais.
► Infectantes: resíduos com material biológico (san- Resíduo orgânico: restos de comida, cascas de fru-
gue, fezes, urina, secreções); tas, folhas, plantas mortas, papel higiênico.
► Químicos: resíduos de produtos químicos; Esgoto: escoamento dos dejetos humanos.
► Radioativos: resíduos de radiação;
► Comuns: resíduos semelhantes aos domiciliares;
Infecção Hospitalar
► Perfurocortantes: resíduos de matérias cortantes
ou perfurantes (agulhas e seringas).
É qualquer infecção adquirida após a interna-
ção ou mesmo após a alta (7 dias).
Por que Separar os Resíduos:
Definições:
► Aproveitar o material reciclável;
► Diminuir áreas utilizadas para aterros; ► Abcesso: Coleção circunscrita de pus;
► Evitar lixo a céu aberto; ► Agente Etiológico: Ser vivo causador da infecção;
► Evitar acidentes com os responsáveis pelo recolhi- ► Assepsia: É o conjunto de medidas que utilizamos
mento dos resíduos; para impedir a penetração de micro-organismos num
► Preservação da natureza e do meio ambiente. ambiente;
► Antiassepsia: É o conjunto de medidas propostas
para inibir o crescimento de micro-organismos ou re-
Destino Final dos Resíduos: movê-los de um determinado ambiente;
► Agente Transmissor: ser que “passa” a infecção
para outro;
► Aterro sanitário;
► Anaeróbio: organismo que cresce na ausência de
► Unidades de reciclagem; oxigênio livre;
► Suinocultura. ► Anticorpo: classe de substância produzida por um
organismo animal, em resposta à introdução de um
antígeno;
Reciclagem:
► Antisséptico: É toda substância capaz de impedir a
proliferação das bactérias, inativando-as ou destruin-
do-as;
Processo que torna viável a reutilização de um
material cuja matéria-prima é retirada da natureza. ► Bactericidas: Agentes que matam as bactérias;
► Bacteriostático: Agente que imobiliza bactérias,e-
vitando a reprodução e multiplicação;
► Árvore – Papel
► Bolha: Elevação da pele cheia de líquido limpo;
► Areia – Vidro
► Desinfecção: É o processo de destruição de todos
► Minério – Metal os organismos patogênicos, exceto os esporulados
► Petróleo – Plástico ► Desinfetante: É uma substância química utilizada
para fazer a desinfecção;
Módulo 1 112
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► Esterilização: É o processo de destruição de to- ► Micro-organismo: São organismos vivos, invisíveis
dos os organismos, patogênicos e não patogênicos, a olho nu;
incluindo os esporos; ► Micro-organismo patogênico: São micro-organis-
► Esporos: São formas inativas de bactérias; mos que causam doenças infecciosas;
► Edema: Acúmulo excessivo de líquidos nos tecidos ► Precaução Protetora: aplicado quando o doente
corporais; tem um risco maior de contrair infecções. Ex.: Pre-
maturos e aqueles com leucemia, diminuição dos gló-
► Endógeno: Produzido ou originado no interior; bulos brancos, em tratamento para câncer ou HIV,
► Endotoxina: substância eliminada quando uma cé- queimaduras extensas e os submetidos as transplantes
lula se desintegra; de órgãos;
► Endemia: doença que existe constantemente em ► Precaução Restrita: tipo de isolamento para evitar
determinada região com um grau de ocorrências; a disseminação das doenças virulentas, que são trans-
mitidas por contato direto ou pelo ar, nas gotículas
► Entérico: referente aos intestinos ou descargas in- (pequenas gotas) provenientes da respiração e da boca;
testinais; ► Precaução Respiratória: tem por objetivo prevenir
► Epidemia: elevação brusca,temporária e significa- a contaminação por germes que se transmitem pelo ar
tiva na incidência de uma moléstia numa determinada e pelas gotículas da respiração;
região; ► Precaução Entérica: emprega-se para prevenir o
► Estéril: isento de organismos vivos; contágio de germes que se encontram nas fezes e cujo
contágio se dá por via digestiva.
