CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

FRANCISCA MOREIRA DE SOUSA NETA

HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

FORTALEZA
2023
 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

FRANCISCA MOREIRA DE SOUSA NETA

HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Trabalho de conclusão de curso

apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em ENFERMAGEM
EM UTI

FORTALEZA
2023
 HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

FRANCISCA MOREIRA DE SOUSA NETA1

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

Resumo: O Atendimento humanizado é a habilidade dos profissionais de saúde , logo, é importante que a
equipe multiprofissional de saúde oferte momentos para esclarecer as dúvidas dos
familiares, preferencialmente antes da entrada na UTI. Sobrecarga imposta pelo cotidiano de trabalho ao
paciente crítico faz com que a equipe de saúde acabe prestando uma assistência mecanizada e as
precárias condições e sobrecarga de trabalho também desencadeiam uma diminuição na qualidade do
serviço. Metodologia: A população do estudo foi composta por toda a literatura relacionada ao tema de
estudo. Foram eleitos, totalizando 18 artigos. Foram incluídas apenas as publicações que responderam à
questão do estudo, publicadas no período de 2012 a 2022, no idioma português, todos os tipos de
delineamentos metodológicos foram aceitos. Desenvolvimento: No Brasil existem vários problemas nas
instituições de saúde, onde ocorre dificuldades de concretizar as diretrizes do Sistema Único de Saúde
que são a universalidade, integralidade e equidade. Para uma instituição de saúde, a humanização
hospitalar é importante para aumentar a eficácia do tratamento e a satisfação dos pacientes. Conclusões:
O cuidado dispensado pelos profissionais aos pacientes é algo que pesa muito em humanização.  Muitos
cuidam do paciente como um objeto.

PALAVRAS-CHAVE: Humanização. Unidade de Terapia Intensiva. Sistema Único de Saúde.

1
Franeta1972@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

O Atendimento humanizado é a habilidade dos profissionais de saúde em

ouvir, aconselhar e respeitar as opiniões dos pacientes, tendo suas
necessidades atendidas e uma abordagem empática para então eles ter um
tratamento mais digno. Tendo em vista que a hospitalização é um ato
estressante, para o paciente e também aos seus familiares, deve haver um
profissional da psicologia inserido na equipe multiprofissional para o
acompanhamento do paciente e seus familiares durante a hospitalização. Para
que a humanização seja eficaz, é preciso que os procedimentos e
a instituição também estejam alinhadas com o objetivo (ANTUNES, 2021).

Observando os cenários, os procedimentos, normas e regras precisam

estar em comprazimento com a expectativa, e a estrutura física e
instalações devem estar aptos.
Para uma instituição de saúde, a humanização hospitalar é importante
para aumentar a eficácia do tratamento, considerar a integralidade do cuidado e
a satisfação dos pacientes. O acolhimento pela equipe de enfermagem torna-se
o ponto chave da hospitalização (ANTUNES, 2021).

Embora, muitos pacientes se referem a um sentimento de grande solidão

mesmo com a presença de profissionais. Além da perda do controle de seu
próprio corpo, da sua vida e de seu bem estar, sofrem um desgaste emocional
por presenciar situações com outros pacientes, onde o ambiente é frio e hostil,
onde à ruídos, presença de luzes e conversas da equipe de saúde (FERREIRA;
INOUE, 2012).

O paciente, que está passando por momento de fragilidade, a

humanização no atendimento hospitalar é fundamental para que ele seja tratado
com carinho e dignidade durante sua jornada (ANTUNES, 2021).
 A família, é um grande auxiliador na redução de sintomas de estresse,
ansiedade e depressão provocados pela enfermidade crítica e períodos de
internação prolongada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Uma boa
interação entre o familiar e a equipe de saúde obtêm-se resultados mais
favoráveis. Portanto, é primordial que a família esteja totalmente incluída no
processo de cuidar (SANTOS et al., 2022).

Logo, é importante que a equipe multiprofissional de saúde oferte os

esclarecimentos das dúvidas dos familiares, preferivelmente antes da entrada na
UTI, visto que, acolher as emoções antes da visita ao seu familiar hospitalizado.

A higiene e o conforto são atos valiosos realizados pela equipe de

enfermagem. Tendo o objetivo de proporcionar satisfação, bem-estar e
adaptabilidade ao novo contexto em que o paciente se encontra (SANTOS et al.,
2022).

