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APOSTILA DE FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM III :

1 : COLETA DE MATERIAL PARA EXAMES LABORATORIAIS:

Os principais objetivos do exame laboratorial são:


. Confirmar, estabelecer ou complementar o diagnóstico clínico.
• Fornecem elementos para o prognóstico de determinadas
doenças.
• Estabelecem critérios de normalidade.
• Delineia fatores de risco evolutivos.

Para que o laboratório clínico possa oferecer respostas


adequadas, é indispensável que o preparo do paciente e a coleta
do material a ser examinado sejam realizados obedecendo-se
determinadas regras, sem as quais toda a rotina laboratorial pode
ser seriamente prejudicada ou mesmo inviabilizada .

Fatores que interferem nos resultados:


Técnica da coleta do material
• Atividade física
• Período de jejum
• Dieta
• Administração de drogas.

Exames comuns:
Sangue
• Urina tipo I (EAS)
• Urina 24 horas
• Urocultura
• Exame de escarro
• Parasitológico de fezes
• Coprocultura.

MÉTODOS DE COLHEITA DO SANGUE :PUNÇÃO VENOSA &


PUNÇÃO ARTERIAL (GASOMETRIA ARTERIAL)

1. CUIDADOS PARA FAZER A COLHEITA ANTES:


. Identificar o paciente
• Reunir todo o material e acessórios
• Explicar o procedimento ao paciente
• Se houver necessidade de jejum, verificar que esta exigência
seja cumprida.

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2. DURANTE:
• Colocar o paciente em posição adequada para fácil acesso da
veia
• Pedir ao paciente para cerrar o punho, a fim de distender as
veias
• Selecionar uma veia para punção venosa
• Aplicar um torniquete alguns centímetros acima do local de
punção
• Limpar o local da punção venosa (em geral, com álcool
isopropílico a 70%)
.Deixar secar.
Efetuar a punção venosa introduzindo a agulha com o bisel para
cima e formando um ângulo de15º da pele
• Se for utilizado um VACUTAINER, empurrar o tubo no suporte
tão logo seja introduzido a agulha na veia. Quando o tubo estiver
cheio, removê-lo.
Outro tubo pode ser então inserido no suporte.
• Se for utilizada uma seringa, puxar o êmbolo lentamente e de
modo uniforme à medida que o sangue enche a seringa.
Transferir o sangue para tubos com tampa de cor apropriada.
• Liberar o torniquete quando o sangue começar afluir.

APÓS:
• Colocar um algodão sobre o local.
. Remover a agulha e aplicar pressão no local.
• Misturar o sangue com os aditivos nos tubos homogeneizando
suavemente os tubos.
• Descartar apropriadamente os materiais contaminados, como
agulhas, seringas e algodão.
• Rotular cada frasco de sangue
• Providenciar a entrega imediata da amostra de sangue ao
laboratório.
• Se o paciente estiver em jejum, retirar a restrição dietética.

COMPLICAÇÕES POTENCIAIS:
• SANGRAMENTO
• HEMATOMA
• INFECÇÃO
• TONTURA E DESMAIO.

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Urina:
• EXAME FÍSICO: Volume, cor, aspecto,odor, Reação e pH e
Densidade.
• EXAME QUÍMICO QUALITATIVO: Proteína,Glicose, bilirrubina e
corpos cetônicos.
• EXAME MICROSCÓPICO: cilindros,hemáceas, piócitos
• EXAME BACTERIOLÓGICO: urocultura
• A cor da urina normal varia (diversas tonalidades de amarelo),
dependendo principalmente do estado de desidratação do
paciente - piúria, hematúria, hemoglobinúria.
Volume e cor- Normal 600 a 1600 ml em 24 h (adulto)- Oligúria,
poliúria, polaciúria, anúria.
COR• Citrina a âmbar• Alaranjada• Amarela intensa• Esverdeada•
Vinho ou castanha-avermelhada• Castanha a negra• Quase
incolor• Vermelha• Verde ou azul• Leitosa opalescente• Castanho-
escura• Normal• Urina concentrada• Cenoura, beterraba•
Amitriptilina• Hemoglobina, mioglobina,beterraba• Metildopa• Urina
muito diluida• Sangue, rifocina• Azul-de-metileno,Pseudomonas•
Lipidúria, piúria• Levodopa

Aspecto e odor:
• Aspecto Imediato: Límpida
• Após algum tempo: Formação de pequenos depósitos
( leucócitos,células epiteliais, muco) denominada nubécula.
• Odor Imediato: característico
• Após algum tempo: Amoniacal
• OBS: Medicamentos - odor particular.

