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EXAME DE URINA

Coleta e manipulação de amostras

Há três regras importantes quanto aos cuidados com a amostra


de urina:
1. A amostra deve ser colhida em recipiente limpo e seco.
Recomenda-se o uso de recipientes descartáveis – elimina a
possibilidade de contaminação decorrente de lavagem
incorreta.
2. O recipiente de amostra deve ser devidamente etiquetado
com o nome do paciente, data e hora da colheita.
Importante: as etiquetas dever ser colocadas sobre o
recipiente e não sobre a tampa.
3. A amostra deve ser entregue imediatamente ao laboratório e
analisada dentro de uma hora.
EXAME DE URINA
Coleta e manipulação de amostras
As amostras mantidas à temperatura ambiente por mais de uma hora podem
apresentar as alterações abaixo:
1. Aumento do pH decorrente da degradação da uréia e sua conversão em
amônia por bactérias produtoras de urease;
2. Diminuição da glicose em decorrência de glicólise e de sua utilização pelas
bactérias;
3. Diminuição das cetonas em decorrência de volatilização;
4. Diminuição da bilirrubina por exposição à luz;
5. Diminuição do urobilinogênio por sua oxidação e conversão em urobilina;
6. Aumento do nitrito em decorrência da redução do nitrato pelas bactérias;
7. Aumento do número das bactérias;
8. Aumento da turvação, causada por proliferação bacteriana e possível
precipitação de material amorfo
9. Desintegração das hemácias e dos cilindros;
10.Alterações na cor devidas à oxidação ou à redução de metabólitos.
EXAME DE URINA
Coleta e manipulação de amostras
Urina tipo I - exame qualitativo

Primeira urina da manhã – exame bacteriológico e microscópico do


sedimento urinário
Procedimento
a) Realizar higiene pessoal com água e sabão; enxaguar bastante e secar
com toalha limpa,
b) Desprezar o primeiro jato da urina (10 a 20 ml),
c) Colher o jato seguinte “jato médio” em recipiente esterilizado, não
encostar o frasco nas genitais
d) Não colocar a parte interna da tampa em contato com a pia, vaso
sanitário ou dedos
e) Levar a amostra imediatamente ao laboratório, caso contrário manter a
urina em geladeira (máximo 30 minutos)
f) Não transportar a urina em contato com o sol,
Caso não consiga coletar a primeira urina da manhã – reter a urina por 4
horas ou retenha a urina o máximo possível – informar ao laboratório o
tempo de retenção
EXAME DE URINA
Coleta e manipulação de amostras
Urina 24hs

Detectar composição quantitativa da urina: eliminação de uréia, cloretos,


glicose, hormônios, proteinas, etc.
Procedimento
a) Coletar a urina em frascos de plásticos estéreis, de preferência
graduados (coletador de urina 24 hs) ou lavar dois frascos de 1 litro
(garrafas pet) com abundância de água,
b) Desprezar a primeira micção da manhã
c) Recolher todas as micções posteriores até o dia seguinte, inclusive a
primeira micção matinal do dia seguinte,
d) Manter os frascos devidamente fechados na geladeira
e) Recolher as urinas antes do banho e antes de evacuar
f) Recomenda-se evitar ingestão de medicamentos
EXAME DE URINA
Coleta e manipulação de amostras
Amostra colhida duas horas após a refeição (pós-prandial)

Colher a amostra duas horas depois da refeição – o tempo é marcado a partir


do início da refeição,
Faz-se a prova de glicosúria e os resultados são utilizados principalmente
para monitorar a terapia com insulina em portadores de diabetes melito,
Pode-se fazer uma avaliação mais completa do estado do paciente
comparando os resultados da amostra colhida duas horas após a refeição e
os da amostra colhida em jejum.
EXAME DE URINA
Coleta e manipulação de amostras

Amostra para teste de tolerância à glicose (TTG)

