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Instrumentalização do Processo do

Cuidar
Cateterismo Vesical
(SVD)

Fonte:
https://www.google.com/search?q=aula+sobre+cateterismo+vesical+de+demo
ra. Acesso: 20/08/2019.
Cateterismo Vesical
(SVD)
• Objetivos:

• Despertar no acadêmico a seriedade e alto risco para infecções que


advém desta técnica/procedimento e a importância quanto ao uso
das técnicas assépticas estudadas até então.
Eliminação
urinária
• Os padrões de eliminação urinária estão relacionados a fatores
fisiológicos, sociais e emocionais, sendo que a independência para
esta atividade pode ser afetada por incapacidade física e/ou mental.

• Quando o enfermeiro identifica um caso de eliminação urinária


alterada, ele deve ser capaz de estabelecer o diagnóstico de
enfermagem com base nas queixas clínicas, implementar
intervenções que eliminem ou atenuem os sintomas ou encaminhar
o paciente a uma avaliação mais acurada (POTTER; PERRY, 2016).
Revisão
:
• Urina normal :
• A quantidade dependerá da quantidade de líquido ingerido;
• Coloração normal: amarelo dourado;
• odor característico .

• A frequência da micção dependerá da quantidade de urina que


está sendo produzida.
• ADULTOS - 30 a 50 ml/h
• CRIANÇAS < 1 ANO - 2 ml/kg/h
• CRIANÇAS > 1 ANO - 1 ml/kg/h
Problemas relacionados a eliminação urinária

• Incontinência urinária –
• Temporária ou permanente
• Parcial ou completa

• O que fazer?
• Utilizar fraldas, uropen, manter paciente limpo e seco, encaminhar
mais ao banheiro e ou oferecer comadres ou papagaio.
Problemas relacionados a eliminação urinária

• Retenção urinária:
• Colocar o paciente sentado, se não for contra indicado;
• Encaminhar o paciente ao banheiro, se não for contra indicado;
• Deixar água cair de uma torneira;
• Colocar as mãos do paciente em água morna ou colocar água morna
sobre o períneo;
• Se nenhuma manobra for eficiente realizar a SVA
(cateterismo intermitente)
Cateterismo Vesical
(SVD)
• Conceito:

• Cateterismo Urinário

Consiste na introdução de um cateter (sonda plástica ou de borracha)


estéril na bexiga, por via uretral ou supra púbica, com a finalidade de
drenar a urina.
Requer prescrição médica.
Cateterismo Vesical
(SVD)

Fonte: POTTER, P.Fundamentos de enfermagem. Rio de


Janeiro:Guanabara Koogan, 2014.
O que você deve saber antes de realizar o
cateterismo vesical de demora masculino e
feminino?
• Cerca de 15% a 25% dos pacientes hospitalizados são expostos ao
cateterismo urinário (CDC, 2009).

• Apesar do procedimento de inserção do cateter ser estéril há risco de


infecção, agravado após 72 horas de permanência com o cateter ou,
por traumas do tecido uretral no momento da inserção.

• Medidas como o uso de sistema de drenagem fechada,


treinamento dos profissionais quanto a técnica asséptica de inserção
e manutenção dos cateteres tem se mostrado de grande
importância para a prevenção da infecção (ALVES; LUPPI, 2006).
Cateterismo Vesical
(SVD)
Indicações para o cateterismo:

• Possibilitar controle hídrico adequado,


• Determinar quantidade de urina residual na bexiga,
• Desviar de uma obstrução que bloqueia o fluxo urinário,
• Monitorar débito urinário no trans e pós operatórios de diversas
cirurgias, e em clientes em estado crítico.
Tipos de cateterismo
• Cateterismo Intermitente:

É a introdução de um cateter reto de uso único por um período de tempo


de 5 a 10 minutos, que pode ser repetido, quando necessário, porém o
uso repetido aumenta os riscos de trauma e infecções.

É o tratamento de escolha após lesão medular e outros distúrbios


neurológicos, nos quais há comprometimento da capacidade de
esvaziamento vesical.
Tipos de cateterismo
• Cateterismo de Alívio:

É a introdução de um cateter reto de uso único para


esvaziamento da bexiga, em pacientes com retenção urinária
ou para obter amostra de urina para exames.
Tipos de cateterismo
Cateterismo de Demora

É a introdução de um cateter na bexiga a fim de esvazia - lá,


com permanência prolongada, elas são de látex, borracha ou
silicone, conhecidas como sonda Folley, possui balonete de
retenção na extremidade com capacidade variável de 3 a
75ml que deve ser inflado somente com água destilada.

Podem ser de 2 ou 3 vias.


