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equipados e complementada pela análise bioquímica e exame microscópio do
sedimento urinário (STRASINGER, 1996).
A análise dos constituintes bioquímicos da urina, normalmente, é realizada
através de tiras reagentes, objetivando tornar a determinação de elementos da urina
mais rápida, simples e econômica. As tiras reativas de urina constituem um meio
prático, capaz de realizar dez ou mais análises bioquímicas clinicamente
importantes, como pH, ácido ascórbico, proteínas, glicose, cetonas, hemoglobina,
bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, densidade e leucócitos (LIMA et al., 2001).
A análise microscópica do sedimento urinário consiste na busca de células e
partículas presentes na urina (eritrócitos, leucócitos, bactérias, cilindros, entre
outros). Embora a análise do sedimento forneça informações essenciais sobre o
estado funcional dos rins, o exame de urina é um procedimento de alta demanda
que requer trabalho laboratorial manual intenso, é pouco padronizado e gera um
custo elevado aos laboratórios, pois para se que obtenha resultados de qualidade há
a necessidade de mão de obra qualificada (BOTTINI et al., 2006).
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OBJETIVO
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METODOLOGIA
Exame Físico
Pegou-se as amostras e cuidadosamente homogeinizou-se e observou-se a
cor e anotou-se (amarelo palha, claro, ouro, cítrico, escuro, avermelhado,
esverdeado, etc), posteriormente analisou-se o aspecto que tinham (límpido,
levemente ou ligeiramente turvo) e para finalizar o processo de análise física
observou-se se estavam com algum tipo de depósito (leve, moderado ou intenso).
(Fonte: http://www.ufrgs.br/lacvet/urina_fisico.html)
Exame Químico
Pegou-se tubos falcon e numerou-se sequencialmente para respectivas
amostras a serem analisadas. Cuidadosamente transferiu-se para o tubo 10 mL de
urina e passou-se a fita reativa levemente sobre um papel absorvente colocou-se a
fita posta lateralmente para retirada do excesso de urina que pode ocorrer a
contaminação de outras reações químicas a serem analisas na mesma fita.
Realizou-se a leitura dentro de 30 a 60 segundos para que não ocorra falsos
resultados e contaminação exterior e anotou-se os resultados.
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(fonte: www.saudecominteligencia.com.br)
Procedimento técnico
Logo após da realização do exame químico colocou-se os tubos com as
amostras em uma centrífuga e centrifugou-se entre 1.500 a 2.000 rpm durante 5
minutos. Posteriormente transferiu-se 2 mL das urinas centrifugadas para outros
tubos identificado para realizar-se a confirmação de proteína.
Deixou-se 1 mL das urinas no tubo falcon juntamente com o sedimento
urinário.
Análise microscópica
Homogeneizou-se a urina junto ao sedimento e logo após colocou-se 2 uL do
em uma câmara K-cell para leitura. Iniciou-se a análise na objetiva de 10x até
focalizar-se os círculos (campos) delimitadores de leitura, após a focalização mudou-
se a objetivo de 40x e iniciou-se a contagem presencial de hemácias, leucócitos,
cilindros, células epiteliais, filamentos de muco, bactérias, parasitas e cristais nos 9
círculos. Posteriormente multiplicou-se os números achados de hemácias e
leucócitos por 1.000x e identificou-se a presença dos outros achados de raros,
frequentes e numerosos.
(fonte: http://www.equiparlab.com.br/produtos/detalhes/1338-l-mina-an-lise-de-sedimentos-urin-
rios-precision-cell)
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Teste de Proteína:
Após separar-se 2 mL das urinas centrifugadas em outro tubo, colocou-se 0,5
mL de ácido sulfossalicílico 3% escorrendo-o pela parede do tubo. Contra a luz
observou-se o aparecimento ou não de um halo com aspecto turvo, se o resultado
for positivo o resultado é expresso como: traços ou cruzes (+, ++, +++) de proteínas.
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RESULTADO E DISCUSSÃO
CASO 1
Cód. 012405-25
KBL, 18 anos, sexo feminino
URINA TIPO 1
Exame Químico
pH: 6.0 5.0 a 7.0
Glicose: negativo negativo
Proteínas: negativo negativo
Cetonas: negativo negativo
Hemoglobina: negativo negativo
Bilirrubinas: negativo negativo
Nitrito: positivo negativo
Sedimentoscopia
Leucócitos: 191.000/ mL até 7.000/ mL
Hemácias: < 5.000/ mL até 5.000/ mL
Cilindros: ausentes
Cristais: frequentes oxalatos de cálcio
Filamento de muco: frequentes
Células epiteliais: raras
Parasitas: ausentes
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Bactérias: numerosas
UROCULTURA
ANTIBIOGRAMA
Amicacina: Sensível
Amoxicilina/Ácido Clavulânico:Sensível
Ampicilina: Sensível
Aztreonam: Sensível
Cefalotina: Intermediário
Cefotaxina: Sensível
Ciprofloxacina: Sensível
Cloranfenicol: Sensível
Gentamicina: Resistente
Imipenem: Sensível
Kanamicina: Sensível
Sulfazotrim: Sensível
Tetraciclina: Sensível
Ticarciclina: Sensível
Ticarcilina/Ácido Clavulânico: Sensível
Tobramicina: Intermediário
Ácido Nalidixico: Sensível
Ácido Pipemídio: Sensível
Nitrofurantoína: Sensível
orfloxacina: Sensível
Cefoxitina: Intermediário
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Discussão:
Analisando os resultados obtidos, pode-se notar que a amostra se encontra
fora dos padrões de normalidade de uma pessoa saudável.
