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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PATOLOGIA

Métodos de estudo em Patologia

Profa Jamile Marinho B. de O. Moura

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Ciência: Estuda as causas das doenças/ mecanismos/ sedes/ alterações morfológicas/


funcionais

Doença: É um estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no qual o


indivíduo sente-se mal e/ou apresenta alterações orgânicas evidenciáveis.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Rudolf Virchow: Base de todas as doenças/ lesão da menor unidade viva

CLASSIFICAÇÃO DA PATOLOGIA

Patologia geral: Processos patológicos gerais/Aspectos comuns às diferentes doenças

Patologia sistêmica: Estudo das lesões nos diferentes aparelhos e sistemas

O Patologista: Diagnósticos morfológicos/ Métodos de laboratório

ÁREAS DA PATOLOGIA

• Patogênese: mecanismos

• Etiologia: causas

• Anatomia Patológica: alterações morfológicas

• Fisiopatologia: alterações funcionais

PATOLOGIA GERAL X ODONTOLOGIA

• Avaliação geral do paciente: aspectos bucais/ sistêmicas

• Anamnese: criteriosa

• Patologia Oral

PATOLOGIA GERAL X ODONTOLOGIA

SAÚDE X DOENÇA

• Lesão: Conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que


surgem nos tecidos após agressões

Macroscópicas/ Microscópicas
CONSIDERAÇÕES GERAIS

• Autópsia: auto: próprio – opis: ver

• Necrópsia: Nekros: morto - opis: ver

“Exame anatomopatológico realizado pós-morte” (Montenegro, Franco, 2006)

ÁREAS DE INTERESSE

• Médico-legal: Causa da morte

• Médico- científica: Instrumento de pesquisa/ Método de ensino-


aprendizagem/ Achados morfológicos e clínicos

CONSIDERAÇÕES GERAIS

• Bios: vida – opis: ver

• Informações clínicas insuficientes

• Subsidiar o exame clínico

“Consiste na execução de procedimentos que objetivam a obtenção de material de organismo


vivo para exame microscópico.”

Biópsia cirúrgica

Caracteriza-se pela remoção de um fragmento de tecido vivo para o exame histopatológico.

IMPORTÂNCIA

• Interpretação

• Diagnóstico – Conduta terapêutica

TIPOS DE BIÓPSIA

• Biópsia excisional

Remoção de toda a lesão

• Biópsia incisional

Remoção de uma parte da lesão

INDICAÇÕES DE BIÓPSIA

• Lesões persistentes por mais de 15 dias

• Lesões brancas e vermelhas de origem desconhecida


• Lesões de aspecto tumoral

• Lesões com etiologia escura ou duvidosa

INDICAÇÕES DE BIÓPSIA

• Comprovação de positividade de neoplasia maligna, obtida pela citologia


esfoliativa

BIÓPSIA INCISIONAL

• Indicações: Lesões extensas

• Bisturi, punch, saca bocados e aspiração

BIÓPSIA EXCISIONAL

• Indicações: Lesões menores

• Bisturi

METODOLOGIA

• Procedimento de biópsia

Requisição – identificação do paciente, local da biópsia, dados clínicos da lesão

METODOLOGIA

• Fixação do tecido: Formol 10%

• No laboratório: identificação (rotulado), macroscopia, inclusão em parafina e


coloração

BOM FIXADOR

• Penetração no tecido

• Mata a célula rapidamente

• Ter pH ácido, abaixo (3,5)

• Endurece o tecido

BOM FIXADOR

• Produzir insolubilização dos componentes celulares

• Promover afinidade do tecido pelos corantes

• Preservar a morfologia dos elementos anatômicos

CLASSIFICAÇÃO DOS FIXADORES


* Redutores orgânicos: formol, álcool metílico, álcool etílico, acetona

* Sais metálicos: Dicromatos e Dicloreto de mercúrio

FIXAÇÃO

Tempo (Entre 12 e 24 horas)

Lavagem (Água corrente)