As amostras de urina e sangue são colhidas no mesmo instante,


Na maioria das vezes as amostras são colhidas em jejum, depois de meia
hora, depois de uma hora, depois de duas horas e depois de três horas,
consecutivamente após a ingestão de carga de glicose necessária
Na análise é feita a verificação de glicosúria e cetonúria, e os resultados
são registrados juntamente com os da glicemia
Avalia-se a capacidade do paciente de metabolizar determinada
quantidade de glicose e correlacionar com o limiar renal para glicose.
EXAME DE URINA
Coleta e manipulação de amostras
Amostras pediátricas
Existem coletores de plástico transparente com adesivos que se prendem à área genital
de meninos e meninas, para a coleta de amostras de rotina
Deve-se ter cuidado para não tocar o interior da bolsa durante a aplicação.
EXAME DE URINA
Exame de urina compreende
a) Exame físico,
b) Exame químico (qualitativo e quantitativo),
c) Exame microscópico,
d) Exame bacteriológico,

EXAME FÍSICO
VOLUME
Adulto: 800 a 1500 ml/24hs – variação – alimentação, exercício físico, temperatura ambiente e
quantidade de líquido ingerido

Oligúria (volume urinário diminuído):


Poliúria (volume urinário aumentado): Nefrite aguda,
Diabete melito e insípido, Moléstias cardíacas e pulmonares,
Amiloidose renal, Febre,
Rim contraído, Diarréia,
Frio, Vômito,
Polidipsia psicogênica, Desidratação,
Ingestão excessiva de líquidos Nefropatia tubular tóxica,
Enfarte hemorrágico do rim
EXAME DE URINA
EXAME FÍSICO
COR
Normal: amarelo ou amarelo âmbar

Cor Causa provável


Laranja Riboflavina (vitamina B2), nitrofurantoína
(antibiótico) e cenoura
Amarelo intenso amostra concentrada
Laranja brilhante Pyridium
Amarelo-esverdeada Bilirrubina oxidada e convertida em biliverdina
Vermelha Hemácias, hemoglobina, mioglobina, beterraba
e contaminação menstrual
Marrom a preta Melanina, ácido homogentísico, metildopa ou
levodopa, derivados do fenol
Incolor Urina muito diluída
Azul-esverdeada Amitriptilina, infecção por Pseudomonas
EXAME FÍSICO EXAME DE URINA
ASPECTO OU APARÊNCIA
Amostra normal: transparente ou límpida
Termo utilizados para descrever a aparência são:
Transparente,
Opaca,
Ligeiramente turva,
Turva,
Muito turva,
Leitosa
As quatro substâncias que mais provoca turvação são:
Leucócitos
 Hemácias
 Células epiteliais
 Bactérias
Outras substâncias:
Lipídios
Sêmen
Muco
Cristais
Levedura,
Contaminação externa: talco, cremes vaginais e material de contraste radiográfico.
EXAME DE URINA

EXAME FÍSICO

Recém-eliminada: odor característico – sui generis


Odores não comuns:
ODOR Fétido, desagradável – infecções bacterianas
Adocicado ou de frutas – presença de corpos cetônicos
do diabetes
EXAME DE URINA
EXAME FÍSICO

