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LABORATORIO DE ANALISES CLINICAS RIO VERDE

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – COLETA DE SANGUE Código


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1. Introdução
Consiste na coleta de sangue matéria para exame de laboratório, realizada por
profissional capacitado, visando a minimização dos riscos para o paciente e diminuição
dos erros do procedimento laboratorial.

2. Objetivo:
 Padronizar a conduta relacionada à técnica de coleta de sangue para análise
laboratorial.
 Relacionar os procedimentos necessários para a coleta de sangue para análise
laboratorial.
 Melhorar a segurança do cliente minimizando erros na coleta de sangue venoso
para análise laboratorial

3. Materiais necessários
 Água, sabão e papel toalha
 Bandeja;
 Etiqueta com identificação
 Luvas de procedimento
 Garrote
 bolas de algodão
 Álcool a 70 % de uso hospitalar
 Seringa compatível com o volume necessário
 Agulha compatível com o calibre da veia do paciente
 Sistema de coleta a vácuo (trata-se de um adaptador de coleta de sangue a vácuo,
com agulha distal acoplada para a transferência do sangue diretamente para o
tubo, sem a necessidade de manuseio do sangue e abertura do tubo)
 Frascos para condicionamento da amostra devidamente identificado;
 Pedido do exame;

4. Variáveis pré analíticas


O conhecimento de varáveis pré-analíticas é fundamental na interpretação dos
resultados de exames laboratoriais. Descrevemos sumariamente algumas variáveis.
 Horário de coleta:

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Elaboração Nome: Priscilla Evellin dos Santos Martins Aprovação Nome: Neuza Maria Cruvinel
Cargo: Biomédica Cargo: Farmacêutica Bioquímica
Visto: Visto:
Data: 01/04/2020 Data: : 01/04/2020
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A concentração da analitos varia em função do horário da coleta sanguínea, devendo-se


atentar para as orientações especificadas em cada exame. A meia-vida das drogas e o
horário de sua administração devem ser considerados na determinação de níveis
terapêuticos. Da mesma forma, na exposição a elementos tóxicos devemos considerar o
tempo decorrido para sua absorção e eliminação.
 Atividade física:
Imediatamente após exercício extenuante ocorre elevações de lactato, amônia, CPK,
aldolase, ALT, AST, fósforo, fosfatase ácida, creatinina, ácido úrico, haptoglobina,
transferrina, catecolaminas e contagem de leucócitos. Um decréscimo pode ser
observado na dosagem da albumina, ferro e sódio.
 Dieta:
Quando o jejum específico para cada exame não é respeitado, pode haver interferência
em muitos analitos, especialmente com a bilirrubina, proteína total, ácido úrico, ureia,
potássio, triglicérides, fosfatase alcalina, e fósforo. A cafeína pode promover glicólise.
A curto prazo, duas a quatro horas após o consumo, o etanol provoca queda dos níveis
de glicose e aumento do nível de lactato. O uso contínuo de etanol eleva HDL,
triglicérides, AST, ALT, GGT.
 Tabagismo:
Eleva os níveis de hemoglobina, leucócitos e hemácias no sangue periférico, VCM,
epinefrina, aldosterona, cortisol e CEA. Reduz os níveis de HDL sérico e da atividade
da Enzima Conversora Angiotensina(ECA).
 Postura:
Quando o sangue é retirado na posição ereta, ocorre aumento dos seguintes analitos: PT,
albumina, cálcio, hemoglobina, hematócrito, renina, catecolaminas, fosfatase alcalina,
colesterol, ALT, e ferro.
 Garroteamento:
O torniquete deve ser usado no máximo um minuto, mas mesmo dentro deste pequeno
tempo, a composição do sangue pode se alterar de forma discreta. Após 3 min de
garroteamento: proteínas totais, ferro e colesterol aumentam em torno de 5%, havendo
queda de 6% nos níveis de potássio. O ato de abrir e fechar a mão na hora de coleta
deve ser evitado por causar aumento de potássio, fosfato, lactato, amônia e cálcio
iônico.
 Uso do tubo com anticoagulante correto:

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Elaboração Nome: Priscilla Evellin dos Santos Martins Aprovação Nome: Neuza Maria Cruvinel
Cargo: Biomédica Cargo: Farmacêutica Bioquímica
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É fundamental para preservação da amostra e a correta determinação do analito, de


acordo com o especificado em cada exame. Vários analitos têm concentrações no
plasma e no soro diferentes. Quando vários tubos são usados durante uma única punção,
tubos sem aditivos devem ser utilizados primeiro, para que se evite contaminação. Os
anticoagulantes são diferenciados pela cor da tampa do tubo
 Hemólise:
Hemólise leve tem pouco efeito sobre a maioria dos exames: Hemólise significativa
causa aumento na atividade plasmática da aldolase, TGO, fosfatase alcalina, LDH e nas
dosagens de potássio, magnésio e fosfato. A hemólise diminui a concentração de
insulina dentre outros.
 Preservação da amostra biológica:
A amostra deve ser preservada desde o momento da coleta até o momento em que será
realizada. Plasma ou soro devem ser separados das células o mais rápido possível. Se o
soro não poder ser analisado por até 2 horas após a coleta, deve ser mantido refrigerado
ou congelado. As amostras devem ser centrifugadas tampadas para se reduzir
evaporação e aerolização. O tempo requerido para o transporte de amostras biológicas, a
partir do momento da coleta até sua execução, pode variar de minutos até dias, desde
que estas estejam bem conservadas, devendo-se consultar cada exame.