Transferência para álcool a 80%

Não deve permanecer mais de 4 dias no fixador

EXAME MACROSCÓPICO

Tamanho da peça

Número de fragmentos

Forma

Limites

Cor

Consistência

EXAME MACROSCÓPICO

Cadastro no computador

Peça volumosa: fragmentada

Maior acesso as estruturas do espécime

Segue para processamento

IMPREGNAÇÃO EM PARAFINA

A impregnação em estufa a 60ºC

Deve atingir todo material

3 banhos de parafina

Cada banho: 30 a 60 minutos

CORTE DO MATERIAL

Micrótomo

Cortes finos
Fita transportada para banho maria

COLORAÇÃO

Coloração- Técnica da Hematoxilina/ Eosina

H/E: Mais usada para diagnóstico histopatológico

DEFICIÊNCIAS TÉCNICAS

Obtenção da amostra ou nos cuidados com a peça cirúrgica

Material não representativo da lesão

Fixação inadequada da peça cirúrgica

Manipulação indevida da peça

COMPLICAÇÕES

Hemorragias

Metástases tumorais

Infecções

Má cicatrização

RESTRIÇÕES

Lesões hemangiomatosas

Aspecto pigmentado

LAUDO HISTOPATOLÓGICO

• Diagnóstico das biópsias: Laudo histopatológico

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• Técnica de diagnóstico

• Exame de células oriundas de vários locais do organismo

APLICAÇÕES

Prevenção do Câncer

Citologia do escarro

Citologia urinária

Citologia da mucosa oral


VANTAGENS

• Mais conveniente

• Menor traumatismo

• Menos complicações

• Tumores de difícil acesso

• Diagnóstico rápido

LIMITAÇÕES

• Classificação do tumor - Difícil

• Tamanho pequeno das amostras citológicas

• Interpretação: Células individuais

(Não oferece a noção do conjunto estrutural)

MÉTODOS

• Raspagem/Células esfoliadas da superfície epitelial (citologia esfoliativa)

• Aspiração por agulha fina (citologia aspirativa)

CITOLOGIA ESFOLIATIVA

É um exame complementar que tem sua fundamentação no estudo microscópico de células


esfoliadas da superfície epitelial.

Não substitui a biópsia, pois é possível, ocorrências que levam a erros no diagnóstico.

EXEMPLOS

• Citologia cérvico-vaginal

• Escarro

• Trato gastro-intestinal

• Urina

• Mucosa Oral

CITOLOGIA CÉRVICO-VAGINAL

• Prevenção e diagnóstico do câncer de colo uterino

• Simples e barato

• Alta precisão
• Diagnóstico de infecções

CITOLOGIA CÉRVICO-VAGINAL

• Coleta do material

• Fixação

• Coloração: Papanicolaou

• Diagnóstico

• Indicações

* Lesões com ulceração sem diagnóstico definido;

* Campos da mucosa oral que tenham mostrado

positividade para o azul de toluidina;

* Acompanhamento de lesões propensas à malignização;

* Avaliação periódica de áreas que sediaram lesões carcinomatosas;

CITOLOGIA DA MUCOSA ORAL

• Indicações

* Indicativo da identificação do local a ser biopsiado em lesões extensas ou múltiplas

* Pacientes sem condição de biópsia

CITOLOGIA DA MUCOSA ORAL

• Cuidados

*Áreas ceratóticas ou necróticas (material imprestável para o citodiagnóstico);

* Umedecer a espátula de madeira (capacidade de absorção)

* Limpeza da área (remoção de detritos, muco e células necróticas)

CITOLOGIA DA MUCOSA ORAL

• Procedimentos de coleta –Bochechos com água/ Limpeza da área

• Material necessário – Espátula/ Lâminas de vidro/Marcador/clipes/ recipiente


de vidro

• Fixação – Álcool etílico a 95%/ 30 minutos

• Coloração - Papanicolaou

CITOLOGIA ESFOLIATIVA
• Resultados

* Classe 0: material insuficiente

* Classe I: células normais

* Classe II: Células normais com atipias para a região

* Classe III: células suspeitas mas não conclusivas de malignidade

CITOLOGIA ESFOLIATIVA

• Resultados

* Classe IV: Células fortemente sugestivas de malignidade

* Classe V: células indicativas de lesão maligna

CONSIDERAÇÕES GERAIS

• Aspiração de células de uma lesão

• Seringa

• Punção aspirativa por agulha fina

• Lesões nodulares (sólidas ou císticas)

• Mama, tireóide, gânglios linfáticos, próstata

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