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Uroanálise
Introdução a uroánalise
Objetivo:
Estudo da urina
Reavivar a utilidade do exame de urina.
Fornecer o conhecimento necessário à correta interpretação do
exame sumário de urina e do sedimento urinário.
Proteinúria
Hematúria
Uroanálise
Exame urinário
Consiste em riqueza de informações uteis no que diz respeito a doenças
envolvendo os rins e o trato urinário inferior. Pode ser utilizado para avaliação
diagnóstica de distúrbios funcionais (fisiológicos) e estruturais (anatômicos) dos
rins e trato urinário inferior, bem como para acompanhamento e obtenção de
informações prognósticas.
Uroanálise
EXAME
CLINICA
SEDIMENTOCOSPIA
QUIMICO
Ao coletar a amostra por jato médio, os pacientes devem ser orientados para
realizar a assepsia antes de coletar a amostra, e sempre desprezar a 1° porção
da urina
Realizar a assepsia antes de coletar a amostra, e sempre desprezar a 1°
porção da urina
A assepsia em mulheres, deve ser realizada através de uma cuidadosa
lavagem da vulva e intróito vaginal com água e sabão, enquanto que nos
homens, faz-se a assepsia da glande e meato uretral.
Para coletar a amostra por jato médio de micção espontânea, deve-se deixar.
que, uma porção da urina seja expelida no vaso sanitário antes de coletar a
amostra, dessa forma, elimina-se a 1° porção da urina, para evitar possíveis
contaminações.
Propriedades Físicas, cor, odor e turvação.
Cor Turvação
Sangue, hemoglobina, bilirrubina. Precipitação de fosfatos sem
importância clínica
Corantes alimentares Quilúria, leucocitúria, hematúria
Medicamentos
Avaliação da amostra
VOLUME
O determinante principal do volume urinário é a ingestão hídrica. O volume
varia também com a perda de fluidos por fontes não renais (por ex.
transpiração ), variação na secreção do hormônio antidiurético, e
necessidade de excretar grandes quantidades de soluto.
Procedimento:
A determinação do volume se faz através de provetas graduadas
rigorosamente
limpas. Na análise, o volume só tem valor clínico se o volume total de urina for
colhido nas 24 horas.
COLORAÇÃO:
A cor da urina é devido a um pigmento denominado urocromo, que é um
produto do metabolismo endógeno, produzido em velocidade constante. A
coloração indica de forma grosseira, o grau de hidratação e o grau de
concentração de solutos.
Procedimento:
Observar macroscopicamente a coloração da urina.
Coloração da urina normal:
• Amarelo-claro
• Amarelo-citrino
• Amarelo-escuro
• Âmbar
Condições que alteram a coloração da urina:
Presença anormal de bilirrubina:
amarelo-escuro ou âmbar (com espuma
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amarela)
Doenças hepáticas: amarelo-esverdeado, castanho ou esverdeado.
Urina com hemáceas: desde rosa, vermelho ( observar em urinas de mulher, se
o paciente não se encontra no período menstrual).
Urina com hipúria ou quilúria: branco (está relacionado com a obstrução
linfática e ruptura dos vasos linfáticos).
Medicamentos:
Laranja – fanazpiridina, (pirydium), fenindiona (hedulin)
Vermelha – sene e ruibarbo (laxantes a base de antraquinona), levodopa (
L-dopa) , fenolsulfonftaleína (corante para teste de função renal),
Castanho – nitrofurantoína (furadantin), metronidazol (flagyl), sorbitol de ferro,
furazolidona ( furaxone),
Verde – metocarbamol (robaxin).
Densidade
pH
ASPECTO
Refere-se à transparência da amostra de urina. A urina normal, recém
eliminada geralmente é límpida, podendo apresentar certa opacidade devido a
precipitação de cristais , presença de filamentos de muco e células epiteliais
na urina de mulher.
Procedimento:
Uroanálise
PROTEÍNA
A urina normal contém quantidades muito pequena de proteínas, em geral,
menos de 10 mg/dl ou 150 mg por 24 horas. Esta excreção consiste
principalmente de proteínas séricas de baixo PM (albumina ) e proteínas
produzidas no trato urogenital ( Tamm – Horsfall ).
