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Prof.

Marilia Perdome
UNINORTE
Dreno
 É definido como um material colocado no
interior de uma ferida ou cavidade, visando
permitir a saída de fluídos ou ar que estão ou
podem estar ali presentes.
 É utilizado para remover o pus, sangue ou
outros fluidos de uma ferida.
 O dreno é inserido após uma cirurgia: impede
que aja uma mais rápida cicatrização da ferida
e às vezes é necessário para drenar o líquido
do corpo, que pode acumular-se em si próprio e
se tornar um foco de infecção.
Objetivo

 Evitar o acúmulo de líquidos em sítios onde se


deseja o fechamento de espaços vazios.
 Promover a saída de secreções ou ar que se
acumulam (seromas, hematomas, pus...).
 Evitar infecções profundas nas incisões.
 São introduzidos quando se espera coleção
anormal de secreção.
Efeito do acúmulo de líquidos
 O líquido pode:

 Ser meio de cultura;


 Aumentar pressão local, interferindo no fluxo;
 Comprimir áreas adjacentes;
 Causar irritação e necrose tecidual (bile, pus,
suco pancreático).
Classificação
 Quanto a forma e ação:
 CAPILARIDADE: A saída das secreções se dá
através da superfície externa do dreno (penrose).
 GRAVITAÇÃO: Utiliza-se drenos de grosso
calibre, que drenam a bolsas coletoras (dreno
tubular).
 SUCÇÃO: Geralmente utilizados em
circunstâncias em que se prevê o acumulo de
líquidos em grande quantidade, ou por períodos
prolongados (dreno tórax com pressão negativa,
sistema de drenagem Portovac).
Classificação
 Quanto ao material
 BORRACHA: Podem ser tubulares ou laminares.
Sendo que os primeiros drenam por gravitação e o
segundo por capilares; apresentam maior vantagem
por serem mais macios e maleáveis, fazendo reduzir
a chance de lesões das estruturas intra-abdominais.
 POLIETILENO: São confeccionados de material
plástico pouco irritante, às vezes radiopaco. São
rígidos e apresenta fenestrações, permitindo a saída
do líquido por gravitação ou sucção.
 SILICONE: Tubos de material praticamente inerte,
radiopaco, menos rígido do que o polietileno e
menos sujeito a contaminação bacteriana do que o
látex.
Classificação
 Quanto a estrutura básica:
 LAMINARES: Mais conhecido é o dreno de
penrose, em forma de duas lâminas finas e
flexíveis unidas entre si, tipo dedo de luva.
 TUBULARES: Tubo, com comprimento e
diâmetro variável, amplamente utilizado,
exemplo: dreno de tórax.

Dreno tubular
Classificação
 Quanto ao sistema de drenagem:
 ABERTO: É aquele que possui interação com o
meio, ou seja, necessária entrada de ar para
bom funcionamento do sistema, risco aumentado
de infecção dependendo da cavidade a que se
destina drenar.
 FECHADO: Não requer elementos externos
adicionais para seu perfeito funcionamento,
utiliza-se um sistema vedado estéril conectado a
extremidade do dreno, pode ser um frasco ou
uma bolsa. (Portovac, dreno de tórax).
Tipos de drenos
Penrose

DEFINIÇÃO:
 Dispositivo de látex
 Duas lâminas finas e flexíveis
 Funcional por capilares
 Permite o escoamento de
secreções
INDICAÇÕES:
 Monitorar sangramento
pós-cirúrgicos
 Drenagem de abcesso
Tipos de drenos

 Usados para estabelecer uma comunicação


entre uma cavidade corporal e a superfície da
pele.
 Pode-se colocar um curativo com gaze ou
bolsa de ostomia sobre o dreno.

Complicação:
Contração para a cavidade peritoneal.
Tipos de drenos
Dreno de sucção
DEFINIÇÃO:
 É um sistema fechado de drenagem pós-operatória
de polietileno, com rigidez projetada para uma
sucção contínua e suave.
INDICAÇÕES:
• É indicado para drenagem de fluídos (sangue,
secreções) por aspiração durante
procedimento cirúrgicos.
COMPLICAÇÃO:
• Ruptura do cateter ao ser retirado.
Dreno portovac

