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enfermagem senac

dreno de tórax selo d'água

nomes: Michele, Andreia, kely Antune

professora: Elisiane

turma: N34

Bagé

2022
Para que serve o selo de água no dreno de tórax? A presença de selo d'água no
dreno de tórax impede a entrada de ar na cavidade pleural durante a inspiração

Por que o dreno deve ficar imerso no selo d'água? Para restabelecer a pressão
negativa intrapleural é necessário um selo para o dreno torácico (sistema de
drenagem subaquática) que impeça a entrada de ar vindo de fora.
Cuidados de enfermagem com dreno de tórax

O que é dreno de tórax?


Dreno de tórax é um cateter grande, inserido ao longo do tórax para remover fluidos,
líquidos, sangue e ar da cavidade pulmonar.

Qual o objetivo do dreno de tórax?


A principal função do dreno de tórax é a retirada de líquidos, secreção e sólidos
(fibrina) da cavidade pulmonar com objetivo de restabelecer a pressão negativa da
atividade pleural, manter a função respiratória e a estabilidade hemodinâmica.

Para que é indicado o dreno de tórax?


O dreno de tórax pode ser utilizado no pós-operatório em pacientes que passaram
por cirurgia no mediastino, pacientes que sofreram traumas na região torácica por
acidentes automobilísticos ou por acidentes por armas branca e de fogo, e também
em paciente com enfisema pulmonar.

As principais indicações da drenagem torácica são:

​ Pneumotórax: quando há acúmulo de ar na cavidade pleural;


​ Hemotórax: quando há acúmulo de sangue na cavidade pleural;
​ Empiema pleural: quando há acúmulo de pus na cavidade pleural;
​ Hidrotórax: quando há acúmulo de líquido na cavidade pleural;
​ Quilotórax: quando há acúmulo de linfa na cavidade pleural.
Principais Materiais utilizados na implementação do
dreno de tórax

Para realizar o procedimento é necessário de equipamentos apropriados.


Confira:

Sistema de drenagem torácica prescrito;

Fonte e equipamentos de sucção (sistema de parede ou portátil):

​ a) Sistema com selo d’água: adicione água estéril ou solução salina normal
(soro fisiológico 0,9% – SF 0,9%) para cobrir os 2,5 cm inferiores do tubo “U”
do selo d’água. Ou despeje água estéril ou SF 0,9% na câmara de controle
da aspiração se a sucção for usada (veja as instruções do fabricante);

​ b) Sistema sem selo d’água: adicione um frasco de 30 a 45 ml de cloreto de
sódio estéril ou água (para o indicador diagnóstico de vazamento de ar),
seringa de 20 mL, agulha calibre 21 e compressa antisséptica;

​ c) Sistema de sucção a seco, Luvas de procedimento, Esponja de gaze
estéril;




​ Anestésico local, se não for um procedimento de emergência;
​ Bandeja do dreno torácico (todos os itens são estéreis): Cabo de bisturi (1),
pinça clampe do dreno torácico, pinças de esponja pequenas, porta-agulha,
lâmina de bisturi n. 10, fios de suturas 3-0 de seda, forro de bandeja (campo
estéril), clamples de Kelly curvos de 20 cm (2), esponjas de 10 x10 cm (10),
tesoura de sutura, toalhas de mão (3), luvas estéreis;

​ Curativos: gaze de petrolato, curativos de drenos torácicos divididos, várias
gases de 10 cm x 10cm, gases grandes (2) e esparadrapo ou bandeja
elástica de 10 cm;
​ Touca para cabelo;

​ Luvas estéreis;

​ Dois hemostatos com ponta de borracha (revestido) para cada dreno
torácico;

​ Esparadrapo adesivo de 2,5 cm para fixar as conexões ou os fechos de
plástico;

​ Estetoscópio, esfigmomanômetro e oxímetro de pulso.

Importante destacar que a colocação de dreno torácico é qualificado como um


procedimento cirúrgico e invasivo, portanto é ato privativo do médico.

No entanto é de fundamental importância o auxílio da enfermagem para ser


realizada a drenagem de tórax.
Cuidados de Enfermagem com Dreno de Tórax

O COREN-SP relacionou algumas boas práticas de enfermagem com cuidados com


drenos de tórax, envolvendo a troca selo d’água, a troca do sistema de drenagem e
desobstrução do dreno de tórax, confira:

Cuidados de Enfermagem na troca do selo d'água do dreno de tórax

1. Preparar o paciente e a família sobre o procedimento a ser realizado;


2. Higienizar as mãos;
3. Organizar o material adequado para o procedimento;
4. Abrir o recipiente de solução salina ou de água;
5. Abrir o sistema de drenagem e deixá-lo em pé;
6. Encher os frascos ou câmara em nível apropriado, até que o final da haste
esteja 2 cm abaixo do nível do líquido ou até a linha de marcação a ser
atingida;
7. Se a aspiração for utilizada, despejar o líquido dentro do orifício de controle
de aspiração até a quantidade designada ser alcançada usualmente 20 cm
de nível de pressão de água;
8. Calçar as luvas e conectar o sistema de drenagem ao dreno de tórax e à
fonte de aspiração se esta for indicada;
9. Conectar o dreno ao tubo de entrada de coleta de drenagem do frasco ou
câmara;
10. Manter as pontas dos conectores estéreis;
11. Marcar o nível original de líquido com adesivo na parte externa da unidade de
drenagem;
12. Marcar a data e o horário no nível de drenagem.
Cuidados de Enfermagem na troca do sistema de drenagem do dreno de
tórax

