Você está na página 1de 16

Relatório Urinálise

Biomedicina
Grupo Literatus Educacional
15 pag.

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
1

1. RESUMO

O presente relatório busca expor a aula prática de Bioquímica Básica, na qual foram
realizados procedimentos que visaram o entendimento do exame EAS, nas suas três etapas:
física, química e sedimentoscopia. O qual é de fundamental importância na vida profissional
de um Biomédico.

1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
2

A análise da urina para o diagnóstico de doenças tem sido usada por muitos
séculos, sendo um dos procedimentos laboratoriais mais antigos utilizado na prática médica.
A amostra de urina pode ser considerada com uma biópsia do trato urinário, obtida sem a
necessidade de procedimento invasivo. Seu exame fornece informações importantes, de forma
rápida e econômica, seja para o diagnóstico e monitoramento de doenças renais e do trato
urinário seja para a detecção de doenças sistêmicas e metabólicas não diretamente
relacionadas com o rim.
Como a exatidão da análise da urina é dependente da qualidade da amostra, todos
os cuidados devem ser tomados para que a amostra de urina seja colhida, armazenada e
transportada adequadamente.
Tipos de amostras de urina A amostra de escolha para realização do exame de
urina é a primeira urina da manhã, de jato médio, após período não inferior a 4 horas de
permanência da urina na bexiga. É recomendado que a coleta seja realizada após 8 horas de
repouso, isto é, antes da realização das atividades físicas habituais do indivíduo e,
preferencialmente, em jejum.
Na impossibilidade de se colher a primeira urina da manhã, pode-se obter,
alternativamente, amostra de urina dita aleatória. Neste caso a coleta pode ser realizada em
qualquer momento do dia.
A amostra obtida de colheita aleatória pode ser usada para a análise, porém está
mais freqüentemente associada com resultados falso negativos e falso positivos. Visando
minimizar estes resultados recomenda-se que a amostra de urina seja colhida após período
não inferior a 4 horas da última micção.
Outros métodos de coleta de urina incluem: cateterismo vesical, punção
suprapúbica e o uso de sacos coletores pediátricos. Para todos, a coleta requer
obrigatoriamente a assistência de profissional do laboratório treinado adequadamente.
Com exceção da punção suprapúbica e do cateterismo vesical, as amostras de
urina são obtidas pelo paciente através de micção espontânea. Assim, o laboratório deve
prover orientações suficientes, ou mesmo acompanhar a coleta, visando garantir amostra de
urina livre de contaminação fecal, secreção vaginal, esmegma, pêlos pubianos, pós, óleos,
loções e outros materiais estranhos. Não se deve recuperar urina de fraldas.
O EAS é o exame de urina mais simples. Colhe-se 40-50 ml de urina em um
pequeno pote de plástico. Normalmente solicitamos que se use a primeira urina da manhã e
que se despreze o primeiro jato. Essa pequena quantidade de urina serve para eliminar as