Tipos de cateterismo
• Cateterismo Vesical suprapúbica

É a introdução de um cateter ou tubo na bexiga por meio de uma incisão


ou punção na região supra púbica, é utilizado como uma medida
temporária para desviar o fluxo urinário da uretra, a sonda utilizada é
Folley e para isso a bexiga precisa estar cheia.
Cateter Suprapúbico
Material Necessário
1 pacote de cateterismo contendo:

- 2 pares de luvas estéreis


- Luvas de procedimento
- Sonda Folley ou de alívio
- Lubrificante gel (xylocaína gel 2%)
- Solução anti-séptica (clorexidine degermante e aquosa)
- Gaze estéril
- Seringas de 20ml (se masculino 2)
- Bolsa coletora sistema fechado
- 2 ampolas AD 10ml
- Campo fenestrado
- Pinça e cuba
- Fita hipoalergênica
- Agulha 40x12
- Comadre e compressa
- EPIs (máscara, óculos de proteção, avental descartável, gorro)
• Calibre do cateter:

• Adultos: 14, 18* até 24 Fr**


• Crianças: 6, 8 e 10 Fr
• RN: 4 Fr

*Escolher cateteres de menor calibre (14- 16 Fr mulheres, 16-18 Fr


homens)
** Irrigação
Técnica para cateterismo vesical
Em clientes sexo masculino:

- Higienizar as mãos e reunir o material;


- Explicar ao cliente o procedimento que será realizado;
- Promover a privacidade do cliente, biombos, portas
fechadas;
- Paramentar-se (EPIs);
- Colocar a comadre e realizar higiene íntima;
- Cobrir o cliente, só expor quando necessário;
- Higienizar as mãos;
-Abrir o material, se tiver campo cirúrgico dispor todos os
materiais estéreis sobre ele, se não, manter os materiais no
próprio campo que vem embalados;
Técnica para cateterismo
vesical
- Pedir licença ao cliente e expor região perineal;
-Calçar as luvas estéreis, aspirar AD na seringa, testar a sonda,
adaptar a bolsa coletora a sonda,colocar xylocaína na seringa
com auxílio de outro profissional, manter o material sobre o
campo estéril e iniciar o procedimento;
-Com a mão não dominante segura o pênis, com o polegar e o
indicador retrai o prepúcio, manter a mão nesta posição
durante todo o procedimento e iniciar a anti-sepsia;
-Com a mão dominante, pegar a gaze(trouxinhas) com pinça e
limpar o pênis, em movimento circular, do meato uretral para
baixo até a base da glande. Repetir a limpeza umas três vezes,
utilizando uma trouxinha de gaze cada vez;
Técnica para cateterismo vesical

Levantar o pênis, para posicionar perpendicularmente ao corpo


do cliente, aplicando uma tração suave;
• Introduzir a sonda no adulto 17 a 22,5cm ou até que retorne
urina, após aparecimento da urina introduza mais 2,5 a 5,0cm;
• Com a mão não dominante segurar firmemente a sonda e
insuflar o balonete;
• Puxar a sonda, retirar excesso de anti-séptico, fixar a sonda em
fossa ilíaca ou região lateral da coxa;
• Recolher o material,lavar as mãos e anotar no prontuário do
cliente.
Técnica para cateterismo vesical
Em clientes sexo feminino:

- Higienizar as mãos e reunir o material;


- Explicar ao cliente o procedimento que será realizado;
- Promover a privacidade do cliente, biombos, portas
fechadas;
- Paramentar-se (EPIs);
- Colocar a comadre e realizar higiene íntima;
- Cobrir o cliente, só expor quando necessário;
- Higienizar as mãos;
-Abrir o material, se tiver campo cirúrgico dispor todos os
materiais estéreis sobre ele, se não, manter os materiais no
próprio campo que vem embalados;
Técnica para cateterismo
- Pedir licença ao cliente e expor região perineal, já em decúbito
dorsal, vesical
com os joelhos flexionado, pés apoiados sobre a cama e as
pernas afastadas;
- Calçar as luvas estéreis, aspirar AD na seringa, testar o balonete
da sonda, adaptar a bolsa coletora a sonda,colocar xylocaína na
seringa com auxílio de outro profissional, manter o material sobre
o campo estéril e iniciar o procedimento;
- Com a pinça, pegar as gaze embebidas no anti-séptico e iniciar a
anti-sepsia perineal, passando na parte externa dos grandes
lábios;
- Separe os grandes lábios da vagina com a mão não dominante,
utilizando o polegar e o primeiro ou segundo dedos, com
uma gaze para não deslizar;
- Prossiga a anti-sepsia, grandes lábios, passando pelos pequenos
lábios, meato uretral, girando em direção ao intróito vaginal,
utilizar uma gaze cada vez, repetir umas três vezes a fricção no
meato uretral/intróito vaginal, sempre no mesmo sentido;
Técnica para cateterismo
vesical
-Colocar a pinça sobre a mesa auxiliar e com a mão dominante
posicionar o campo fenestrado sobre a paciente, de maneira a
permitir a visualização do meato urinário;
- A mão não dominante deve permanecer afastando os
grandes
lábios, uma vez que esta contaminada;
-Com a mão dominante pegar a sonda, que já esta testada,
montada(sonda/coletor) sistema fechado, lubrificar a ponta da
sonda;
-Introduzir a sonda vesical, no meato urinário cerca de 5 a
7,5cm ou até iniciar a drenagem de urina então avançar a sonda
cerca de 03 cm;
- Segure a sonda com o polegar e os demais dedos que estavam
separando os lábios;
-Insuflar o balonete, com a quantidade de água destilada
indicada na sonda;
Técnica para cateterismo vesical
-Retirar campo fenestrado, e o excesso de anti-
séptico,lubrificante cobrir o cliente;
-Fixar o cateter/sonda na face interna da coxa, e a bolsa
coletora no leito, nível inferior ao da bexiga;
- Anotar na bolsa coletora:
*data e hora do cateterismo,
*nome do profissional que realizou,
*quantidade de água utilizada para insuflar o
balonete,
- Manter o ambiente do cliente em ordem, higienizar as
mãos;
-Registrar o procedimento, dificuldades, quantidade de urina
drenada.
Riscos para
ITU
hospedeiro
Fatores preveníveis

