Você está na página 1de 36

Processos

Patológicos

Profa. Dra. Conceição Martins


Aula 1
Métodos de
estudo em
Patologia

“Louis Pasteur em seu laboratório”


A.Edelfeld - 1885
Pathos: “sofrimento, doença” + logos: “ciência, estudo”
3
Patologia geral
Dividida em:
Patologia Sistêmica
4
Saúde x Doença
Métodos de estudo
em Patologia
• Citologia

• Histologia

• Imunohistoquímica/imunofluorescência

• Biologia molecular
EXAMES CITOLÓGICOS
Analisa células individualizadas/livres
Origem:
Liquídos orgânicos
Urina, liquor, liquido ascítico
Punções aspirativas
Pulmão, mama, linfonodos, sangue
Secreções
Escarro, abcessos
Lavados cavitários
Lavado brônquico
Raspados
Cervicovaginal
EXAMES CITOLÓGICOS
 Células devem ser fixadas e coradas
 Fixador mais comum é o álcool 95%
 Corante hematoxilina eosina

 Detecção de células neoplásicas, parasitas e bactérias

Origem das amostras:


 Punções aspirativas ou raspados
EXAMES CITOLÓGICOS
Exemplos: Exame Papanicolau

Células do canal endocervical


Detecção de cancer do colo do útero
Detecta células anormais que podem desenvolver cancer
EXAMES CITOLÓGICOS
Células normais
Alteração = aumento/duplicação do núcleo

Pessoa treinada – interpretação dos resultados


EXAMES CITOLÓGICOS
Esfregaço de células sanguíneas

Contagem de 200 células e classificação morfológica


EXAMES CITOLÓGICOS
BIÓPSIAS
Podem ser para diagnóstico ou tratamento

-Ablativa ou excicional
Remoção de toda a lesão para tratamento

-Incisional
Retira parte da lesão para diagnóstico

Importante:
Amostragem deve ser representativa de toda lesão/tecido Não
só superficial
Pode ser com auxílio de ultrassom para atingir ponto desejado
BIÓPSIAS

Biópsia em caso de suspeita de câncer pulmonar


guiada por tomografia computatorizada
BIÓPSIAS
 Amostras acondicionadas em um fixador Formaldeído a 4%
 Previne autólise e mantem estrutura celular

 Volume de 6 a 10 vezes maior que a amostra

 Amostras devem ser acompanhadas de informações do


paciente e de outras observações clínicas
 Evitar diagnóstico errôneo
BIÓPSIAS
 No laboratório as amostras são parafinizadas, cortadas e
amostras significativas do tecido coletado são coradas e
analizadas

 Tecidos corados com corantes simples podem ser analizados


em microscópio de luz
ANÁLISE
HISTOLÓGICA
Infiltração de gordura hepática

Hematoxilina/eosina
ANÁLISE
HISTOLÓGICA
Mycobacterium tuberculosis

Hematoxilina/eosina + Ziehl Neelsen


ANÁLISE
HISTOLÓGICA

células anormais se espalham no tecido cervical profundo


IMUNO-HISTOQUÍMICA
 Método que associa anticorpos com reagentes
específicos para localizar estruturas em células

 O produto é analizado em microscópio em corte


histológico

 Anticorpos ligados a marcadores fluorescentes

 Resultado qualitativo – Presença/ausência de


determinado marcador
IMUNO-HISTOQUÍMICA
BIÓPSIAS
Tecidos corados com anticorpos fluorescentes podem
ser analizados em microscópio de fluorescência
IMUNO-HISTOQUÍMICA
• Em neoplasias
• Diferenciar uma proliferação celular maligna e
benigna.

• Diagnóstico histogenético de neoplasias


morfologicamente indiferenciadas.

• Subtipagem de neoplasia para seleção terapêutica.

• Caracterização de produtos de secreção de células


neoplásicas (ex: hormônios).
IMUNO-HISTOQUÍMICA

• Em neoplasias
• Caracterizar a origem de carcinomas.

• Identificar micrometástases.

• Avaliação prognóstica (ex: detecção de receptores


hormonais em neoplasia mamária).

• Orientação terapêutica.
IMUNO-HISTOQUÍMICA

• Para detecção de antígenos:

• Virais: dengue, febre amarela, citomagalovírus,


adenovírus, etc.

• Bacterianos: micobactérias, leptospiras.

• De Fungos: Paracoccidioides, Histoplasma, etc.


• De Protozoários: Toxoplasma, Trypanosoma cruzi,
Leishmania sp, Plamodium sp.

• De Helmintos: Schistosoma.
Imunohistoquímica para CD68
em região de infarto isquêmico
em córtex cerebral:
identificação de macrófagos
no centro necrótico

Imunohistoquímica para GFAP em


região de infarto isquêmico em
córtex cerebral: ausência de
astrócitos no centro necrótico e
gliose na periferia
GAFP = Proteína glial ácida fibrilar
Imunohistoquímica anti- ERB2

Imunohistoquímica anti-
tirosina hidroxilase em
estrutura axonal
Imunohistoquímica: detecção
de múltiplos antígenos
TÉCNICAS DE BIOLOGIA
MOLECULAR
 Alterações cromossômicas são comuns em diversas
neoplasias

 Translocações
 Genes mudam de posição ou de cromossomo

 Amplificações
 Genes ou regiões gênicas são duplicadas

 Deleções
 Genes são deletados e não são mais detectados
TÉCNICAS DE BIOLOGIA
MOLECULAR
ALTERAÇÕES NÍVEL CROMOSSÔMICO

Inversão
Deleção

Duplicação
TÉCNICAS DE BIOLOGIA
MOLECULAR
ALTERAÇÕES NÍVEL CROMOSSÔMICO

Translocação
TÉCNICAS DE BIOLOGIA
MOLECULAR
FISH – hibridização fluorescente in situ
“Coloração de cromossomos”
TÉCNICAS DE BIOLOGIA
MOLECULAR
Sonda para sequência do cromossomo 3 - Leucemia
TÉCNICAS DE BIOLOGIA
MOLECULAR
Deleção do gene PTEN em cancer de prostata
TÉCNICAS DE BIOLOGIA
MOLECULAR
REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE
Reação em cadeia da polimerase:

Funciona como uma replicação in vitro

São adicionados todos os ingredientes para


o funcionamento da DNA polimerase

1.Água 2.MgCl2
3.Tampão
4.dNTPs (A, T, C, G)
5.Taq DNA Polimerase 6.Primers
7.DNA

Termociclador: controle da temperatura


TÉCNICAS DE BIOLOGIA
MOLECULAR
GENOTIPAGEM
Presença de DNA de vírus, bactéria
Diagnóstico HIV – sensibilidade e especificidade > 99%

Genotipagem para mutação no p53:


36

Sejam bem-vindos ao novo semestre

Você também pode gostar