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
3

impurezas que possam estar no canal urinário. Em seguida enche-se o recipiente com o jato
do meio.
Não é obrigatório que seja a primeira urina do dia.
A urina deve ser colhida idealmente no próprio laboratório, pois quanto mais
fresca estiver, mais confiável são seus resultados. Um intervalo de mais de 2 horas entre a
coleta e a avaliação normalmente invalidam qualquer resultado, principalmente se urina não
tiver sido mantida sob refrigeração.
O EAS é divido em 3 etapas. A primeira, o teste físico é feito a olho nu, a segunda
através de reações químicas e a terceira por visualização de gotas da urina pelo microscópio.
Na primeira parte a olho nu verifica-se a cor, aspecto e cheiro.
A cor da urina emitida por indivíduos normais varia de amarelo-citrino a amarelo
âmbar fraco, segundo a concentração de pgmentos urocrômicos e, em menor medida de
urbilina, uroeritrin, uroporfirinas, riboflavinas, etc. Quandoe m repouso a urina escurece
provavelmente pela oxidação de urobilinogênio. Existem vários fatores e constituintes que
podem alterare a cor da uirna, incluindo substâncias ingeridas, atividade física, assim como
diversos compostos presentes em situações patológicas. As cores comumente encontradas são:
Amarelo clara: é encontrada em pactes poliúricos, diabetes melito e insípido,
insuficiência renal avançada, elevado consumo de líquidos, medicação diurética e ingestão de
álcool.
Amarelo escuro ou castanho: freqüente nos estados oligúricos, anemia perniciosa,
estados febris, início de icterícia (presença anormal de bilirrubina), exercício vigoroso e
ingestão de arirol, mpacrina, ruibarbo e furandantoínas.
Alaranjada ou avermelhada: é comum em presença de hematúria, hemoglobinúria,
mioglobinúria, icterícias hemolíticas, porfirinúrias, e no empredgo de anilina, eosina,
fenolftaleína, rfocina, sulfanol, tetranol, trional, xantonina, beterraba, vitamina A, derivados
de piridina, nitrofurantoína, fenindiona e contaminação menstrual.
Marrom-escuro ou enegrecida: ocorrre no carcioma de bexigam glomerulonefrite
aguda, meta-hemoglobonúria, alcaptonúria, febres palustres, melanoma maligno e uso de
metildopa ou levodopa, metronidazol, argirol e salicilatos.
Azulada ou esverdeada: deve-se à infecção por pseudomonas, icterícias antigas,
tifo, cólera e pela a utilização de azul de Evans, azul de metileno, rboflavina, amitripilina,
metocarbamol, cloretos, infican, fenol e santonina (em pH ácido).
Esbranquiçada ou branco leitosa: está presente na quilúria, lipidúria maciça,
hiperoxalúria primária, fosfatúria e enfermidades purulentas do trato urinário.

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
4

Volume: A medida do volume urinário apresenta interesse, somente quando


tomada do volume total emitido nas 24 horas, em função da dosagem, ou na verificação de
nictúrias, poliúrias e oligúrias. Mede-se o volume urinário em cálices ou provetas graduadas
de boa procedência, tomando-se o cuidado de utilizar vidrarias rigorosamente limpa, quando
há necessidade de realização de outros exames.
Aspecto: - Límpido (transparente)
- Opaco
- Ligeiramente turvo
- Turvo
- Muito Turva
- Leitoso
O aspecto de urina normal e recentemente emitida é límpido. Decorridas algumas
horas após a emissão, a turvação da urina perde seu significado diagnóstico, ocorrendo
precipitação dos colóides protetores, pela perda de CO2 e consequentemente, a facilitação
para a precipitação de sais, fosfatos, caboidratos e uratos, que poderão surgir com a mudança
de pH, formando grandes depósitos.
Quando a urina é alcalina, em geral há precipitação de fosfatos alcalinos, terrosos
normalmente excretados.
A urina ácida normal também pode mostrar-se turva devida à precipitação de
uratos amorfos, cristais de oxalato de cálcio ou ácido úrico. Além dos cristais amorfos, outras
substâncias causam turvação na urina leucócitos, hemácias células epiteliais e bactérias.
Também fazem o mesmo efeito os lipídeos, soro muco, linfa e contaminação externa com
talco e material de contraste radiográfico.
Quando uma amostra de urina recentemente emitida apresenta turvação é motivo
de preocupação. Causas de turvação urinária:
1. Urina ácida (urato amorfo e material de contraste radiográfico)
2. Urina alcalina (fosfato amorfos)
3. Termossolúveis (uratos amorfos, cristais de ác. Úrico)
4. Solúvel em ác. Acético diluído (hemácias, fosfatos amorfos, carbonatos)
5. Insolúvel em ác. Acético diluído (leucócitos, bactérias, leveduras,
espermatozóide)
6- Solúvel em éter (lipídeos, linfa, quilo)

Uma urina transparente, nem sempre significa normalidade.

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
5

Na segunda etapa parte mergulha-se na urina uma fita (dipstick). Cada fita
possuiu vários quadradinhos coloridos compostos por substâncias químicas que reagem com
determinados elementos da urina. Após 1 minuto, compara-se a cores dos quadradinhos com
uma tabela de referência que costuma vir na embalagem das próprias fitas do EAS.

