Você está na página 1de 12

PATOLOGIA CLÍNICA

VETERINÁRIA

Análise das efusões


ou derrames
cavitários
DISCUSSÃO DE CASOS

Profa. MsC/PhD Miriam Nogueira Teixeira

UFRPE/DMV - Patologia Clinica Veterinaria


A égua apresenta uma anemia moderada macrocítica
devido à desidratação e a contração esplênica (dor)
desencadeada por uma depressão da eritrogênese
(RDW normal), aliada ao processo inflamatório e
infeccioso (ADI).
No leucograma foi observado processo infeccioso
grave com sinais de sepse.

Análise da efusão cavitária


Classificação:
CLASSIFICAÇÃO DAS EFUSÕES CAVITÁRIAS
TRANSUDATO EXSUDATO
EXAME FÍSICO
COR Incolor ou amarelo pálido Amarelado, esbranquiçado, avermelhado
ODOR Inodoro Desagradável
Translúcido, ralo, aquoso, sem
ASPECTO Turvo, espesso, com debris celulares
debris celulares
Equinos :
EXAME QUÍMICO
< 2,5
PROTEÍNA <3 g/dL >3 g/dL
pH Alcalino Ácido
EXAME MICROSCÓPICO
CÉLULAS
<1000/mm³ >7000/mm³
NUCLEADAS
Equinos : BACTÉRIAS Ausentes Presentes ou não
neutrófilos > Alguns linfócitos, raros Pode conter eritrócitos, neutrófilos
linfócitos EXAME
neutrófilos, algumas células íntegros ou degenerados, linfócitos e
MICROSCÓPICO
mesoteliais eosinófilos em proporções variadas
NÃO ASSOCIADOS A
ASSOCIADO A INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
A égua apresenta uma anemia moderada macrocítica
devido à desidratação e a contração esplênica (dor)
desencadeada por uma depressão da eritrogênese (RDW
normal), aliada ao processo inflamatório e infeccioso (ADI).
No leucograma foi observado processo infeccioso grave com
sinais de sepse.

Análise da efusão cavitária


Classificação: Exsudato séptico . Hemorrágico

Lesão de alça intestinal


Peritonite séptica
CASO 1 – HOVET/UFRPE
Nina, fêmea, canina, SRD, aproximadamente 2 anos. Resgatada da rua há poucos meses. Má condição geral,
icterícia, mucosas hipocoradas, dor à palpação renal. Punção de líquido peritoneal ( abdominal).
EXAME FÍSICO - QUÍMICO
EXAME FÍSICO EXAME QUÍMICO
Cor pré-centrifugação Róseo - Leitoso pH 7,5

Aspecto pré-centrifugação Turvo Sangue oculto ++

Cor pós-centrifugação Amarelo Pálido


Aspecto pós-centrifugação Límpido

Densidade Específica 1.026

Proteínas 3,4 g/dL Classificação:


Coagulação Negativa exsudato asséptico

EXAME CITOLÓGICO
Contagem total de hemácias (CTH) 237.200 células/µl
Contagem total de células nucleadas (CTCN) 69.000 células/µl
Macrófagos 2%
Eosinófilos 1%
Neutrófilos 95 %
Linfócitos 1%
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
Fundo de lâmina com poucas hemácias. Não foram observadas plaquetas, nem microrganismos. Neutrófilos
íntegros. Foram visualizadas algumas figuras de eritrofagocitose e raras figuras de picnose.
CASO 1 – CADELA. NINA

Classificação:
exsudato asséptico

Liquido peritoneal
Coloração róseo leitoso
Vários neutrófilos íntegros
CASO 2 – HOVET /UFRPE
Aaron, macho, canino, 1 anos e 11 meses, rottweiler. Emagrecimento
progressivo, tratou para doença do carrapato, efusão pleural.
EXAME FÍSICO EXAME FÍSICO - QUÍMICO EXAME QUÍMICO
Cor pré-centrifugação Vermelho – Leitoso pH 7,0
Sangue oculto +++
Aspecto pré-centrifugação Turvo

Cor pós-centrifugação Branco – Leitoso

Aspecto pós-centrifugação Turvo

Densidade Específica 1.036 TESTES BIOQUÍMICOS

Proteínas 5,1 g/dL Colesterol (Líquido) 165,0 mg/dL


Coagulação Negativa
Triglicerídeos (Líquido) 341,6 mg/dL
EXAME CITOLÓGICO
Colesterol (Sérico) 229,4 mg/dL
Contagem total de hemácias (CTH) 60.000 células/µl
Triglicerídeos (Sérico) 61,5 mg/dL
Contagem total de células nucleadas 3.200 células/µl
(CTCN)
Mesotelial 14 % Neutrófilos 7%

Macrófago 6% Eosinófilos 1%
Linfócitos 72%

AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA
Foi observado predomínio de linfócitos (72%), com presença de pequenos e médios; e predomínio de pequenos linfócitos com
morfologia íntegra. Células mesoteliais (14%), reativas e em pequenos aglomerados; macrófagos (6%) apresentando citoplasma
espumoso e neutrófilos (7%) apresentando moderada degeneração. Alguns macrófagos continham lipídio fagocitado. Foram
observadas raras figuras de eritrofagocitose. Fundo de lâmina contendo poucas hemácias. Não foram observadas plaquetas, nem
microrganismos.
CLASSIFICAÇÃO: EFUSÕES DE DESORDENS ESPECÍFICAS

 EFUSÃO QUILOSA (QUILO)(ruptura  EFUSÃO PSEUDO-QUILOSA


do ducto linfático)  Raras
 Quilomicrons – triglicerídeos rico em  Não contém quilo
lipoproteínas  Contém debris celulares,
 Proteína > 3g/dl
complexo globulina e colesterol
 Até 10.000 células nucleadas  Em humanos: efusões pleurais
(pequenos linfócitos/mL)
de longa duração
 Não clareia após a centrifugação

 COLESTEROL LÍQUIDO <  COLESTEROL LÍQUIDO >

COLESTEROL SÉRICO COLESTEROL SÉRICO


 TRIGLICERÍDEO LÍQUIDO  TRIGLICERÍDEO LÍQUIDO

> TRIGLICERIDEO SÉRICO < TRIGLICERIDEO SÉRICO


CASO 2 – AARON, CANINO
CASO 2 – AARON, CANINO

UFRPE/DMV - Patologia Clinica Veterinaria


CASO 2 – AARON, CANINO

Macrófago com citoplasma espumosos. Pequenos linfócitos. Linfócito reativo

https://www.acvs.org/small-animal-es/chylothorax- quilotorax em cães - colégio americano de cirurgia veterinária

UFRPE/DMV - Patologia Clinica Veterinaria


https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/SMOC-AKMJDL -
Aspectos laboratoriais e epidemiológicos das efusões cavitárias caninas - Flávio Herberg de Alonso

Você também pode gostar