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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


FACULDADE DE ENFERMAGEM

FERNANDA CASTRO LIMA


ISADORA DO VALE NEVES MAGALHÃES
JULIANA REIS ALMEIDA
NATALIA CRISTINA TEIXEIRA TAVARES
NATÁLIA REIS DE ASSIS

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO NA UTI

BELÉM - PA
2023
FERNANDA CASTRO LIMA
ISADORA DO VALE NEVES MAGALHÃES
JULIANA REIS ALMEIDA
NATALIA CRISTINA TEIXEIRA TAVARES
NATÁLIA REIS DE ASSIS

O PAPEL DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO NA UTI

Trabalho apresentado à Faculdade de Enfermagem da


Universidade Federal do Pará, como requisito para a
avaliação da disciplina de Enfermagem em cuidados
intensivos.

Orientador: Prof. Me. Francilene Belo

BELÉM – PA

2023
1. INTRODUÇÃO
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o setor responsável por gerar mais
distúrbios psicológicos em pacientes e familiares. Ao chegar nesse setor de cuidado, a pessoa
encontra-se em estado de saúde crítico, fragilizada emocionalmente e temendo pela própria
vida; além disso, é perceptível que o período de internação sob cuidados intensivos torna-se
angustiante e por muitas vezes, resulta em uma experiência traumática devido a falta de
humanização do cuidado nesse setor.

Naturalmente a UTI é um ambiente hostil, envolve uma rotina diária complexa, a qual
muitas vezes impede que os profissionais de saúde, principalmente o enfermeiro consiga
estabelecer o cuidado interpessoal, isto é, desenvolver uma maior proximidade com o paciente
e escutar as reais necessidades do ser humano dependente de seus cuidados e das relações em
que se constitui. Com base nesse cenário, observa-se mediante uma reflexão crítica e
reflexiva, a atuação do profissional enfermeiro a respeito da conduta assistencial humanizada
na abordagem de pacientes em cuidados intensivos.

2. OBJETIVO
Apontar o papel da enfermagem no processo de humanização na unidade de
terapia intensiva, através da experiência de acadêmicos de enfermagem.

3. MÉTODOS
Trata-se de um relato de experiência, em um hospital urgência e emergência na região
metropolitana de Belém do Pará, no período de março de 2023, a cerca da experiência de
acadêmicos de enfermagem no processo de humanização na Unidade de Terapia Intensiva,
embasado na base de dados SciELO e BVS, que teve como descritores: humanização;
enfermagem e UTI, para maior síntese do conhecimento e compreensão da atividade proposta.

4. RESULTADO E DISCUSSÃO

A humanização na assistência de maneira geral caracteriza-se como o cuidar e


proporcionar suporte ao paciente considerando o seu aspecto biopsicossocial, respeitando e
agindo sob suas particularidades. Nessa conjuntura, sob a perspectiva do cuidado humanizado
é imprescindível que a equipe de profissionais, com ênfase na área de enfermagem, visto que
estes profissionais assistem e avaliam o paciente crítico ou de alto risco, de forma contínua,
permitindo o estabelecimento de uma terapia imediata. Com isso, nota-se a relevância do
enfermeiro apresentar atribuições fundamentais no ambiente de cuidados intensivos, como as
habilidades de observação e monitorização dos parâmetros hemodinâmicos, o conhecimento
científico e a capacidade de comunicação.

No que se refere ao desenvolvimento de uma assistência humanizada, o profissional


não só necessita de conhecimentos científicos bem aplicados, como também condições
favoráveis de trabalho, investimento em educação permanente, valorização do trabalho
prestado e a criação de vínculo entre a gestão, a equipe de profissionais, o paciente e seus
familiares. Sem essas medidas o ambiente de UTI, que já desencadeia sentimentos de estresse
devido ser um ambiente com luz e ruídos sonoros contínuos, desgasta o profissional de forma
física e psicológica. No ambiente de terapia intensiva tem-se uma quantidade grande de
amparo tecnológico, criando a necessidade do profissional de se aperfeiçoar na operação dos
aparelhos, ocasionando na maioria das vezes, um foco centralizado nas máquinas e o quanto
elas podem auxiliar no processo de recuperação física do paciente, deixando de considerá-lo
de maneira holística.

Visando unir um atendimento humanizado de qualidade e articulado com os avanços


tecnológicos, em 2003, como medida para contemplar um atendimento adequado sob uma
concepção humanista, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Humanização
(PNH), a qual compreende a promoção da valorização dos trabalhadores, dos gestores e dos
usuários nos espaços de saúde, como na UTI, além do estímulo a uma assistência acolhedora e
participativa dos profissionais e dos clientes.

Outrossim, vale ressaltar, que o processo de humanização nos setores de saúde, com
ênfase na unidade de terapia intensiva, resulta da integralidade da assistência, ou seja, torna-se
visível a necessidade de reconhecimento das relações interpessoais em consonância com a
sensibilidade do cuidador, no que concerne ao contato do profissional com o paciente e seus
familiares, resignificando de certo modo, o ambiente antes desvantajoso, tornando-o em um
setor acolhedor com o estabelecimento do cuidado integral, com intuito de implementar
intervenções assistenciais capazes de contribuir com a melhora do atendimento e, por
conseguinte, a partir da implantação do cuidado humanizado de forma gradual, possibilitar
resultados positivos quanto ao direcionamento do tratamento e da recuperação do paciente.
5. CONCLUSÃO

Diante dos aspectos supracitados, conclui-se que, a enfermagem possui um notável


papel na aplicação da PNH no âmbito da UTI, para tanto, o profissional deve buscar ter uma
visão ampliada e holística do paciente, a qual não deve deixar de ser reconhecida e praticada
em detrimento do uso das tecnologias pertinentes a essa espaço; bem como, torna-se
importante que o enfermeiro faça uma constante reflexão acerca da assistência integral
fundamental para terapia usuário em cuidados intensivos, com o intuito de observar os
entraves e desafios a aplicação da humanização no setor em questão, bem como formular
estratégias e alternativas para tal processo.

Ademais, nota-se que, o incentivo a otimização das condições de trabalho da equipe


de enfermagem, é também, um aspecto relevante que contribui para a aplicabilidade da
humanização na UTI, visto que interfere na promoção do bem estar do paciente e do
profissional, além de implicar na integralidade das ações do cuidado humanizado.
6. REFERÊNCIAS

MEDEIROS, Adriane Calvetti de et al. Integralidade e humanização na gestão do


cuidado de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva. Revista da Escola de
Enfermagem da USP, v. 50, p. 816-822, 2016. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/reeusp/a/rNrN8QYGBq65CLXrnQvcSPD/?lang=pt>. Acesso
em 08 mai 2023.

SANCHES, Rafaely de Cassia Nogueira et al. Percepções de profissionais de saúde


sobre a humanização em unidade de terapia intensiva adulto. Escola Anna Nery, v.
20, p. 48-54, 2016. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/ean/a/BW3Gk8qG8BgCj6JG6LdKy9F/?lang=pt>. Acesso em
08 mai 2023.

VIEIRA, Claudir Aparecido; DOS SANTOS MAIA, Luiz Faustino. Assistência de


enfermagem humanizada ao paciente em UTI. Revista Recien-Revista Científica de
Enfermagem, v. 3, n. 9, p. 17-22, 2013. Disponível em:
<http://recien.com.br/index.php/Recien/article/view/58>. Acesso em 08 mai 2023.
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