5. Procedimento descrito
a) Lavar as mãos com água e sabão e secar com papel toalha;
b) Reunir o material necessário numa bandeja;
c) Conferir a etiqueta gerada com o nome completo do paciente e número de
identificação, em caso de não haver impressora zebra fazer o rótulo do frasco
de
d) Chamar o paciente pelo nome completo e sempre conferir com o documento
deste, ou em caso de pacientes internados pela identificação da pulseira
e) coleta, com nome completo do paciente e número de identificação legíveis;
f) Explicar ao paciente e ao acompanhante o procedimento
g) Levar a bandeja até o paciente;
h) Posicionar o paciente de modo a facilitar a localização da veia para punção;
i) Inspecionar o local para visualizar a veia, incluindo o braço, a área
anticubital, o antebraço, o punho, o dorso da mão;
j) Palpar a veia e escolher melhor calibre de agulha para punção
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Elaboração Nome: Priscilla Evellin dos Santos Martins Aprovação Nome: Neuza Maria Cruvinel
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k) Calçar as luvas de procedimento;


l) Solicitar que o paciente feche a mão;
m) Instalar o garrote, aproximadamente há 4 cm acima do local escolhido para
coleta de sangue;
n) Proceder a antissepsia da pele com álcool 70%
o) Aplicar o antisséptico com algodão em sentido “caracol” do centro para
periferia, ou de baixo para cima
p) Introduzir a agulha no local escolhido com o bisel posicionado para cima;
q) Aspirar a quantidade de sangue necessária para o (s) exame(s) a serem
realizado(s);
r) Em caso de coleta a vácuo deve ser realizada a troca de tubos até o
preenchimento indicado no tubo, obedecendo a ordem preconizada, descrita
a baixo;
s) Soltar o garrote e solicitar ao cliente que abra a mão;
t) Comprimir o local da punção sem dobrar o braço do cliente com um algodão
ou gaze seca, solicitando que o mesmo continue a comprimir por mais dois
ou três minutos;
u) Colocar o sangue nos frascos, deixando que o sangue escorra lentamente
pelas paredes dos mesmos;
v) Preencher o tubo até o volume recomendado, cada tubo contem quantidade
de anticoagulante proporcional para denominada quantidade de sangue.
w) Movimentar o tubo lentamente para homogeneizar seu conteúdo por
inversão em média 7 a 10 vezes, caso tenha anticoagulante;
x) Recolher o material, desprezando a agulha e a seringa na caixa de descarte
para perfurocortante e os demais encaminhar ao expurgo e desprezar em
saco de lixo branco;
y) Não reencapar a agulha;
z) Retirar as luvas de procedimento e descartar em lixo com saco branco;
aa) Higienizar as mãos com água e sabão e secar com papel toalha;
bb) Encaminhar as amostras ao setor técnico para que as mesmas sejam
processadas o quanto antes possível;

6. Locais de escolha para venopunção

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Elaboração Nome: Priscilla Evellin dos Santos Martins Aprovação Nome: Neuza Maria Cruvinel
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A escolha do local de punção representa uma parte vital do diagnóstico. Existem


diversos locais que podem ser escolhidos para a venopunção, apontados abaixo na
figura abaixo. Embora qualquer veia do membro superior que apresente condições para
coleta possa ser puncionada, as veias basílica mediana e cefálica são as mais
frequentemente utilizadas. A veia basílica mediana costuma ser a melhor opção, pois a
cefálica é mais propensa à formação de hematomas.

7. Áreas a evitar
 Áreas com terapia ou hidratação intravenosa de qualquer espécie;
 Locais com cicatrizes de queimadura
 Membro superior próximo ao local onde foi realizada mastectomia, cateterismo
ou qualquer outro procedimento cirúrgico
 Áreas com hematomas
 Fístulas arteriovenosas
 Veias que já sofreram trombose porque são pouco elásticas, podem parecer um
cordão e têm paredes endurecidas

8. Ordem de preenchimento dos tubos de coleta.


A ordem dos tubos deve ser realizada conforme a imagem abaixo. Quando realizados de
forma correta, os testes podem sofrer interferências. Isso implica em resultados
errôneos.
Essa ordem é baseada em recomendações da CLSI H3-A6 (Procedures for the
Collection of Diagnostic Blood Specimens by Venipunctures; ApprovedStandart, 6the).

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9. Critério de Aceitação e Rejeição das Amostras

Durante a triagem, as amostras serão analisadas para validação e distribuição para seus
respectivos setores. Amostras com os critérios abaixo serão rejeitadas, sendo necessária
uma nova coleta;
 Coágulos em amostras com anticoagulante
 Hemólise acentuada
 Volume insuficiente
 Volume abaixo do recomendado pelo fabricante, por conta da quantidade de
anticoagulante
 Ordem de coleta não obedecida
 Coleta de exames em tubo errado;
 Amostras não identificadas ou com identificação ilegível

10. Referencias
 ® 2018, Ebserh. Todos os direitos reservados Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares – Ebserh www.Ebserh.gov.br
 http://www.diagnosticosdobrasil.com.br/wp-content/uploads/2019/01/
Passoapasso_coletavenosa.pdf
 http://www.diagnosticosdobrasil.com.br/wp-content/uploads/2018/11/
Ordem-de-coleta-tubo.pdf

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Elaboração Nome: Priscilla Evellin dos Santos Martins Aprovação Nome: Neuza Maria Cruvinel
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