Exame químico qualitativo:


-Proteína: Normal – até 150 mg de proteína no volume de 24
horas,mas esta quantidade não é detectável pelos métodos
correntes de investigação.
-Proteinúria:
– traços – menos de 0,5g/l;
+ - equivalente a 1g/l;
++ - até 3g/l;
+++ - de 5 a 10 g/l;
++++ - mais de 10 g/l.

Causas da proteinúria:

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- Transitória: febre, após exercício intenso,maratonista, estado
infeccioso grave.Ortostática: pode ocorrer em pessoas normais ou
em doenças renais em fase inicial
.Processos primariamente normais:Glomerulonefrites, Sindrome
Nefrótica, Insuficiência Renal Aguda,Pielonefrite, Tumores Renais
e Litíase.
.Processos secundariamente renais:Insuficiência cardíaca,
Hipertensão Arterial, Arterites e Trombose daVeia Renal.

- Glicose:
Normal: ausente
;Glicosúria:
+ - 0,5 g%;
++ - 0,75 g%
+++ - 1 g%
++++ - 2 g%.

- Bilirrubina:
Normal: ausente;
Positiva: colúria – aumentos debilirrubina direta.

- Corpos Cetônicos: Presentes na cetoacidose diabética e na


inanição.

Exame microscópico
Pesquisar o sedimento de 10 ml de urina, após centrifugação de
5minutos a 1500 r.p.m. Usar aumento em 4000 vezes.

- Células:
Hemácias:
Normal até 3 por campo.
Aumentadas nas infecções e inflamações do trato urinário.

Piócitos:
Normal até 4 por campo.
Eliminação aumentada nos processos infecciosos e inflamatórios
do trato urinário. Na mulher, a piúria não tem o mesmo significado
que no homem, tendo em vista a contaminação vaginal da urina.

Bactérias:-
Cilindros: Cilindros hialinos: Urinas concentradas. Todos os outros
cilindros vinculam-se ao sofrimento do trato urinário(Granulosos,
hemáticos, piocitário, epiteliais, céreos e graxos).
- Cristais: Uratos
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– Urina ácida;Fosfato de cálcio e amoníaco magnesiano
– urina alcalina;
Enxofre – Administração de sulfadiazina.

Exame bacteriológico
• O plantio em meio de cultura deve ser feito no máximo uma hora
após a colheita.
• Incubação por 24-48 horas, é feito a contagem e cálculo do
número de colônias, seguidos de identificação do germe e
antibiograma.
• INDICAÇÕES: suspeita de infecção urinária; controle
evolutivo de infecção urinária; qualquer doença do aparelho
urinário principalmente obstruções e malformações; cateterismo
vesical.

• EAS :
= Exame “padrão” – É constituído pela determinação das
características físicas, elementos anormais e exame do sedimento.

• UROCULTURA
= É o “plantio – “cultivo”em meio de cultura (ágar simples – Placa
de Petri).
Coleta de amostra de urina
Interpretação:
- Abaixo de 10.000 colônias por ml – contaminação;
- Entre 10.000 e 100.000 colônias por ml – suspeitar(repetir);
- Acima de 100.000 colônias por ml – infecção urinária;
- Valorizar contagens entre 10.000 e 1000.000colônias, se houver:
Obstrução urinária,cateterismo vesical atual ou prévio, uso de
antibiótico e isolamento de germes como E. coli, Pseudomonas e
Klebsiela.

EAS/UROCULTURA:

Materiais necessários:
- EAS:
 Recipiente limpo;
 Frasco coletor de urina;
 Seringa de 10 ml;
 Agulha 40X12;
 Luva de procedimento;
 Material para higiene dos órgãos genitais;
 Identificação
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- UROCULTURA:
 Recipiente estéril(cuba rim);
 Frasco de culturaestéril;
 Seringa de 10 ml;
 Agulha 40X12;
 Material para higiene dos órgãos genitais;
 Identificação;

