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Biomedicina
Grupo Literatus Educacional
15 pag.
1. RESUMO
O presente relatório busca expor a aula prática de Bioquímica Básica, na qual foram
realizados procedimentos que visaram o entendimento do exame EAS, nas suas três etapas:
física, química e sedimentoscopia. O qual é de fundamental importância na vida profissional
de um Biomédico.
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA
A análise da urina para o diagnóstico de doenças tem sido usada por muitos
séculos, sendo um dos procedimentos laboratoriais mais antigos utilizado na prática médica.
A amostra de urina pode ser considerada com uma biópsia do trato urinário, obtida sem a
necessidade de procedimento invasivo. Seu exame fornece informações importantes, de forma
rápida e econômica, seja para o diagnóstico e monitoramento de doenças renais e do trato
urinário seja para a detecção de doenças sistêmicas e metabólicas não diretamente
relacionadas com o rim.
Como a exatidão da análise da urina é dependente da qualidade da amostra, todos
os cuidados devem ser tomados para que a amostra de urina seja colhida, armazenada e
transportada adequadamente.
Tipos de amostras de urina A amostra de escolha para realização do exame de
urina é a primeira urina da manhã, de jato médio, após período não inferior a 4 horas de
permanência da urina na bexiga. É recomendado que a coleta seja realizada após 8 horas de
repouso, isto é, antes da realização das atividades físicas habituais do indivíduo e,
preferencialmente, em jejum.
Na impossibilidade de se colher a primeira urina da manhã, pode-se obter,
alternativamente, amostra de urina dita aleatória. Neste caso a coleta pode ser realizada em
qualquer momento do dia.
A amostra obtida de colheita aleatória pode ser usada para a análise, porém está
mais freqüentemente associada com resultados falso negativos e falso positivos. Visando
minimizar estes resultados recomenda-se que a amostra de urina seja colhida após período
não inferior a 4 horas da última micção.
Outros métodos de coleta de urina incluem: cateterismo vesical, punção
suprapúbica e o uso de sacos coletores pediátricos. Para todos, a coleta requer
obrigatoriamente a assistência de profissional do laboratório treinado adequadamente.
Com exceção da punção suprapúbica e do cateterismo vesical, as amostras de
urina são obtidas pelo paciente através de micção espontânea. Assim, o laboratório deve
prover orientações suficientes, ou mesmo acompanhar a coleta, visando garantir amostra de
urina livre de contaminação fecal, secreção vaginal, esmegma, pêlos pubianos, pós, óleos,
loções e outros materiais estranhos. Não se deve recuperar urina de fraldas.
O EAS é o exame de urina mais simples. Colhe-se 40-50 ml de urina em um
pequeno pote de plástico. Normalmente solicitamos que se use a primeira urina da manhã e
que se despreze o primeiro jato. Essa pequena quantidade de urina serve para eliminar as
impurezas que possam estar no canal urinário. Em seguida enche-se o recipiente com o jato
do meio.
Não é obrigatório que seja a primeira urina do dia.
A urina deve ser colhida idealmente no próprio laboratório, pois quanto mais
fresca estiver, mais confiável são seus resultados. Um intervalo de mais de 2 horas entre a
coleta e a avaliação normalmente invalidam qualquer resultado, principalmente se urina não
tiver sido mantida sob refrigeração.
O EAS é divido em 3 etapas. A primeira, o teste físico é feito a olho nu, a segunda
através de reações químicas e a terceira por visualização de gotas da urina pelo microscópio.
Na primeira parte a olho nu verifica-se a cor, aspecto e cheiro.
A cor da urina emitida por indivíduos normais varia de amarelo-citrino a amarelo
âmbar fraco, segundo a concentração de pgmentos urocrômicos e, em menor medida de
urbilina, uroeritrin, uroporfirinas, riboflavinas, etc. Quandoe m repouso a urina escurece
provavelmente pela oxidação de urobilinogênio. Existem vários fatores e constituintes que
podem alterare a cor da uirna, incluindo substâncias ingeridas, atividade física, assim como
diversos compostos presentes em situações patológicas. As cores comumente encontradas são:
Amarelo clara: é encontrada em pactes poliúricos, diabetes melito e insípido,
insuficiência renal avançada, elevado consumo de líquidos, medicação diurética e ingestão de
álcool.