Através destas reações e com o complemento do exame microscópico, podemos


detectar a presença e a quantidade dos seguintes dados da urina:

-Densidade
- pH
- Glicose
- Proteínas
- Hemácias (sangue)
- Leucócitos
- Cetonas
- Urobilinogênio e bilirrubina
- Nitrito
- Cristais
- Células epiteliais e cilindros

Os resultados do dipstick são qualitativos e não quantitativos. A fita identifica a


presença dessas substâncias, mas a quantificação é apenas aproximada. O resultado é
normalmente fornecido em uma graduação de cruzes de 0 a 4.
Vamos, então, aos valores de referência:
Bilirrubina: Traços que produzem cor rosada são suficientes para indicar a
presença de bilirrubina na urina e sugerir investigação adicional. A maior parte da bilirrubina
é derivada da porção heme da hemoglobina oriunda de hemácias velhas destruídas pelas
células do sistema reticuloendotelial do baço, fígado e medula óssea. A bilirrubina não-
conjugada (ou indireta) produzida é transportada na corrente sanguínea ligada à albumina,
não sendo capaz de atravessar a barreira glomerular renal. No fígado, a bilirrubina é captada
e conjugada com o ácido glicurônico, tornando-se hidrossolúvel sendo, então, capaz de
atravessar os glomérulos renais e aparecer na urina. Normalmente, a bilirrubina conjugada (ou
direta) é excretada através da bile para o intestino delgado e não está presente na urina. Sua
presença na urina é observada quando há aumento da concentração de bilirrubina conjugada
no sangue (> 1-2 mg/dL) e indica obstrução das vias biliares ou lesão de hepatócitos. Desta

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
6

forma, a detecção de bilirrubina na urina é importante na suspeita de doenças hepáticas e na


investigação das causas de icterícia.

Cetonas: As cetonas (ácidohidroxibutírico, ácido acetoacético e acetona) são


produtos do metabolismo incompleto de lipídeos e sua presença na urina está relacionada com
condições metabólicas, nas quais lipídeos, ao invés de carboidratos, são usados como fonte de
energia, como ocorre no diabetes mellitus não controlado, alcoolismo, jejum prolongado
(desidratação, vômitos, diarréia e febre) e raras doenças metabólicas hereditárias. A tira
reagente é mais sensível ao ácido acetoacético (>5 mg/dL) que à acetona (>50 mg/dL). A
escala de cores é calibrada com o ácido acetoacético.

Densidade: A densidade ou gravidade específica da urina é medida através da


concentração de íons e se baseia no fato de que com o aumento da concentração iônica ocorre
aumento da densidade. O teste, que sofre influência do pH urinário, está otimizado para
resultados exatos em pH 6,0. A medida da densidade urinária oferece informação limitada
sobre a capacidade de concentração renal, uma vez que sofre grande influência do estado de
hidratação do paciente. A densidade pode variar de 1.001 a 1.035, sendo geralmente
encontrada entre 1.015 e 1.022 em indivíduos com ingestão hídrica normal. Na disfunção
renal, como observada no diabetes mellitus, diabetes insipidus e hiperaldosteronismo, há
perda da capacidade de concentrar a urina sendo, então, detectados valores fixos iguais ou
menores que 1.010.

Glicose: A glicose é livremente filtrada pelos glomérulos e reabsorvida pelos


túbulos renais. Quando a concentração de glicose no sangue alcança valores entre 180 e 200
mg/dL, a capacidade máxima de reabsorção dos túbulos é ultrapassada e a glicose aparecerá
na urina. Este é o mecanismo de glicosúria observada no diabetes mellitus. Glicosúria na
ausência de hiperglicemia (glicosúria renal) é decorrente de distúrbio na reabsorção tubular
renal da glicose e pode ocorrer em diversas condições: desordens tubulares renais, síndrome
de Cushing, uso de corticoesteróides, infecção grave, hipertireoidismo, feocromocitoma,
doenças hepáticas e do sistema nervoso central. Glicosúria pode ocorrer , ainda, devido à
ingestão de dieta com elevada porcentagem de carboidratos. O limite de detecção da Uriquest
é 50 mg/dL. Assim, resultados positivos até 50 mg/dL podem ser considerados como
esperados em pessoas sadias.

