PROFESSORA: BRUNA TURMA: ENF 19 - N ALUNOS: ANA , DAIANE , ÉRICA , LETÍCIA , LUCINEIA , PATRICK , RENATA ,THIAGO
GRAU TÉCNICO CONTAGEM – MARÇO 2022
O QUE É A HUMANIZAÇÃO? • Humanização é a ação ou efeito de humanizar, de tornar humano ou mais humano, tornar benévolo, tornar afável. O processo de humanização implica a evolução do Homem, pois ele tenta aperfeiçoar as suas aptidões através da interação com o seu meio envolvente. Para cumprir essa tarefa, os indivíduos utilizam recursos e instrumentos como forma de auxílio. A comunicação é uma das ferramentas de grande importância na humanização. HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE A humanização na saúde implica uma mudança na gestão dos sistemas de saúde e seus serviços. Essa mudança altera o modo como usuários e trabalhadores da área da saúde interagem entre eles. A humanização na área da saúde tem como um dos seus principais objetivos fornecer um melhor atendimento dos beneficiários e melhores condições para os trabalhadores. Humanizar a saúde também significa que as mentalidades dos indivíduos vão sofrer mudanças positivas, criando novos profissionais mais capacitados que melhoram o sistema de saúde. HUMANIZAÇÃO E O SUS A humanização é um assunto tão importante na área da saúde que em 2003 foi lançado o HumanizaSUS, que representa a Política Nacional de Humanização (PNH), que tem como objetivo melhorar o Sistema Único de Saúde.
Vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde
do Ministério da Saúde, a PNH conta com equipes regionais de apoiadores que se articulam às secretarias estaduais e municipais de saúde. A partir desta articulação se constroem, de forma compartilhada, planos de ação para promover e disseminar inovações nos modos de fazer saúde. HUMANIZAÇÃO NA UTI Na maioria das vezes, os pacientes internados em uma UTI são dependentes e mediante a falta de controle de si mesmo sentem-se imponentes, e ao seu redor ficam pessoas ativas e ocupadas, o que frequentemente pode ser um coadjuvante para a instalação de sentimentos de isolamento e ansiedade.
O medo de morrer ou ser portador de uma doença grave
também separam o paciente de sua família, por isso, faz-se necessário o desenvolvimento imediato de relações dependente e intimas com estranhos. Mediante o estado emocional do paciente a equipe tenta conforta-lo usando-se de falas como “você ficará bem”. AMIB (2004) afirma que, falas como essa servem apenas para reforçar a sensação de distancia que o paciente está sofrendo, pois a atividade e eficiência que circundam o paciente aumentam a sensação de separação. Tem-se visto nos últimos anos um considerável aprimoramento e crescimento de ações concretas destinadas a promover a humanização da assistência hospitalar no âmbito das UTIs, visto que a Unidade de Terapia Intensiva é um ambiente que concentra pacientes graves, mas recuperáveis e cuidados por profissionais que se empenham em maximizar suas chances de vida, e de uma vida melhor e com uma assistência de qualidade e humanizada (SALICIO; GAIVA, 2006).
Os profissionais de saúde que trabalham diretamente com
enfermos, principalmente os que trabalham nas UTIs, precisam ser estimulados a se auto avaliarem diante da conduta profissional nas mais variadas situações pela qual passam no cotidiano. Através dessas avaliações o profissional faz reflexões essenciais sobre o exercício de sua prática, em qual suporte está baseada, nas diferentes possibilidades terapêuticas para o desempenho humanista e na responsabilidade sobre sua conduta profissional ao se tratar do ser humano que está sobre seus cuidados. O termo humanizar se refere a tornar benévolo, afável, tratável, fazer adquirir hábitos sociais polidos; civilizar. De acordo com valores éticos consiste em tornar uma pratica bela, por mais que ela lide com o que tem de mais doloroso, triste e degradante na natureza humana. É a possibilidade de assumir uma posição de reconhecimento dos limites e ética de respeito ao semelhante. No trabalho de humanização o ponto chave é o fortalecimento desta posição ética de articulação do cuidado técnico cientifico conhecido e dominado, ao cuidado que incorpora a exploração, necessidade e o acolhimento do imprevisível, do incontrolável, ao indiferente e singular (MORAIS et al, 2004).