Execução da técnica:
1. Lavar as mãos;
2. Preparar o material necessário, rotular o frasco com: nome,
leito, número de registro, hora, tipo de material e assinatura e levar
ao quarto/enfermaria.
3. Calçar luvas de procedimento.
4. Explicar o procedimento e solicitar a ajuda do paciente;
5. Encaminhar o paciente até o banheiro;
6. Orientar o paciente sobre o modo correto de higienizar as
genitálias,estimulando a colaborar e instruindo a realização da
higiene com água e sabão, enxaguando abundantemente com
água corrente;
7. Fornecer a cuba rim e solicitar ao paciente que despreze o
primeiro jato e colha o jato médio ( na mulher solicitar que os
grandes e pequenos lábios sejam separados, evitando-se o
contato do jato urinário com o vestíbulo vaginal); Supervisionar a
coleta de urina;
8. Aspirar de 5 a 8 ml da cuba rim com a seringa e coloca-la no
frasco coletor;
9. Tampar o frasco, assegurando a vedação completa, para evitar
vazamento de urina, evitar contaminar a parte externa do vidro,
que será manuseada por outras pessoas;
10. Auxiliar o paciente a retornar ao leito;
11. Levar material utilizado no procedimento ao expurgo;
12. Lavar as mãos;
13. Colocar material em saco plástico fechado e identificado;
14. Encaminhar material ao laboratório;
15. Relatar nas anotações de enfermagem.

OBSERVAÇÕES:
- Coletar a primeira urina da manhã e o jato médio;
- Na coleta de urina para urocultura o recipiente (cuba rim) e frasco
de cultura devem estar esterilizados.

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- Para urocultura de pacientes acamados e ou desorientados ou
sem controle de suas funções fisiológicas, deve ser realizado o
cateterismo de alivio para que haja coleta de forma asséptica e
sua retirada deve ser tão logo seja feita a coleta;
- Enviar imediatamente ao laboratório, após identificação no
frasco.

Execução da técnica:

EAS - PACIENTE COM CATETERISMO VESICAL:

• A bolsa de drenagem de urina éconsiderada como contaminada;


• A desconexão do sistema aumenta a possibilidade de infecções;
 Luva de procedimento;
 Seringa de 5 ml;
 Agulha 25X7 ou 30x8;
 Algodão ou gaze;
 Álcool à 70 %;
 Frasco coletor;
 Identificação;

OBSERVAÇÃO: Na urocultura o frasco deve ser obrigatoriamente


estéril.
Execução da técnica:

1. Lavar as mãos;
2. Preparar o material necessário, identificar o frasco elevar ao
quarto/enfermaria;
3. Fechar o sistema com uma pinça ou o clamp da bolsa de
drenagem de 30 minutos a 01 hora, para permitir que a urina seja
armazenada;
4. Realizar a assepsia da via de coleta com uma gaze ou algodão
embebido em álcool à 70%, deixe secar;
5. Calçar a luva de procedimento;
6. Introduzir a agulha na via de coleta e aspire 5 ml de urina ( 2 a 3
ml são suficientes);
7. Remover a agulha e limpe a via de coleta novamente com gaze
com álcool a 70%;
8. Injetar a urina em um frasco de coleta (estéril, se for urocultura);
9. Tampar o frasco coletor;
10. Desprezar a agulha e seringa em um dispositivo para descarte
de material perfuro cortante;
11. Retirar a luva e lave as mãos;
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12. Colocar em recipiente plástico, fechado identificado também;
13. Encaminhar material ao laboratório.
14. Relatar nas anotações de enfermagem.

OBSERVAÇÃO: O ponto de clampeamento deve ser justamente


abaixo da via de coleta. Certifique-se de soltar a pinça ou o clamp
da sonda após a coleta.

URINA 24 HORAS:
• É o volume de urina coletado nas 24 horas para fins laboratoriais;
I. Orientar o paciente sobre a finalidade do exame,necessidade
de coletar a urina de todas as micções e a técnica de coleta;
II. II. Orientar a equipe de enfermagem sobre a necessidade da
observação da diurese e da eliminação pelo paciente;
III. Para iniciar a coleta peça ao paciente que urine,despreze
esta urina e anote o horário;
IV. Toda a urina a partir deste momento deverá ser colhida e a
amostra final deverá ser obtida o mais próximo possível do
término do período de coleta.

