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CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIFAMETRO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

A VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO NO DOMICÍLIO

FRANCISCA MOREIRA DE SOUSA NETA


ZILMAR FONSECA MELO

Introdução ao projeto de
pesquisa apresentado como
requisito de conclusão do TCC
1.

Fortaleza
2020
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................04

2 OBJETIVOS...........................................................................................................07

3.REVISÃO DE LITERATURA................................................................................08

3.1 NECESSIDADES BASICAS DO IDOSO


....................................................................................................................................09

3.2A RELAÇÃO DO IDOSO COM A FAMILIA E A SOCIEDADE


........................................................................................................................... 09

3.3 LEIS DE AMPARO À INTEGRIDADE DO IDOSO........................................... 09


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1 INTRODUÇÃO

A violência contra o idoso é um problema comum, e quando se fala em


violência contra o idoso a primeira ideia que vem em mente é a de violência física,
praticada por meio de tapa, empurrões, mas esquecemos os meios como casos
de violencia psicológicas´, xigamentos, humilhações do idoso, abandono pelos
familiares e negligência dos cuidados mais básicos como formecimento de
alimentação e higiene pessoal do idoso, alem desses casos existe um muito
comum que é a vilencia patrimonial, e aquela que retém valores referentes a
benfícios previdenciarios aposentadoria ou qualquer outro tipo de benefício.
Com isso procuramos sensibilizar para a necessidade de pesquisas que
privilegiem a participação do idoso vítima de violência familiar, como também
identificar nas relações familiares os fatores que protejem os idoso desse agravo.
De forma geral no contexto familiar e social, o idoso com todas as suas
particularidades e demandas devem ser valorizados e assistidos de forma a
reintegrá-lo à sociedade.
A violência não é uma, é múltipla. De origem latina, o
vocábulo vem da palavra vis que quer dizer força e se refere
às noções de constrangimento e de uso da superioridade
física sobre o outro. No seu sentido material o termo parece
neutro, mas quem analisa os eventos violentos descobre
que eles se referem à conflitos de autoridade, a lutas pelo
poder e a vontade de domínio, de posse e de aniquilamento
do outro ou de seus bens (MINAYO, 2005 p.15).

Diante do envelhecimento rápido da população. Um fator que permanece em


evidência, é o fenômeno da violência, pois se trata de um problema de
conseqüências devastadoras para os idosos, todavia acarreta baixa qualidade de
vida, estresse psicológico, lesões e traumas, bem como o aumento da morbidade
e mortalidade. A violência contra o idoso é qualquer forma de violação aos direitos
da pessoa idosa, pois quando a gente vê a gente percebe.
Outra questão que se apresenta é a definição do termo a ser utilizado ao tratar
da violência contra o idoso. Bernal e Gutièrrez (2005), no estudo que resultou
no Guia de Atuação Contra os Maus Tratos aos Idosos, discutem essa
dificuldade, demonstrando que o uso dos termos abuso ou mau trato, no singular,
limitam sua abrangência nos estudos e no diagnóstico pelos profissionais de
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saúde. Sugere o uso do termo maus tratos, por representar toda uma ação, com
diferentes tipos e categorias, assim como na Declaração de Toronto (OMS, 2002).

Diante dos fatos podemos fazer a seguinte indagação? Como tratar bem os
idosos? Os cuidadores e familiares precisam ter em mente a importância de ter
paciência e carinho com idosos para tornar convivência mais harmônica, além de
ajudar a superar momentos difíceis. Alguma questão, como o temperamento do
idoso, pode influenciar no relacionamento, mas precisamos lembrar que a calma é
sempre um quesito essencial para melhorar a relação. Para isso, devemos sempre
refletir sobre as nossas atitudes, praticar a resiliência, perceber as reais
necessidades do idoso e compreender as limitações típicas da idade

Os idosos entre 60 e 69 anos se denominam terceira idade e é um grupo


com menos dependência física e mental, a maioria ainda consegue trabalhar, é
esse grupo até 75 anos que realiza as denúncias de maus-tratos e violências, já
que são mais independentes e conseguem buscar ajuda. “Acima dessa faixa, os
velhos sentem muito ao reagir a agressões físicas, econômicas e
psicológicas” (MINAYO E SOUZA, 2005).
A violência familiar é a mais comum em todo o mundo e a maioria dos
agressores são filhos e cônjuges, e, geralmente ocorrem devido a “choque de
gerações, por problemas de espaço físico, dificuldades financeiras”. Paixão
Jr et al. (2006) reforçam o citado anterior dizendo que apesar de poucos
estudos nacionais, “existe um perfil do abusador familiar: [...] em primeiro lugar,
os filhos homens mais que as filhas; depois, noras e genros e, logo após, o
cônjuge.”
No geral, os agressores vivem no mesmo ambiente que a vítima e são
dependentes financeiros; ou os idosos dependem financeiramente da família e de
seus filhos; existe abuso de álcool e drogas pelo agressor ou pela vitima; há na
família vínculos frouxos e, pouco afetivos; isolamento social dos familiares e da
vitima; o idoso foi ou é uma pessoa agressiva nas relações com seus entes; já
havia casos de violência na família; os cuidadores já sofreram violência doméstica
ou, são portadores de depressão ou sofrimento mental ou psiquiátrico. “

Alguns pesquisadores desacreditam que familiares seriam os maiores agressores


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e que os atos de violência “[...] tenderiam a piorar com a multiplicidade de


dependências do idoso e com o tempo exigido de atenção e dedicação a ele”
(MINAYO E SOUZA, 2005).