Avalia a capacidade de reabsorção renal


Normal: 1.002 a 1.035 (média 1,015 – 1,025)
Métodos:
DENSIDADE Densímetros (urinômetros)
Refratômetro
Fita (colorimétrico)
Doença renal
Desidratação
Refratômetro
Determina a concentração das partículas dissolvidas na amostra medindo o índice de refratividade.
Índice de refratividade: é uma comparação da velocidade da luz no ar com a velocidade da luz na
solução.
Essa velocidade depende da concentração das partículas dissolvidas presentes na solução e
determina o ângulo de passagem da luz através da solução.
Volume da amostra: 1 a 2 gotas
EXAME DE URINA
EXAME QUÍMICO
TIRAS REATIVAS
Meio simples e rápido de realizar dez ou mais
análises bioquímicas clinicamente
importantes:
pH,
Proteínas,
Glicose,
Cetonas,
Sangue,
Bilirrubina,
Urobilinogênio,
Hemoglobina,
Nitrito,
Leucócitos,
Densidade
São constituídas por pequenos quadrados de papel absorvente impregnados com
substâncias químicas e presos a uma tira de plástico.
Papel absorvente entra em contato com a urina – ocorre uma reação química com
produção de uma mudança cromática
EXAME DE URINA
QUÍMICO
Técnica de emprego da tira reativa
Mergulhar a tira completa e rapidamente em uma amostra de urina homogeneizada,
Retirar o excesso de urina encostando a borda da tira no recipiente, à medida que ela
vai sendo retirada,
Esperar o tempo especificado para que ocorra a reação – varia conforme o teste e
fabricante – desde reação imediata para o pH até 120 segundos para os leucócitos.
Recomenda-se que as reações sejam lidas a partir dos 60 segundos mas nunca além
dos 120 segundos.
Comparar a cor da tira com a tabela cromática fornecida pelo fabricante.
Boa iluminação é essencial para a precisão das interpretações das reações de cor.
Erros durante o procedimento:
Tira mergulhada na urina por muito tempo poderá ocorrer a lavagem dos reagentes
da tira,
Presença de urina em excesso na tira após a sua retirada da amostra poderá
ocorrer a passagem de uma substância química para o quadriculado adjacente
produzindo distorções nas cores.
Recomendação: secar as bordas da tira em papel absorvente e mantê-la na posição
horizontal durante a comparação com a tabela de cores.
EXAME DE URINA
QUÍMICO

Controle de qualidade e armazenagem das tiras reativas


Cuidados com as tiras reativas
1. Guardá-las com dessecante em um recipiente opaco e bem fechado.
2. Guardá-las em lugar fresco mas não refrigerado.
3. Não as expor a vapores voláteis.
4. Não usar depois do período de validade.
5. Usar no período de seis meses depois de abertas (descartar mesmo se
estiver na validade).
6. Não usar as tiras reativas que tiverem perdido a cor.

Controle de qualidade
1. Testar os frascos abertos de tiras reativas com controles positivos e negativos
conhecidos a cada turno de pessoal.
2. Avaliar os resultados dos controles que estejam fora dos padrões fazendo
novas provas.
3. Utilizar controles positivos e negativos com frascos recém-abertos de tiras
reativas.
4. Registrar todos os procedimentos de controle e os números de lotes das tiras
EXAME DE URINA
EXAME QUIMICO

pH
Pulmões e rins – principais reguladores do equilíbrio ácido-básico do organismo. Essa
regulação ocorre pela formação de hidrogênio na forma de íons amônio, de fosfato de
hidrogênio e de ácidos orgânicos fracos, e pela reabsorção de bicarbonato do filtrado
dos túbulos contorcidos.
pH normal: 4,5 a 8,0

Significado clínico:
Importante na detecção de possíveis distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem
metabólica ou respiratória,
 Acidose respiratória ou metabólica: não relacionada com distúrbios da
função renal haverá produção de urina ácida,
Acidose respiratória ou metabólica:urina alcalina
Incapacidade renal de produzir ou reabsorver ácidos ou bases
Precipitação de cristais e formação de cálculos: pH é importante na identificação
de cristais observados durante o exame microscópico do sedimento urinário.
Determinação de amostras insatisfatórias: o pH da urina recém-eliminada não
atinge 9 em condições normais nem anormais – ocorre em amostra indevidamente
conservada – solicitação de nova amostra.
EXAME QUIMICO
EXAME DE URINA
pH