1. Se estiver trocando o sistema de drenagem, solicitar ao paciente para inspirar


profundamente, segurar o ar e abaixar-se levemente enquanto o sistema está
sendo trocado de modo rápido;
2. Pinçar o dreno por alguns minutos enquanto realiza a troca;
3. Se a indicação da drenagem for devido a presença de pneumotórax, pinçar o
dreno por período mínimo, apenas para a troca do frasco;
4. Se for indicado, conectar o tubo de controle de aspiração da câmara para a
fonte de aspiração;
5. Ajustar o regulador de fluxo de aspiração até notar um suave borbulhamento
na câmara de controle de aspiração;
6. Desprezar as luvas e materiais descartáveis;
7. Administrar analgésico prescrito;
8. Colocar o paciente em uma posição confortável;
9. Checar se a posição dos sistemas de drenagem e do sistema de aspiração
estão abaixo do nível do tórax;
10. Não fixar a extensão do dreno no berço ou na cama do paciente;
11. Cuidar e orientar a família para que o frasco de drenagem seja mantido em
nível inferior ao tórax da criança;
12. Observar a oscilação da câmara de selo d’água;
13. Suspeitar de vazamento de ar se houver borbulhamento e o paciente não
apresentar pneumotórax.
14. Checar a segurança das conexões do dreno;
15. A cada seis horas marcar a drenagem na coleta da câmara/frasco;
16. Monitorar o sistema de drenagem por oscilação no controle de aspiração da
câmara;
17. Checar a flutuação do selo na câmara de água com as respirações.

Cuidados de Enfermagem na desobstrução do sistema de drenagem do dreno de


tórax

1. Para ordenhar, segurar o dreno próximo ao tórax e ordenhá-lo entre os dedos


e a palma da mão.
2. Mover a outra mão para a próxima porção mais baixa do dreno e ordenhar.
3. Soltar a primeira mão e mover para a próxima porção do dreno. Continuar em
direção ao frasco de drenagem.
4. Para comprimir colocar lubrificante nos dedos de uma mão e apertar com
força o dreno de tórax com os dedos da outra mão.
5. Apertar o dreno abaixo da porção comprimida, com os dedos lubrificados e
escorregar os dedos para baixo em direção ao sistema de drenagem.
6. Lentamente soltar o pressionamento dos dedos não lubrificados e então fazer
o mesmo com os dedos lubrificados.
7. Repetir uma ou duas vezes, notificar se não conseguir limpar os coágulos do
dreno.
8. A cada seis horas monitorar: curativo do dreno, adequação do tipo de fita,
quantidade e característica dos sons respiratórios, sinais de enfisema
subcutâneo.
9. A cada quatro a seis horas, monitorizar sinais vitais

Avaliação
Após a implementação do dreno de tórax no paciente é recomendado
avaliar os seguinte pontos:

O sistema de drenagem do paciente está desobstruído e funcionando;


O paciente continua sem sinais e sintomas de sofrimento respiratório e de
complicações relacionadas ao sistema de drenagem torácica;
O paciente expressa alívio adequado da dor, pouco a pouco, aumenta a tolerância à
atividade e demonstra compreender a necessidade da sonda torácica.

Anotações de Enfermagem Dreno de Tórax

Confira as recomendações do COFEN para Anotações de Enfermagem Dreno de


Tórax.

​ Data e hora do procedimento;


​ Local da inserção do dreno;
​ Aspecto da pele no local da inserção;
​ Aspecto e característica da secreção drenada – serosa, hemática, purulenta,
com sedimentos;
​ Volume drenado;
​ Volume do selo d’água;
​ Oscilação;
​ Troca e tipo do curativo;
​ Troca do frasco;
​ Intercorrências e/ou providências adotadas – contaminação do material e/
ou sistema, desconexão acidental, etc.;
​ Nome completo e Coren do responsável pelos procedimentos.

Assegurar que sempre haja junto ao leito garrafa de água esterilizada ou de solução
salina fisiológica.
Jamais colocar pinças em drenos torácicos, a não ser para trocar o sistema de
drenagem.

Quando a sonda torácica, acidentalmente, se desconectar do sistema de drenagem,


colocar a extremidade do dreno na solução estéril.

Isso evita a entrada de mais ar no espaço pleural, por meio do dreno torácico, mas
permite que qualquer ar que entre no espaço pleural pela respiração saia logo que a
pressão se acumular.

Ter sempre e com acesso fácil duas pinças com pontas emborrachadas e mais
material de curativo junto ao leito se necessário.

Se o paciente apresentar pneumotórax pequeno, com pouca ou nenhuma secreção,


e não for usada a aspiração, o dreno pode ser conectado a uma válvula de
Heimlich.

A válvula de Heimlich é a câmara à prova de água, que possibilita a saída de ar,


mas não sua entrada, no dreno torácico. Confirmar que a válvula aponte na direção
certa.

A extremidade azul deve estar conectada ao dreno torácico e a extremidade limpa


deve ficar aberta, como respiradouro. A seta no envoltório indica afastamento do
paciente.

Manter o sistema de drenagem torácico ereto e mais baixo que o nível do local de
inserção do dreno. Isso é necessário para o funcionamento adequado do sistema e
para auxiliar a drenagem.

Encorajar o uso de um espirômetro de incentivo, quando prescrito, e/ou respiração


profunda e tosse frequentes pelo paciente. Isso ajuda a drenar os pulmões,
promover a expansão pulmonar e evitar a atelectasia.

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