PROCEDIMENTO:
O método da fita reagente utiliza o princípio do “erro dos indicadores pelas
proteínas”, dependendo do fabricante, a área para determinação de proteínas
na tira contém tetrabromofenol ou tetraclorofenol e um tampão ácido para
manter o pH em nível constante. O teste com fita reagente é sensível a
albumina, e o teste de precipitação ácida é sensível a todas as proteínas
indicando a presença tanto de globulinas quanto de albumina, portanto, quando
o resultado da fita for positivo, deve ser confirmado com o método ácido
sulfossalicílico( método de turvação).
RESULTADO:
• Negativo
• Traços ( +1, +2, +3 )
INTERFERENTES: Quando a urina é muita alcalina, anula o sistema de
tamponamento, produzindo uma elevação do pH e uma mudança da cor,
dando um resultado falso positivo. Resultados falso negativo ocorrem
com a contaminação do recipiente da amostra com detergente
GLICOSE:
Em circunstâncias normais, quase toda a glicose filtrada pelos
glomérulos é reabsorvida pelo túbulo proximal, através de transporte ativo, e
por isso a urina contém quantidades mínimas de glicose. O limiar renal é de
160 a 180 mg/dl.Um paciente com diabetes mellitus apresenta uma
hiperglicemia, que pode acarretar uma glicosúria quando o limiar renal para
a glicose é excedido.
PROCEDIMENTO:
Uroanálise
a leitura
Cetonúria
Nitritos
Bilirrubina e urobilinogénio
EXAME MICROSCÓPICO
Exame Qualitativo do sedimento urinário e exame quantitativo do sedimento
urinário tem a finalidade de detectar e identificar os elementos insolúveis que
acumulam na urina durante o processo de filtração glomerular e a passagem
do líquido através dos túbulos renais e trato urinário inferior.
Os elementos são: hemácias, leucócitos, cilindros, células epiteliais, bactérias,
leveduras, parasitas, muco, espermatozoide, cristais e artefatos.
METODOLOGIA:
ACHADOS MICROSCOPICOS
Avaliação Microscópica
(do sedimento urinário)
LEUCÓCITOS
Aparecem como esferas granulosas, com cerca de 12um de diâmetro,
possuem grânulos citoplasmáticos e núcleos lobulados. São rapidamente
lisados na urina hipotônica (diluída), ou alcalina, aproximadamente 50% são
perdidos após 2 a 3 horas na urina em repouso e em temperatura ambiente,
portanto, a realização de um exame imediato após a coleta é fundamental.
Denomina-se leucócito, aos glóbulos brancos que conservam suas
características morfológicas intactas, reservando o termo piócitos aos
elementos degenerados que abundem as infecções purulentas
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BACTÉRIAS
CILINDROS
Os cilindros são formados no interior da luz do túbulo contornado distal e ducto
coletor, suas formas são representativas da luz do túbulo, consistindo de lados
paralelos e extremidades arredondadas, o tamanho, depende da área de sua
formação. O principal componente é a proteína de Tamm-Horsfall, uma
glicoproteína excretada pela porção grossa ascendente da alça de Henle e pelo
túbulo distal.Nas doenças renais, eles estão presentes em grande quantidade e
sob várias formas, a quantidade aumentada de cilindros, indica que a
doença renal é disseminada e que vários néfrons encontram-se
envolvidos. Também podem estar presente em indivíduos normais, após um
exercício físico severo. Os cilindros são classificados de acordo com sua
matriz, tipo de inclusão e tipo celular presente no seu interior.
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TIPOS DE CILINDROS
HIALINO
“granular, muddy
brown casts”
CEROSOS
Cristais
É comum encontrar cristais na urina. Deve-se proceder à identificação para ter
certeza de que não representam anormalidades. São formados pela
precipitação dos sais de urina submetidos a alterações de pH, temperatura, ou
concentração que afeta a solubilidade. Um pré-requisito para a identificação de
cristais, é o conhecimento do pH urinário.
Ácido Úrico; Urato; Oxalato de Cálcio; Fosfato de Cálcio;
Colesterol, Tirosina, Cistina
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FILAMENTOS DE MUCO
O muco é um material protéico (mucina ou fibrina), produzido por glândulas e
células epiteliais do trato urogenital. Na microscopia, aparecem estruturas
filamentosas com baixo índice de refração, exigindo observação em luz de
baixa intensidade. Não é considerado clinicamente significativo. Resultado: a
quantificação de muco é dada em cruze.
ARTEFATOS
Caso clínico 1
Doente sexo feminino, 36 anos;
AP:
Sem AP relevantes.
Recorre ao SU por dor lombar, náuseas, vómitos e
febre com calafrio.