Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vasconcelos
28/10/2014
Para relembrarmos Meningite:
• Tríade clássica:
– Vômitos
– Cefaleia
– Febre
Sinais:
• Rigidez de nuca
• Brudzinski (positivo quando há flexão dos membros inferiores
durante flexão passiva do pescoço).
• Kernig – positivo quando o paciente, em
decúbito dorsal com um joelho e quadril
fletidos a 90º, não consegue estender esse
joelho mais de 135º e/ou flexiona
involuntariamente o outro quadril).
• Lasegue - Paciente em decúbito dorsal e
membros inferiores estendidos, examinador faz
flexão passiva da coxa sobre a bacia. Positivo:
Dor na face posterior do membro examinado.
Manifestações clínicas em Neonatos
e Lactentes
• CONCEITO:
É um fluido aquoso estéril (ultrafiltrado do sangue)
presente no espaço intracraniano, preenchendo o
sistema ventricular, o canal central da medula e os
espaços subaracnóides craniano e raquiano.
Sangue LCR
REIS, J.B, et al, Semiologia do LCR, Líquido Cefalorraquidiano. Ed Sarvier, SP, 1980, cap V.
Líquido Cefalorraquidiano - LCR
• Funções:
• Principais indicações:
– Infecções do SN e seus envoltórios;
– Processos granulomatosos com imagem inespecíficas;
– Processos desmielinizantes;
– Leucemias e linfomas (estadiamento e tratamento);
– Imunodeficiências;
– Processos infeciosos com foco indeterminado;
– Hemorragia subaracnóide.
FAGÓCITO
CITOLOGIA LINFÓCITO
PROTEÍNA
GLICOSE
BIOQUÍMICA LACTATO
CLORETO
AUMENTO DE PROTEÍNA. SE
PROTEÍNA NORMAL = ALTERAÇÃO
REAÇÃO DE PANDY QUALITATIVA. FENOL X
GLOBULINAS. EX: INFEC CRÔNICAS.
SUBSTITUÍDO POR VDRL E
IMUNOGLOBULINAS
GRAM – BACTERIOSCOPIA
ZIEHL – BACILOSCOPIA
MICROBIOLOGIA TINTA DA CHINA
CULTURAS
LÁTEX MENINGITIS
IMUNOLOGIA LÁTEX CRYPTOCOCCUS
VDRL
COMAR, Ricardo Samuel. Análise citológico no LCR, 2011.
PROTEÍNAS
HIPERproteinorraquia:
Meningites
Tumores do SNC
Neuropatia periférica
Bloqueio espinhal por tumor
medular
Hemorragia subaracnóidea
Hérnia de disco
• HIPOprotoeinorraquia:
• Hipertensão intracraniana
• Leucemias
• Hipertireoidismo
1- ASPECTO
• LCR Normal : Límpido
– DEPENDE : Nº células, concentração de proteína e
microrganismos em suspensão
• CLASSIFICAÇÃO
• Límpido....................... ..até 45 Células
• Levemente Turvo........ 46 a 300 Células
• Turvo/Opalescente.... .301 a 6.000 Células
• Purulento................. Acima de 6.000 Células
2 -COR
• Incolor – normal
• Levemente xantocrômico
• Xantocrômico
• Levemente hemorrágico / eritrocrômico
• Hemorrágico / eritrocrômico
• HEMORRAGIA SUBARACNÓIDE
• Hemácias: zero
• Proteínas:
– Nível da punção:
• Ventricular: 5-15mg %
• Cisternal: 10-25 mg %
• Lombar: 10-43mg%
– RN < 120
EXEMPLO 2:
“Pleocitose com predominio linfomonocitário. Glicorraquia, proteinorraquia e
cloreto sem alterações. É um líquor muito sugestivo de etiologia viral.” (Dra.