Urina ácida
 Dieta rica em proteínas de carne
Urina alcalina
 Dieta vegetariana devido à formação de bicarbonato
Fita reagente
Variação: 5 a 9
2 indicadores: vermelho de metila (ativo na faixa de 4,4 a 6,2 produz uma mudança do vermelho
para amarelo) e azul de bromotimol (ativo na faixa de 6,0 a 7,6 e produz uma mudança de amarelo
para azul)
Variações: laranja (pH 5) passando pelo verde até o azul escuro (pH 9)
Não há substância que interfira na medida do pH urinário com tiras reativas.
Proteína
Normal: 10 mg/dl ou 150 mg/24hs – proteínas baixo peso molecular (inferior 70.000 daltons) –
albumina, globulinas, enzimas
Proteinúria – confirmar com segundo teste (outro método e em amostras repetidas)
Confirmação – proteinúria: urina 24h – medir excreção protéica
Detecção dos tipos de proteínas – eletroforese de proteínas séricas e urinárias
Significado clínico:
Lesão glomerular
Distúrbios de reabsorção tubular das proteínas filtradas
Aumento dos níveis séricos de proteínas
EXAME QUIMICO
EXAME DE URINA
Proteína

Proteína de Bence Jones


Mieloma Múltiplo: distúrbio proliferativo dos plasmócitos produtores de imunoglobulina – soro
contém níveis muito elevados de imunoglobulinas monoclonais de cadeias leves (proteína de
Bence Jones)
Essa proteína de baixo peso molecular é filtrada em quantidades que ultrapassam a capacidade de
reabsorção tubular sendo excretada na urina.
Teste discriminatório:
Essa proteína coagula em temperaturas entre 40°C e 60°C e dissolve quando a temperatura atinge
100°C – difere das outras proteínas que permanecem em coagulação.

Microalbuminúria
Ocorre em diabéticos que apresentam nefropatia com redução da filtração glomerular excretando
albumina.
Microalbuminúria designa uma proteinúria que não pode ser detectada pelas tiras reativas usadas
rotineiramente.
Os valores são registrados como taxa de excreção de albumina (TEA) em ug/min ou como mg/24
horas.
É considerada importante quando se observa uma excreção de 20 a 200 ug/min ou de 30 a 300
mg/24 horas em dois terços das amostras num período de seis meses.
Há necessidade de métodos imunológicos: radioimunoensaio, imunoensaio fluorescente e
enzimático entre outros.
Proteína
EXAME DE URINA
Pesquisa
a) Tiras reagentes
Indicador: azul de tetrabromofenol tamponado pH 3 ou tetraclorofenol-tetrabromossulfoftaleína
Amarela: ausência (negativo)
Verde a azul: à medida que a concentração de proteína aumenta (traços, 1+, 2+, 3+, 4+), os
fabricantes também fornecem um valor semiquantitativo em miligramas por decilitro
correspondente a cada mudança de cor
Confirmação com testes quantitativos
b) Teste pelo calor
c) Pelo ácido nítrico concentrado
d) Pelo ácido sulfossalicílico
Teores aproximados de proteinúria – urina testada com ácido sulfossalicílico