► Etiologia: causas das doenças;
► Exógeno: produzido ou originado no interior;
► Exotoxina: Substância eliminada pela célula pro- Áreas Hospitalares
dutora, para o meio em que se desenvolve a bactéria;
► Exsudato: material líquido encontrado em tecidos
do organismo animal; Podemos dividir o hospital em dois tipos de
áreas, dependendo do risco de transmitir infecções:
► Fômites: objetos inanimados que transportam mi-
cro-organismos vivos;
Área crítica: local destinado ao cuidado de pacientes
► Fungicida: agente que destrói fungos; altamente suscetíveis à infecção. São as áreas que apre-
► Higienização: é todo processo de limpeza que visa sentam maior risco de transmitir infecção.
remover resíduos e reduzir micro-organismos a níveis Ex.: centro cirúrgico, centro obstétrico, sala de recu-
recomendados pelos códigos sanitários; peração, UTI, lactário, cozinha, laboratório.
► Hospedeiro: ser que aloja o agente;
► Hospedeiro Definitivo: ser que apresenta o agente
em fase de maturidade ou atividade sexual; Área semicrítica: todas as áreas ocupadas por pa-
► Hospedeiro Intermediário: ser que apresenta o cientes não portadores de doenças infecciosas e que
agente em fase larval e/ou na forma assexuada; não sejam altamente suscetíveis à infecção.
► Imunidade: conjunto de defesas específicas contra Ex.: unidade de internação, RX, almoxarifado,
um determinado agente; contabilidade, farmácia, tesouraria, administração.
► Imunidade Ativa: resulta de uma reação elaborada
pelo próprio organismo, formando anticorpos espe-
Precaução Padrão
cíficos. Ocorrer pela própria doença ou por vacinas;
► Infecção: quando um microrganismo penetra no
organismo e se desenvolve. A infecção pode ser loca- Todos aqueles que trabalham direta ou indi-
lizada ou generalizada; retamente com o paciente devem fazer uso dos EPI’s
sempre que estiverem em contato direto ou indireto
► Infecção Hospitalar: é a infecção adquirida no hos-
com este paciente, pois devemos considerar todos os
pital;
pacientes possíveis portadores de doenças.
► Infecção cruzada: é a infecção transmitida entre
pacientes;
Módulo 1 113
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
www.anvisa.com.br
Lavagem de mãos
OPAS/OMS BRASIL
Luvas
► Usar luvas limpas, não estéreis, quando houver
possibilidade de contato com sangue ou outros fluidos
corporais ou artigos contaminados;
► Retirar as luvas após o uso, antes de tocar em su-
perfícies ambientais ou entrar em contato com outro
paciente;
► Lavar as mãos, imediatamente, após a retirada das
luvas;
► Trocar de luvas entre um paciente e outro e entre
um procedimento e outro.
Módulo 1 114
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Artigos e equipamentos de
assistência ao paciente
www.anvisa.com.br
► Utilizar EPI’s na manipulação de artigos contami-
nados com sangue ou fluidos corporais;
► Limpar, desinfetar ou esterelizar equipamentos en- Transmissão aérea
tre pacientes.
► As partículas permanecem suspensas no ar e po-
dem ser dispersadas a longas distâncias;
Roupas ► Fonte de transmissão: pessoas (secreções oral e na-
sal), corrente de ar;
► Manipular e transportar as roupas usadas de for- ► EPI: Máscara bico de pato/N95;
ma a prevenir a exposição da pele, mucosas e roupas Indicações: Varicela, Hepes Zoster, Tuberculose, Sa-
pessoais; rampo.
► Utilizar sacos impermeáveis.
Ambiente
A limpeza do ambiente é padroniza-
da pelo hospital. Temos a limpeza diária e a
terminal.
PRECAUÇÃO ESPECÍFICA
www.anvisa.com.br
Módulo 1 115
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
► EPI: Luva e Avental;
Indicações: Bactérias multiresistentes, Escabiose, Pe-
diculose, Diarreia, Hepatite A.
(www.anvisa.com.br)
BIBLIOGRAFIA
CARRERA,Gabriela e REASCOS,Nancy Játiva.Ma-
COLOCAÇÃO E RETIRADA DE EPIS nual de Enfermagem.Enfermagem Básica.Cotia,Edi-
tora Vergara,2006.
Sequência de Colocação dos EPIS: FIGUEIREDO,Nébia Maria Almeida de. Ensinando
► Higienizar as mãos; a Cuidar em Saúde Pública.São Caetano do Sul-S-
P,Yendis Editora,2007.
