ANTISSEPSIA EM RECÉM-NASCIDOS MATERIAL A SER UTILIZADO Gaze estéril; Gaze não estéril; Luva estéril; Luva de Procedimento; Solução antisséptica conforme peso do RN e procedimento; Solução de Clorexidina Degermante a 2%; Solução Fisiológica a 0,9% ou Água Estéril. DESCREVA DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 1. Certificar-se da Prescrição do Procedimento; 2. Selecionar a Solução Antisséptica conforme o procedimento a ser realizado (ver critérios no quadro Atenção a Pontos Importantes); 3. Reunir o material selecionado; 4. Higienizar as mãos; 5. Posicionar o recém-nascido de forma confortável, expondo o sítio onde será realizado o procedimento; 6. Realizar degermação prévia, se indicado, da seguinte forma: a. Calçar luva de procedimento b. Embeber a gaze estéril com solução de clorexidine degermante a 2% c. Aplicar a solução sobre o sítio do procedimento, através de movimentos circulares de dentro para fora, num raio mínimo de 10 cm de diâmetro envolta do local de incisão. d. Trocar a gaze e repetir o processo por mais duas vezes. e. Aguardar dois minutos e remover todo o excesso de solução com gaze embebida com soro fisiológico a 0,9% ou água destilada estéril. f. Deixar secar 7. Realizar a antissepsia da seguinte forma: a. Calçar luva estéril; b. Embeber a gaze estéril com solução antisséptica indicada (alcoólica ou aquosa); c. Aplicar a solução sobre o sítio de procedimento através de movimentos circulares de dentro para fora num raio mínimo de 10 cm de diâmetro em volta do local de incisão; d. Aguardar secar, trocar a gaze e repetir o processo por mais duas vezes; 8. Realizar o procedimento; 9. Ao termino do procedimento, remover todo o excesso de antisséptico da pele com gaze embebida em água estéril ou solução fisiológica. AFERIÇÃO DE PESO NA BALANÇA DIGITAL MATERIAL A SER UTILIZADO Papel toalha; Álcool a 70%; Balança digital. DESCREVA DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 1. Higienizar as mãos; 2. Colocar a balança em local mais próximo à criança; 3. Desligar o ar-condicionado; 4. Limpar a balança com álcool a 70% e forrar com papel toalha; 5. Ligar e esperar tarar; 6. Colocar a criança despida (suspendendo objetos que possam alterar o peso, pesar sempre antes da administração de dieta); 7. Nos pacientes intubados, preparar o ambu devidamente testado e conectado à fonte de O2, mantendo em funcionamento; 8. Verificar se as conexões alcançarão a balança; 9. Caso o paciente esteja recebendo oxigênio via oxy-hood ou capacete, preparar uma fonte de oxigênio que alcance a balança para fornecer oxigênio durante a pesagem; 10. Por segurança manter sempre a mão sobre o corpo da criança sem tocá-la; 11. Logo que é colocado na balança, aparece a leitura exata no mostrador digital; 12. Anotar o peso em impresso próprio. ASPIRAÇÃO DE TRAQUEOSTOMIA MATERIAL A SER UTILIZADO Luva estéril; Cateter de aspiração estéril de acordo com o tamanho da cânula endotraqueal; Seringa de 10ml com água destilada ou soro fisiológico; Seringa de 1ml; Luva de procedimento para a pessoa que for auxiliar; Estetoscópio; Fonte de vácuo; Borracha de aspiração com furo; Fonte de oxigênio; Caneta azul ou preta. DESCREVA DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 1. Higienizar as mãos; 2. Avaliar ruídos respiratórios e mudanças na saturação de oxigênio e a agitação da criança; 3. Realizar ausculta pulmonar bilateral; 4. Selecionar o cateter de acordo com a cânula; 5. A pessoa responsável pela aspiração deverá conectar o cateter de aspiração na borracha do aspirador mantendo a esterilidade do cateter; 6. Ajustar a pressão do aspirador entre 60 – 80 mm H2O; 7. Calçar luva estéril; 8. Lubrificar o cateter com solução salina ou água destilada; 9. Deve-se introduzir o cateter de aspiração sem sucção (com orifício aberto) e só depois ocluir o furo, prevenindo assim o traumatismo da mucosa e/ou barotrauma e respeitando a medida da cânula de traqueostomia; 10. Retirar o cateter com movimentos rotativos ao mesmo tempo em que aspira as secreções; 11. Em cada etapa de aspiração utilizar 5 a 10 segundos; 12. Hiperoxigenar o paciente no decorrer da aspiração para prevenir hipóxia; 13. Repetir o procedimento da aspiração da traqueostomia se necessário; 14. Promover a limpeza da borracha do aspirador, aspirando água estéril para lavar a extensão e proteger a ponta distal da borracha; 15. Higienizar as mãos; 16. Anotar no balanço hídrico a quantidade, aspecto, cor e viscosidade da secreção, assim como os parâmetros do ventilador. ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES (VAS) MATERIAL A SER UTILIZADO Bandeja ou cuba rim; Álcool à 70%; Álcool gel à 70%; Luva de procedimento; Sonda de aspiração compatível com o paciente; Gaze não estéril; Água destilada ou soro fisiológico; Equipamentos de proteção individual (EPI): gorro, máscara cirúrgica, óculos de proteção, avental ou capote não-estéril; Toalha de rosto ou papel toalha; Aparelho de aspiração portátil ou fonte de vácuo em rede; Frasco de vidro de aspiração; Válvula redutora de pressão para rede de vácuo; Frasco coletor de secreções descartável, preferencialmente e na sua ausência a extensão descartável para aspiração. DESCREVA DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 1. Realizar higienização das mãos; 2. Separar o material a ser utilizado; 3. Vestir o EPI; 4. Realizar ausculta pulmonar, para verificar a presença de ruídos adventícios; 5. Verificar o funcionamento da rede de vácuo (ajuste da pressão entre 80mmHg e 120mmHg) ou aspirador elétrico; 6. Explicar o procedimento ao paciente; 7. Promover privacidade, utilizando biombos, se necessário; 8. Posicionar adequadamente o paciente para o procedimento, colocando-o em semi-fowler quando consciente ou lateralizando a cabeça quando inconsciente; 9. Proteger o tórax do paciente com papel toalha; 10. Higienizar as mãos com álcool a 70% gel; 11. Calçar as luvas de procedimento; 12. Abrir a embalagem da sonda de aspiração, de modo a expor apenas a parte que será conectada ao circuito de aspiração; 13. Mensurar o tamanho da sonda para realização da aspiração nasofaríngea da ponta do lóbulo da orelha a ponta do nariz; 14. Conectar a sonda ao sistema de aspiração; 15. Abrir a fonte de vácuo ou ligar o aparelho portátil de aspiração; 16. Introduzir a sonda na cavidade nasal, com a extensão (borracha) de aspiração pinçada na conexão com a sonda a fim de evitar trauma, seguindo o curso natural das narinas, inclinando ligeiramente a sonda para baixo e avançando para a parte posterior da laringe; 17. Despinçar a extensão e realizar a aspiração na cavidade nasal em movimentos suaves, regulares e circulares. Não permanecer com a sonda dentro da cavidade nasal por mais de 10 a 15 segundos; 18. Irrigar a sonda e o circuito com 20 ml de água destilada para limpeza da mesma; 19. Realizar a aspiração da cavidade oral, introduzindo a sonda com o sistema de aspiração pinçado; 20. Realizar a aspiração da cavidade oral, em movimentos suaves, regulares e não superiores a 30 segundos; 21. Lavar o sistema com 20ml (ou o suficiente) de água destilada para manter a permeabilidade e limpeza do circuito de aspiração; 22. Desprezar a sonda utilizada; 23. Fechar a fonte de vácuo ou desligar o aparelho portátil de aspiração; 24. Retirar os EPIs utilizados; 25. Higienizar as mãos com álcool à 70% gel; 26. Deixar o paciente confortável; 27. Manter a organização da unidade do paciente; 28. Desprezar o material utilizado nos locais apropriados; 29. Realizar higienização das mãos; 30. Realizar as anotações necessárias, assinando e carimbando o relato no prontuário do paciente (técnico de enfermagem na folha de observação de enfermagem e o enfermeiro na folha de evolução). ASPIRAÇÃO DE CÂNULA ENDOTRAQUEAL MATERIAL A SER UTILIZADO Luva estéril; Cateter de aspiração estéril de acordo com o tamanho da cânula endotraqueal; Seringa de 10ml com água destilada ou soro fisiológico; Seringa de 1ml; Luva de procedimento para pessoa auxiliar; Estetoscópio; Borracha de aspiração; Fonte de vácuo. DESCREVA DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 1. Higienizar as mãos; 2. Realizar ausculta pulmonar avaliando ruídos respiratórios e mudanças na saturação de oxigênio e agitação da criança; 3. Checar parâmetros do ventilador antes de iniciar a aspiração; 