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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO

- UNIRP

NOME LISANDRA DE NEIRAS AMERICO

RA: 19993248

MATERIAL MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÕES

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


[2022]
Após a leitura do Material Medidas de Prevenção de Infecções
Relacionados à Assistência à Saúde responda:

1) Quais são as medidas que os enfermeiros devem ser evidenciadas


e ressaltadas à sua equipe sobre a prevenção de Infecções
relacionados ao uso de Cateter Periférico ( Acesso Venoso
Perifério).

Pode-se citar como cuidados de enfermagem:

Higiene das mãos.

Seleção do cateter e sítio de inserção.

Antissepsia da pele.

Estabilização.

Coberturas.

Flushing e manutenção do cateter periférico.

Avaliação

Cuidados com o sítio de inserção.

Remoção do cateter.

2) Quais são as medidas que os enfermeiros devem ser evidenciadas


e ressaltadas à sua equipe sobre a prevenção de Infecções
Relacionadas às Infecções do Trato Urinário e consequente Cateter
Urinário.

Seguindo nossa série de medidas para Segurança do


Paciente, baseada nas publicações da Gerência Geral de Tecnologia
em Serviços de Saúde – GGTES/ANVISA vamos apresentar algumas
ações do 3.º cartaz Medidas de prevenção de infecção do trato urinário
associada a cateter vesical de demora.

1. Manutenção do cateter urinário

Assegurar equipe treinada e recursos que garantam a vigilância do uso


do cateter e de suas complicações

Evitar inserção de sonda vesical de demora

Inserir sonda vesical no paciente apenas nas indicações apropriadas;

Realizar protocolos de sondagem, incluindo as situações peri-


operatórias;

Implantar protocolos escritos de uso, inserção com técnica asséptica e


manutenção do cateter;

A inserção do cateter urinário deve ser realizada apenas por


profissionais capacitados e treinados.

2. Remoção oportuna do cateter vesical

Revisar, diariamente, a necessidade da manutenção do cateter;

Disponibilizar lembretes padrão para a remoção do cateter no prontuário


escrito ou eletrônico;

Implantar visita diária com médico e enfermeiro revisando a necessidade


da manutenção do cateter.

3. Alternativas à cateterização

Cateter vesical intermitente;

Condom;

4. Sempre utilizar técnica asséptica para inserção do cateter urinário


5. Manutenção do cateter urinário

Realizar capacitação periódica da equipe de saúde na inserção,


cuidados e manutenção do cateter urinário com relação à prevenção de
ITU-AC;

Manter o sistema de drenagem fechado e estéril;

Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica


asséptica ou vazamento;

Manter o fluxo de urina desobstruído;

Esvaziar a bolsa coletora regularmente;

Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga;

Não realizar irrigação do cateter com antimicrobianos nem usar


antissépticos tópicos ou antibióticos aplicados ao cateter, uretra ou
meato uretral.

6. Assegurar equipe treinada e recursos que garantam a vigilância do


uso do cateter e de suas complicações

Estabelecer rotina de monitoramento e vigilância, considerando a


frequência do uso de cateteres e os riscos potenciais – monitorar cateter
e densidade de ITU-AC;

Desenvolver protocolo de manejo de retenção urinária no pós-


operatório, incluindo cateterização intermitente e ultrassonografia –
Ultrassom de bexiga, com medida do resíduo pós-miccional.

7. Pacote de Medidas para Prevenção de ITU- AC

Adesão às medidas de prevenção de ITU-AC (higiene das mãos,


capacitação da equipe, técnica asséptica na inserção, manutenção
correta do cateter e vigilância);
Bexiga – Ultrassom de bexiga para evitar cateterização de demora;

Condom e cateter intermitente como alternativas possíveis;

Direcionar o uso de cateter urinário de demora apenas para os casos


com indicações claras.

3) Descreva os Materiais e a Técnica de Sonda Nasoenteral.

Resolução Nº 619/2019 do Conselho Federal de Enfermagem, trás a


competência do profissional enfermeiro bem como os demais membros
da equipe de enfermagem na assistência ao paciente que faz ou que
fará uso desse procedimento.