A implementação do Estatuto do Idoso requer que os casos


de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra os idosos
devam ser obrigatoriamente comunicados aos seguintes
órgãos (art. 19): autoridades policiais, Ministérios Públicos
ou Conselhos Estaduais e Municipais do Idoso. (PASINATO;
CAMARANO; MACHADO, 2006 p. 12)

Compreender o contexto em que ocorre a violência contra os idosos a fim de


abordar o cenário atual vivida pela população idosa no Brasil, traz questões, como
dignidade da pessoa humana idosa, abordando a prática social , jurídica e de saúde
do idoso em razão da sua fragilidade. E para garantir o direito fundamental ao idoso
através do reconhecimento do Estado é necessária a superação do desinteresse do
Poder Público em promover um direito indiscutível, previsto em lei e consagrado,
inerente à pessoa humana e a sua dignidade, bem como ultrapassar esse abandono
que o idoso tem vivido pelas instituições públicas justificadas - corriqueiramente -
que, nada tem garantido o mínimo existencial. Ressalta-se também a importância de
uma ativa fiscalização na atuação do Poder Público, principalmente, no sentido de
aplicar medidas punitivas pelo Estado.
A reflexão acerca da efetividade do Estatuto do idoso na persecução do art 19
é de urgência e extrema importância. Ainda hoje 2020, milhares de idosos vivem sob
condições de violência doméstica no Brasil. Essa realidade decorre de diversos
fatores: dependências para atividades da vida diária, função cognitiva, idade,
dependência funcional e depressão. Essas dificuldades resultam em estatísticas
inaceitáveis de impunidade.
“Com o objetivo de atrair a atenção para o tema, o trabalho apontará como
lidar com a violência contra o idoso contemporânea de forma realista.”
Damos ênfase a pesquisa no sentido de coibir a violência contra o idoso
em seu ambiente de moradia. Como também traz ao estudante a visão ampla do
cuidado na atenção primária ao idoso no domicilio.
O estudo relacionado ao indivíduo idoso proporcionou um olhar
diferenciado a esse grupo e mostrou a importância da realização de um
atendimento minucioso e humanizado, com vistas a identificar e intervir em
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fatores que possam interferir na qualidade de vida do grupo, como por exemplo a
violência.
O contexto em que ocorre a violência contra os idosos, dos fatores de risco
e dos tipos de violência cometidas contra o grupo, é de extrema importância para
o acadêmico de enfermagem, pois traz uma visão ampla do problema e o deixa
preparado intelectualmente para a implementação de ações relacionadas à
prevenção e identificação da violência, já que na maioria das vezes ela não é
relatada pela vítima.
O estudo realizado tem o propósito de oferecer apoio científico para a
implementação de ações no sentido de promover a qualidade de vida para o
idoso e de prevenção da violência contra o grupo. Garantindo o envelhecimento
da população de forma digna, saudável e tranquila.

2.OBJETIVOS

- Compreender o contexto em que ocorre a violência contra os idosos a fim de


abordar o cenário atual vivida pela população idosa no Brasil, trazendo
questões, como dignidade da pessoa humana idosa, abordar a prática social
, jurídica e de saúde do idoso em razão da sua fragilidade Apresentar à
definição de forma sucinta a evolução dos direitos do idoso a nível mundial e
dentro do nosso país, compreendendo os principais fatos envolvidos, desde
as primeiras civilizações até a instituição do nosso Estatuto do Idoso
- Evocar a garantia do direito ao idoso enquanto direito social e fundamental
previsto expressamente na Constituição Federal de 1988 em seus artigos
230º, CF/88 bem como a sua efetividade no Estatuto do idoso
- Mapear o atual cenário no tocante a qualidade de vida dos idosos vulneráveis,
bem como visando a máxima proteção do direito ao idoso;
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3.REVISÃO DE LITERATURA

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Relatório mundial sobre violência e


saúde. Genebra. 2002.