Leucócitos: A pesquisa da esterase leucocitária é um método indireto de detecção


da presença de leucócitos na urina. Esta enzima está presente nos grânulos primários ou
azurófilos dos neutrófilos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Linfócitos e células epiteliais

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
7

não contêm esterase leucocitária. Como os leucócitos podem sofrer lise na urina, a pesquisa
da esterase leucocitária é útil na detecção de enzima derivada de células que não são mais
visíveis à microscopia. A presença de leucócitos na urina em número significativo está
relacionada, mais comumente, com infecção urinária (pielonefrite e cistite). Outros processos
inflamatórios do trato genito-urinário podem levar ao aumento de leucócitos sem a presença
debacteriúria. O limite de detecção da Uriquest se encontra entre 10 e 20 leucócitos/
microlitro, portanto, qualquer resultado entre negativo e 25 leucócitos/microlitro pode ter
significado clínico.

Nitrito: Qualquer grau de coloração laranja a rosado éindicativo de um resultado


positivo 5 sugerindo uma quantidade 10 organismos por mililitro de urina. Apesquisa de
nitrito representa testebastante útil na detecção debacteriúria assintomática. O teste do nitrito
indica presença de bactérias na urina que são capazes de converter nitrato em nitrito ,
podendo auxiliar no diagnóstico da infecção urinária. Bactérias que convertem nitrato em
nitrito incluem, principalmente, bactérias gram-negativo como Escherichia coli, Proteus,
Klebsiella, Citrobacter, Aerobacter, Samonella, além de algumas cepas de Pseudomonas e
raras de Staphylococcuse Enterococcus.

pH: Normalmente a urina é discretamente ácida (pH 5,0 ou 6,0). A determinação


do pH não constitui, isoladamente, índice da capacidade renal de excreção de ácidos,
apresentando valor limitado na investigação de disfunções renais. Urina alcalina
freqüentemente indica que a amostra foi mantida à temperatura ambiente por mais de 2 horas,
entretanto, quando colhida e armazenada adequadamente, pode sugerir infecção urinária.

Proteína: O teste é particularmente sensível à albumina e menos sensível às outras


proteínas. Apesar de ocorrer uma excreção de proteínas na urina de indivíduos sadios (até 15
mg/dL), a Uriquest detecta valores iguais ou maiores que 30 mg/dL. A detecção de proteínas
é provavelmente o achado isolado mais sugestivo de doença renal. Proteinúria por aumento da
permeabilidade glomerular ocorre em glomerulonefrites, nefrite lúpica, amiloidose, obstrução
da veia renal , nefroesclerose , pré-eclâmpsia e nefropatia diabética. Proteinúria devida a
desordens tubulares ocorre na pielonefrite, necrose tubularaguda , rimpolicístico, intoxicação
por metaispesados e vitamina D, hipopotassemia,Doença de Wilson, Síndrome de Fanconi e
galactosemia.Outras condições podemlevar a proteinúria: proteinúriapostural (3 a 5% de
adultos jovenssadios), estado febril, exercício físicovigoroso, exposição prolongada ao frio ou
calor, estresse emocional einsuficiência cardíaca congestiva.

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
8

Sangue: A presença de sangue naurina pode ser confirmada atravésda detecção na


urina de hemáciasíntegras - hematúria (5 hemácias/microlitro de urina) ou de hemoglobina-
livre hemoglobinúria (0,015mg/dL de urina). A hematúria resultade sangramento em qualquer
pontodo trato urinário desde o gloméruloaté a uretra, podendo ser devidodoenças renais,
infecção, tumor,trauma, cálculo, distúrbios hemorrágicosou uso de anticoagulantes.
Ahemoglobinúria pode resultar dehemólise intravascular, no tratourinário ou na amostra de
urina apósa colheita. A diferenciação entrehematúria e hemoglobinúria éclinicamente
importante, porém, como as hemácias na urina são rapidamente lisadas, a ausência
dehemácias à microscopia não afasta hematúria ou confirma a hemoglobinúria.