Dreno JP
Tipos de drenos
Dreno de Kehr

Definição:
 Tubo em T, utilizado para cirurgias abdominais;
 Pode ser de plástico ou de borracha;
Tipos de drenos
Dreno de tórax
Definição:
 Utilizado para drenagem pleural nos casos em
que este espaço estiver ocupado por líquido, ar
ou ambos.
Finalidade:
 Restaurar a pressão intratorácica negativa
necessária para a reexpansão pulmonar após
cirurgia ou traumatismo.
Dreno de tórax
Indicações
 Pneumotórax
 Hemotórax
 Derrame pleural;
 Cirurgia intra-torácica.
Sistemas de drenagem
 Sob selo d’água – neste sistema uma das suas
extremidades fica mergulhada em líquido no
frasco coletor e a outra extremidade
diretamente ao dreno.
 Sob aspiração – quando se pretende acelerar
a reexpansão pulmonar, drenar uma grande
quantidade de líquidos ou ar.
Complicações do dreno de tórax
 Hemorragia por lesão de um vaso;

 Infecção pela manipulação incorreta;

 Enfisema subcutâneo (posicionamento).


Clampagem do sistema
 Desconexão acidental do tubo ou quebra do
frasco;
 Durante as operações de mudança de frasco
ou abertura;
 No transporte do doente.
Cuidados com drenos
 Importante checarmos a localização do dreno,
quais os cuidados a serem ministrados pela
equipe, se está suturado a pele ou não, tipo de
dreno utilizado, como manter a permeabilidade
do mesmo, o volume esperado de drenagem e
principais complicações com o dispositivo.
 Instalação de sistema de drenagem adequada:
aberto ou fechado.
 Fixar a parte externa do dreno a pele para evitar
tração exagerada e desposicionamento.
 Avaliar o aspecto do curativo externo. Caso
necessário a troca, certificar-se com a equipe
cirúrgica, se poderá ser realizada pela
enfermagem ou requer avaliação do cirurgião.
 Sempre que tiver presente uma incisão cirúrgica,
próximo de um estoma, devemos isolar o estoma
para evitar contaminação da ferida operatória,
geralmente utiliza-se bolsa de colostomia.
 Na presença de vários drenos, convém
identificar a localização através de adesivo no
frasco coletor ou na bolsa.
 Registrar separadamente o volume de cada
dreno na folha de balanço hídrico, isto possibilita
avaliação da redução ou aumento anormal da
drenagem.

 Registrar de forma precisa o aspecto da


secreção drenada.
 Caso o paciente esteja com dreno de Kehr, conectar
a um coletor estéril, sistema fechado, atentar para a
coloração e aspecto. Lembrar que o dreno muitas
vezes não é suturado a pele do paciente, porém sua
exteriorização não é comum (formato do dreno), sua
drenagem é altamente irritante da pele; pode
permanecer no local por períodos de 6 semanas ou
mais.
 Caso se utilize um dreno tubular juntamente com um
Penrose, a opção mais adequada é a utilização de
uma bolsa de colostomia. Muito cuidado na
realização do curativo, pois geralmente este dreno
não é suturado e poderá ser desposicionado,
simplesmente na retirada do curativo anterior.
Passo-a-passo do curativo
1. Realiza-se a higiene das mãos;
2. Prepara-se o material:
 Bandeja limpa
 Gazes estéreis
 Luva de procedimento e estéril ou kit curativo;
 Saco plástico para descarte de material
contaminado;
 Esparadrapo ou micropore;
 Clorexidina alcóolico;
 Soro fisiológico.
 Cálice para desprezar o débito do dreno
3. Explica-se ao paciente o procedimento;
Passo-a-passo do curativo
4. Realiza-se a higiene das mãos;
5. Calça-se luvas de procedimento;
6. Retira-se o curativo saturado e coloca-se no
saco de lixo;
7. caça-se luva estéril
8. Realiza-se a limpeza com soro fisiológico (do
menos contaminando para o mais contaminado);
9. Realiza-se a anti-sepsia da pele ao redor do
dreno e na extensão do dreno;
10. Coloca-se gazes e oclui o curativo.
11. Anota-se local do dreno, aspecto peri-dreno,
aspecto e débito do dreno, realização do curativo.
Bibliografia
 BRUNNER, L. S; SUDDARTH, D. S. Tratado de
Enfermagem Médica-Cirúrgica, v 1. 12ª ed. Rio
de Janeiro. Guanabara Koogan, 2011. 472p.
 DRENOS, SONDAS e CATETERES
Enfermagem UNIP Jundiaí-SP Prof.: Leandro
Fonseca de Azevedo.
 http://www.ebah.com.br visitado em 12.04.15 às
8:00h.

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