4. Mobilizar secreções facilitando sua remoção; 5. Selecionar o cateter de acordo com a cânula; 6. A pessoa que estiver auxiliando deverá aumentar a concentração de oxigênio a 10-20% acima do valor que a criança estiver recebendo. Desconectar o ventilador; 7. Introduzir 3 a 5 gotas ou 0,2 ml de soro fisiológico ou água destilada e reconectar novamente; 8. Fazer ausculta pulmonar antes e após a aspiração endotraqueal; 9. A pessoa responsável pela aspiração deverá conectar o cateter de aspiração na borracha do aspirador mantendo a esterilidade do cateter 10. Fazer a marcação do tamanho da cânula endotraqueal em fita adesiva e colar em local visível na incubadora/ ucr.; 11. Toda vez que aspirar deve-se marcar a o cateter com nó frouxo de acordo com medida feita previamente do tubo; 12. Calçar luva estéril; 13. Pinçar a borracha e introduzir o cateter de aspiração sem sucção tendo o cuidado de não tocar na Carina, respeitando a marcação prévia da cânula endotraqueal; 14. Despinçar a borracha e retirar o cateter com movimentos rotativos ao mesmo tempo em que aspirar às secreções; 15. Não ultrapassar 5 segundos; 16. Retornar o recém-nascido à ventilação mecânica; 17. Aguardar a recuperação das crianças entre as passagens do cateter de aspiração; 18. Realizar ausculta pulmonar bilateral; 19. Interromper a aspiração quando ocorrer queda significativa de saturação de oxigênio e/ou cianose e ventilar o Recém-nascido no respirador, caso não melhore, ventilar com ambu conectado a 5l de O2 por minuto; 20. Repetir o procedimento de aspiração da cânula endotraqueal, se necessário; 21. Após aspiração da cânula endotraqueal, proceder à aspiração da cavidade oral e nasal; 22. Promover a limpeza da borracha do aspirador aspirando água estéril para lavar a extensão; 23. Lavar as mãos; 24. Anotar no Balanço hídrico a quantidade, aspecto, cor e viscosidade da secreção, assim como os parâmetros do respirador. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO EM PRÉ- OPERATÓRIO GERAL MATERIAL A SER UTILIZADO Termômetro; Luvas de procedimento; Algodão; Álcool a 70%; Lanceta; Glicosímetro; Material para acesso venoso periférico; Incubadora de transporte; Balança Digital; Ventilador mecânico, circuito estéril do ventilador; Monitor multiparâmetros; Ambú, máscara, chicote de oxigênio, fluxômetro de oxigênio; Borracha de aspiração e saída de vácuo; Material para cateterismo gástrico e saco coletor; Caneta azul ou preta. DESCREVA DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 1. Lavar as mãos; 2. Verificar os sinais vitais; 3. Pesar o recém-nascido; 4. Obter um acesso venoso periférico calibroso e pérvio; 5. Passar o cateter orogástrico e manter aberto em sifonagem, colocando a ponta do cateter dentro de um saco coletor; 6. Colher glicemia capilar periférica; 7. Montar e testar o ventilador mecânico e as saídas de vácuo e oxigênio; 8. Acomodar o recém-nascido na incubadora de transporte e encaminhá-lo ao centro cirúrgico junto com o prontuário do paciente; 9. Anotar no balanço hídrico e evolução de enfermagem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde.Secretaria de Atenção à Saúde.Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas., Atenção à Saúde do Recém-nascido:Guia para profissionais de saúde /Ministério da Saúde,Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas – Brasília:Ministério da Saúde, 2011. MOREIRA, M.E.L. e org. O recém-nascido de alto risco: teoria e prática do cuidar. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2004. ___________. Intervenções no cuidado neuropsicomotor do prematuro: UTI-neonatal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. MORTON, Portaria G; FONTAINE, Dorrie K; GALLO Bárbara M. Cuidados de enfermagem: uma abordagem holística. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. SMELTZER, S,C.: BARE,B.G. BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. 13 Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. NETTINA, S. M. Manual de prática de enfermagem. 10 Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. TAMEZ, R.N.; SILVA, M.J.P. Enfermagem na UTI-neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.