Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SETEMBRO/2023
MANUAL DE EXAMES
DO LÍQUOR - LCR
CONTATOS
ATENDIMENTO / AGENDAMENTO
(21) 3850-5900 / (21) 2556-5541 / (21) 2557-4038 / (21) 2557-4731
atendimento@neurolife.com.br
BIOMARCADORES LIQUÓRICOS
Sistema glinfático - características anatômicas e funcionais do LCR:
LCR circula em íntimo contato com as estruturas do sistema nervoso.
BIOMARCADOR
"qualquer substância, estrutura ou processo que pode ser
objetivamente medido e validado como um indicador de processo
biológico, processo patogênico ou resposta à uma intervenção
terapêutica" 4
BIOMARCADORES NO EXAME DO LCR:
Manometria (punção lombar)
Aspecto e cor
Citologia (global, específica, oncótica)
Bioquímica: proteínas, glicose, lactato, ADA, ECA...
Microbiologia: gram, ziehl, pesquisa fungos, látex, culturas
Biologia molecular: patógenos infecciosos (PCR, painéis)
Imunologia: anticorpos, antígenos e proteínas específicas.
5
MANOMETRIA - MEDIDA DA PRESSÃO LIQUÓRICA
HIPERTENSÃO LIQUÓRICA
Meningites Bacterianas
Encefalites
Lesões expansivas intracranianas
Pseudotumor (hipertensão intracraniana
idiopática)
HIPOTENSÃO LIQUÓRICA
Fístula liquórica
Bloqueio raquimedular
6
ASPECTO E COR DO LCR - INTERPRETAÇÃO
7
CITOLOGIA GLOBAL
8
CITOLOGIA DIFERENCIAL
Achados frequentes - Síndromes liquóricas
Neutrófilos
Meningites por parasitas (Cisticercose): Eosinófilos
Macrófagos
Pigmentados 9
CITOLOGIA ONCÓTICA
Pesquisa de células neoplásicas
Beta HCG
10
BIOQUÍMICA DO LCR
Meningite Bacteriana
Meningite Viral
Meningite Tuberculosa
11
EXAMES MICROBIOLÓGICOS DO LCR
Especificidade ~ 100%
Sensibilidade (depende do agente etiológico)
25-35% - Listeria monocytogenes
50% - Hemophilus influenzae
30-90% - Neisseria meningitidis
70-90% - Streptococcus pneumoniae
Ziehl-Neelsen: meningitetuberculosa
Sensibilidade: 50-70%
12
EXAMES MICROBIOLÓGICOS DO LCR
13
EXAMES MOLECULARES DO LCR
14
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO - MENINGITES E ENCEFALITES
Idade
Síndrome clínica
Estado imunológico
Retorno de viagens
Localização geográfica - patógenos mais frequentes
Exposição animais/insetos
Estação do ano
Antecedentes mórbidos
Antibioticoterapia prévia
Síndrome liquórica
Neuroimagem
15
PAINÉIS MULTIPLEX (PCR) - MENINGITES E ENCEFALITES
16
PAINÉIS MULTIPLEX (PCR) - MENINGITES NOSOCOMIAIS
Painel - Meningite Nosocomial (Filmarray)
Inclui 23 patógenos e 4 Gens de resistência
GRAM (+)
Enterococcus
Listeria monocytogenes
Staphylococcus
Staphylococcus aureus
Streptococcus
Streptococcus agalactiae
Streptococcus pyogenes
Streptococcus pneumoniae
GRAM (-)
Acinetobacter baumannii/Haemophilus influenzae
Neisseria meningitidis
Pseudomonas aeruginosa
Enterobacteriaceae Enterobacter
cloacae complex Escherichia coli
Klebsiella Oxytoca
Klebsiella pneumoniae
Proteus
Haemophilus influenzae
FUNGOS
Candida albicans - Candida glabrata - Candida Krusei -
Candida parapsilosis - Candida tropicalis
GENS DE RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS
18
BIOMARCADORES - NEUROSSÍFILIS
FTAABS IgG
FTAABS IgM
Índice IgG
Bandas oligoclonais IgG
PCR Treponema pallidum
AI Sífilis: síntese intratecal de anticorpos específicos (novo teste)
19
Avaliação da síntese intratecal de anticorpos específicos-
AI Sífilis
21
BIOMARCADORES - NEUROINFLAMAÇÃO
Síntese intratecal de anticorpos IgG
Avaliação da barreira hemato-liquórica – Quociente Albumina (QAlb)
Índice IgG e Reiber diagrama IgG
Normal
22
BIOMARCADORES - NEUROINFLAMAÇÃO
SÍNTESE INTRATECAL DE ANTICORPOS IgG, IgA e IgM – Reiber diagrama