Os pacientes que necessitam de uma
internação dessa complexidade não precisam de um atendimento mecanicista que visa somente a parte tecnológica e cientifica da situação, eles necessitam que o profissional que o está atendendo promova a assistência diretamente voltada a ele como ser humana que precisa de atenção biopsicossocial e espiritual. Dentro dos serviços, a humanização deve ser vista como uma questão que vai além dos componentes técnicos, instrumentais e que envolvem as dimensões politico-filosófica que lhe dão sentido, não como um modismo. (CASATE; CORREA, 2005).
É normal deparar-se com a cena de um paciente
internado ser tratado como se fosse mais um leito ou um caso de doença, com regras institucionais rígidas em relação a acompanhantes e visitas. São determinados os horários de visitas e a quantidade de pessoas que podem visitar, levando em consideração a instituição e não a necessidade do paciente. O paciente é descaracterizado do seu mundo real no momento da internação com a exigência de entrega de todos os seus pertences, além do estresse que os doentes são submetidos, no ambiente da UTI são privados da companhia de pessoas queridas da família e amigos. É importante manter a familiar informada, levar a eles o conhecimento de tudo o que esta acontecendo, principalmente o que se faz aos pacientes internados e como é o trabalho dos funcionários dessa unidade, para melhor entender e conhecer o que é uma UTI, assim é mais fácil para a família ficar segura de que a pessoa internada receberá toda a assistência de que necessita.
2.2 Importância da Humanização na UTI
Humanização é entendida como uma medida que busca resgatar o respeito à vida humana em ocasiões éticas, psíquicas e sociais, dentro do relacionamento humano, que aceita a necessidade de resgate dos aspectos biológicos, fisiológicos e subjetivos. É fundamental adotar uma pratica na qual o cliente e o profissional considerem como parte da sua assistência humanizada o conjunto desses aspectos, possibilitando assumir uma posição ética de respeito mútuo (MORAIS, GARCIA, FONSECA, 2004). Para Moraes, Garcia e Fonseca (2004) é inadmissível pensar que a humanização dentro de um hospital está apenas na questão de aquisição de materiais, equipamentos e local adequado, moderno e suficiente, a humanização é, sobretudo um problema que envolve as atividades das pessoas que ali trabalham, procurando oferecer ao paciente desde o momento de sua internação um tratamento que o respeite como ser humano, em que a alteração do ambiente, suas rotinas, a dependência e o medo do desconhecido não acarretem comprometimento psicoemocional.
O processo vivencial que envolve a
humanização procura dar ao paciente o tratamento como pessoa humana que merece, dentro de cada circunstância peculiar que se encontra em cada momento cada indivíduo. A humanização deve ser trabalhada e desenvolvida de acordo com os interesses de um grupo ou de uma pessoa. O cuidar não é dever somente de uma classe profissional e sim um dever do ser humano para outro ser humano como pessoa (MEDINA E BACKES, 2002). É necessário que haja uma interação entre quem cuida e quem é cuidado, e que nessa interação aconteçam trocas de informações e sentimentos. Segundo AMIB (2004) a humanização é um conjunto que engloba: o ambiente físico, o cuidado dos pacientes e seus familiares e as relações entre a equipe de saúde. As interações dentro da UTI visam tornar efetiva a assistência ao individuo doente, considerando-o como um todo bio-psico- socio-espiritual.