Execução da técnica:
• Lavar as mãos;
• Providenciar materiais e rotular o frasco;
• Solicitar que o paciente esvazie a bexiga e iniciar a
coleta,registrando o horário;
• Fornecer uma comadre ou urinol ao paciente e oriente que urine
neste recipiente e solicite pela enfermagem;
• Colocar a urina em frasco específico de coleta e
acondicione em geladeira ( caso não haja refrigerador
específico, estude a possibilidade de toda amostra ser
encaminhada direto ao laboratório ou isopor com gelo);
• Pedir ao paciente para urinar ao término do período de
24horas(no mesmo horário do início da coleta);
• Encaminhar ao laboratório
• Realizar anotação de enfermagem.

Observações
• Durante o período de coleta, coloque cartazes com avisos na
porta do quarto, na porta do banheiro e próximo ao leito, para
relembrar os funcionários e o paciente sobre a necessidade de
guardar toda a urina
.• Se a paciente estiver menstruada,certifique-se de anotar;

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• Marcar qualquer quantidade perdida de urina durante a coleta do
exame.
Identificação:
NOME;• REGISTRO;• TIPO DE MATERIAL;• DATA;• LOCAL;•
HORA;• ASSINATURA.

ESCARRO:
Indicação: É o exame feito para detectar a presença de
microorganismos no escarro.

Execução da técnica:
• Orientar o paciente sobre a finalidade do exame e o método para
coleta do material;
• Lavar as mãos;
• Preparar o material necessário, identificar o frasco e levar ao
quarto/enfermaria;
• Orientar a higiene oral somente com água, sem anti-séptico,
antes da coleta;
• Orientar que o material deve ser escarrado e não cuspido;
• Fornecer o frasco.
Orientar o paciente a tossir profundamente e expectorar (escarrar)
no recipiente,fechando-o em seguida;
• Lavar as mãos;
• Encaminhar ao laboratório;
• Realizar anotação de enfermagem.

OSERVAÇÕES

1. Deve ser colhido pela manhã, em jejum, após uma higiene oral
simples;
2. O volume não é importante, 1 a 3 ml de material purulento ou
muco purulento é suficiente;
3. Se o paciente for fumante, coletar o escarro antes que o mesmo
fume;
4. Caso o paciente apresente tosse improdutiva deve-se colher o
material em gaze esterilizada e encaminhá-la, imediatamente, ao
laboratório.

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EXAME DE FEZES:

Exame macroscópico:
- Peso por 24 horas: 150 a 200g.
• Consistência: pastosa a sólida
• Forma: cilíndrica
• Odor: fecal
• Coloração: castanha.

Principais parasitas:
• Entamoebahistolytica;
• Entamoeba coli;
• Endolimax nan;
• Iodamoeba butschlii
;• Giardia intestinalis;
• Chilomastix mesnili
;• Trichomonashominis;
• Balantidium coli
• Ascaris lumbricóides;
• Necator americanus;
• Trichuris trichiura
• Estrongyloidesstercoralis;
• Enterobiusvermicularis;
• Taenia, sp;
• Hymenolepis nana;
• Schistosoma mansoni

• INDICAÇÃO:
• Pesquisa de parasitas;

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
• Recipiente específico;
• Comadre;
• Espátula;
• Fita adesiva.Parasitológico de fezes

Execução da técnica:
• Orientar o paciente sobre a finalidade do exame e o método para
coleta do material;
• Lavar as mãos;

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• Preparar o material necessário, identificar o frasco e levar ao
quarto/enfermaria;
• Encaminhar o paciente ao banheiro, fornecendo acomadre e
frasco coletor;
• Orientar ao paciente para colher as fezes com auxílio da
espátula, colocar no recipiente e fecha-lo;
• Orientar ao paciente a lavar as mãos assim que terminar de coletar o
material;
• Lavar as mãos;
• Encaminhar ao laboratório;
• Realizar anotação de enfermagem.

COPROCULTURA:

A coprocultura é uma análise bacteriológica das fezes, que são


recolhidas em um recipiente e colocadas em cultura em laboratório para
identificar a presença de um germe responsável por uma infecção
bacteriana. Ela é recomendada em casos de diarreia persistente,
intoxicação alimentar ou suspeita de doença intestinal. Os germes mais
frequentemente encontrados são Salmonela,Clostridium difficile, Vibrio
cholerae e Campylobacter. A coprocultura pode ser feita para procurar
parasitas nas fezes em casos de diarreias sem causas definidas.