Urobilinogênio: A bilirrubinaconjugada liberada no intestinodelgado com a bile é


desconjugadapor ação de bactérias da microbiotaindígena intestinal. A bilirrubinalivre é,
então, reduzida a urobilinogênio,estercobilinogênio emesobilirrubinogênio que são
transformados em pigmentos que dão a cor habitual das fezes. Parte do urobilinogênio
produzido retorna ao sangue, através da circulação enterohepática. A maior parte do
urobilinogênio reabsorvido é removido pelo fígado e uma pequena porção é excretada na
urina (<1 mg/dL). Quando há produção elevada de bilirrubina (anemias hemolítica e
megaloblástica) observa-se aumento do urobilinogênio reabsorvido, com conseqüente
aumento da eliminação deste na urina. Nas disfunções ou lesões hepáticas (hepatites, cirrose
e insuficiência cardíaca congestiva), o fígado torna-se incapaz de remover o urobilinogênio
reabsorvido tornando sua pesquisa na urina positiva. Outras condições onde há aumento do
urobilinogênio urinário incluem: estados de desidratação e febril. O teste da Uriquest não é
afetado por interferentes que produzem resultados falso positivos na reação de Ehrlich.
Resultados iguais ou maiores que 2,0 mg/dL devem ser considerados como positivos ou
patológicos.

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
9

2. MATERIAIS E MÉTODOS

• Amostra biológica

• Fita reagente

• Estante para 20 tubos

• Centrífuga para 16 tubos de 10 15 ml

• Lâminas

• Lamínulas

• Pincel para retroprojetor

• Tubos de ensaio PVC côncavos c/ tampa

• Papel toalha

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
10

Nas amostras disponibilizadas no laboratório foi realizado o POPS


(Procedimentos Operacionais Padrão), também chamado de fase pré-analítica, onde
identificou-se a amostra com nome, idade e sexo com pincel no corpo e na tampa dos
coletores, foi feita a preparação da a amostra onde as amostras foram transferidas para tubos
de ensaio de 10 mL identificados, acondionando-as em estante para tubos de ensaio. Em
seguida foram feitos o teste físico e químico. Para o teste químico foi utilizado à fita reagente
(figura 1). O teste físico foi feito a olho nu.

Figura 1: Fita reagente para urinálise.

A análise do sedimento (Sedimentoscopia) foi realizada de acordo com as


diretrizes do NCCLS (National Committee for Clinical Laboratory Standards – USA) GP16-
A24, onde 10 mL de amostra de urina é centrifugada por 5 a 15 minutos a 1480 rpm (rotações
por minuto) e após o descarte do sobrenadante, o centrifugado (0,5 mL) é ressuspendido e 20
μL da suspensão são colocados entre lâmina e lamínula para análise microscópica em um
aumento de 400 vezes.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

No teste físico, a olho nu foi identificada a cor amarelo claro, aspecto límpido de
cheiro sui gêneris, caracterizando uma amostra de urina normal. A urina normal é
essencialmente composta de água, tem coloração variável entre o incolor e o amarelo

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
11

(dependente da dieta, atividades físicas e principalmente da ingestão de água), e carreia


substâncias de excreção, resultantes do metabolismo do organismo.

No teste químico feito com fita reagente, obeteve-se os resultados (tabela 1):

Tabela 1: Resultado do Teste Químico

Resultado do Teste Químico


Resultado Valor de referência
Densidade 1025 1.005 a 1.035;
pH 6 5-7
Glicose Negativo Ausente
Proteínas Negativo Menos que 10 mg/dL ou 0,05 g/L
Sangue Negativo Menos que 10.000 células por mL
Bilirubina Negativo Negativo
Urobilinogênio Negativo Normal
Nitrito Negativo Negativo
Leucócitos Negativo Menos 10.000 células por mL
Ácido ascórbico Ausente -

O pH na fita reagente tem a cor salmão, no resultado apresentou a cor salmão


claro, estimando a quantitativa de pH 6,0 considerado normal.