Gabriela Uchoa)
EXEMPLO 3:
“A otite média aguda pode ser causada por diversos agentes, entre os principais, as
bactérias. O líquor apresentado, entretanto, apresenta características virais:
pleocitose discreta, glicorraquia e proteinorraquia normais. Seria um caso atípico a
coinfecção de vírus em sistema nervoso central e bactéria em ouvido médio, sendo
mais possível que a infecção de ouvido médio provoque alterações das
propriedades liquóricas. Neste caso, para confirmar o quadro como meningite
asséptica, é necessário que todas as culturas e sorologias colhidas do líquor sejam
negativas.” (Dra. Natacha Sakai)
COMENTÁRIOS
EXEMPLO 4:
“Pleocitose significativa, com predomínio linfomonocitário (LM), com
hiperproteinorraquia e glicorraquia normal. Apesar do predomínio LM ser
sugestivo de processo viral, o aumento da proteína pode sugerir alteração da
absorção, ou aumento da produção ou alteração da barreira hematolíquorica
(tumor, abscesso cerebral, tuberculose).” (Dra Carla Borges).
EXEMPLO 5:
“Líquor compatível com síndrome de Guillain Barré (levando em consideração a
presença de quadro clínico de fraqueza em MMII,) devido a presença de
dissociação proteino-citologica. A pleocitose, observadas em 12,9% dos casos, foi
de no máximo 18 células/mm3 e constituída por linfócitos e monócitos em estudos
realizados. A dissociação proteino-citológica esteve presente, em alguma fase da
síndrome, em 47 dos 62 pacientes (75,8%) analisados no estudo. Não ficou
demonstrado que pleocitose, dissociação proteino-citológica e níveis de
proteinorraquia possuam valor prognóstico.” (Dra. Luisa Hana). Fonte: " Líquido
cefalorraquiano (LCR) na síndrome de Guillain-Barré: análise de 62 casos / Cerebrospinal fluid (CSF) in
the Guillain-Barré syndrome: Analysis of 62 cases" - Takayanagui, Osvaldo Massaiti; Menezes, Renata
Funes de; Barbosa, José Elpidio; Jardim, Edymar. Rev. bras. neurol;29(5):152-5, out. 1993. tab.
COMENTÁRIOS
EXEMPLO 6:
“Pleocitose moderada, com predomínio de células
linfomonocitarias, com hiperproteinorraquia e
hipoglicorraquia. Apesar do LCR apresentar bioquímica
compatível com etiologia bacteriana, temos o predomínio
linfomonocitário sugestivo de processo intracelular como
vírus, ou tuberculose, ou tumor.” (Dra. Carla Borges).
EXEMPLO 7:
“Este é um exemplo de líquor hemorrágico, que pode
representar acidente de punção ou hemorragia
subaracnóidea. Na evidência de acidente de punção,
considera-se que a cada 500 hemácias encontradas, 1
célula deverá ser descontada da citorraquia. Neste
exemplo, o líquor seria considerado normal, isto é, com
celularidade nula.” (Dra. Carla Borges).
COMENTÁRIOS
EXEMPLO 8:
“Pleocitose não tão significativa – 60 células, com predomínio
linfomonocitario 80%, 20% neutrofilico; inexistência de hemácias;
hiperproteinorraquia 60mg%; hipoglicorraquia 30mg%; cloretos normais.
Analisando os dois LCR (exemplos 1 e 8), o paciente apesar de estar em
tratamento para meningite D10, não preenche todos os critérios para alta
hospitalar levando em consideração apenas as alterações liquóricas, uma vez
que a taxa máxima permitida de nautrofilo é de 10%. São critérios de alta
liquórica: células <60; neutrófilos <10%; proteínas <60mg%; Glicose até
20mg%; bacterioscopia negativa.” (Dra. Camila Cavalli).
EXEMPLO 9:
“Pleocitose não tão significativa de 130 células, com predomínio
linfomonocitário e eosinofilia de 18%; hiperproteinorraquia; hipoglicorraquia;
cloretos normais. Prováveis diagnósticos: neurocisticercose, esquistossomose,
toxoplasmose, amebiase, meningites idiopatica após hemorragia
subaracnoide e após mielografia. Deve-se investigar hábitos de vida e
procedência do paciente para melhor investigação diagnóstica.” (Dra. Camila
Cavalli).
OBRIGADA (O)