IgG
EM
Sífilis
HIV
IgA
Tuberculose
Abscesso
Leucodistrofia
IgM
Lyme
Caxumba
Linfoma
23
BIOMARCADORES - NEUROINFLAMAÇÃO CRÔNICA
SÍNTESE INTRATECAL DE ANTICORPOS ESPECÍFICOS
Método: ELISA
Valor de Referência: AI >=1,5
24
BIOMARCADORES - NEUROINFLAMAÇÃO CRÔNICA
26
AVALIAÇÃO DE RESPOSTA IMUNE INTRATECAL DE CÉLULAS B
IMUNOLIBERAÇÃO INTRATECAL DE CADEIAS LEVES LIVRES KAPPA E LAMBDA
ÍNDICE KAPPA
(avaliação no líquor e no soro)
27
PAINEL - AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA RESPOSTA IMUNE
HUMORAL INTRATECAL
A detecção de bandas oligoclonais IgG no líquor (LCR) é considerado um biomarcador da esclerose
múltipla, pois é um teste qualitativo que define o processo inflamatório crônico presente durante todo o
curso da doença (síntese intratecal de anticorpos IgG). Estudos europeus demonstraram uma
sensibilidade diagnóstica superior a 95%. Contudo, em pacientes com síndrome clínica isolada (CIS) e em
outras populações, a sensibilidade da pesquisa de bandas oligoclonais pode ser mais baixa, como já foi
demonstrado em estudos envolvendo pacientes brasileiros com esclerose múltipla.
Avaliações adicionais no LCR podem colaborar no diagnóstico diferencial dos diversos processos
patológicos que envolvem o sistema nervoso, avaliação do curso clínico provável das doenças e apoio às
estratégias de tratamento.
Entre os biomarcadores estudados no líquor, a quantificação das cadeias leves livres kappa (KfLC) vêm
ganhando forte atenção nos últimos anos. Fisiologicamente, os plasmócitos produzem um excesso de
kappa e lambda (cadeias leves livres) durante a produção de imunoglobulinas intactas e estas são
secretadas como cadeias leves livres (fLCs). As fLCs se acumulam no líquor, em situações de atividade
intratecal de células B. A presença das cadeias leves livres no líquor foi identificada como um potencial
marcador diagnóstico da esclerose múltipla, especialmente após estudos que mostraram a presença de
níveis aumentados de KfLC (free kappa light chain) em pacientes EM com pesquisa de bandas oligoclonais
negativa. Normalmente, a concentração das fLCs é baixa no soro e no líquor de indivíduos saudáveis, mas
aumenta nas doenças inflamatórias envolvendo o sistema nervoso, incluindo esclerose múltipla. Os
achados demonstrados em estudos de validação para a utilização da quantificação de cadeias leves livres
kappa (KfLC) como biomarcador confirmaram o valor da síntese intratecal de KfLCpara o diagnóstico da
esclerose múltipla e síndrome clínica isolada. Os níveis liquóricos de KfLCs estão aumentados na maioria
dos pacientes com esclerose múltipla e síndrome clínica isolada (CIS). Estudos recentes confirmaram uma
forte correlação dos níveis elevados de KfLCs no líquor com a positividade de BOC em pacientes com EM,
assim como sugerem a utilização da avaliação da síntese intratecal de KfLC (Índice Kappa) para identificar
os pacientes com síndrome radiológica/ clínica isolada (RIS-CIS) que apresentam maior risco de conversão
para EM.
A quantificação das fLCs também pode ser realizada em um painel de avaliação quantitativa intratecal da
resposta imune humoral que inclui a análise das cadeias kappa/lambda no líquor e soro, além da
quantificação da síntese intratecal de anticorpos IgG, IgA e IgM. Este painel pode auxiliar muito no
diagnóstico diferencial de diferentes desordens neurológicas, pois os padrões de resposta imune humoral
no SNC estão relacionados aos aspectos etiológicos e processos patológicos particulares de cada doença.