Amarelo escuro ou castanho: freqüente nos estados oligúricos, anemia perniciosa,
estados febris, início de icterícia (presença anormal de bilirrubina), exercício vigoroso e
ingestão de arirol, mpacrina, ruibarbo e furandantoínas.
Alaranjada ou avermelhada: é comum em presença de hematúria, hemoglobinúria,
mioglobinúria, icterícias hemolíticas, porfirinúrias, e no empredgo de anilina, eosina,
fenolftaleína, rfocina, sulfanol, tetranol, trional, xantonina, beterraba, vitamina A, derivados
de piridina, nitrofurantoína, fenindiona e contaminação menstrual.
Marrom-escuro ou enegrecida: ocorrre no carcioma de bexigam glomerulonefrite
aguda, meta-hemoglobonúria, alcaptonúria, febres palustres, melanoma maligno e uso de
metildopa ou levodopa, metronidazol, argirol e salicilatos.
Azulada ou esverdeada: deve-se à infecção por pseudomonas, icterícias antigas,
tifo, cólera e pela a utilização de azul de Evans, azul de metileno, rboflavina, amitripilina,
metocarbamol, cloretos, infican, fenol e santonina (em pH ácido).
Esbranquiçada ou branco leitosa: está presente na quilúria, lipidúria maciça,
hiperoxalúria primária, fosfatúria e enfermidades purulentas do trato urinário.
Na segunda etapa parte mergulha-se na urina uma fita (dipstick). Cada fita
possuiu vários quadradinhos coloridos compostos por substâncias químicas que reagem com
determinados elementos da urina. Após 1 minuto, compara-se a cores dos quadradinhos com
uma tabela de referência que costuma vir na embalagem das próprias fitas do EAS.
-Densidade
- pH
- Glicose
- Proteínas
- Hemácias (sangue)
- Leucócitos
- Cetonas
- Urobilinogênio e bilirrubina
- Nitrito
- Cristais
- Células epiteliais e cilindros
não contêm esterase leucocitária. Como os leucócitos podem sofrer lise na urina, a pesquisa
da esterase leucocitária é útil na detecção de enzima derivada de células que não são mais
visíveis à microscopia. A presença de leucócitos na urina em número significativo está
relacionada, mais comumente, com infecção urinária (pielonefrite e cistite). Outros processos
inflamatórios do trato genito-urinário podem levar ao aumento de leucócitos sem a presença
debacteriúria. O limite de detecção da Uriquest se encontra entre 10 e 20 leucócitos/
microlitro, portanto, qualquer resultado entre negativo e 25 leucócitos/microlitro pode ter
significado clínico.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
• Amostra biológica
• Fita reagente
• Lâminas
• Lamínulas
• Papel toalha
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
No teste físico, a olho nu foi identificada a cor amarelo claro, aspecto límpido de
cheiro sui gêneris, caracterizando uma amostra de urina normal. A urina normal é
essencialmente composta de água, tem coloração variável entre o incolor e o amarelo
No teste químico feito com fita reagente, obeteve-se os resultados (tabela 1):
A densidade na fita é indicada pela cor verde escuro, no resultado apresentou uma
coloração verde oliva, estimando quantitativamente uma densidade de 1,020, considerada
normal.
SEDIMENTOSCOPIA
Resultado Valor de referência
Células epiteliais Positivo -
Muco Ausente -
Hemácias 3 a 5 por campo Menos que 3 a 5 hemácias por campo
Leucócitos Positivo Menos de 5 células por campo
Bactérias Flora bacteriana aumentada -
Leveduras Ausente Ausente
Trichomonas Ausente Ausente
Cilindros Presente Ausente
Cristais Presente Ausente
As tiras devem ser armazenadas no recipiente original que deve ser mantido bem
tampado;
Exposição das tiras à luz solar direta,vapores químicos e umidade ambiental pode
afetar as áreas de reação ; Não tocar nas áreas de reação;
Figura 2: Piócito
Figura 3: Hemácias
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS
VALLADA, EP. Manual de Exames de Urina. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 1999.