GRAU DO PRECIPITADO PROTEÍNA


Turvação observável traços
Turvação visível sem granulação +
Turvação e granulação sem ++
floculação
Turvação com granulação e +++
floculação
Aglomerados protéicos ++++
EXAME DE URINA
Glicose
Normal: urina contém quantidades mínimas de glicose porque toda a glicose filtrada pelos
glomérulo é reabsorvida no túbulo contorcido proximal
Essa reabsorção é realizada por transporte ativo e atende às necessidades de glicose no
organismo
O nível sanguineo em que cessa a reabsorção tubular é chamado de “limiar renal” nesse caso é
de 160 a180 mg/dl - glicosúria
Pesquisa
a) Tiras reagentes: método da glicose oxidase:
Glicose + oxigênio Glicose oxidase ácido glicurônico + H2O2
H2O2 + cromógeno peroxidase cromógeno oxidado + água (mudança de cor)
Cromógenos: orto-toluidina: rosa – púrpura. Sensibilidade de 100mg/dl de glicose
Iodeto de potássio: azul – castanho entre outros cromógenos
b) Reativo de Benedict – teste de redução do cobre
Colocar 2,5ml do reativo em tubo de ensaio, ferver, adicionar 4 gotas de urina e
observar (1 minuto em ebulição)
Solução azul (límpida): resultado negativo, passa pelo verde, amarelo laranja e chega
ao vermelho-tijolo
EXAME DE URINA
Glicose
Significado clínico:
 Diabetes mellitus – exame complementar - urina 24hs – gravidade do caso
 Reabsorção tubular deficiente: Síndrome de Fanconi, doença renal avançada – glicosúria sem
hiperglicemia
Cetonas
Pesquisa
a) Tiras reagentes:
Reação de nitroprussiato de sódio (nitroferricianeto de sódio).
Nessa reação o ácido acetoacético em meio alcalino reage com o nitroferricianeto de
sódio – cor púrpura
Falso positivo: levodopa em grande concentração, metildopa e captopril
Falso -: amostras conservadas incorretamente
b) Teste em tubo de ensaio: Reativo de Rothera:
Saturar 4ml de urina com o reativo (nitroprussiato de sódio e sulfato de amônio) –
depósito de sulfato de amônio no fundo do tubo de ensaio,
Inclinar o tubo e deixar correr cuidadosamente algumas gotas de amoníaco
concentrado
Deixar em repouso – aparecimento de anel roxo: presença de acetona
EXAME DE URINA
Cetona
Significado clínico
 Estados metabólicos: diabetes mellitus
 Aumento das necessidades metabólicas: jejum prolongado, estados febris (crianças), vômitos
Sangue

Pesquisa
a) Tiras reagentes:
Heme
H2O2 + cromógeno atividade peroxidase
cromógeno oxidado + H2O (coloração)
Cromógenos:
Dimetilbenzidina (ortotoluidina)
Tetrametilbenzidina
Presença de hemoglobina: cor uniforme – cor verde até azul
Presença de hemácias: formação de pequenas manchas
Interferentes:
Falso positivo: contaminação menstrual, peroxidase bacteriana
EXAME DE URINA
Sangue

Significado clínico:
 HEMATÚRIA: cálculos renais, glomerulonefrite, pielonefrite, tumores, trauma, exposição a
produtos ou drogas tóxicas,
 HEMOGLOBINÚRIA: reações transfusionais, anemia hemolítica, queimaduras graves,
infecções.
MIOGLOBINÚRIA: destruição muscular: traumatismo muscular, coma prolongado, doenças
musculares atróficas
Mioglobina: proteína encontrada no tecido muscular, produz coloração vermelha na urina
transparente, e transparente no soro
Para pesquisar a mioglobina na urina:
Acrescentam-se 2,8 gramas de sulfato de amônio a 5 ml de urina centrifugada, misturar e repousar
a amostra durante 5 minutos, filtrar a urina e passar na tira reativa
Princípio: hemoglobina é precipitada pelo sulfato de amônio restando a mioglobina no
sobrenadante
Cor vermelha desaparecer com o precipitado: positivo para hemoglobina
cor vermelha permanecer no sobrenadante na urina: positivo para mioglobina
Provas específicas: eletroforese, espetrofotometria de absorção, etc.
Observação:
Hematúria: hemácias íntegras – urina vermelha e opaca – exame sedimento urinário
Hemoglobinúria: há hemólise – urina vermelha e transparente
EXAME DE URINA