O caso tem uma sugestiva de uma infecção urinária, devido a diversos
achados que característica de primeiro momento, como leucócitos em altos níveis e
presença numerosa de bactérias. Para confirmação de um resultado positivo é
devido que a análise, seja prolongada para outro setor como a microbiologia onde
será feita uma cultura de meio específico para analisar se encontra algum tipo de
crescimento bacteriano fora flora normal e a realização de um antibiograma para
observar a sensibilidade que a possível bactéria terá ao entrar em contato com o
antimicrobiano.
As alterações de uma urina, pode ser por diversos fator, como:
Segurar por muito tempo
Fístulas no sistema urinário ou digestivo
Limpar-se de trás para frente após evacuar (mulheres)
Baixa da imunidade, como ocorre na gravidez ou no uso de
imunossupressores, por exemplo
Pré-disposição genética
Uso de sondas
Alterações hormonais
Doenças neurológicas
Infecção ginecológica
A infecção do trato urinário (ITU) é afecção muito comum, e responde por grande
parte dos processos infecciosos, comunitários e hospitalares. Caracteriza-se pela
presença de microrganismos nas vias urinárias, habitualmente, bactérias, seja na
bexiga, próstata, sistema coletor ou rins (CORREA, 2010).
Os microrganismos uropatogênicos colonizam o intestino grosso e a região
perianal. Nas mulheres, pode haver colonização do vestíbulo vaginal e do introito
uretral e, posteriormente, ocorre ascensão para a bexiga e/ou rins. Em condições
normais, há competição entre esses uropatógenos e a flora vaginal, constituída
predominantemente por lactobacilos. A colonização da vagina é facilitada,
principalmente, pelo uso de antibióticos e pela má higiene perineal. A migração para
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a uretra e bexiga é desencadeada, principalmente, pela atividade sexual, pelo uso
de contraceptivos com espermicida, e pela alteração do pH vaginal, que pode
ocorrer com a alteração da flora pelo uso de antibióticos e pelo hipoestrogenismo
que, habitualmente, ocorre na menopausa (CORREA, 2010).
Portanto, após a realização dos exames de urocultura e antibiograma, com a
confirmação da presença de bactéria (Escherichia coli) e sua sensibilidade
antimicrobiana, a sugestiva é que o paciente encontra-se dentro de um quadro de
infecção decorrente de uma bactéria intestinal e presença de oxalatos de cálcio
frequentemente deve ao caso do paciente não estar se hidratando corretamente ou
pode ser devido à alimentação.
CASO 2
Cód.: 132411-25
G. F. F. C, 26 anos, sexo feminino
URINA TIPO 1
Exame Químico
pH: 5.5 5.0 a 7.0
Glicose: negativo negativo
Proteínas: negativo negativo
Cetonas: negativo negativo
Hemoglobina: (+) negativo
Bilirrubinas: negativo negativo
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Nitrito: negativo negativo
Sedimentoscopia
Leucócitos: < 7.000/ mL até 7.000/ mL
Hemácias: 42.000/ mL até 5.000/ mL
Cilindros: ausentes
Cristais: ausentes
Filamento de muco: raros
Células epiteliais: raras
Parasitas: ausentes
Bactérias: ausentes
BACTERIOSCOPIA
CULTURA
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ANTIBIOGRAMA
Amicilina/Ácido Clavulânico: sensível
Ampicilina: resistente
Aztreonam: resistente
Cefalotina: resistente
Cefataxina: sensível
Cefoxitina: resistente
Ciprofloxacina: sensível
Gentamicina: sensível
Imipenem: sensível
Kanamicina: sensível
Sulfazotrin: sensível
Tetraciclina: sensível
Tobramicina: sensível
Resultado: negativo
Material: sangue
Método: Imunocromatografia
Discussão:
Analisando o caso, pode-se notar que o paciente está com a urina fora do
padrão normal de um saudável.
A presença anormal de sangue (hematúria) na urina é um caso que se deve
ser estudado de perto por especialistas segundo os urologistas.
A urina é produto da filtragem do sangue por parte dos rins e é constituída
por água onde se encontram diluídas substâncias eliminadas pelo seu organismo. A
urina é depois transportada pelos ureteres até à bexiga, onde é armazenada até
haver a oportunidade de uma micção. Aí, a urina atravessa a próstata e a uretra,
nos homens, e apenas a uretra, nas mulheres. A hematúria pode, assim, ter origem
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em todas estas estruturas e é importante que se saiba qual a sua origem (LEITÃO,
2010).
Ela poder ser um sinal de doença grave, nomeadamente de neoplasias do
aparelho urogenital. Deve, portanto, haver um elevado grau de suspeição na sua
abordagem e diagnóstico. A causas pode ser: Infecção urinária, prostatite, uretrite,
neoplasias da bexiga ou de próstata, traumatismo, medicamentos anticoagulantes
ou antiagragantes plaquetário entre outros (LEITÃO, 2010).
A hematúria pode ser macroscópica, ou seja, visível a olho nu, ou
microscópica, ou seja, apenas detectada com uma análise de urina.
Em condições normais, aproximadamente um milhão de eritrócitos são
eliminados pela urina diariamente, o que corresponde, num sedimento urinário
centrifugado examinado ao microscópio, a 1 a 3 eritrócitos por campo. Embora
exista alguma controvérsia, considera-se que estamos na presença de hematúria,
quando se detecta um número superior a este, numa amostra de urina (ABREU;
REQUIÃO-MOURA; SESSO, 2015).
Portanto, a sugestiva do caso é um problema renal que o paciente se
encontra no momento ou início/fim do período menstrual e não informou o
laboratório e o médico responsável.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, O. A.; SOARES J. B.; GRECO J. B.; GALIZZI J.; CANÇADO J. M. Métodos de
laboratório aplicados à clínica: Técnica e interpretação. 8. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2001, 231p.
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