► Vestir Avental;
www.anvisa.com.br
► Máscara;
www.ministeriodasaude.gov.br
► Óculos;
► Luvas.
Módulo 1 116
MATEMÁTICA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
APRESENTAÇÃO FRAÇÕES
► CONCEITO - SIGNIFICADO
Olá estudante do curso Técnico em Enferma-
gem,Este material foi cuidadosamente elaborado para ► FRAÇÕES DECIMAIS E NÚMEROS DECI-
complementar os teus estudos referentes a tópicos ma- MAIS
temáticos relacionados ao teu curso. ► OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
► FRAÇÕES DO DESCONTÍNUO (DE QUAN-
Sabe-se que a matemática se integra a todas as TIDADES)
atividades e aspectos dos nossos momentos diários e
durante os afazeres próprios de um técnico de enfer- Conceito
magem também se observa a sua utilização em muitos
dos procedimentos.
Antes de refutar a importância da matemáti-
ca para uma excelência profissional e para o melhor
desempenho junto ao paciente, deve-se encarar essa
disciplina como um conhecimento realmente necessá-
rio que torna o técnico em enfermagem seguro e con-
fortável na execução das suas atribuições que exijam
cálculo de alguma natureza. Representação (Fração do Contínuo)
Frações impróprias
Pode-se evidenciar alguns processos realiza-
dos pelo técnico em enfermagem que são efetuados
segundo um alicerce matemático:
→ Fracionamento de medicamentos;
→ Cálculo de doses medicamentosas;
→ Elaboração de doses a partir do peso do paciente;
→ Determinação do tempo necessário em soroterapia;
→ Determinação do volume em administração endo-
venosa;
→ Conversão de taxas em gotas ou micro gotas por
minuto para ml por hora e vice-versa. (necessária em
bombas de infusão)
→ Obtenção da taxa da administração em gotas ou
micro gotas;
→ Cálculos insulínicos; Frações próprias
→ Diluição de medicamentos;
→ Rediluição de medicamentos.
Módulo 1 118
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
1 5 2 5 17
9 6 18 18
3 1 1 9 2 6 13
a) Observou-se que na UPA (Unidade de Pronto
4 6 2 12 12
3
Atendimento) do bairro das crianças do bairro fo-
8 1
5 1 15 4 19 ram vacinadas pela manhã e à tarde. Qual a fração
6
8 6 24 24 que corresponde ao número de crianças vacinadas
nesse dia?
Módulo 1 119
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Módulo 1 120
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
c) 85,3 – 57,92 =
Divisão
c )
85, 30 Caso o dividendo e o divisor possuam o mes-
mo número de casas decimais, despreza-se as vírgulas
- 57, 92 e divide-se normalmente. Quando o número de casas
27,38 forem diferentes, completa-se com zeros (no menor
número), despreza-se a vírgula e divide-se normal-
mente.
Módulo 1 121
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
f) 5,7 . 1,4 =
g) 0,42 . 0,3 =
h) 7,14 . 3,2 =
b) 0,23 ÷ 0,9 = 23 ÷ 90 =
i) 7,04 . 5 =
j) 2,14 . 0,008 =
l) 10,8 ÷ 3,6 =
c) 16,4 ÷ 5,24 = 1640 ÷ 524 =
m) 13 ÷ 3,25 =
n) 3,15 ÷ 2,1 =
o) 181,12 ÷ 6,4 =
Exercícios
a) 3,5 + 0,12 =
Módulo 1 122
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Exemplos:
c) Verificou-se que a razão entre o número de atendi-
a) A razão entre o número de médicos
3 e o número de
técnicos em enfermagem é de . mentos pediátricos e o número de atendi-
7 5
mentos de adultos é de e contabilizou-
8
b) A razão entre o número de doadores -se 45 crianças atendidas. Qual o número
2 de sangue e o
número de clientes internados é de . de adultos atendidos?
15
c) A razão entre o número de gotas7do medicamento e
da massa, em kg, da criança é de . REGRA DE TRÊS
10
Proporção
b) Na unidade básica de saúde do bairro Felicidade 2) No dia 23, observou-se que 5 técnicos
a razão entre o número de vacinações em crianças e em enfermagem atenderam 40 clientes.