Sonda enteral (Dubbhoff)


Fio-guia ( mandril )
Toalha de rosto
Copo com água
Saco plástico para lixo
Estetoscópio
Xylocaína gel
Seringa de 20ml
Esparadrapo / micropore
Cordonê
Luvas de procedimento
Gazes
Biombo se necessário
Higienizar as mãos e reunir o material
Explicar o procedimento ao paciente;
Elevar a cabeceira da cama deixando o cliente com a cabeça inclinada
para frente;
Calçar as luvas de procedimento;
Proteger o tórax com a toalha de rosto e limpar as narinas do paciente;
Medir a sonda enteral da ponta do nariz ao lóbulo da orelha, descer até
o apêndice xifóide e acrescentar até a cicatriz umbilical; e marcar essa
medida com esparadrapo ou micropore;
Lubrificar a sonda utilizando gaze e Xylocaína gel;
Introduzir a sonda lentamente através de uma das narinas, pedindo ao
paciente que degluta (se paciente consciente) para facilitar a descida da
mesma até a marca;
Fazer flexão do pescoço até ultrapassar a parede nasofaríngea para
facilitar a passagem;
Introduzir a sonda até a marca;
Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse, principalmente se o
paciente estiver inconsciente;
Retirar o fio-guia;
Aspirar o conteúdo gástrico com a seringa;
Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar na região epigástrica; se ouvir
ruído a sonda estará no local correto;
Colocar a ponta da sonda no copo com água; caso haja borbulhamento
significa que a sonda está na traquéia e deverá ser retirada;
Fixar a sonda no nariz com esparadrapo ou micropore de modo que não
comprima a asa do nariz;
Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a peristalse
gástrica empurre a ponta da sonda através do piloro até o duodeno;
Deixar o paciente em posição confortável;
4) Cite a assistência de Enfermagem a ser realizada em um paciente
portador de Sonda Nasoenteral (fluxo antes e após administração
de dietas e medicamentos).
Antes:

Definir o calibre da sonda que será utilizada, de acordo com o


procedimento prescrito;

Estabelecer o acesso enteral por via oro/nasogástrica ou transpilórica


para a finalidade estabelecida (alimentar, medicar, lavar, drenar líquidos
ou ar, coletar material gástrico e realizar exames para fins diagnósticos);

Proceder os testes para confirmação do trajeto da sonda;

Aguardar 24h a migração da sonda para o duodeno ou encaminhar o


paciente ao RX simples de abdome para verificar seu posicionamento
antes de iniciar a dieta;

Garantir que a via de acesso seja mantida;

Garantir que a troca das sondas e equipo seja realizada em


consonância com o pré-estabelecido pela CCIH da instituição;

Prescrever os cuidados de enfermagem;

Registrar em prontuário todas as ocorrências e dados referentes ao


procedimento;

Participar do processo de seleção do material para aquisição pela


instituição;

Manter-se atualizado e promover treinamento para os técnicos de


enfermagem, observada a sua competência legal.

Depois:
Higienizar as mãos;
Fazer anotações de enfermagem;

5) Descreva os Materiais e a Técnica de:


- Sonda Vesical de Demora Feminina.
Materiais Necessários:

Bandeja contendo:

01 Pacote estéril de cateterismo vesical (cuba rim, 01 pinça Pean, 3


bolas de algodão, cuba redonda pequena);

01 Campo fenestrado;

01 Sonda Foley (duas vias) de calibre adequado ao cliente (usualmente


de 12Fr a 14Fr);

01 Bolsa coletora sistema fechado;

Solução anti-séptica aquosa de PVPI ou solução de Clorexidina 2%;

01 Pacote de gaze estéril;

01 Agulha 25 x 8;

01 Seringa de 10 ml;

02 Ampolas de 10 ml de água destilada;

Recipiente com bolas de algodão embebido em álcool 70%;

01 par de luvas de procedimento estéril;

Fita hipoalergênica para fixação do cateter (evitar esparadrapo);

Material para higiene íntima (toalha de banho, luvas de procedimento,


sabão líquido, bacia com água morna e comadre);

Biombos.
Técnica:

Higienizar as mãos;

Explicar o procedimento e a finalidade à cliente;

Reunir todo o material na bandeja e colocar sobre a mesa de cabeceira;

Proteger a unidade da cliente com biombos;

Encaminhar a paciente para higienização íntima no banheiro com água


morna e sabonete. Caso a paciente esteja acamada, calçar as luvas de
procedimento e realizar a higiene íntima no leito;

Colocar a cliente em posição ginecológica, expondo apenas os genitais;

Realizar a desinfecção das ampolas de água destilada com algodão


embebido em álcool 70%, deixando-as sobre a mesa de cabeceira;

Colocar o pacote estéril de cateterismo vesical sobre o colchão, entre as


pernas da cliente;

Utilizando técnica asséptica, abrir o pacote de cateterismo próximo à


região exposta;

Abrir a embalagem da sonda vesical, da seringa, do pacote de gazes, da


bolsa coletora e do campo fenestrado, colocando-os no campo estéril;

Umedecer as bolas de algodão, que estão na cuba redonda, com


solução aquosa de PVPI ou Clorexidina 2%;

Abrir o pacote de luvas estéril e calçá-las mantendo o papel sobre o leito


para poder desprezar as bolas de algodão após o uso.