A equipe multiprofissional, deve ter consideração com aquele a quem se

presta a assistência, dado que, aquele ser humano não há apenas necessidades
biológicas, mas, também, necessidades psicológicas, sociais e espirituais
(ANTUNES, 2021).

A partir disso, surge a seguinte indagação: Qual o desafio do profissional

de enfermagem enfrentará, para dar-lhe uma assistência humanizada?

O aspecto humano do cuidado dispensado pelos profissionais, com

certeza, é um dos mais difíceis de ser implementado, devido à rotina diária e
procedimentos clínicos invasivos que envolve o ambiente da UTI, fazendo com
que os membros da equipe, na maioria das vezes, se esqueçam de tocar,
conversar e ouvir o ser humano que está à sua frente.
Dessa forma, a humanização no cuidado em UTI, é considerada uma
tarefa difícil por parte dos profissionais, pois demanda atitudes às vezes
individuais em um contexto de um sistema tecnológico dominante (FARIAS et al.,
2013).

Porém, temos que ser realistas: muito tem se discutido a rotina hospitalar,
pois, dificulta muito o trabalho de humanização na enfermagem.
Afinal, como os enfermeiros podem cumprir a comunicabilidade e
vontades dos pacientes se há horário definido para todas as obrigações?
(ANTUNES, 2021).

Ao falarmos em cuidado humanizado ao paciente crítico, presenciamos

que a realidade vivenciada pelas equipes multiprofissionais que atuam em
Unidade de Terapia Intensiva é mediada por sentimentos e emoções. Em razão
que a rotina exige uma excelente capacitação técnico-científica e preparo
profissional para lidar com a perda, com a dor e com o sofrimento (FARIAS et al.,
2013).
A sobrecarga imposta pelo cotidiano de trabalho ao paciente crítico faz
com que a equipe de saúde acabe prestando uma assistência mecanizada e as
precárias condições e sobrecarga de trabalho também desencadeiam uma
diminuição na qualidade do serviço e concluindo com o esquecimento de
humanizar o cuidado.
Assim, a própria rotina diária e complexa que envolve o ambiente da UTI
faz com que os membros da equipe de saúde, na maioria das vezes, se
esqueçam de tocar, conversar e ouvir o ser humano que está sob seus cuidados;
somando-se a essas dificuldades.
Torna-se necessário a capacitação dos profissionais para refletirem e ver
um novo conceito de assistência humanizado a saúde é de extrema importância
na vida do indivíduo, devendo ser criativo e inovador, viabilizando diálogos e
gerando construções coletivas. A necessidade da educação e atualizações
constantes dentro dos serviços de saúde (FARIAS et al., 2013).
2 METODOLOGIA

A pesquisa bibliográfica procura explicar e discutir um tema com base em

referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e outros, são o
levantamento ou revisão de obras publicadas sobre a teoria que irá direcionar o
trabalho científico. (MARTINS, 2001).

A base de dados: LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em

Ciências Sociais e da Saúde), Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine)
serviram como instrumento para coleta de dados, a partir dos seguintes
descritores: humanização na enfermagem; humanização no cuidado na unidade
de terapia intensiva; humanização na ótica da equipe de enfermagem.

A população do estudo foi composta por toda a literatura relacionada ao

tema de estudo, indexada nos bancos de dados LILACS (Literatura Latino
Americana e do Caribe em Ciências Sociais e da Saúde), Scielo (Scientific
Eletronic Library OnLine) e entre outros. No que se refere à amostra, os artigos
foram eleito a partir da variável de interesse, totalizando 18 artigos. A triagem foi
realizada a partir de leitura criteriosa dos artigos, teses e dissertações
encontradas nas bases de dados, sendo selecionada apenas a literatura que
atendia aos critérios de inclusão definidos neste estudo. Foram incluídas apenas
as publicações que responderam à questão do estudo, publicadas no período de
2012 a 2022, no idioma português, todos os tipos de delineamentos
metodológicos foram aceitos (MARTINS, 2001).
3 DESENVOLVIMENTO

O Atendimento humanizado é a habilidade dos profissionais de saúde em

ouvir, aconselhar e respeitar as opiniões dos pacientes, tendo suas
necessidades atendidas e uma abordagem empática para então eles ter um
tratamento mais digno. Tendo em vista que a hospitalização é um ato
estressante, para o paciente e também aos seus familiares, deve haver um
profissional da psicologia inserido na equipe multiprofissional para o
acompanhamento do paciente e seus familiares durante a hospitalização. Para
que a humanização seja eficaz, é preciso que os procedimentos e
a instituição também estejam alinhadas com o objetivo (ANTUNES, 2021).