9 Mantendo-se a mesma proporção, deter-
adultos é de e no bairro Estrela a razão é de 63 . mine quantos técnicos são necessários
5 35
para o atendimento de 72 clientes.
Módulo 1 123
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Módulo 1 124
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
f) 3670 g = ____________ kg
h) 0,3 kg = ____________ g
2) Complete:
a) 2 g = _____________ mg
5) A cliente Sônia inicia um procedimento às 14h e
50min e a duração prevista para esse procedimento é b) 7,4 g = _____________ mg
de 1 hora e 30 minutos. Qual o horário previsto para
o término?
Resoluções: 2, 3, 4 e 5 c) 1,5 g = _____________ mg
d) 0,2 g = _____________ mg
e) 0,8 g = ____________ mg
f) 0,05 g = ____________ mg
Medidas de massa
g) 1400 mg = ____________ g
1 kg = 1000g
1 g = 1000 mg h) 4600 mg = ____________ g
1 mg = 1000 mcg
i) 700 mg = ____________ g
Exemplos:
j) 10 mg = ____________ g
1) Complete:
a) 4 kg = _____________ g
b) 7 kg = _____________ g
c) 3,5 kg = _____________ g
Módulo 1 125
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
a) 2 l = _____________ ml
e) 3500 ml = ____________ l
h) 0,3 l = ____________ ml
2) Complete:
4) Sabe-se que 1 ml corresponde a 20 gotas. Qual o
número de gotas contidas em um frasco de S.F. 0,9%
a) 3 l = _____________ cm3 de 250 ml?
Módulo 1 126
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Conceito
8) Prescrita Cefalotina 1,5 g EV. Tem-se FA com 1 g/
ml. De quanto será a aplicação? Porcentagem é uma medida relativa que esta-
belece a comparação de uma quantidade em relação
ao valor cem.
3
5
75%
1
12) Aplicar 500 mg de Clorafenicol de 1 g diluído em
5 ml. Quantos ml serão necessários? 4
0,2
40%
0,7
Módulo 1 127
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Exemplos:
No mês de maio deram entrada 300 casos com pro-
70 blemas respiratórios. Com o aumento do frio, no mês
70% de 340 = 340 7 34 238 de junho foram registrados 360 casos desses sintomas.
100 Qual a porcentagem do aumento nos casos respirató-
20 rios?
20% de 90 = 90 2 9 18
100
86
86% de 700 = 700 86 7 602
100
32 32 24 768 Uma empresa realizou uma pesquisa sobre a saúde dos
32% de 240 = 240 76, 8 seus funcionários e foi observado que apenas 30% das
100 10 10 mulheres que trabalham nessa empresa têm o hábito
40 4 185 740 do autoexame preventivo ao câncer de mama corres-
40% de 185 = 185 74
100 10 10 pondendo a 21 funcionárias. Quantas mulheres traba-
lham nessa empresa?
Uso do deslocamento da vírgula para determi- A emergência de um pronto socorro constatou que
nar 10%, 1%, 0,1% e assim sucessivamente. 70% dos feridos em acidentes de trânsito eram moto-
ciclistas e representou 56 casos. Qual o total de feridos
em acidentes de trânsito nesse período?
a) 26% de 700
b) 64,3% de 420
Módulo 1 128
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
03. A cliente Dilma recebeu 20% dos 300 ml de 10. Numa UBS (Unidade Básica de Saúde) foram
soro prescritos. Qual o volume que ainda resta perdidas 20% das doses de uma vacina devido
no frasco? a falta de cuidado na sua conservação. Um le-
vantamento concluiu que 640 doses ainda es-
tão em condições de uso. Qual era o total de
vacinas?
Cálculo do tempo
05. Um hospital está com ocupação de 85% os ml 20 / 60
seus 240 leitos. Quantos pacientes podem ser Tempo (min)
internados? taxa
Exemplos:
c) 240 ml a 40 mcgts/min?
Módulo 1 129
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
6) A cliente Eduarda teve um soro com volume de 500 Cálculo da taxa (controle)
ml instalado às 16h e 30min.