Pegar a seringa, conectar a agulha e solicitar ao seu auxiliar que abra a


ampola de água destilada e segure-a para que você aspire o conteúdo
sem contaminar. Retire o ar, desconecte a agulha da seringa e conecte
a via do balonete da sonda (válvula de inflação);
Efetuar o teste do balonete da sonda injetando 10 ml de água destilada
ou outro volume conforme as instruções do fabricante, se o balonete
inflar como pretendido, retirar o líquido e manter a seringa conectada ao
cateter;

Conectar a sonda ao coletor (sistema de drenagem fechado);

Verificar se o tubo de drenagem da bolsa coletora está fechado;

Pegar as gazes estéreis e solicitar ao seu auxiliar que umedeça as


gazes com água destilada da outra ampola. Umedeça a ponta da sonda
e deixe-a protegida dentro da cuba rim;

Pegar o campo fenestrado, desdobrá-lo com a abertura para baixo e


colocar sobre o períneo da cliente, expondo os grandes e pequenos
lábios;

Usando uma pinça na mão dominante estéril, pegar uma bola de


algodão umedecida na solução;

Com os dedos indicador e polegar da mão não dominante abrir os


pequenos lábios, levantando suavemente para o alto para expor o
meato urinário. Esta mão deve ficar expondo a região até o término da
inserção da sonda.

Com a bola de algodão embebida em solução, proceder a anti-sepsia da


região: meato urinário e vestíbulo vaginal em movimento único, no
sentido antero-posterior; Desprezar a bola de algodão na embalagem
da luva sem passar por cima do campo estéril para evitar respingar.

Pinçar a segunda bola de algodão umedecida e proceder a anti-sepsia


do pequeno lábio direito ;

Pinçar a terceira bola de algodão umedecida e proceder a anti-sepsia do


pequeno lábio esquerdo ;
Após a anti-sepsia descartar a pinça longe do campo;

Com o polegar e o primeiro dedo da mão dominante, pegar a sonda


(que está umedecida na gaze) a uma distância aproximada de 3,0 a
5,0cm da ponta e enrolar a extremidade da sonda na mão;

Pedir a cliente para relaxar, respirar lenta e profundamente e encorajá-la


a continuar a respirar dessa forma até que a sonda esteja inserida;

Introduzir a sonda pelo meato uretral, cerca de 5,0 a 7,5 cm, ou até que
a urina flua;

Ao retornar urina, introduzir aproximadamente mais 5,0 cm da sonda;

Se houver resistência, interromper o procedimento por alguns segundos,


encorajando a cliente a continuar respirando lenta e profundamente;

Após introduzir a sonda e obter o retorno de urina, retirar a mão que


estava expondo a região uretral e segurar firmemente a sonda;

Injetar a água destilada que está na seringa na via do balonete;

Tracionar a sonda delicadamente até obter resistência;

Fixar a sonda na face interna da coxa com a fita hipoalergênica, sem


tracionar, permitindo livre movimentação dos membros inferiores;

Recolher o material usado e colocá-lo na bandeja;

Colocar a bolsa coletora na parte inferior da cama da cliente do mesmo


lado em que foi fixada a sonda vesical, abaixo do nível da bexiga, e
observar o volume drenado e as características da diurese;

Retirar as luvas e higienizar as mãos;

Identificar a bolsa coletora com data, hora, nº da sonda utilizada, volume


injetado no balão, nome do executor da técnica;
Reposicionar a cliente com conforto e arrumar a roupa de cama;

Levar o material para sala de materiais contaminados e desprezar no


recipiente apropriado;

Higienizar as mãos;

Realizar a anotação do procedimento realizado, quantidade e


características da urina, e eventuais intercorrências.

- Sonda Vesical de Demora Masculina.