No Brasil existem vários problemas nas instituições de saúde, onde ocorre

dificuldades de concretizar as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) que
são a universalidade, integralidade e equidade. Exigindo a reorganização e
aperfeiçoamento dos serviços, tento como prioridade a prestação de
resolutividade e qualidade na assistência prestada (DIAS et al., 2022).

A preocupação com o cuidado e atenção aos pacientes hospitalizados levou o

Ministério da Saúde (MS) a criar no ano de 2000 o Programa Nacional de
Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH). Programa inovador, que
buscava disseminar a ideia de humanização nas práticas de saúde e melhorar a
qualidade e a eficácia dos serviços ofertados à população.
No ano de 2003, o MS transformou esse programa e lançou a Política Nacional
de Humanização (PNH), fazendo com que a ideia de humanização deixasse de
ser vista e difundida somente no âmbito hospitalar e passasse a ser adotada no
cotidiano de toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) (MACHADO;
SOARES, 2016, p. 2343).

Observando os cenários, os procedimentos, normas e regras precisam

estar em comprazimento com a expectativa, e a estrutura física e
instalações devem estar aptos.
 Para uma instituição de saúde, a humanização hospitalar é importante
para aumentar a eficácia do tratamento, considerar a integralidade do cuidado e
a satisfação dos pacientes. O acolhimento pela equipe de enfermagem torna-se
o ponto chave da hospitalização (ANTUNES, 2021).

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é onde são encontradas as

tecnologias de alta complexidade e uma equipe multidisciplinar especializada,
onde são destinadas a pacientes que apresentam estado grave de saúde
(DIAS et al., 2022).

Embora, muitos pacientes se referem a um sentimento de grande solidão

mesmo com a presença de profissionais. Além da perda do controle de seu
próprio corpo, da sua vida e de seu bem estar, sofrem um desgaste emocional
por presenciar situações com outros pacientes, onde o ambiente é frio e hostil,
onde à ruídos, presença de luzes e conversas da equipe de saúde (FERREIRA;
INOUE, 2012).

O paciente, que está passando por momento de fragilidade, a

humanização no atendimento hospitalar é fundamental para que ele seja tratado
com carinho e dignidade durante sua jornada (ANTUNES, 2021).

A família, é um grande auxiliador na redução de sintomas de estresse,

ansiedade e depressão provocados pela enfermidade crítica e períodos de
internação prolongada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Uma boa
interação entre o familiar e a equipe de saúde obtêm-se resultados mais
favoráveis. Portanto, é primordial que a família esteja totalmente incluída no
processo de cuidar (SANTOS et al., 2022).

Logo, é importante que a equipe multiprofissional de saúde oferte os

esclarecimentos das dúvidas dos familiares, preferivelmente antes da entrada na
UTI, visto que, acolher as emoções antes da visita ao seu familiar hospitalizado.
 A higiene e o conforto são atos valiosos realizados pela equipe de
enfermagem. Tendo o objetivo de proporcionar satisfação, bem-estar e
adaptabilidade ao novo contexto em que o paciente se encontra (SANTOS et al.,
2022).

A equipe multiprofissional, deve ter consideração com aquele a quem se

presta a assistência, dado que, aquele ser humano não há apenas necessidades
biológicas, mas, também, necessidades psicológicas, sociais e espirituais
(ANTUNES, 2021).

A partir disso, surge a seguinte indagação: Qual o desafio do profissional

de enfermagem enfrentará, para dar-lhe uma assistência humanizada?

O aspecto humano do cuidado dispensado pelos profissionais, com

certeza, é um dos mais difíceis de ser implementado, devido à rotina diária e
procedimentos clínicos invasivos que envolve o ambiente da UTI, fazendo com
que os membros da equipe, na maioria das vezes, se esqueçam de tocar,
conversar e ouvir o ser humano que está à sua frente.
Dessa forma, a humanização no cuidado em UTI, é considerada uma
tarefa difícil por parte dos profissionais, pois demanda atitudes às vezes
individuais em um contexto de um sistema tecnológico dominante (FARIAS et al.,
2013).