Qual o volume que deve ser observado no frasco às ml 20 / 60
Taxa
18h e 10min? min
5) A cliente Eduarda teve um soro com volume de 500 4) O cliente iniciou um soro de 250 ml com previsão
ml instalado às 16h e 30min. Qual o volume que deve de término em 5 horas. Qual a taxa utilizada nessa
ser observado no frasco às 18h e 10min? administração? (mcgts/min)
Módulo 1 130
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
ml ml 20 gts ml ml ml 60 mcgts
ml
h 60 min 3 h 600 min
gts ml
min h
mcgts ml
min h
mcgts
mcgts mcgts 60
7) Em uma Unidade de Pronto Atendimento, uma 60 60 mcgts
criança de 1 ano e 6 meses apresenta quadro clínico min min 60
compatível com sinais e sintomas de desidratação por
quadro diarreico, sendo necessária a administração de
uma solução de reposição hídrica e de eletrólitos com Exemplos:
volume total de 250 ml, que deverá ser infundido em
3h. Para a administração da solução, o cálculo para o
gotejamento em microgotas é 1) Transforme de ml/h para gts/min:
Módulo 1 131
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
PREPARO – DOSES COM DILUIÇÃO E 03. Prescrita Heparina EV 10.000 UI. Estão dispo-
níveis ampolas de Heparina com 5.000 UI/0,25
REDILUIÇÃO ml. Quantos ml serão aplicados?
Módulo 1 132
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Para rediluir:
Exercícios
10 ml ____________ 5.000.000 UI
1 ml ____________ X UI 01. Prescrição Médica: Administrar 7,5 mcg de
Fentanil (EV) durante 10 minutos.
1 ml 5.000.000 UI 5.000.000 Disponível na unidade: Ampolas de 5 ml (0,05
x 500.000 UI / ml mg/ml)
10 ml 10
10 ml ___________ 500.000 UI
X ml ___________ 35.000 UI
10 ml 35.000 UI 35 02. Prescrição Médica: Administrar 50.000 UI de
x 0, 7 ml Penicilina G Cristalina (EV).
500.000 UI 50
Disponível na unidade: frasco/ampola 5.000.000
UI.
2) Rediluição
10 ml _______________ 240 mg
X __________________ 3 mg
Módulo 1 133
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Prescrição Médica 20 UI de insulina NPH rotula- 02. Foi prescrito 50 UI de insulina NPH SC. Dis-
do 100 UI/ml e seringa de insulina graduada 100 pomos na unidade de frascos com 100UI/ml e
UI/ml. seringa de 3ml.
Deve-se aspirar na seringa de insulina até a
demarcação de 20 UI.
Neste caso é muito tranquilo, pois tanto o
frasco quanto a seringa tem a mesma relação unida- Nas prescrições abaixo, para administração de
des/ml; isto significa que o frasco tem a apre- Insulina NPH tendo disponível frascos contendo
sentação 100 UI/ml e a seringa também tem esta 100UI/ml e seringa de 3ml, responda: Quantos
apresentação. ml devo administrar?
Quando se tem frascos com apresentação di-
ferente da graduação da seringa ou ainda quando não 03. Insulina NPH 30UI SC 1 vez ao dia.
existir seringa de insulina na unidade, utiliza-se uma
“fórmula”. Será necessário o uso de seringas hipodér-
micas de 3 ou 5 ml.
Módulo 1 134
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
06. Insulina NPH 40UI SC 1 vez ao dia. 3) Preparar 1 litro de KMnO4 a 1:30.000, usando
comprimidos de 100 mg. Diluir o comprimido em 10
ml de AD.
1 g __________ 30.000 ml
07. Insulina NPH 10UI SC 1 vez ao dia.
X __________ 1.000 ml
Módulo 1 135
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
A partir de uma solução concentrada 1) A prescrição médica pede SG 15% - 500 ml. Dis-
põe-se de SG 5% - 500 ml e ampolas de Glicose a
50% - 20 ml. Como proceder?
Quantidade concentração desejada Volume
de soluto concentração disponível desejado (ml)
Exercícios Resolvidos:
2) Como obter 500 ml de uma solução a 4% a partir 3) A prescrição médica pede SGF - 1000 ml. Tem-se
de uma solução concentrada a 30% ? disponível SG 5% - 500 ml e ampolas de NaCl 20% -
10 ml. Como proceder?
Vf = V1 + V2
Módulo 1 136