A densidade na fita é indicada pela cor verde escuro, no resultado apresentou uma
coloração verde oliva, estimando quantitativamente uma densidade de 1,020, considerada
normal.

A proteína é indicada pela cor amarela, no resultado permaneceu a mesma cor


indicando normalidade para proteína.

A glicose é representada pela cor verde piscina, no resultado a cor permaneceu


inalterada, indicando glicose normal.

A cetona é indicada pela cor rosa, que também permaneceu inalterada.

O sangue é representado pela cor amarela permanecendo inalterada no resultado.

A bilirubina, o urobilinogênio, o nitrito e o leucócito também permaneceram


inalterados, indicando resultado normal para a amostra analisada.

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
12

Tabela 2: Microscopia do Sedimento (Sedimentoscopia)

SEDIMENTOSCOPIA
Resultado Valor de referência
Células epiteliais Positivo -
Muco Ausente -
Hemácias 3 a 5 por campo Menos que 3 a 5 hemácias por campo
Leucócitos Positivo Menos de 5 células por campo
Bactérias Flora bacteriana aumentada -
Leveduras Ausente Ausente
Trichomonas Ausente Ausente
Cilindros Presente Ausente
Cristais Presente Ausente

Na sedimentoscopia, o resultado indicou a presença de bactérias, uma grande


quantidade de piócitos (figura 2), raras hemácias (figura 3) e presença de células epiteliais
(figura 4), indicando uma infecção urinária, contradizendo o teste químico que apresentou
tudo ausente. E isso se deve a algum problema na fita reagente, para qual deve-se ter os
seguintes cuidados e precauções:

As tiras devem ser armazenadas no recipiente original que deve ser mantido bem
tampado;

As áreas reagentes são estáveis e mantém o desempenho especificado até a data


de expiração indicada no rótulo quando o frasco é mantido em temperaturas inferiores a 30
ºC. Não armazenar em refrigerador.

Remover do frasco somente a quantidade de tiras necessária para uso imediato;

Exposição das tiras à luz solar direta,vapores químicos e umidade ambiental pode
afetar as áreas de reação ; Não tocar nas áreas de reação;

Usar somente urina recente, bem homogeneizada e não centrifugada. Observar o


tempo correto de leitura das reações. Para a tira Uriquest a leitura das reações deve ser feita
em 60 segundos e entre 60 e 120 segundos para Leucócitos. Não realizar a leitura após 120
segundos.

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
13

Figura 2: Piócito

Figura 3: Hemácias

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
14

Figura 4: Célula Epitelial

4. CONCLUSÃO

O conhecimento deste tipo de exame é essencial para a vida profissional de um


biomédico. Deve-se ter boa infra-estrutura de modo a promover uma adequada condição de
trabalho, armazenamento e processamento do material além de equipamentos calibrados e
matéria-prima específica e de qualidade. A uroanálise é simples, rápida e de fácil diagnostico
para presença de alterações, porém com muita cautela deve ser realizada. A correta análise da
lâmina trará resultados que se analisados em conjunto com outros exames poderão dar
informações importantes para que o profissional de saúde possa fazer o diagnostico preciso e
garantir o melhor tratamento para o paciente.

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)
15

5. REFERÊNCIAS

HENRY, J. B. Diagnósticos Clínicos e Tratamentos por Métodos Laboratoriais. São


Paulo: Ed. Manole, 1999.

MEDEIROS, A. Semiologia do Exame Sumário de Urina. Rio de Janeiro, Guanabara, 1981.

MOURA, R de A. Técnicas de Laboratório. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2002.

MULLER, O. Laboratório para o Clínico. 8. ed. São Paulo: Atheneu, 1999.

VALLADA, EP. Manual de Exames de Urina. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 1999.

Document shared on https://www.docsity.com/pt/relatorio-urinalise/4764042/


Downloaded by: alice-cristina-5 (lice.bk@gmail.com)

Você também pode gostar