Fatores Não Preveníveis


Higiene íntima
Flora bacteriana
Técnica correta pH vaginal e da
urina
Prevenção de
lesões Anatomofuncional

Cuidados Concentração de
uréia
Prevenindo a infecção no
Cliente Cateterizado
- É necessário assepsia absoluta na introdução da sonda,
-Utilizar sistema fechado e estéril, e não deve ser desconectado
em momento algum,após a sondagem,
-A bolsa coletora nunca deve ser elevada acima do nível da
bexiga,devido o refluxo,
-Não deve permitir acumulo de urina no tubo, dobras impedem o
fluxo livre,
- A bolsa coletora não deve ficar em contato com o chão,
-A bolsa , e a sonda devem ser trocados se houver contaminação
se o fluxo urinário for obstruído ou se as junções do tubo
começarem a vazar nas conexões,
-A bolsa deve ser esvaziada, no mínimo a cada 8 horas, através
da valva de drenagem, com maior freqüência se houver grande
volume urinário, para reduzir o risco de proliferação bacteriana,
Prevenindo a infecção no
Cliente Cateterizado
-O cateter não deve ser desconectado do tubo/bolsa
coletora para amostra de urina para exame, irrigar,
deambular ou transportar o cliente,
-Pinçar/fechar o tubo coletor quando for manipular o
cliente, transportar, mudar decúbito, após abrir
-A lavagem das mãos é obrigatória antes e depois de
manusear o cateter, tubo e bolsa de drenagem,
-Quando a sonda é retirada, o cliente deve apresentar
diurese em até 8 horas, se for incapaz de urinar deve ser
novamente cateterizado com um cateter de menor
diâmetro
Cuidados de
Enfermagem
• Realizar higiene íntima 3x/dia,
• Observar e anotar leucorréias,
• Manter SVD fixada em fossa ilíaca, alternando local de fixação,
• Atentar para dobras no tubo,
• Desprezar diurese, aos sinais vitais, e anotar volume e aspecto da diurese no
prontuário,
• Fechar sonda sempre que for manipular o cliente, mudança de decúbito,
transferências,não esquecer de abrir,
• Pinçar sonda 2-4 horas antes de coletar amostra para exame(urina I), utilizar o
ejetor lateral para coleta após desinfecção,se o exame for urocultura com
antibiograma trocar todo o sistema.
• Programar troca de sonda conforme solicitação médica( 21 a 30 dias), se
diurese com grumos,pus ou obstrução ou conforme protocolo da instituição.
Principais terminologias
utilizadas
• Retenção urinária: impossibilidade de urinar, enquanto a função renal
continua a produzir a urina.
• Anúria: estado patológico caracterizado pela ausência completa ou
quase completa de urina na bexiga/ até 100ml em 24 horas.
• Oligúria: diminuição da quantidade de urina emitida em 24 horas / até
400 ml.
• Poliúria: aumento do volume urinário eliminado em 24 horas.
• Nictúria; diurese noturna.
• Disúria: dor ou dificuldade de urina.
• Incontinência: incapacidade de controlar a micção de forma voluntária.
• Hematúria: presença de sangue na urina
• Piúria: presença de pus na urina.
• Enurese: incontinência da urina sem causa orgânica.
• Polaciúria: emissão frequente de pequenas quantidades de urina.
Demonstração detécnica de troca de
drenagem vesical suprapúbica
Contribuição do Sr. José Eugênio de
Oliveira
Demonstração de técnica de troca de
drenagem vesical suprapúbica
Demonstração de técnica de troca
de drenagem vesical suprapúbica
Demonstração de técnica de troca
de drenagem vesical suprapúbica
Demonstração de técnica de troca
de drenagem vesical suprapúbica
Demonstração de técnica de troca
de drenagem vesical suprapúbica
Referência
MOZACHI, N. O Hospital: Manual do Ambiente Hospitalar. 6ª
s 2006.
ed. Curitiba: Os autores,
POTTER, P.A; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. 5ª ed.,
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
SMELTZER, B. Brunner & Suddarth, Enfermagem Médico -
Cirúrgica. 8ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
TIMBY, Bárbara K. Conceitos e Habilidades Fundamentais no
Atendimento de Enfermagem; 6.ed.Porto Alegre: ARTMED,
2001.

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