• Orientar o paciente sobre a finalidade do exame e o método para


coleta do material;
• Lavar as mãos;
• Preparar o material necessário, identificar o frasco e levar ao
quarto/enfermaria;
• Encaminhar o paciente ao banheiro, fornecendo a comadre;
• Coletar com cotonete específico a porção média das fezes que não
tenha entrado em contato com a comadre;
• Lavar as mãos, encaminhar ao laboratório e realizar anotação de
enfermagem. Execução da técnica.

SECREÇÕES :

É a cultura de secreções provenientes de ferimentos, ou cavidades


naturais do corpo humano.
Com o uso de luvas descartáveis, pinçar com espátula, estilete ou swab,
a área em questão, coletando uma quantidade razoável do material,

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pondo no frasco apropriado. Em sendo pus, o material a ser coletado,
este procedimento deverá ocorrer anteriormente À feitura do curativo.

EXAMES GINECOLÓGICOS :

Visando garantir uma boa qualidade dos esfregaços, é fundamental


orientar as pacientes que, por ocasião da colheita do material, elas:
 Não devem estar menstruada;
 Não usar duchas ou medicamentos vaginais nas 48 ou 72 horas
precedentes ao dia da coleta;
 Não manter relação sexual nas 24 horas anteriores à coleta.
A não adoção destas medidas pode vir a falsear os resultados da
citologia.

CITOLOGIA:

Os resultados citopatológicos são apresentados em relatórios, seguindo-


se a nomenclatura abaixo:
Classificação:

 Negativo para células malignas;


 Atipias inflamatórias;
 Displasia leve;
 Displasia moderada;
 Displasia acentuada;
 Carcinoma in situ;
 Carcinoma invasor;
 Carcinoma de células escamosas;
 Adenocarcinoma;
 Outro tipo de células (especificar);
 Células neoplásicas de outra origem (especificar).

MICROBIOLOGIA VAGINAL :

Os resultados da análise da microbiologia vaginal seguem juntamente


com os resultados da citologia cérvico-vaginal na forma abaixo:

TIPO MICROORGANISMO

I Lactobacilos (c/citólise e s/citólise)


II Flora mista

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III Cocóide
IV Gardnerella vaginalis
V Leptothrix vaginalis
VI Trichomonasvaginalis
VII Chlamydia trachomatis
VIII Fungos
IX Vírus
X Achados raros
XI Inconclusivo

SÊMEN :

É um exame laboratorial necessário para o diagnóstico e tratamento


terapêutico das doenças do aparelho reprodutor masculino. Para uma
análise quantitativa e qualitativa dos espermatozoides. É feito
geralmente em clínicas e laboratórios especializados. A coleta é feita da
automanipulação, e com o paciente isolado em recinto fechado.

ESPERMOGRAMA :

Período de abstinência sexual – 5 dias.


Colhido pela manhã, através da masturbação direta em frasco de vidro
esterilizado, no próprio laboratório, em ambiente tranquilo e fechado.
Após a coleta, o material é entregue imediatamente ao funcionário para
ser analisado.
1 – Observa-se inicialmente e imediatamente:
- Volume normal do material coletado por ejaculação = 2 a 5 ml;
- Ph normal = 7,5 a 8,0;
- Quantidade total de espermatozoides = 50 a 130 milhões por ml todo
volume coletado;
- Motilidade = 70 a 100% dos espermatozoides devem se mover no 1°
instante, abaixo de 70% é anormal;
- Observa-se a forma do espermatozoide pelo colorimento com eosina e
observa-se numa lâmina ao microscópio. Ele deve ter cabeça, corpo e
cauda de tamanhos normais;
- Não devemos encontrar hemácias, nem leucócitos.

2 – Observação – após 30 minutos aceita-se como normal diminuição de


5 a 10% da motilidade observada no 1° instante.

3 – Aspecto cremoso.

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4 – Liquefação entre 15 a 35 minutos após a coleta do material.

5 – A Qualidade : um dos aspectos mais importantes deste exame é a


qualidade dos espermatozoides, do que propriamente a quantidade por
ml. Desta forma, um indivíduo com 70 milhões por ml, poderá vir a ter
melhores chances de fecundação do que um indivíduo com 120 milhões
por ml.

Referências:
• MACHADO, A. M. O.; ANDRIOLO, A.Dados laboratoriais mais
frequentes para o raciocínio clínico. In: BARROS,A. L. B. L. et all.
Anamnese e exame físico. Porto Alegre: Artmed, 2002,cap. 16.

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