Bilirrubina

Hemoglobina – ferro + proteína (globina) + protoporfirina


Células do sistema retículo endotelial

Bilirrubina + albumina (sangue)


urobilina
Fígado (conjugada ao ácido glicurônico)
Excretado

Bactérias
Urobilinogênio intestino ducto biliar

Bilirrubina na urina: conjugada (hidrossolúvel) – ciclo normal de


degradação é interrompido pela obstrução do ducto biliar ou quando
a integridade do fígado está comprometida permitindo o seu
extravasamento para a circulação.
EXAME DE URINA
Bilirrubina
Pesquisa
a) Tiras reagentes:
Urina recente – bilirrubina conjugada hidrolisa rapidamente
Cromógeno: sal de diazônio 2,4-dicloroanilina ou 2,6-diclorobenzeno-diazônio-
tetrafluorborato
Coloração: bronze ou rosa até violeta
b) Prova de Harrison – prova de oxidação
5 ml urina + 5ml solução de sulfato de bário – misturar e filtrar em papel de filtro (
bilirrubina ligada ao sulfato de bário fica retida ao papel filtrante) - pingar 3 a 5
gotas do reagente de Fouchet sobre o precipitado no papel de filtro
Coloração verde – presença de bilirrubina
Reagente de Fouchet:cloreto férrico disolvido em ácido tricloracético – propriedade
de oxidar a urina.
Significado clínico
 Obstrução do ducto biliar
 Lesão hepática – hepatite e cirrose
 Doença hemolítica – não há bilirrubina urinária – aumento da bilirrubina não
conjugada (associada à albumina)
Urobilinogênio
EXAME DE URINA

circulação
rins
(1mg/dl ou 2 mg/24hs)
reabsorção - intestino

bactérias
Fígado Ducto biliar intestino Urobilinogênio

oxidado

Urobilina (pigmento das fezes)


Urobilinogênio EXAME DE URINA
Pesquisa
a) Tiras reagentes:
P-dimetil-amino-benzaldeído – coloração bronze ao laranja
4-metoxibenzeno-diazônio-tetrafluorborato – rosa ao vermelho
b) Reativo de Ehrlich:
5 ml urina + 5 ml reativo – misturar – adicionar 10 ml solução saturada de acetato de sódio –
misturar - coloração rosa ou vermelha – adicionar clorofórmio – misturar – coloração rosa ou
vermelha - urobilinogênio
Significado clínico
Concentração elevada de urobilinogênio urinário
 Hepatite e cirrose: diminuição da capacidade hepática de processar o urobilinogênio
(proveniente do intestino pela circulação) – aumento do urobilinogênio filtrado
 Icterícia decorrente de distúrbios hemolíticos: aumento da bilirrubina não conjugada (destruição
de hemácias) – conjugada no fígado que passa para o intestino – grande produção de
urobilinogênio que circula e é reabsorvido em grande quantidade – sobrecarrega o fígado que
apresenta dificuldade em processar o urobilinogênio – volta pela circulação sanguinea – sobra
maior quantidade para a excreção urinária.
 Obstrução do ducto biliar: bilirrubina conjugada no fígado não passa pelos ductos – urina,
diminuição do urobilinogênio nas fezes (claras) e urina
BILIRRUBINA UROBILINOGÊNIO
Obstrução ducto biliar +++ Normal
Lesão hepática + ou - ++
Achados urinários em
pacientes com icterícia Doença hemolítica Negativo +++
EXAME DE URINA
Nitrito – bacteriúria
Princípio: capacidade de bactérias reduzir nitrato (constituinte normal da urina) a nitrito
Pesquisa
a) Tira reagente:
Meio de cultura desidratado e tetrazolium: reduzido pela multiplicação bacteriana – pontos
vermelhos
b) Prova de Griess (modificada por Sleigh)
1 ml de urina + 2 gotas da solução de nitrato de potássio a 5% - incubar 37ºC durante 4 hs –
acrescentar 1 ml do reativo
Coloração rosa ou vermelha – sugere presença de 100.000 ou mais bactérias/ml
Significado clínico
Presença de germes Gram-negativas - cultura
Leucócitos
Pesquisa
Tira reagente
Atividade enzimática da esterase leucocitária
Éster de ácido indoxilcarbônico Esterase leucocitária indoxil + sal de diazônio – cor púrpura
Significado clínico
Infecção – quantificação – exame sedimento urinário
Vantagem: indica presença de leucócitos lisados e não aparecem no exame microscócico

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