Porém, temos que ser realistas: muito tem se discutido a rotina hospitalar,
pois, dificulta muito o trabalho de humanização na enfermagem.
Afinal, como os enfermeiros podem cumprir a comunicabilidade e
vontades dos pacientes se há horário definido para todas as obrigações?
(ANTUNES, 2021).

Ao falarmos em cuidado humanizado ao paciente crítico, presenciamos

que a realidade vivenciada pelas equipes multiprofissionais que atuam em
Unidade de Terapia Intensiva é mediada por sentimentos e emoções. Em razão
que a rotina exige uma excelente capacitação técnico-científica e preparo
profissional para lidar com a perda, com a dor e com o sofrimento (FARIAS et al.,
2013).

O uso de tecnologias, traz grandes desafios aos profissionais, pois se trata

de instrumentos e equipamentos que exigem elevado nível de atenção e preparo
no seu manuseio. É de conhecimento geral que, este é um dos fatores que pode
gerar ansiedade, angústia, estresse e muitas vezes sentimento de impotência na
presença de certas situações do dia a dia, vindo a afetar negativamente
(MACHADO; SOARES, 2016).

A sobrecarga imposta pelo cotidiano de trabalho ao paciente crítico faz

com que a equipe de saúde acabe prestando uma assistência mecanizada e as
precárias condições e sobrecarga de trabalho também desencadeiam uma
diminuição na qualidade do serviço e concluindo com o esquecimento de
humanizar o cuidado.
Assim, a própria rotina diária e complexa que envolve o ambiente da UTI
faz com que os membros da equipe de saúde, na maioria das vezes, se
esqueçam de tocar, conversar e ouvir o ser humano que está sob seus cuidados;
somando-se a essas dificuldades (FARIAS et al., 2013).

Torna-se necessário a capacitação dos profissionais para refletirem e ver

um novo conceito de assistência humanizado a saúde é de extrema importância
na vida do indivíduo, devendo ser criativo e inovador, viabilizando diálogos e
gerando construções coletivas. A necessidade da educação e atualizações
constantes dentro dos serviços de saúde (FARIAS et al., 2013).
4 CONCLUSÃO

O cuidado prestado pelos profissionais aos pacientes é algo que pesa

quando se trata de humanização. O atendimento humanizado se mostra
consideráveis para nossa sociedade no sentido de ter um ambiente de
estabelecimento mais humano, satisfatório e de qualidade.
Antes de tudo, muitos profissionais cuidam do paciente como um objeto.
Este fato pode justificar-se devido as grandes jornadas de trabalho, a baixa
remuneração, a sobrecarga de trabalho, o desgaste físico e emocional,
principalmente o estresse e a dificuldade de comunicação entre os profissionais,
com a falta de estrutura na UTI, transformando a situação um fator estressante
para a equipe e fazendo com que a humanização não seja corretamente vivida.
 5 REFERÊNCIAS

ANTUNES, Thaís. o que é atendimento humanizado? aprenda a reconhecer e

implantar. Helioprint, Santa Catarina. 16 fev 2021. Disponível em:
https://helioprint.com.br/blog/atendimento-humanizado/ em: 09 jan 2023.

FARIAS, Flávia, et al. Cuidado humanizado em UTI: desafios na visão dos

profissionais de saúde . Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online v. 5, n.
4, p. 635-642, sep. 2013. Disponível em: . Acesso em: 09 de jan. 2023.

FERREIRA, Gisley; INOUE, Kelly. HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO EM UNIDADE DE

TERAPIA INTENSIVA: A ÓTICA DE QUEM O RECEBE. Retep - Rev. Tendência da
Enfermagem, Maringá, p. 829-832, 4 abr. 2012.

MARTINS, G.A. & PINTO, R.L. Manual para elaboração de trabalhos acadêmicos.
São Paulo: Atlas, 2001.

SANTOS, Raisa, et al. Humanização no cuidado na UTI adulto. Enfermagem Brasil,

Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 318-332, 9 jul. 2022. Convergences Editorial.