“Para os idosos, as conseqüências do abuso podem ser particularmente


sérias. Os idosos são fisicamente mais fracos e mais vulneráveis do que
os jovens, seus ossos são mais frágeis e a convalescença é mais longa.
Mesmo uma lesão relativamente pequena pode causar danos sérios e
permanentes. Muitos idosos sobrevivem com rendas limitadas, o que faz
com que a perda de uma pequena quantia de dinheiro tenha um impacto
significativo. Eles podem ficar isolados, solitários ou perturbados por
doenças e, nesses casos, tornam-se mais vulneráveis como alvo de
esquemas fraudulentos.(P.132)
__________________________________________________________

SILVA A.; DAL PRÁ, K. R. Envelhecimento populacional no Brasil: o lugar das famílias
na proteção aos idosos. Argumentum, Vitória (ES), v. 6, n. 1, p. 99-115, jan./jun. 2014.

Envelhecimento: ausência do estado e sobrecarga das famílias;


Diante da realidade do aumento da população idosa, os sistemas de
proteção social enfrentam o desafio de garantir a devida cidadania para
esta faixa etária. No Brasil, a organização da sociedade após a ditadura
militar proporcionou conquistas, entre elas a incorporação da seguridade
social no texto constitucional, o que garantiu os direitos sociais a
diferentes segmentos populacionais.(p.11)

O art. 3º do Estatuto do Idoso afirma que “é obrigação da família, da


comunidade, da sociedade e do Poder Público, com absoluta prioridade, a
efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura,
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao
respeito e à convivência familiar”.CARTILHA DIREITO HUMANOS DAS
PESSOAS IDOSAS (UNISAL) PÁG 04(Edição Especial 15 anos do
Estatuto do Idosos).
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3.1 NECESSIDADES BÁSICAS DOS IDOSOS

Infelizmente na terceira idade o corpo não responde mais da mesma forma e


existe outras necessidades. É importante levar em consideração não só a
necessidade física, mas também a emocional do idoso, mas a família acaba
adotando um cuidador de idosos muita vezes profissionais próxima da família a um
por uma formação específica aos cuidados tais como a questão da alimentação a
higiene pessoal e também a observação da perda da memória e o cuidador de um
olhar mais sistemático, mais abrangente e mais humanizado. Se a família resolver
levar para um azilo é importante o convívio familiar, esta por perto e sem duvida
manter o vinculo e permanecer num lugar que ele se senta bem e agradável, que
tenha referência no seu espaço, com isso é de suma importância para continuar
feliz. Muitos falam que a depressa na terceira idade é algo natural. Isso não e
verdade, ele precisam conversar, de carinho e dentro da possibilidade que e a
família adotar, não deixar de acolher com amor e o carinho devido.

3.2 A RELAÇÃO DO IDOSO COM A FAMILIA E A SOCIEDADE

Hoje no Brasil, temos um conjunto legislativo bastante aprofundado,


protecionista e desenvolvido, em contrapartida temos a não aplicabilidade legal
destes direito já conquistados, pois e considerado uma minoria social a população
idosa. A Simone Beauvoir, publicou um livro da década de 70 chamada “A velhice”
Nessa obra ela coloca a discussão sobre a população velha no mundo
contemporâneo e ela coloca a seguinte idéia: A população idosa ao invés de ser
entendida como uma população que tem uma maturidade e uma responsabilidade e
vista como um peso. E essa aceleração forte das idades, das gerações, das
mudanças coraboram com isso, para entender a população não como uma
população de ter seu direito conhecido e como o respeito a ser dado, mas como uma
população que está colocada como um problema. Infelizmente pensa se em
população que tem direito e não são aplicáveis.
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3.3 LEIS DE AMPARO À INTEGRIDADE DO IDOSO

É necessário maior rigor quanto ao cumprimento do Estatuto do idoso, com


fiscalização mais acentuada e intervenção do Ministério Público, bem como
programa de esclarecimento, para que o idoso conheça os seus direitos para que
tenha uma educação financeira, uma educação tecnológica e detectar quando
alguém está praticando violência contra idoso. É necessário fazer um mapeamento
e uma campanha em massa para trabalhar com os direitos e deveres e ampliação
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de políticas públicas para convivência de lazer e saúde para a terceira idade com um
grupo especifica para melhorar essa situação aliado a fiscalização.
Não basta simplesmente fazer uma propaganda é jogar na rede social que
realmente todos os idosos tem direitos, não somente aqueles que moram nos
grandes centos. Será que todos tem seu direito ali na prática e não na teoria?
Vamos referenciar: Estatuto do Idoso (lei 10741/2003).

O Estatuto do Idoso foi promulgado em 2003, após mais de sete meses de


intenso debate na entre a Câmara dos Deputados e representantes da
sociedade. Confirmando e sistematizando o conjunto de regras já vigentes a respeito
do tema, o Estatuto veio garantir, na especificidade, os direitos fundamentais da
pessoa idosa, sobretudo no que se refere às suas condições de saúde, dignidade e
bem estar. Configurou, sem dúvida, uma importante contribuição do Congresso
Nacional para a cidadania dos brasileiros

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