O profissional de saúde deve
promover um ambiente de equilíbrio favorável que o paciente e seus familiares se sintam tranquilos e confiantes para enfrentarem e compreenderem o tratamento. Comunicação e humanização A comunicação é uma necessidade básica humana, sem a qual a existência do ser humano seria no mínimo impossível, portanto é pela comunicação verbal e não verbal, que está intimamente ligada a humanização, estabelecida com o paciente que podemos compreendê-lo em sua visão de mundo, seu todo, ou seja, seu modo de agir, pensar e sentir (STEFANELLI, 2000). Muitos são os fatores que contribuem para o processo de cura dentre eles alguns são mais importantes que outros, e os instrumentos poderosos para esse processo são: o ouvir, o conversar, o tocar, o respeitar e compreender dos profissionais mediante as dificuldades e enfermidades do paciente. Em seu artigo SILVA (2000) refere-se que estudos com pacientes internados em UTI demonstram que o simples toque nas mãos, que é uma demonstração de afeto que ocorre entre os familiares e membros da equipe de saúde com o paciente pode alterar os ritmos cardíacos do mesmo, que diminui quando ocorre essa manifestação de carinho.
A comunicação é um importante instrumento
dentro da UTI e deve envolver toda a equipe, os paciente e seu familiares e responsáveis, médicos, assistentes e fontes pedagógicas e a mídia, e muitas vezes essa comunicação é negligenciada, para a construção de uma UTI mais humana, harmoniosa, eficiente e descontraída é preciso que essa comunicação ocorra, e uma relação de equipe que assiste bem cuidada o individuo envolvido estará bem cuidado também, beneficiando todo o conjunto, que visa principalmente o bem estar e saúde do paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de todo assunto abordado, conclui-se que a humanização dentro da
Unidade de Terapia Intensiva torna-se cada vez mais necessária para que os pacientes, familiares e equipe tenham mais conforto e comodidade ao realizarem procedimentos que muitas vezes podem levar o paciente a morte. Existem alguns obstáculos dentro de uma UTI que dificultam a promoção de um cuidado humanizado, pode-se destacar dentre eles: a falta de comunicação entre os atores: paciente, familiares e equipe; o meio externo (sócio-econômico-cultural, inclusive o trabalho); o mundo (sentimentos, fantasias, emoções e pensamentos). A humanização é um processo possível e necessário e pode ser alcançado por meio de ações conjuntas: ambiente higienizado; boa vontade dos profissionais, material e equipamentos suficientes e adequados para o funcionando; conforto; profissionais que sejam capacitados nas ações a serem desempenhadas e um simples toque na mão de demonstração afetiva. Pode-se fazer com que a família participe do processo de recuperação fazendo com que estes passem a interagir no processo de tratamento, tirando o sentimento de impotência através de uma comunicação clara e objetiva. Como já foi dito, comunicar é o meio de transmitir informações, e comunicação no processo de humanização se refere ao processo de interação entre todos os envolvidos na relação saúde-doença. Através da comunicação clara, as emoções florescem e os sentimentos aparecem de maneira mais singela. Pela comunicação pode-se transformar a maneira de tratar, a maneira de se lidar com o paciente e seus familiares, muda-se a maneira de cuidar, e a partir dai passa a ser transmitido aos envolvidos mais segurança e conforto, tirando a angustia e desespero. REFERÊNCIAS AMIB – Associação de medicina Intensiva Brasileira. Humanização em cuidados intensivos. Livraria e Editora Revinter Ltda., 2004. BOEMER, M.R.; ROSSI, L. R.; NASTARI, R. R. A idéia de morte em unidade de terapia intensiva - análise de depoimentos. Rev Gaúcha Enfermagem 1989 julho; 10(2):8-14 BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. Brasília: Mimeo, 2000. CASATE, Juliana Cristina; CORREA, Adriana Kátia. Humanização do atendimento em saúde: conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfermagem. Revista Latino-americana de Enfermagem. v.13, n.1, p.105-11, 2005 CASTRO, D. S. Experiência de pacientes internados em unidade de terapia intensiva: análise fenomenológica. [dissertação]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem/USP; 1990 LIMA, M. G. Assistência prestada pelo enfermeiro em unidades de terapia intensiva: aspectos afetivos e relacionais. [dissertação]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem/USP; 1993 MEDINA, Rosemari Ferigolo; BACKES, Vania Marli Schubert. A humanização no cuidado com o cliente cirúrgico. Rev Bras Enferm 2002;55(5):522-7 MEZOMO João Catarin. Gestão da qualidade na saúde: princípios básicos. Barueri: Manole; 2001.