De acordo com os estudos de Reiber e colaboradores, a predominância de resposta IgG é mais frequente
na esclerose múltipla, neurosífilis e encefalite crônica pelo HIV; resposta IgA é mais comum na
neurotuberculose, abscesso cerebral, adrenoleucodistrofia e, menos frequentemente na esclerose
múltipla (9%); síntese intratecal IgM predomina na neuroborreliose, meningoencefalite pelo vírus da
caxumba, linfoma não Hodgkin no sistema nervoso e, com menor frequência na esclerose múltipla (25%);
em processos infecciosos agudos virais e bacterianos normalmente não se evidencia síntese intratecal de
anticorpos, mas as infecções oportunísticas (Citomegalovírus, Toxoplasmose, Cryptococcus) podem cursar
com síntese intratecal de IgG, IgA e IgM.
28
BIOMARCADORES - AUTOANTICORPOS
Encefalites auto-imunes
Anti-Aquaporina 4 (AQP-4)
Anti-MOG (MOG)
29
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS E ENCEFALITES AUTOIMUNES
AUTOANTICORPOS
30
ENCEFALITES AUTOIMUNES E SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS
(PAINÉIS DE AUTOANTICORPOS)
31
ENCEFALITES AUTOIMUNES e SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS
EXAMES DE AUTOANTICORPOS ISOLADOS
Anti CV2
Anti-Gad 65
Anti-GB1B
Anti-NMDA(Soro e LCR)
Anti-P ribossomal
Anti-Transglutaminase IgG
32
EXAME DO LÍQUOR - ESCLEROSE MÚLTIPLA
Células > 50
Quociente Albumina (Qalb) > 8
Bandas Oligoclonais IgG (BOC) negativa (BOC positiva > 80% na EM)
Obs: pensar em diagnóstico alternativo.
33
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS – ESCLEROSE MÚLTIPLA
CRITÉRIOS MC DONALD
34
EXAME DO LÍQUOR – ESCLEROSE MÚLTIPLA
SÍNTESE INTRATECAL DE CADEIAS LEVES LIVRES KAPPA – ÍNDICE KAPPA
36
EXAME DO LÍQUOR – NEUROMIELITE ÓPTICA
37
EXAME DO LCR – ADEM (ENCEFALOMIELITE)
38
ESPECTRO DE DOENÇAS ANTI-MOG IgG + (MOG-AD)
Critério laboratorial:
39
DOENÇAS NEUROPSIQUIÁTRICAS DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Hidrocefalias (HPN)
Encefalites autoimunes
Encefalites infecciosas
Neurolues, HIV..
Nutricionais: (Wernicke)..
Tóxicos: álcool...
Drogas: lítio..
Metabólicas: hepática...
Lúpus, Behçet, Sjögren..
Malignas: gliomas, linfomas..
Síndromes paraneoplásicas
Patologias psiquiátricas
40
DOENÇAS NEUROPSIQUIÁTRICAS: EXAME DO LCR
Inflamação
Infecção
Neoplasia
Auto-imunidade
Neurogenerações
Tap Test
41
BIOMARCADORES DE NEURODEGENERAÇÃO: EXAME DO LCR
Beta-amilóide (Aβ42)
Beta-amilóide (Aβ40)
Aβ42/Aβ40
T-Tau
P-Tau
14.3.3
Enolase (NSE)
Neurofilamentos (NfL)
RT-QuIC – proteína priônica
42
PERFIL LIQUÓRICO NA DOENÇA DE ALZHEIMER
43
EXAME DO LÍQUOR NA DOENÇA DE ALZHEIMER
Biomarcadores cut-off:
ASSINATURA
44
PERFIL LIQUÓRICO NA DOENÇA DE ALZHEIMER (DA)
AMILOIDOGENESE CEREBRAL
(PLACAS AMILÓIDES)
*Demonstração - depósito amilóide:
Nota: os níveis liquóricos de Aβ40
• Redução dos níveis CSF Aβ42
são influenciados pelo metabolismo
amilóide, mas não se alteram com o
• Redução na relação Aβ42: Aβ40
processo patológico na DA.
45
PERFIL LIQUÓRICO NA DOENÇA PRIÔNICA
Doença de Creutzfeldt Jacob Esporádica (DCJ)
46
COMO SOLICITAR O EXAME DO LÍQUOR?
SUGESTÕES
47
Pacientes com indicação clínica de doenças autoimunes / doenças
desmielinizantes:
48