Materiais Necessários:
Sonda Folley (Neonatal 4-6 French, Pediátricas 6-10 French, Adulto 12-
24 French);
Coletor de urina de sistema fechado;
Bandeja estéril para o procedimento com cubas e pinças;
Biombo;
Campo estéril simples e um campo estéril fenestrado;
Um par de luvas estéreis;
Um par de luvas de procedimento;
Compressas ou luvas de banho;
Água e sabão neutro;
Clorexidina degermante;
Clorexidina aquosa 2%;
Xilocaína geleia 2%;
Dois a três pacotes de gaze;
Uma seringa de 5 ml (se paciente pediátrico) ou 20 ml (se paciente
adulto) – deve ter ponta luer slip que encaixe no dispositivo de
preenchimento do balonete da sonda;
5 a 15 ml de água destilada (depende se pediátrico ou adulto);
Fita adesiva microporosa hipoalergênica;
Uma agulha de aspiração (40×12);
Ampola água destilada estéril;
Mesa de Mayo....

Técnica:

Lavar as mãos antes de mexer na sonda;


Manter a bolsa coletora abaixo do nível da cama ou do assento da
cadeira, e esvaziar antes que ela esteja 2/3 cheia (isso evita que a urina
retorne a bexiga e cause infecção);
Fixar a bolsa coletora na lateral da cama, da cadeira de rodas ou perna.
NUNCA deve ser deixada no chão. Não puxar a sonda, pois isso pode
causar ferimentos na uretra;
Manter a sonda livre para que a urina saia continuamente da bexiga.
Cuide para que ela não fique comprimida pela perna da pessoa ou
algum outro objeto.
Clampar a extensão da sonda caso precise elevar a bolsa coletora
acima do nível da pessoa. Isso evita que a urina retorne para a bexiga e
cause infecção.

- Sonda Vesica de Alívio.


Materiais Necessários:

Luva estéril;

Luva de procedimento;

Gaze;

Clorexidine degermante;

Clorexidine Aquosa ou água destilada;

Xilocaína gel estéril.

Sonda vesical do tipo Folley em calibre adequado para idade e tamanho


do recém-nato;

Campo fenestrado.

Técnica:

Higienizar as mãos;
Preparar o material para o cateterismo;
Abrir a fralda deixando-a embaixo do recém-nato, se o RN for do sexo
feminino posicionar uma compressa estéril abaixo do RN para a
elevação do quadril e melhor visualização do óstio uretral;
Realizar a higiene do órgão genital e de toda região perineal conforme a
técnica com o antisséptico adequado;
Posicionar o campo fenestrado sobre a região genital;
Lubrificar com xilocaína a parte da sonda a ser introduzida na uretra;
Introduzir a sonda no meato urinário e deixar a outra extremidade
conectada no coletor;
Posicionar o RN confortavelmente;
Arrumar a bancada;
Higienizar as mãos;
Registrar o procedimento na evolução de enfermagem.
Referências bibliográficas:

http://biblioteca.cofen.gov.br/cateteres-perifericos-novasrecomendacoes-
anvisa-garantem-seguranca-assistencia/

Manual de Nutrição Clínica, alimentação por sonda de administração de


nutrição enteral, Nutricia Advanced Medical Nutrition, junho de
2008 Resolução Cofen Nº 619/2019, Conselho Federal de
Enfermagem. Kudsk, K.A. (2007). Efeito benéfico da alimentação
enteral. Clínicas de Endoscopia Gastrointestinal da América do Norte,
17(4), 647–662.

POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 7 ed. Rio


de Janeiro: Elsevier, 2009. 1480p.

PERRY, A. G.; POTTER, P. A. Guia completo de procedimentos e


competências de enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
640p.

Procedimento revisado em outubro de 2010 por MHCaliri, Rosicler,


Fernanda e Luciana
Bowden VR. Procedimentos de Enfermagem Pediátrica [tradução de
Mariângela Vidal Sampaio Fernandes, et al.]. 3rd ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2017.

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de


Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília:
Anvisa, 2017. Disponível em:
http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=pCiW
Uy84%2BR0%3D

Perry AG, Potter PA, Desmarais PL. Guia Completo de Procedimentos e


Competências de Enfermagem. 8th ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2015.

Prado ML, et al. Fundamentos para o Cuidado Profissional de


Enfermagem. 3rd ed. Florianópolis: UFSC, 2013: p.548.
Lynn P. Manual de Habilidades de Enfermagem Clínica de Taylor. Porto
Alegre: Artmed; 2012.

Veja mais em - Portal PEBMED: https://pebmed.com.br/enfermeiro-


passagem-de-cateter-vesical-de-demora-no-paciente-
masculino/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext

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